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Vida Dominante na Água: A Principal Radiação dos Peixes Discente: Neiziane Docente: Christiano Disciplina: Zoologia dos Vertebrados 1 Reino animalia: Metazoa Filo: Chordado Subfilo: Vertebrada/ Craniata Classes: Peixes Répteis Anfíbios Aves e Mamíferos 2 Abordagens: Aparecimento dos peixes ósseos; Os primeiros e principais grupos de peixes ósseos; Evolução dos Sarcopterygii, Actinopterygii; Sarcopterygii e Actinopterygii viventes; Características: corpo, forma, habitat, alimentação, locomoção... Reprodução dos grupos; Especializações; Ecologia e conservação dos peixes de água doce e marinhos. 3 As Eras Geológicas São 4 as principais: Cenozóica - Mamíferos e angiospermas. Mesozóica – Dinossauros e gimnospermas. Paleozóica – Vida no mar . Paleozóica: Cambriano – explosão de vida, os primeiros vertebrados, os peixes (agnatos). Paleozóica: Siluriano – Surgem as pteridófitas, plantas vasculares. 4 4 Final do Siluriano – Devoniano. Paleozóica: Devoniano – idades dos peixes, surgem os anfíbios, peixes gnatostomados. Paleozóica: Carbonífero, surgem os répteis. 5 5 O Aparecimentos dos Peixes Ósseos O Devoniano é conhecido como a “Era dos Peixes” . Aparecimento e diversificação dos Gnatostomados: principalmente Osteíctes. 6 6 Figura 1. As três maiores radiações de peixes. 7 Figura 2. Evolução peixes ósseos. 8 Osteíctes 9 Os primeiros Osteichthyes e os Principais grupos de Peixes Ósseos Dois tipos principais e distintivos de Osteichthyes possuíam características únicas de alimentação e locomoção; E foram os peixes dominantes durante o Devoniano; Linhagem sarcopterígeana e actinopterigeana; Os peixes ósseos modernos derivados são os teleósteos. 10 Teleósteos Figura 3. Teleósteo Figura 4. Teleósteo 11 11 Os Sarcopterygii e Actinopterygii são grupos irmãos. Características compartilhadas: padrão de sistema de linha lateral, elementos ósseos dérmicos... A presença de “osso” não é característica unificadora dos Osteíctes; O que é comum são os ossos endocondrais! 12 Padrões dos canais do sistema de linhas laterais, elementos ósseos dérmicos similares da nadadeira peitoral e opercular 12 Sarcopterygii 13 Classificação e distribuição: Actinistia - [Coelacanthiformes] (celacantos), oeste do Oceano Índico e na Indonésia Central,marinhos de águas profundas. Dipnoi - (peixes pulmonados) – Hemisfério Sul, água doce. Tetrápodes - distribuição global. Figura 5. Tetrápode 14 Figura 7. Peixe dipnóico Figura 6 . Latimeria chalumnae 15 Evolução dos Sarcopterygii Tamanho; Escamas; Nadadeiras; Músculos Mandibulares. 16 Subclasse dos Sarcopterygii: Dipnoi linhagem monofilética. Crossopterygii – parafiléticos, ou com duas linhagens separadas: os Rhipidistia e os Actinistia. Figura 8. Rhipidistia 17 Sarcopterygii Viventes – Peixes de Nadadeiras Lobadas Abundantes no Devoniano; e número diminuído no final da Era Paleozóica e na Mesozóica; Irradiação dos peixes de águas marinhas e doces; Atualmente existem somente 4 gêneros não-tetrápodes e 2 grupos : os Dipnoi, ( Neoceratodus na Austrália, Lepidosiren na América do Sul, e o Protopterus na África) , e os Actinistia, (Actinistia Latimeria - os celacantos). 18 Dipnoi [Peixes Pulmonados] Os primeiros Dipnoi eram marinhos; Durante o devoniano evoluíram uma forma corpórea bem distinta daquela dos demais osteíctes; Transformações – Pedomorfose. 