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Administração – Campus Marquês – Noturno 
Atividade extraclasse 
Valor: 1 ponto
SUGESTÕES DE LEITURA COMPLEMENTAR, a partir de textos recolhidos nas redes sociais – internet. No final de cada texto, são efetuados os respectivos créditos.
 
FONTES DO DIREITO - Conceito de Fonte
Quando falamos de fontes do Direito queremos referir-nos às nascentes, aos mananciais do Direito, ou seja, os meios pelos quais se formam as regras jurídicas.
 
Fontes imediatas ou positivas: a Constituição, lei, o costume e a jurisprudência. Fontes mediatas ou auxiliares: a doutrina, o direito anterior, o direito comparado e os princípios gerais do direito.
 
 Fontes imediatas são aquelas que, por si sós, pela sua própria força, são suficientes para gerar a regra jurídica.
Fontes indiretas ou mediatas são as que não têm tal virtude, porém encaminham os espíritos, mais cedo ou mais tarde, à elaboração da norma. Servem como fontes de estudo.
 
Constituição é a Lei Fundamental do Estado.
 
 Lei: Para dirimir uma questão submetida à apreciação do Poder Judiciário, a primeira fonte de que se lança mão é a lei. Em países como o nosso, em que o Direito é escrito, a lei assume papel de suma importância, figurando como a principal fonte do Direito.
Lei é uma regra geral, que, emanando de autoridade competente é imposta, coativamente, à obediência de todos. Observe-se que a lei, para ser válida, deve ser constitucional.
A lei é uma norma dotada de generalidade, dirigindo-se a todos os membros da coletividade, sem exclusão de ninguém. O Poder competente para editá-la é o Legislativo, conquanto, entre nós, em casos excepcionais, ditados pela urgência e relevância da matéria, possa também o Presidente da República editar medidas provisórias, com força de lei (CF, art. 62).
 Por fim, é ela provida de coação, visando tornar o preceito inviolável. Regra jurídica sem coação, disse Jhering, é uma contradição em si, um fogo que não queima, uma luz que não ilumina.
 
 Costume: as leis escritas não compreendem todo o Direito. Há normas costumeiras, também chamadas consuetudinárias, que obrigam, igualmente, ainda que não constem de preceitos votados por órgãos competentes.
O Direito revelado pelo costume chama-se consuetudinário. Era ele muito importante antes do Direito escrito. Hoje perdeu a maior parte de sua importância, sendo aplicado somente por exceção, em caso de omissão da lei (v.art. 4.º da lei de Introdução ao Código Civil).
Enquanto o costume é espontâneo e se expressa oralmente, a lei dimana de um órgão do Estado (o Legislativo), através de um processo próprio de elaboração, e se expressa por fórmula escrita. Essas as principais diferenças entre eles.
 
A Jurisprudência resulta das decisões dos juízes e tribunais, na aplicação da lei aos casos concretos. São as regras gerais que se extraem das reiteradas decisões dos tribunais num mesmo sentido, numa mesma direção interpretativa. Sempre que uma questão é decidida reiteradamente no mesmo modo, surge a jurisprudência. Em geral, a jurisprudência não vincula o juiz, mas costuma dar-lhe importantes subsídios na solução de cada caso. A exceção é a chamada súmula vinculante.
 
A Doutrina é o conjunto de investigações e reflexões teóricas e princípios metodicamente expostos, analisados e sustentados pelos autores, tratadistas, jurisconsultos, no estudo das leis. É fonte indireta do Direito.
Como salienta Caio Mário da Silva Pereira, “em determinadas fases da cultura jurídica sobressaem escritores, a cujos trabalhos todos recorrem de tal forma que as suas opiniões se convertem em preceitos obrigatórios. No século passado e no começo deste, os livros de Lafayette, Teixeira de Freitas, Ribas, Coelho Rodrigues, tiveram esse prestígio: citados pelos juízes, fundamentavam as decisões. Também Clóvis Beviláqua em nosso tempo”.
Com efeito, é de grande valor o trabalho dos doutrinadores na elaboração do direito objetivo, já que, apontando as falhas, os inconvenientes e defeitos da lei vigente, acaba encaminhando o legislador para a feitura de lei mais perfeita.
