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5 - Instalações prediais de esgoto sanitário - I

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Prof. Dr. André Luciano de Carvalho - 2019
FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
FACULDADE PRESIDENTE ANTONIO CARLOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE
Instalações Hidráulicas Prediais
Instalações prediais de 
esgoto sanitário
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As presentes instruções serão baseadas na NBR 8160/99 – Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução, que estabelece as exigências mínimas quanto a higiene, segurança, economia e conforto nas instalações prediais de esgoto sanitário.
Introdução
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Conceito e finalidades do esgoto sanitário
As instalações prediais de esgotos sanitários são o conjunto de tubulações, conexões e aparelhos que tem por finalidade:
Evitar a contaminação da água potável.
Permitir o rápido escoamento dos esgotos.
Impedir que gases do interior do sistema de esgotos atinjam as áreas de utilização.
Impossibilitar o acesso de corpos estranhos.
Permitir fácil acesso para inspeções.
Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação.
Não misturar o sistema de esgoto com o de águas pluviais.
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Alguns conceitos
Águas residuárias: líquidos residuais, efluentes de esgotos e águas de infiltração.
Águas imundas: águas residuárias contendo elevada quantidade de matéria fecal.
Águas servidas: águas resultantes da operação de lavagem e limpeza de cozinhas, banheiros e tanques.
Água residuária formada por contribuições de:
Esgoto
Industrial
Esgoto
Doméstico
Esgoto
Sanitário
Águas de Infiltração
Constituição do esgoto sanitário
Esgoto sanitário de acordo com a ABNT – NBR 7229/93 vem a ser água residuária composta de esgoto doméstico, despejo industrial admissível ao tratamento conjunto com o esgoto doméstico e a água de infiltração.
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Tipos de esgotos
Esgoto doméstico: é a água utilizada no banho, nos lavatórios, nas máquinas de lavar roupa, na descarga da bacia sanitária, etc.
Esgoto industrial: é a água utilizada nos processos de produção industrial que gera um resíduo industrial, o chamado esgoto industrial.
Esgoto pluvial: as águas das chuvas, após serem recolhidas dos telhados, coberturas e ruas são consideradas esgoto pluvial.
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Tipos de sistema de coleta e transporte 
dos esgotos sanitários
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Tipos de sistema de coleta e transporte 
dos esgotos sanitários
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Sistema coletivo
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Sistema individual
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Terminologia e partes componentes
As instalações de esgotos sanitários têm a finalidade de coletar e afastar da edificação todos os despejos provenientes do uso da água para fins higiênicos, encaminhando-os para um destino adequado (NBR 8160).
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Terminologia e partes componentes
Aparelhos sanitários: aparelho conectado a uma instalação predial e destinado ao fornecimento de água para fins higiênicos ou a receber dejetos e águas servidas. 
 Ex: lavatório, vaso sanitário, etc.
Terminologia e partes componentes
Desconectores (ou sifões): peças que contem uma camada liquida chamada “fecho hídrico”, fundamentais para impedir a passagem dos gases e animais contidos nos esgotos. A norma brasileira NBR 8160 recomenda um mínimo de 5cm para a altura dos fechos hídricos dos desconectores.
Caixa sifonada (ou ralo sifonado): peças que recebem as águas servidas de lavatórios, banheiras, box, tanques e pias, e encaminhando-as ao ramal de esgoto, ao mesmo tempo em que impedem o retorno dos gases contidos nos esgotos para os ambientes internos. Também podem recolher as águas de lavagem de piso, através da grelha superior, e protegem a instalação de entrada de insetos, graças ao fecho hídrico.
Ralo seco: caixa destinada a receber águas provenientes de piso (lavagem ou chuveiro). O ralo tem entrada somente pela parte superior (grelha) e uma saída, na lateral ou no fundo, a qual deve se ligar a uma caixa sifonada, para a devida proteção. Quando contém sifão, chamamos de ralo sifonado.
Ramal primário (canalização primária): conjunto de tubulações que contém os gases provenientes do coletor público ou da fossa séptica. 
Ramal Secundário (canalização secundária): é o conjunto de tubulações e dispositivos onde os gases do esgoto não tem acesso. Neste caso, a passagem dos gases é impedida pelos fechos hídricos dos sifões ou desconectores. 
Ramal de descarga: é a canalização que recebe diretamente os efluentes dos aparelhos sanitários.
Ramal de esgoto: é a canalização que recebe diretamente os efluentes dos ramais de descarga. Quando dois ou mais ramais de descarga se encontram, formando uma única tubulação, essa tubulação passa a se chamar de ramal de esgoto.
Tubo de queda: tubulação vertical existente nos prédios de dois ou mais andares que recebe os efluentes dos ramais de esgoto e dos ramais de descarga, conduzindo-os até uma caixa de inspeção.
Tubo de queda
Devem ser o mais verticais possível, e sempre que possível manter o mesmo alinhamento, no caso de mudança de direção, deve-se empregar sempre curvas de raio longo.
Tubo de queda
Exige-se o diâmetro mínimo de 100mm para as canalizações que recebem despejos de bacias sanitárias.
O seu diâmetro será sempre superior ou igual a qualquer canalização a eles ligada.
Tubo de queda
Todo tubo de queda deverá prolongar-se verticalmente, até acima da cobertura, constituindo-se em ventilador primário.
Ventilação: tubulação vertical destinada a receber os gases presentes na rede, produzidos pela decomposição da matéria orgânica, e levá-los para o exterior da edificação.
Coletor público: tubulação pertencente ao sistema público de esgotos sanitários e destinada a receber e conduzir os efluentes dos coletores prediais. 
Coletor Predial: é o trecho final da tubulação que conduz o esgoto até a rede pública, ou ao sistema de esgoto individual.
Subcoletor: tubulação horizontal que recebe os efluentes de um ou mais tubos de queda (no caso de prédios) ou de ramais de esgoto.
DISPOSITIVOS DE INSPEÇÃO
Caixa de gordura: caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma. 
As caixas de gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e com boas condições de ventilação.
As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em vários pavimentos sobrepostos devem descarregar em tubos de queda exclusivos que conduzam o esgoto para caixas de gordura coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura individuais nos andares.
As caixas de gordura podem ser moldadas in loco ou adquiridas prontas no mercado.
Caixa de inspeção: caixa destinada a permitir a inspeção, desobstrução, junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações.
Toda mudança de diâmetro, direção ou de declividade dos coletores e subcoletores enterrados deve ser feita através de uma caixa de inspeção.
 A distância máxima entre duas caixas não deve ultrapassar 15 m para facilitar a desobstrução dos tubos.
profundidade máxima de 1,00 m;
forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 0,60 m, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos.
EXEMPLO DE ESCOAMENTO DO ESGOTO SANITÁRIO
Partes constituintes do sistema predial de esgoto 
Fim
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