19 O peixe pulmonado australiano monotípico: Neoceratodus forsteri, restrito a água doce, é morfologicamente similar aos Dipnoi das Eras Paleozóica e Mesozóica. Figura 9. Neoceratodus forsteri 20 Neoceratodus forsteri Figura 10. Neoceratodus forsteri Figura 11. Neoceratodus forsteri 21 Protopterus annectens Figura 12. Protopterus amphibius ,encontrado na África Oriental. Figura 14. Protopterus annectens Figura 13. Protopterus annectens 22 Lepidorisen paradoxa Figura 17. Lepiderisen paradoxa Figura 16. Lepidorisen paradoxa Figura 15. Lepidorisen paradoxa 23 23 Figura 18. Peixes Pulmonados 24 Peixe pulmonado sul-americano: Lepidosiren paradoxa, único sobrevivente! Parentes próximos do Protopterus, peixe pulmonado africano, com quatro espécies melhores conhecidas; Esses dois gêneros se distinguem pelo número diferente de brânquias pouco desenvolvidas. Os peixes pulmonados aproveitam os períodos de cheias alimentando-se muito e crescendo rapidamente; 25 Em períodos de estiagem, torna-se cada vez mais letárgico e respira o ar através da abertura da câmara; Esses peixes normalmente passam menos de 6 meses em estivação, mas eles já foram revividos após 4 anos de estivação forçada; A estivação é um traço antigo dos Dipnoi. 26 Actinistia São desconhecidos antes do Médio Devoniano; Suas marcas características são as nadadeiras carnosas e lobadas; Se diferem dos demais Sarcopterygii quanto aos ossos cranianos; Seguindo a rápida evolução do Devoniano, os Actinistia demonstram uma história de estabilidade. Figura 19. Latimeria chalumnae 27 28 Figura 20. Rhabdoderma – Celacanto do carbonífero Figura 21. Celacanto- Latimeria chalumnae 28 Fósseis de Actinistia não são conhecidos após o Cretáceo,e até um pouco mais de 60 anos; Acreditava-se que estivessem extintos; Latimeria apresentam características únicas; Em 1938 fora descoberto: Latimeria chalumnae. 29 Figura 22. Latimeria chalumnae 30 Em 1998 fora descoberto outro celacanto, e capturados dois espécimes – chamado de Latimeria menadoensis; Pesquisadores discordam mais sobre os celacantos do que sobre quaisquer outros táxons de Vertebrata! Figura 24. Latimeria menadoensis Figura 23. Nadadeiras de Celacanto 31 Actinopterygii Figura 25 32 A Evolução dos Actinopterygii “Paleoniscoides” – não considerado monofilético; As escamas sobrepostas , embora espessas como a dos Sarcopterygii, eram distintas quanto á estrutura e ao padrão de crescimento; Cobertura externa de escamas – Ganoína; Raios paralelos de ossos radias. 33 Figura 26. Actinopterygy primitivo Moythomasia 34 Figura 27. Myripristis randalli Figura 28. Ostichthys archiepiscopus 35 Biologia dos Primeiros Actinopterygii Peixes de nadadeiras raiadas; Representam a maior irradiação de vertebrados, com aproximadamente 27.000 spp viventes; Especializações para locomoção e alimentação ; Lobos superior e inferior da nadadeira caudal simétricos; Alterações nas nadadeiras e armadura; Maxila era sustentada pelo hiomandibular; 36 37 Figura 29. Estruturas corporais de Actinopterygii Um braço de alavanca – Processo coronóide; Aparato de coleta de alimentos passou por modificações radicais no Permiano; No Permiano Superior, uma linhagem produziu um novo clado de Actinopterygii – Os Neopterygii, distinguido por um novo mecanismo mandibular; Tornaram-se dominantes da Era Mesozóica; E os Neopterygii basais deram origem aos peixes com mais especializações. 38 Neopterygii: Aulopiformes, Myctophiformes, Lampriformes, Polymixiiformes, Percopsiformes, Batrachoidiformes, Lophiiformes... 39 Figura 31. Batrachoidiformes Figura 30. Aphredoderus sayanus Figura 32. Teleósteos 40 Especializações dos Teleostei No Cretáceo Superior, a maioria das mais de 400 famílias de teleósteos modernos evoluiu; Diversidade dos Neopterygii mais primitivos; Especializações das Maxilas – Sucção Rápida e Forte; Protrusão mandibular; Figura 33. Maxilas Teleostei 41 Dentes Faríngeos – Poderosas mandíbulas faríngeas móveis evoluíram por diversas vezes dentre os Actinopterygii; Especializações das Nadadeiras – a nadadeira caudal dos Actinopterygii adultos é sustentada por alguns espinhos hemáticos. 