 
(http://www.profpito.com/apostilainstdireito.html, acesso em 06/03/17)
1.3. Direito subjetivo e direito objetivo
Direito objetivo é “o conjunto de regras vigentes num determinado momento, para reger as relações humanas, impostas, coativamente, à obediência de todos.” Assim, os Códigos Penal, Civil, de Processo, etc., bem como qualquer uma de suas regras, são exemplos de direito objetivo. (p. 33 Max & Édis) Direito subjetivo é faculdade ou prerrogativa do indivíduo de invocar a lei na defesa de seu interesse. Assim, ao direito subjetivo de uma pessoa corresponde sempre o dever de outra, que, se não o cumprir, poderá ser compelida a observá-lo através de medidas judiciais. Exemplo: a Constituição Federal garante o direito de propriedade, ao dispor no art. 5º, XXII, que “é garantido o direito de propriedade”. Essa regra é um preceito de direito objetivo. Agora, se alguém violar a minha propriedade, poderei acionar o Poder Judiciário para que a irregularidade seja sanada.
(http://www.josefinaruas.pro.br/arquivos/apo_introducaoaodireito2008.pdf - acesso em 06/03/2017)
1.4. Direito e Moral
 
A vida social só é possível uma vez presentes regras determinadas para o procedimento dos homens. Essas regras, de cunho ético, emanam da Moral e do Direito, que procuram ditar como deve ser o comportamento de cada um. Sendo ambos - Moral e Direito - normas de conduta, evidentemente apresentam um campo comum. Assim, aquele que estupra uma donzela viola, a um tempo, normas jurídicas (art. 213 do CP) e moral (não prejudicar a ninguém).
Ações existem, entretanto, que interessam apenas ao Direito, como ocorre, por exemplo, com as formalidades de um título de crédito. Finalmente, outras existem que ao Direito são indiferentes, mas que a Moral procura disciplinar. É o que acontece, v.g., com a prostituição. A mulher que se dedica à prostituição, que mercadeja seu corpo, não sofre qualquer sanção legal, por isso que a prostituição em si não é crime. Contudo, como salienta Bassil Dower, é considerada como câncer social e a mulher que a pratica, por um motivo de ordem ética, fica marginalizada, sujeitando-se a repulsa de todos.
(http://www.josefinaruas.pro.br/arquivos/apo_introducaoaodireito2008.pdf - acesso em 06/03/2017)
1.4. Ramos do Direito
RAMOS DO DIREITO
São os seguintes: 
1) Direito Público Externo: Internacional Público e Internacional Privado; 
2) Direito Público Interno: Constitucional, Administrativo, Tributário, Penal e Processual, este último subdividido em Processual Penal, Processual Civil, Processual Tributário, Processual Eleitoral, Processual Trabalhista e Processual Constitucional; 
3) Direito Privado: Comercial, Trabalho e Civil, este último subdividido em Parte Geral: das Pessoas, dos Bens, dos Fatos Jurídicos; e Parte Especial: das Obrigações, Direito de Empresa, Direito das Coisas, Direito da Família e Direito das Sucessões. 
Formas disciplinadas, pelas quais a ciência do Direito se classifica: 
a) Direito Público: Direito Constitucional; Direito Administrativo; Direito Financeiro; 
b) Direito Privado: Direito Civil; Direito Comercial (terrestre, aéreo, marítimo); Direito Internacional Privado; 
c) Direito Privado Social: Direito do Trabalho; Direito Industrial; Direito Rural; Direito Judiciário; Direito Canônico; Direito Internacional Público.
