casamento invalido

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Da Inexistência e Invalidade do casamento
Casamento Inexistente
Causas:
Falta de Consentimento (ausência total de consentimento) ocorre nos casos de procuração outorgada sem poderes específicos e de completo silêncio ou mesmo de resposta negativa ante a indagação da autoridade celebrante.
Ausência de Celebração na forma da Lei: a Lei dos Registros Públicos (Lei n. 6.015/73) regula as formalidades da celebração do casamento.
Casamento Inválido
O casamento inválido pode ser nulo ou anulável, dependendo do grau de imperfeição, ou seja, de inobservância dos requisitos de validade exigidos na lei.
Preleciona Silvio Rodrigues que, quando um casamento se realiza com infração de impedimento imposto pela ordem pública, por ameaçar diretamente a estrutura da sociedade, esta reage violentamente, “fulminando de nulidade o casamento que a agrava”. Nos casos em que, entretanto, a infração se revela mais branda, não atentando contra a ordem pública, mas ferindo apenas o interesse de pessoas que a lei quer proteger, o legislador apenas defere a estas “uma ação anulatória, para que seja por elas usada, se lhes aprouver”. Se o cônjuge, que podia anular o enlace não prejudicial à ordem pública, se mantém inerte, “o casamento convalesce e ganha validade, não mais podendo ser infirmado”. 
Casamento Nulo
Contraído mediante um impedimento previsto no art 1521 do C.C
a nulidade do casamento somente poderá ser declarada em ação ordinária (arts. 1.549 e 1.563), não podendo, pois, ser proclamada de ofício. 
enquanto não declarado nulo por decisão judicial transitada em julgado, o casamento existe e produz efeitos, incidindo todas as regras sobre efeitos do casamento (deveres dos cônjuges, regimes de bens).
a ação adequada é a declaratória de nulidade.
É imprescritível
 Os efeitos da sentença são ex tunc, retroagindo à data da celebração.
Legitimidade dos cônjuges, dos filhos e herdeiros
Quanto aos filhos, determina o art. 1.587 do Código Civil que se observe o disposto nos arts. 1.584 e 1.586. 
Quanto ao regime de bens, A sentença faz desaparecer retroativamente o regime de bens. Quer isso dizer que a liquidação das relações patrimoniais, deverá ser feita com base nas regras referentes à sociedade de fato, como se procederia na hipótese de mero concubinato, no caso em que ambos os cônjuges estivessem, no momento da celebração, de má-fé.