42 Estimativa: 27.000 espécies viventes até agora descritas; Seushabitats cobrem 73% do planeta; Por que há tantos Actinopterygii? Actinopterygii Viventes – Peixes de Nadadeiras Raiadas 43 Nadadeiras raiadas por causa de suas nadadeiras em forma de leque com raios paralelos 43 Figura 35. Polypterus, um "bichir" Figura 34. Amia calva, o "bowfin" 44 Figura 36. Lepisosteus, um "gar" 45 45 Classificação e distribuição dos Actinopterygii: Polypteriformes [Cladistia] (“bichirs”) – África, água doce; Acipenseriformes [Chondrostea] (esturjões e peixe – espátula) - Hemisfério Norte, águas costeiras e água doce; Neopterygii : Lepisosteiformes [Ginglymodi ] (“gars”) – América do Norte e Central, água doce e salobra; Amiiformes (“bowfins”) – América do Norte, água doce; 46 Teleostei : Osteoglossomorpha (língua óssea) – distribuição global, principalmente águas doces tropicais; Elopomorpha (tarpão e enguias) – distribuição global, a maioria marinha; Clupeomorpha (sardinhas e anchovas) – distribuição global, especialmente marinha; Euteleostei – maioria dos Teleostei viventes. 47 48 Figura 37. Acipenser, um esturjão Figura 38. “Gars” (Lepisosteus sp.) Polypteriformes e Acipenseriformes Polypteriformes (os bichirs e o peixe-do-junco africano): Linhagem sobrevivente mais primitiva de peixes actinopterígeos; 11 espécies de peixes africanos alongados com armaduras pesadas; menos de 1 m de comprimento; Diferem dos Actinopterygii basais por possuírem esqueletos bem ossificados; 49 Embora Actinopterygii primitivos tenham sido substituído durante o inicio da Era Mesozoica pelos neopterígeos, algumas poucas formas especializadas de peixes de nadadeiras raiadas sobreviveram. - Falar do nome Polypteriformes, que refere-se as nadadeiras peculiares em forma de bandeira 49 Escamas espessas e cobertas com ganoína (tecido semelhante ao esmalte, característico dos actinopterígeos primitivos); Larvas de bichirs com brânquias externas (possível condição ancestral de Osteichthyes); 50 Figura 39. Polypterus, um bichir Todos Polypteriformes são predadores. Eles também têm pulmões situados ventralmente, que é uma condição primitiva 50 Acipenseriformes (esturjões e peixe-espátula): 2 famílias viventes e duas fósseis de Actinopterygii especializados; 24 espécies de esturjões ativas e bentônicas, encontrados somente no Hemisfério Norte; algumas de água doce e outras são anádromas; Ausência de osso endocondral; Perda do esqueleto dérmico de Actinopterygii mais primitivos; 51 Falar que os esturjões são comercialmente importantes 51 Figura 40. Acipenser, um "esturjão" 52 52 Figura 41. Polyodon spathula, peixe-espátula 53 Cauda heterocerca, protegida por séries de escamas especializadas escamas são um caráter ancestral dos primeiros Actinopterygii da Era Paleozóica; Maxilas protrusíveisalimentação por sucção Duas espécies viventes de peixes-espátula, Polyodontidae – aparentadas aos esturjões, porém com redução ainda maior de esqueleto dérmico; 54 Característica marcante: rostro muito alongado e achatado, enervado, com órgãos ampulares detecção de campos elétricos diminutos. Planctívoros; Distribuição geográfica similar à dos crocodilianos. 55 Figura 42. Polyodon spathula Contrário à noção de que o rostro achatado é utilizado para retirar alimentos do fundo com lama, é planctivoro que se alimenta com sua boca boquiaberta 55 Neopterígeos Primitivos: Lepisosteifomes composto por sete espécies de “gars”; Predadores de médio e grande porte; Corpo alongado, mandíbula e dentes são caracteres especializados; Escamas sobrepostas em diversas camadas remetem àquelas de muitos Actinopterygii das Eras Paleozoica e Mesozoica; Alimentam-se de outros peixes, atacando-os com sucesso graças à sua excelente camuflagem; 56 Amiiformes o “bowfin”, vive nas mesmas áreas dos “gars”; Esqueleto da cabeça com modificação das maxilas como aparelho de sucção; Caça organismos menores que si; Escamas finas e com camada única de osso, como em peixes teleósteos; Nadadeira caudal assimétrica similar à nadadeira caudal heterocerca de peixes primitivos. 