(http://www.enciclopedia-juridica.biz14.com/pt/d/ramos-do-direito/ramos-do-direito.htm, acesso em 06/03/2017)
1.5. Fontes do Direito
Fontes do Direito 5 Quando falamos de fontes do Direito queremos referir-nos às nascentes, aos mananciais do Direito, ou seja, os meios pelos quais se formam as regras jurídicas. Fontes diretas ou imediatas são aquelas que, por si sós, pela sua própria força, são suficientes para gerar a regra jurídica. São a lei e o costume. Fontes indiretas ou mediatas são as que não têm tal virtude, porém encaminham os espíritos, mais cedo ou mais tarde, à elaboração da norma. São a doutrina e a jurisprudência. Vejamos, resumidamente, cada uma. a) Lei: Para dirimir umaquestão submetida à apreciação do Poder Judiciário, a primeira fonte de que se lança mão é a lei. Em países como o nosso, em que o Direito é escrito, a lei assume papel de suma importância, figurando como a principal fonte do Direito. Dela trataremos, mais detidamente, no capítulo pertinente ao processo legislativo. "Lei é uma regra geral, que, emanando de autoridade competente, é imposta coativamente à obediência de todos”. (p. 42, Max & Édis) (Analisar a Lei Complementar nº 95, de 26.02.98). Com efeito, caracteriza-se por ser uma norma dotada de generalidade, dirigindo-se a todos os membros da coletividade, sem exclusão de ninguém. O Poder competente para editá-la é o Legislativo, conquanto, entre nós, em casos excepcionais, ditados pela urgência e relevância da matéria, possa também o Presidente da República editar medidas provisórias, com força de lei (CF. art. 62). Por fim, é ela provida de coação, visando tornar o preceito inviolável. Regra jurídica sem coação, disse Jhering, é uma contradição em si, um fogo que não queima, uma luz que não alumia. b) Costume: as leis escritas não compreendem todo o Direito. Há normas costumeiras, também chamadas consuetudinárias, que obrigam, igualmente, ainda que não constem de preceitos votados por órgãos competentes. Realmente, havendo lacuna na lei, não se segue que lacunosa seja a ordem jurídica, e então a questão será resolvida mediante recurso aos costumes, segunda fonte imediata do Direito. A obediência a uma conduta por parte de uma coletividade configura um uso. A reiteração desse uso forma o costume, que, na lição de Vicente Ráo, vem a ser a regra de conduta criada espontaneamente pela consciência comum do povo, que a observa por modo constante e uniforme, e sob a convicção de corresponder a uma necessidade jurídica. Ou, como obtempera João Franzen de Lima, é o produto de uma elaboração entre os homens. (p. 42 e 43, Max & Édis) O emprego de uma determinada regra para regular determinada situação, desde que se repita reiteradamente, quando igual situação se apresente de novo, Enquanto o costume é espontâneo e se expressa oralmente, a lei dimana de um órgão do Estado (o Legislativo), através de um processo próprio de elaboração, e se expressa por fórmula escrita. Essas as principais diferenças entre eles. c) Doutrina: É o conjunto de investigações e reflexões teóricas e princípios metodicamente expostos, analisados e sustentados pelos autores, tratadistas, jurisconsultos, no estudo das leis. E fonte indireta do Direito. Como salienta Caio Mário da Silva Pereira, “em determinadas fases da cultura jurídica, sobressaem escritores, a cujos trabalhos todos recorrem e de tal forma que as suas opiniões se convertem em preceitos obrigatórios. No século passado e no começo deste, os livros de Lafayette, Teixeira de Freitas, Ribas, Coelho Rodrigues, tiveram esse prestígio: citados pelos juízes, fundamentavam as decisões. Também. Clóvis Beviláqua em nosso tempo". d) Jurisprudência: Prudência do Direito. São regras gerais que se extraem das reiteradas decisões dos tribunais num mesmo sentido, numa mesma direção interpretativa. Sempre que uma questão é decidida reiteradamente no mesmo modo surge a jurisprudência. É uma fonte indireta do Direito. Não vincula o juiz, mas costuma dar-lhe importantes subsídios na solução de cada caso. Um exemplo concreto ajudará a elucidar o valor da jurisprudência na formação do Direito. Antigamente, não tinha a concubina qualquer Direito reconhecido pelo nosso ordenamento jurídico. Longa série de julgados alterou, todavia, tal situação, e hoje, embora não o diga expressamente a lei, já se reconhece a ela o direito à remuneração de seus serviços de valor econômico e