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Aula_01 - Fordismo e Toyotismo - TEORIA E PRÁTICA

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: TEORIA E PRÁTICA
Aula 1- Educação Profissional e o Contexto Econômico e Político
Ministrado por Profa.Ms. Sandra Hoyler
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
Finalidades e objetivos da disciplina
	A disciplina Educação Profissional: Teoria e Prática pertence ao núcleo de formação profissional do Curso de Pedagogia. Visa capacitar para a análise e a elaboração de propostas de educação profissional em escolas profissionalizantes, em instituições de formação profissional e em empresas, considerando o contexto econômico e político atual e tomando por base as contribuições do pensamento educacional crítico.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
	Analisar a evolução histórica das políticas públicas de educação profissional, com base na compreensão do contexto econômico e político que se configurou no mundo capitalista a partir da segunda guerra mundial.
	Analisar as concepções, as racionalidades, os pressupostos pedagógicos, a organização curricular e as práticas didáticas desenvolvidas na educação profissional, tomando por referência a organização da produção e do trabalho e as contribuições do pensamento educacional crítico, criativo e transformador. 
Os conteúdos programáticos desta disciplina foram organizados em 4 eixos: 
	Educação profissional e o contexto econômico e político: as transformações do mundo do trabalho
	Educação profissional: concepções e racionalidades
	Educação Profissional: história e políticas públicas
	Educação Profissional: as práticas pedagógicas que a orientam – a Pedagogia Taylorista-fordista, a Pedagogia das Competências e a Pedagogia Emancipatória
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
A Escola de Regulação Francesa
Características da estrutura produtiva que se consolidou no pós-guerra: 
	crescimento internacional da produção e da produtividade; 
	presença da indústria como centro que irradia e sinaliza a evolução dos demais setores da economia;
	liderança dos setores industriais voltados para a produção em massa de bens de consumo duráveis; 
	incremento do comércio internacional; 
	crescimento dos mercados internos dos países do capitalismo central; 
	aumento da participação do emprego industrial e nos serviços (que passam a assumir a lógica industrial); 
	queda da participação do emprego agrícola; 
	abandono das fontes sólidas de energia, que são substituídas pelo petróleo.
Ford e as linhas de montagem
	Ford amplia a lógica taylorista, aplicando os princípios tayloristas nas produções em larga escala, instituindo as linhas de montagem. No fordismo, a obrigação de respeitar os tempos determinados não está mais ligada a esquemas de recompensa e prescrição, nem à adoção dos movimentos “adequados”, mas à velocidade da esteira. O ritmo de trabalho é deslocado do individual para o coletivo.
	Arrumados em fila, cada operário executa apenas uma parcela do trabalho. Os operários não saem do seu posto de trabalho e a esteira leva o produto. Com a esteira mecânica, não era mais necessário realizar os movimentos corretos, mas sim obedecer ao ritmo da esteira. Assim, eram eliminados os tempos mortos e o trabalho intensificado. Quanto mais depressa a esteira se movia, mais intenso era o ritmo de trabalho dos operários
Características do fordismo: 
	a separação entre concepção e execução se intensifica
	concepção → trabalho qualitativo → fora de linha produção
	execução do trabalho – trabalho fragmentado e repetitivo → desqualificação operária
	salário elevado
	controle e disciplina fabris → para eliminar a autonomia e o tempo ocioso.
	lotes padronizados
	consumo de massa
	máquinas rígidas
	velocidade e ritmo do trabalho estabelecidos pelas máquinas
	mecanização - produção em larga escala tendo em vista ao consumo de massas.
	linha de montagem - esteira → fluxo contínuo de peças → redução de tempos mortos.
	Os trabalhadores tanto no taylorismo quanto no fordismo eram desqualificados, pois apenas executavam uma parcela do processo de trabalho. No taylorismo, bastava executar os movimentos planejados pela gerência, e no fordismo, obedecer o ritmo ditado pela esteira
O ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL
	O padrão de acumulação fordista supunha a presença de um Estado planejador, regulador do processo de acumulação, articulador dos interesses conflitantes entre capital e trabalho. 
	O Estado de um lado impede que os capitalistas ponham em risco o próprio sistema com sua ânsia por lucros. Nesse sentido intervem nos mercados, estabelecendo subsídios, preços mínimos, estoques reguladores. O Estado contribui para o processo de acumulação capitalista também quando constrói obras de infra-estrutura para diminuir os custos da circulação das mercadorias. De outro lado, o Estado de Bem-estar Social desenvolve uma política de pleno emprego e políticas sociais (tais como: saúde, habitação, educação, previdência social , etc) para que a classe trabalhadora tenha condições de consumir a produção fordista e garantir os lucros. Essas políticas sociais eram universais, isto é, valiam para todos. O Estado de bem-estar desenvolvia uma política de pleno emprego e a redução das desigualdades, através desta rede de serviços sociais. Ele foi o responsável pela distribuição de benefícios sociais e criou as condições de possibilidade de universalização dos direitos sociais de cidadania. Por isso os sindicatos e as classes trabalhadoras o legitimavam 
O ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL
	O Estado realizou de modo sistemático o planejamento e a administração econômica, de modo a garantir a reprodução ampliada do capital. A adesão da classe trabalhadora ao novo projeto político teve como núcleo central o compromisso estatal com dois aspectos: o pleno emprego e a redução das desigualdades, obtida através da rede de serviços sociais gerados pelo Estado de bem-estar.