57 58 Figura 43. Neopterygii primitivos. Um “gar” (à direita) e um “bowfin” (à esquerda) Teleostei: Maioria dos peixes viventes. Compartilham caracteres da estrutura caudal e craniana; Agrupados em 4 clados: Osteoglossomorfa (osteo = osso, gloss = língua, morfh = forma); Figura 44. Osteoglossomorfos viventes 59 As especializações dos Teleostei envolvem modificações nas nadadeiras e maxilas. Nadadeira caudal homocerca, nadadeiras pares, escamas finas. Maxilas mais flexíveis, rastros branquiais - Peixes que se alimentam no fundo e utilizam descargas elétricas fracas para comunicar-se com outros membros da mesma espécie 59 60 Elopomorpha (elop = um tipo de peixe); Figura 45. Elopomorfos e larvas leptocéfalas Ampla distribuição, maioria marinha, larva leptocéfala 60 Clupeomorpha (clupus = um tipo de peixe); 61 Figura 46. Clupeomorfa, representado por um arenque (acima) e uma enchova (abaixo) Alimentam-se de plâncton diminuto, por meio de uma boca e aparelho filtrador modificados. Formam cardumes. Maioria marinha. São anádromos 61 Euteleostei (eu=bom) Clado que engloba a maioria dos Teleostei viventes. 62 Figura 47. Lúcio, euteleósteo Ostariophysi 80% de água doce e 25 a 30% de todos os peixes viventes; Incluem: Characiformes (piranhas, tetras, néon, etc.), Cypriniformes (carpas), Siluriformes (bagres) e Gymnotiformes (poraquê); Maxilas protráteis; dentes faríngeos agindo como mandíbulas secundárias; 63 Figura 48. Ostariophysi típicos incluem: (a) Characiformes, (b) Cypriniformes e (c) Siluriformes. 64 Espinhos nas nadadeiras ou armadura especial para proteção; Pequenos ossos conectam a bexiga natatória à orelha interna aparelho weberiano, aumentando a sensibilidade auditiva desses peixes; Substância de alarme no tegumento feromônios liberados na água quando a pele é danificada; 65 Figura 49. O aparelho weberiano 66 Protacanthopterygii peixes esocídeos e salmonídeos (peixes comerciais e de pesca esportiva); 67 Figura 50. Oncorhynchus mykiss, truta arco-íris Peixes esocideos incluem o lúcio e seus parentes. Salmonídeos incluem o salmão e as trutas 67 Paracanthopterygii bacalhaus e diabo-marinho (Lophis) 68 Figura 51. Bacalhau Saithe, Pollachius virens Maxilas móveis e espinhos leves, e protetores nas nadadeiras medianas evoluíram diversas vezes nos Euteleostei. Cerca de1200 espécies de peixes foram agrupadas... 68 Acanthopterygii verdadeiros peixes de nadadeiras com espinhos; Dominam a superfície do oceano aberto e as águas marinhas rasas do mundo; Perciforme maior ordem dos peixes, com mais de 9300 espécies viventes. 69 Figura 52. Peixe voador Dentre os Acanthopterygii, os Atherinomorpha apresentam maxilas protráteis e especializações morfológicas e comportamentais que os permitem viver em habitats rasos marinhos e de água doce. Exemplo de Atherinomorpha é o peixe-voador. 69 Representantes: pescadas, tainhas, peixes-trilha, peixe-soldado, namorado, parus, paratis, budião, ciclídeos, barracudas e peixes encontrados em recifes de corais. 