à sua parte no adquirido pelo esforço comum (RT 450/206, 483/195 etc.). Aliás, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pacífica neste sentido, cuja Súmula 380 dispõe: "Comprovada a existência de sociedade de fato entre os concubinos é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo 6 esforço comum". E sob o influxo dessa jurisprudência, começou a concubina a adquirir em nossa legislação alguns direitos (pode ser inscrita como dependente do companheiro na esfera previdenciária e junto ao imposto de renda; tem, segundo a Lei 6.015, de 31.12.1973, o direito de incluir em seu nome o patrimônio de seu companheiro, que desaguaram na regra contida no art. 226, § 3.°, da atual Constituição, que reconheceu como entidade familiar, para efeito da proteção do Estado, a união estável entre o homem e a mulher. (p. 44 e 45, Max & Édis) 1.7. Da integração da norma jurídica: analogia, eqüidade e princípios gerais do Direito No dizer de Ruy Rebello Pinho e Amauri Mascaro Nascimento, a integração da norma jurídica é "o processo com o qual o magistrado recorre a critério de típica criação do Direito para o caso concreto, à falta de norma jurídica regulando a espécie". São a analogia, a eqüidade e os princípios gerais do Direito. a) Analogia: A analogia consiste em aplicar a um caso não previsto a norma que rege caso análogo, pois fatos semelhantes exigem regras semelhantes. Sirva de exemplo o caso da Lei de Luvas, que regula as condições e processo de renovação dos contratos de locação de imóveis destinados a fins comerciais ou industriais (Dec. 24.150., de 20.4.1934), que não tem qualquer dispositivo que impeça a purgação da mora, em caso de ação de despejo por falta de pagamento.(41/42 de Max & Edis) É caso, portanto, de se invocar regra semelhante, como a contida no art. 959 do Código Civil, que permite a terminação da mora. Da mesma forma, a regra do art. 13, da Lei 6.515, de 26.12.1977 (Lei do Divórcio), que autoriza o juiz, em casos graves, a alterar as disposições legais sobre guarda de filhos menores, quando dissolvida a sociedade conjugal, se aplica analogicamente à tutela, podendo o juiz modificar a ordem de precedência estabelecida pela lei civil para nomeação de tutor. A analogia não é aplicada em leis penais, já que as leis penais restringem a liberdade individual. Não deve o Juiz assim, impor outras limitações além das previstas ao legislador. Só se admite a chamada analogia que beneficia. b) A Eqüidade é a justiça no caso concreto. Por vezes o Juiz se encontra face a um caso em que a lei lhe impõe determinada decisão quando a consciência lhe dita uma solução contrária. Entretanto, o julgador deve subordinar-se à lei, e só excepcionalmente, quando expressamente autorizado pelo legislador, poderá socorrer-se da eqüidade. "Situa-se a equidade em um campo intermediário entre a Moral e o Direito, elevando-se a instrumento superior de justiça. O problema transcende do Direito Positivo para significar um aperfeiçoamento da ação de julgar dentro de um ideal de justiça concretamente aplicado". c) Princípios gerais de Direito - Os princípios gerais de Direito têm grande importância no preenchimento das lacunas da lei, face ao seu caráter normativo. Segundo Caio Mário da Silva Pereira, fonte subsidiária, ainda, é "a inovação dos princípios gerais do Direito, com a qual o aplicador investiga o pensamento mais alto da cultura jurídica, juntamente com a fixação da orientação geral do ordenamento jurídico". Esses princípios não vêm especificados pelo legislador, constituindo seu enunciado manifestação do espírito de uma legislação. Assim, examinando-se o nosso Direito de Família, vamos verificar que seus princípios gerais visam ao esforço do núcleo familiar. No Direito do Trabalho o princípio dominante é a proteção ao empregado. Afinal, quais são esses princípios gerais? “Nosso legislador não os especificou, já que seus enunciados são manifestações do próprio espírito de uma legislação. A título de exemplo, podem ser mencionados os seguintes princípios gerais de direito:1 - ninguém pode transferir mais direitos do que tem; 2 - ninguém deve ser condenado sem ser ouvido; 3 - ninguém pode invocar a própria malícia para tirar proveito disso; 4 - os contratos devem ser cumpridos (pacta sunt servanda) etc.” (p. 63, Max & Édis).
(http://www.josefinaruas.pro.br/arquivos/apo_introducaoaodireito2008.pdf,acesso em 03/03/2017)