	Neste período que se seguiu ao pós-guerra, o Estado de Bem-estar Social atuou como um regulador e assegurou um equilíbrio entre os níveis de salário, consumo e produtividade.
A CRISE DOS ANOS 70
	A realidade do desenvolvimento das economias capitalistas dos anos dourados foi alterada pela crise que se iniciou nos anos 70. O dinamismo do padrão de industrialização esgotou-se, os mercados internacionalizados saturaram-se, cresceu a financeirização da riqueza produzida, ampliou-se a concorrência intercapitalista, o processo inflacionário foi iniciado e contatou-se uma retração dos investimentos. A elevação dos preços do petróleo em 1973 contribui para a ampliação da crise. 
	A globalização e o domínio do capital financeiro predominam no mundo após os anos 70. O capital financeiro passou a comandar o sistema. São os bancos que mantêm o domínio do capitalismo. Esse processo é chamado de financeirização da economia, por oposição ao processo anterior, onde a indústria predominava (processo de industrialização). 
	Deflagrada pelo esgotamento do bem-sucedido período de acumulação capitalista, essa crise inaugurou uma nova fase do capitalismo e determinou profundas transformações em todas as esferas da vida social.
A INTERPRETAÇÃO NEOLIBERAL DA CRISE
	São muitas as leituras dos processos que demarcaram a crise.
	 Na avaliação do pensamento neoliberal, a promoção do crescimento por meio da associação das políticas fiscal e monetária com a concessão de benefícios sociais desenvolvidos pelo Estado de Bem-Estar Social teria levado à ampliação de déficits orçamentários que, por seu turno, acabaram por ampliar a dívida pública, restringir o investimento privado e provocar processos inflacionários.
	Em síntese, a obstrução das leis espontâneas dos mercados imposta pelo corporativismo e pela intervenção estatal seria a responsável pela inflação, pelo aumento do desemprego e pelo baixo crescimento econômico, fenômenos que começam a surgir na década de 70
Os neoliberais e o combate à crise
	Segundo o receituário neoliberal, a economia só voltaria a crescer quando fossem abolidos os estímulos e as restrições impostas ao mercado. Nesse sentido, a cartilha neoliberal recomenda o combate aos mecanismos de intervenção e defendea eliminação das barreiras à livre movimentação de capital-dinheiro; a eliminação das políticas protecionistas às empresas, deixando os mercados de bens submetido à concorrência global; além da flexibilização das relações trabalhistas. 
	Os neoliberais defendem a reconstituição do mercado, da competição e do individualismo, como argumentos básicos para as mudanças realizadas tanto no âmbito da política econômica, quanto nas políticas sociais. 
	Propõem a eliminação da intervenção do Estado na economia, seja no que diz respeito ao planejamento mais sistemático, seja no que concerne à sua atuação enquanto produtor direto, através da desregulamentação das atividades econômicas e da privatização. 
O ESTADO NEOLIBERAL
	O pensamento neoliberal, com suas críticas à ineficiência e ao caráter “desestabilizador” do Estado de bem-estar se torna hegemônico e sai vitorioso com a eleição dos governos conservadores, trazendo a necessidade de romper com as antigas estratégias de condução das políticas econômicas e sociais. 
	Busca-se adequar o Estado às exigências impostas pela adoção de um novo padrão de acumulação e desencadear uma nova etapa de expansão capitalista, atrelada a um novo ciclo de concentração de capital. Tratava-se de criar as condições políticas para a realização deste projeto, mediante a fragilização das organizações reivindicatórias da classe trabalhadora. Nessa perspectiva, a destruição das instituições de bem-estar contribuiriam para ampliar a competição entre os indivíduos e a competitividade das empresas.
	Os anos 80 e 90 são marcados por mudanças no âmbito estatal que correspondem a alterações de rota na configuração das políticas sociais desenvolvidas pelos Estados de Bem-estar que se consolidaram nos países centrais no pós-guerra. 
A Acumulação flexível
	A profunda recessão de 1973, exacerbada pelo choque do petróleo, colocou em movimento um conjunto de processos que solaparam o compromisso fordista. Em conseqüência, as décadas de 70 e 80 foram um conturbado período de reestruturação econômica e de reajustamento social e político. No espaço social criado por todas essas oscilações e incertezas, uma série de novas experiências nos domínios da organização industrial e da vida social e política começaram tomar forma. Essas experiências representaram a constituição de um regime de acumulação inteiramente novo, associado com um sistema de regulamentação política e social bem distinta, o Estado Neoliberal. É neste momento que se inicia a transição do fordismo para o pós – fordismo, também denominado acumulação flexível 
A Acumulação flexível
	A acumulação flexível é marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apóia na flexibilidade dos processos, dos produtos e dos padrões de trabalho e produção. Caracteriza-se pelo surgimento de setores de produção inteiramente novos, novos mercados e elevada inovação comercial, tecnológica e organizacional. A acumulação flexível envolve padrões de desenvolvimento desigual, tanto entre setores como entre regiões geográficas.
	Importante ressaltar que grandes mudanças tecnológicas fundamentaram o início do pós – fordismo, sendo a Terceira Revolução Industrial responsável por diminuir as distâncias e transformar a organização da produção.

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