70 Figura 53. Merluccius merluccius, Pescada Branca Figura 54. Tainha, peixe da família Mugilidae Figura 55. Barracuda, um peixe da família Sphyraenidae 70 Locomoção na água Natação contrações sequenciais crânio-caudais de segmentos musculares ao longo de um dos lados do corpo e relaxamento simultâneo dos respectivos músculos contralaterais; Tipos de movimento ondulatório dos peixes (Charles Breder, 1926): Anguiliforme Carangiforme Ostraciforme 71 Figura 56. Movimentos básicos da natação dos peixes 72 72 Um peixe nadador deve superar o efeito da gravidade, produzindo elevação. Figura 57. Comparação das forças associadas à locomoção na natação e no vôo de um vertebrado 73 Para superar a gravidade, o peixe gera uma elevação vertical. Os teleósteos fazem isso gerando flutuabilidade por meio da bexiga natatóriapreenchida de ar 73 Superando o arrasto – a geração de impulso Arrasto viscoso e arrasto inercial. Peixes nadam para a frente empurrando a água para trás; Anguiliformes e carangiformes aumentam a velocidade elevando a frequência de suas ondulações corpóreas; Outros peixes geralmente flexionam o corpo para nadar, mas as ondulações das nadadeiras medianas promovem impulso. 74 Figura 58. Localização dos movimentos natatórios em vários peixes. 75 75 Reprodução dos Actinopterygii Figura 59. Melanochromis cyaneorhabdos. 76 Os modos de reprodução dos Actinopterígeos apresentam grande diversidade. Apesar desta diversidade, a vasta maioria dos peixes de nadadeiras raiadas é ovípara. Os ninhos são variados. Os ovos podem ser colocados próximos, sobre, ou no interior de outros organismos. 77 Características Reprodutivas dos Teleósteos de Água Doce Teleósteos de água doce, usualmente, produzem e cuidam de um número relativamente pequeno de ovos demersais. Os ovos de teleósteos de água doce eclodem em jovens (denominados filhotes). 78 Características Reprodutivas dos Teleósteos Marinhos Os ovos demersais podem ser ancestrais aos Actinopterygii. A maioria dos teleósteos marinhos libera um grande número de ovos. 79 Larvas marinhas são, usualmente, muito distintas. As larvas são pequenas e, geralmente, possuem uma pequena reserva de vitelo. As larvas se estabelecem em habitats juvenis ou adultos, apropriados às suas espécies. 80 Figura 60. Imagem ilustrativa de ovos e larvas de algumas espécies de peixes teleósteos. 81 A Adaptabilidade dos Peixes – Comunidades de Teleostei em Ambientes contrastantes A análise de dois ambientes bem distintos, permitem um melhor entendimento da fantástica adaptabilidade dos peixes teleósteos. 82 Peixes das Grandes Profundidades Marinhas De todas as regiões da Terra, as grandes profundidades do mar são as menos estudadas. Duas das principais zonas de vida existem no mar: a pelágica, e a bentônica. 83 Figura 61. Zonas de vida nas profundidades oceânicas. 84 Peixes decrescem em abundância, tamanho e diversidade de espécies nas grandes profundidades. A diversidade dos peixes é similar a esse declínio. Em águas tropicais, a fotossíntese é contínua por todo o ano. 85 Enfatizamos que a disponibilidade de alimentos (energia) é o problema ambiental mais formidável que os peixes de águas profundas encontram. 86 Peixes Mesopelágicos Figura 62. Peixe-dragão (Echiostoma barbatum). 87 Em geral, peixes e invertebrados mesopelágicos migram verticalmente. Diversos benefícios e custos resultam desse comportamento. 88 Figura 63. Migração, ascendente, de peixes mesopelágicos, indicada por alterações da profundidade da camada acústica. 89 Peixes Batipelágicos Figura 64: Peixe-ogro 90 Não há certeza que os peixes batipelágicos passam pelas migrações verticais diárias. Peixes de águas profundas têm ossos menos densos e menos músculos esqueléticos do que os peixes de profundidades menores. 91 Figura 65. Acima: o arenque epipelágico (Clupeidae). Meio: um peixe-lanterna mesopelágico, que executa a migração vertical (Myctophidae). Abaixo: um "bristlemouth" (Gonostomatidae) mesopelágico, habitante de águas profundas. 92 O tamanho do olho e a sensibilidade à luz se correlacionam com a profundidade. Muitos peixes e invertebrados de grandes profundidades são ornamentados. 93 As maxilas e os dentes dos peixes de águas profundas geralmente são enormes, em proporção ao resto do corpo. 