1.6. A lei: elementos, hierarquia, vigência, cessação da obrigatoriedade, retroatividade.
Hierarquia das Leis As leis não têm todas o mesmo valor, apresentando diferenças em essência e força, já que cada qual é dotada de uma elaboração peculiar e posição hierárquica diversa das demais. Algumas são mais importantes que as outras. Se duas leis vierem a tratar do mesmo assunto, a lei mais importante, a de maior hierarquia, afastará a aplicação da lei de grau inferior. Em ordem de importância: 1ª - A Constituição Federal e suas Emendas 2ª - Leis Complementares à Constituição Federal 3ª - Leis federais (Ordinárias, Delegadas, Medidas Provisória e decretos Legislativos) 4ª - (1ª) - Constituições Estaduais e suas Emendas 5ª - (2ª) - Leis Complementares às Constituições Estaduais 6ª - (3ª) - Leis Estaduais (Ordinárias e Decretos Legislativos) 7ª - (1ª) - Leis Municipais (Ordinárias e Decretos Legislativos) No ápice da hierarquia, portanto, situam-se as leis constitucionais, devendo as demais subordinarem-se aos ditames nelas instituídos. No último degrau encontram-se as leis municipais, que se subordinam a todas as outras. Ressalte-se, porém, que existem setores privativos do Estado e do Município, estabelecidos pela Constituição Federal, em que prevalece a lei local, embora de grau inferior. Assim, por exemplo, a regulamentação dos transportes coletivos urbanos compete apenas às leis municipais, não sendo válida a interferência de outras leis, ainda que de grau superior. Trata-se, obviamente, de exceções, que não infirmam a regra precedentemente exposta. 1.8.4. Vigência da Lei A lei é levada ao conhecimento de todos por meio de sua publicação no Diário Oficial. Publicada, ninguém se escusa de cumpri-la, alegando que não a conhece (art. 3º, Decreto-Lei nº 4657/42 - Intr. Cód. Civil). Sua força obrigatória, todavia, está condicionada à sua vigência, ou seja, o dia em que começa a vigorar. 11 “As próprias leis costumam indicar a data em que entrarão em vigor. Por exemplo, a Lei 6.0l5, de 31.I2.1973, que dispõe sobre os Registros Públicos, foi publicada no Diário Oficial de 31.12.1973, mas somente entrou em vigor no dia 01 de 01 de 1976, porque seu art. 295 enunciava: "esta lei entrará em vigor no dia 01 de janeiro de 1976”. Outro exemplo: a Lei 6.515, de 26.12.1977, que regula o divórcio, foi publicada no Diário Oficial de 27.12.1977, e entrou em vigor no mesmo dia, porque seu art. 53 assim dispôs: “esta lei entrará em vigor na data de sua publicação". Agora, se nada dispuserem as leis a respeito, entrarão em vigor 45 dias depois de oficialmente publicadas (art. 1º, caput, Lei Introdução do Código Civil). Fora do País, o prazo é de três meses (Introdução, art. 1º § 1º’). O espaço de tempo compreendido entre a publicação da lei e sua entrada em vigor denomina-se "vacatio legis".Serve para que todos se adaptem à nova lei, sendo que esse período varia de acordo com a complexidade do diploma legal. Foi o que aconteceu com a nova Lei de Registros Públicos, já citada, que teve dois anos de vacatio legis.” (p. 57, Max & Édis). Se, antes de entrar em vigor a lei, ocorrer nova publicação de seu texto, para correções, o prazo da obrigatoriedade começará a correr da nova publicação. De outra parte, as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova (nova Introdução. art. 1º, §§ 3º e 4º). 1.8.4.1. Cessação da obrigatoriedade da lei Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue (art. 2º, Intr. Cód. Civil). Não há revogação pelo desuso. Revogar uma lei significa torná-la sem efeito. A revogação pode ser expressa ou tácita. E expressa quando a lei nova taxativamente declara revogada a lei anterior. (“Fica revogada tal lei ou revogam-se os dispositivos de tal lei..."). E tácita quando a nova lei é incompatível com a anterior ou regula inteiramente a matéria de que a outra tratava. Frise-se, todavia, que a revogação de uma lei só é possível através de outra lei de igual ou superior hierarquia. Assim, uma lei ordinária só se revoga por outra lei ordinária, ou de hierarquia superior. De se ter presente que a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. Ainda, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência (art.2º, §§ 2º e 3º, nova introdução). 1.8.4.2. Retroatividade e irretroatividade da lei “Em princípio, a lei é editada para regular situações futuras, que irão ocorrer durante o seu período de vigência. O passado escapa ao seu comando. É a regra de que a lei nova não pode atingir situações já consolidadas sob o império da lei antiga. É o princípio da irretroatividade da lei, expressamente agasalhado pela nossa Constituição Federal (art. 5º, XXXVI).” (p. 58, Max e Édis). É um princípio fundamental, porque sem ele não há segurança jurídica. Fazer retroagir as leis é evidentemente um ato contrário ao fim do direito, que é a realização da harmonia e do progresso social. E não há harmonia sem estabilidade ou sem segurança. “Contudo, em casos especialíssimos, pode a lei retroagir, desde que haja disposição legislativa expressa, exceto no Direito Penal, onde constitui princípio a retroação da lei mais benigna. Resumindo: o princípio imperante é o da irretroatividade das leis. A retroatividade é exceção e não se presume, decorrendo de determinação legal expressa. Portanto, não havendo declaração em contrário, a lei respeita o direito adquirido (situação definitivamente constituída), o ato jurídico perfeito (já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou) e a coisa julgada (decisão judicial de que já não caiba recurso).” (p. 58, Max & Édis) 1.8.4.3. Interpretação das leis Interpretar vem a ser o processo lógico pelo qual se determina o sentido da lei. Interpretar é procurar o pensamento, o alcance do texto, a vontade da lei. “O método do Direito encontra-se, [...], irrefragávelmente ligado aos textos. Por isso a metodologia jurídica é, por um lado, uma Hermenêutica, e, por outro, uma Retórica. O jurista lê textos e cria textos. Em ambos os casos, interpreta.” (p. 61, Cunha, Paulo Ferreira) 1.8.4.4. O controle da constitucionalidade das leis 12 O princípio da constitucionalidade das leis é, em síntese, o de que, sendo a Constituição a lei básica e fundamental, todas as outras leis devem estar de acordo com seus preceitos e seu espírito. Toda lei que, no todo ou em parte, contrarie ou transgrida um preceito da Constituição, diz-se inconstitucional, tem um vício que a anula e deve ser declarada tal pelo poder competente, que é Judiciário. O efeito da inconstitucionalidade é, portanto, a não aplicação da lei ao caso concreto. O controle da constitucionalidade é realizado de forma rotineira pelo poder Judiciário. O Juiz, ao examinar um caso, deve atender à hierarquia das leis, afastando naturalmente a norma que estiver em desacordo com a Constituição. Como ensina o Prof. Manoel Gonçalves Ferreira Filho, "cabendo ao Judiciário dizer o que é o Direito, é a ele que compete indagar da constitucionalidade de uma lei. De fato, se duas leis entrarem em conflito, deve o Juiz decidir qual aplicará. Ora, se uma lei entrar em conflito com a Constituição, é ao Juiz que cabe decidir se aplicará a lei, violando a Constituição, ou, como lógico, se aplicará a Constituição, recusando a lei". (p. 40, Ferreira Filho, Manuel Gonçalves) “A suspensão da execução de leis, declaradas inconstitucionais pelo Judiciário, é de competência privada do Senado Federal (CF, art. 52, X) a mando do Supremo Tribunal Federal (arts. 102, I, "a" e 103, da Constituição Federal)” (p. 70, Max & Édis) (Atentar para a Emenda Constitucional nº 45, de 08.12.2004)
(http://www.josefinaruas.pro.br/arquivos/apo_introducaoaodireito2008.pdf, acesso em 06/03/2017)
1.8. Do processo legislativo
1.8.1. O Processo Legislativo Processo legislativo vem a ser o conjunto de regras que informa a elaboração da lei. O processo legislativo é contemplado na Constituiçãoda República, nos arts. 59 a 69, cujas disposições se aplicam, também, às demais unidades da Federação. O primeiro deles, o art. 59, estabelece que o processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias VI - decretos legislativos; e VII - resoluções. I - Emendas à Constituição são leis constitucionais que modificam parcialmente a Constituição. "Assumem as emendas à Constituição o vértice da pirâmide do processo legislativo, demonstrando não somente a superioridade hierárquica, mas também a necessidade premente da adequação das normas jurídicas à evolução social. Não há leis eternas, perenes ou universais, mas, apenas, leis dotadas de eficácia social”. (46 e 47, Max & Édis) As propostas de emendas à Constituição devem partir:I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. Independe, portanto, de sanção do chefe do Poder Executivo. 8 II - Leis Complementares à Constituição: As leis complementares, como a própria denominação faz ver, complementam a Constituição, regulamentando assunto nela contido. Não se pode atribuir a qualquer espécie normativa o caráter de lei complementar. Deve acolher matéria constitucionalmente reservada à sua especificidade. A própria Constituição, portanto, estabelece os casos em que deve haver a complementação. Por exemplo, o assunto referente à elaboração, redação, alteração e consolidação das leis será objeto de futura lei complementar (CF, art. 59, parágrafo único), o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar (CF, art. 37, VII), a proteção da relação de emprego contra despedida arbitraria ou sem justa causa também é matéria reservada à lei complementar (CF, art. 7o , I). Vê-se, assim, que as leis complementares regulam preceitos constitucionais que não sejam auto-aplicáveis. Tais leis somente serão aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos votos dos membros das duas Casas do Congresso Nacional (CF, art. 69), observados os demais termos da votação das leis ordinárias, como veremos a seguir. III - Leis Ordinárias: Na multiplicidade dos atos que compõem o processo legislativo, a lei ordinária é o mais frequente. São assim denominados apenas para distingui-las das leis complementares ou delegadas, certo que, na prática, recebem a denominação pura e simples de lei. “As leis ordinárias são as leis reguladoras das relações comuns entre os homens, em sua vida quotidiana, isto é, as leis sobre a aquisição, o resguardo, a transferência, a modificação ou a extinção dos direitos das pessoas. São as leis sobre os direitos e obrigações da vida comum, ou seja, as leis que determinam o que é permitido e o que é proibido, em atenção às conjunturas de cada tempo, de cada lugar, de cada grupo social. Estas leis, sendo conjunturais, podem ser revogadas e substituídas por outras leis ordinárias, de acordo com as mutáveis exigências da vida”. As leis ordinárias distanciam-se das complementares no tocante ao quorum de sua aprovação. Estas carecem da maioria absoluta dos votos dos membros das duas Casas do Congresso Nacional, enquanto aquelas, de acordo com texto constitucional, estão sujeitas a aprovação por maioria simples, presente a maioria absoluta dos membros daquelas casas (CF, art.47). Para ser elaborada passa a lei ordinária pelas seguintes fases: 1.8.2. Iniciativa, aprovação, sanção, promulgação e publicação Primeiramente, cria-se um projeto de lei. Surge, então, a primeira fase da elaboração da lei, que é a da iniciativa da apresentação do projeto. Entre nós a iniciativa das leis ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles (CF, art. 61, § 2o .). A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do presidente da república, do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores terão início na Câmara do Deputados. Apresentado o projeto, a fase seguinte é a aprovação, que consiste no estudo, nas deliberações, nas redações, nas emendas, nos debates e na votação, até chegar-se à sua aprovação ou rejeição. A aprovação da lei ordinária, como já se disse, em regra, dá-se por maioria simples ou relativa (metade mais um do quorum). Geralmente, não há prazo determinado para a provação ou rejeição do projeto. Todavia, pode o Presidente da República solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa, que, então, deverá ocorrer dentro de 45 dias, a contar do seu recebimento na Câmara dos Deputados,e de igual prazo no Senado Federal. A solicitação desse prazo poderá ser feita depois da remessa do projeto e em qualquer fase de seu andamento. Se a Câmara dos Deputados ou do Senado Federal não se manifestarem, cada qual,sucessivamente, em até 45 dias, sobre a proposição, será esta incluída na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação. A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias. Esses prazos, convém assinalar, não correm nos períodos de recesso do congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de codificação (CF, art. 64, §§ 1o . a 4o .). Se o projeto não for aprovado, será arquivado. Uma vez aprovado é encaminhado à sanção do Poder Executivo. 9 “A sanção, portanto, terceira fase da elaboração da lei ordinária, é o ato pelo qual o chefe do Executivo manifesta sua concordância com o projeto de lei elaborado pelo Legislativo. A sanção será expressa, quando o chefe do Executivo declarar o seu assentimento, ou tácita, quando deixar transcorrer 15 dias úteis, contados daquele em que receber o projeto, sem qualquer manifestação expressa. Não concordando com o projeto de lei aprovado pelo Legislativo pode o chefe do Executivo, dentro de 15 dias úteis, contados daquele em que o receber, vetá-lo total ou parcialmente, comunicando, dentro de 48 horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto (CF, art. 66, § 1o .). Comunicado o veto ao Presidente do Senado Federal, este convocará as duas Casas para, em sessão conjunta, dele conhecer e sobre ele deliberar, considerando-se aprovado o projeto que, dentro de 30 dias, em votação secreta, obtiver o voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. Nesse caso, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República. Se no prazo de 30 dias nada for deliberado, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.” (p. 50, Max & Édis), ressalvadas as matérias que tenham sido objeto de disciplina através de medidas provisórias. Se a lei não for promulgada dentro de 48 horas pelo Presidente da República, nos casos da sanção tácita e rejeição de veto, o Presidente do Senado Federal a promulgará e, se este não o fizer em igualprazo, fá-lo-á o Vice-Presidente do Senado Federal (CF, art. 66, §§ 4o a 7o ). Nos casos do art. 49 da Constituição Federal, em que os projetos de lei são da competência exclusiva do Congresso Nacional, após a aprovação final, a lei será promulgada pelo Presidente do Senado Federal. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão, mediante proposta absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional (CF, art. 67). A promulgação é o ato pelo qual o chefe do Estado atesta a existência da lei perante o povo e ordena o seu cumprimento. A promulgação é a conseqüência necessária da sanção. Uma vez sancionada a lei, o chefe do Poder Executivo não se poderá furtar à sua promulgação, pois é por meio desta que se confere força executória a lei. A sanção, assim, é facultativa, a promulgação é obrigatória. A sanção e a promulgação se dão ao mesmo tempo, com a assinatura do chefe do Poder Executivo, salvo nas hipóteses de sanção tácita e rejeição de veto, antes referidas, em que a promulgação poderá ser ato do Presidente ou Vice-Presidente do Senado Federal. Finalmente, para que a lei seja cumprida, é preciso que seja conhecida em todos os seus termos. Surge, então, a última fase da elaboração da lei ordinária, que é a publicação. A publicação serve para tornar a lei conhecida de todos. É de nosso Direito que a ninguém é lícito deixar de cumprir a lei alegando que não a conhece. Se fosse possível escusar-se o indivíduo de cumprir a lei com a simples alegação de ignorância, a norma deixaria de ter força e, pois, perderia sua finalidade, o que, evidentemente, iria contrariar a ordem pública. A publicação da lei, para obrigar a todos, deve ocorrer no Diário Oficial, consoante dispõe o art. 1o ‘ da Lei de Introdução ao Código Civil (Dec.-lei 4.657., de 4.9.1942). No tocante à lei municipal, em não havendo imprensa oficial, a publicação poderá ser efetuada em órgão da imprensa local ou regional, ou por afixação de seu texto integral na sede da Prefeitura ou Câmara, conforme o caso. Nesta última hipótese, a lei será obrigatoriamente arquivada no Cartório de Registro do distrito da sede, permitida a consulta gratuita a qualquer interessado. IV – “Leis Delegadas: Constituem uma inovação da anterior Constituição, sendo uma forma moderna do processo legislativo. Refletem, sem dúvida, a moderna tendência do Direito Público quanto a admissibilidade do Legislativo delegar, ao Presidente da República, poderes para elaboração de leis em casos expressos. “Delegar” significa encarregar alguém de fazer alguma coisa. Na lei delegada, o Congresso Nacional, em certos casos, encarrega o Presidente da República (delegação externa, dada através de uma resolução) de elaborar determinada lei. Nesse caso, o Presidente da República redigirá e promulgará a lei diretamente, ou a submeterá ao exame do Congresso Nacional, para continuação, se assim foi determinado na Resolução - o que será feito em votação única, vedada qualquer emenda.” (p. 51 e 52, Max & Édis) Segundo o ‘§ 1o do art. 68 da Constituição Federal, assim redigido: “Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.’ (p. 52, Max & Édis) 10 V - Medidas provisórias: Inspirado nas Constituições da Itália e da Espanha o instituto das "medidas provisórias” nada mais é que um diploma emanado do Poder Executivo para a disciplina de casos urgentes e revelantes. Com efeito, a Constituição vigente, em seu art. 62, "caput" estatui: "Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. VI - Decretos Legislativos: Traduzem os atos de competência exclusiva do Poder Legislativo, em que a Constituição não exige a remessa ao chefe do Executivo para sanção, destinando-se a regular matéria que tenha efeito externo. O art. 49 da Constituição enumera as matérias que são objeto dos decretos legislativos, ao definir os atos da competência exclusiva do Congresso Nacional. Como observa o Prof. Paulo Frontini. "nestes casos. previstos na Constituição, o Poder Executivo envia mensagem solicitando manifestação do Poder Legislativo: a mensagem, porém, não vale como uma peça introdutória do processo legislativo, pois caberá à Comissão do Legislativo, incumbida de dar parecer sobre a mensagem, propor. se for o caso, o projeto de decreto legislativo”. VII - Resoluções: Cuida-se de atos normativos através dos quais o Legislativo dispõe sobre matéria que se não insere nem no âmbito da Lei nem do Decreto Legislativo. As resoluções, a exemplo dos decretos legislativos, destinam-se a regular matéria de competência do Congresso, tendo caráter administrativo ou político. Consoante disserta o eminente Manoel Gonçalves Ferreira Filho, as resoluções cuidam, geralmente, de assuntos de interesse interno do legislativo, e distinguem-se dos decretos legislativos no aspecto formal, pois, enquanto o decreto legislativo é elaborado segundo o procedimento prescrito para as leis, a resolução é norteada por uma elaboração mais simples. Destinam-se os projetos de resolução, em regra, a regular matérias de caráter político, administrativo ou processual, sobre as quais que deva órgão legislativo pronunciar-se em casos concretos, tais como a perda de mandato, concessão de licença a parlamentar para desempenhar missão diplomática ou cultural, criação de Comissão Especial de Inquérito etc.
(http://www.josefinaruas.pro.br/arquivos/apo_introducaoaodireito2008.pdf, acesso em 06/03/2017)
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