94 Figura 66. (a) Enguia pelicano, Eurypharyrtx pelecanoides. (b) Perca abissal, Chiasmodus niger, (c) Estomiatóide, Aristostomias grimaldii. (d) Fêmea de Liophryne argyresca, (e) Peixe-machadinha, Sternoptyx diaphana. 95 Peixes de águas marinhas profundas, como a maioria dos teleósteos, apresentam grandes especializações. Ao encontrar uma fêmea, um macho não quer perdê-la. 96 Peixes em Comunidades de Recifes de Corais – Expecializações e Co-existência Figura 67. Imagem ilustrativa de um recife de corais. 97 O componente vertebrado de uma comunidade de recife de coral se dá, quase que exclusivamente, por meio de um único táxon, os teleósteos Acanthopterygii. Como uma resposta à predação, muitos invertebrados dos recifes se tornaram noturnos. 98 O modo diurno de predação demanda especializações sensoriais, sendo a mais importante a grande acuidade visual que pode ser obtida somente no claro do dia. 99 Além disso, um posicionamento apurado é necessário para direcionar as maxilas 99 Figura 68. Atividade, diversidade e diferenças relativas de população de peixes sobre um recife de corais caribenho à meia-noite. 100 Figura 69. Atividade, diversidade e diferenças relativas de população de peixes sobre um recife de corais caribenho ao meio-dia. 101 Períodos de isolamento, provavelmente, levaram a formação simultânea de espécies em múltiplos sistemas isolados de recifes. 102 Conservação de Peixes Os peixes enfrentam um conjunto de problemas. 103 Conservação Relativa aos Peixes de Água Doce Figura 70. Tilápia 104 Cerca de 40 por cento das espécies de peixes vive nas águas doces do mundo. Cyprinodon diabolis é uma espécie que vive em um único lago, em uma porção especial do Monumento Nacional do Vale da Morte, ao sul de Nevada. A atividade humana na região está ameaçando esta pequena espécie e outros peixes isolados. 105 Figura 71. Cyprinodon diabolis As águas doces, em boa parte do mundo, estão poluídas por dejetos químicos tóxicos de origem humana. Até 85 por cento da fauna de peixes, em alguns estados, está em perigo, ameaçada ou merece atenção especial. Têm-se poucos registros sobre a biota de água doce para identificar regiões de situações criticas. 106 Conservação Relativa aos Peixes Marinhos Figura 72. Anchova (Pomatomus saltator). 107 O modo reprodutivo da vasta maioria dos teleósteos marinhos faz o manejo da pescaria comercial extremamente complexo. Um período de reprodução, rico em adultos reprodutores, pode produzir poucos descendentes. 108 Baixa previsibilidade do tamanho da reserva futura, baseada no tamanho atual. Problemas inerentes no manejo de pesca. O Georges Bank, o qual fica a leste de Cabo Cod, é um exemplo do que a pesca excessiva pode causar. 109 Conservação Relativa aos Peixes de Recifes de Coral 110 Na última década um fenômeno agourento tem sido observado em todo o mundo. Os recifes de corais apresentam sinais de estresse fisiológico e estão morrendo em massa. Os corais estressados pelo calor perdem as algas simbiontes que vivem com eles e transformam luz em cor. Os recifes crescem vagarosamente. 111 Será o desaparecimento dos recifes de corais e de sua fauna maravilhosa o "grito de alerta" do planeta - o primeiro sinal do aquecimento global? 112 Dúvidas? Por que o mar é azul? Porque os peixes fazem: “blue... blue...blue..blue...” 113 Obrigado! 114 Referências Bibliográficas POUGH,F. H.; HEISER, J. B.; JANIS, C. M. . Vida Dominante na Água: A Principal Radiação dos Peixes. In:______. A Vida dos Vertebrados – 4ª Ed. São Paulo: Atheneu Sp, 2008, pg 118-155. 115 Referências Figuras: Figura 2: https://sites.google.com/site/webquestpeixesosseos/_/rsrc/1467118988482/home/peixes.png?height=303&width=400 Figura 3: https://pezcebradesarrollo.files.wordpress.com/2012/03/nacioaca-cpaleatus.jpg?w=300&h=191 Figura 4: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7f/YellowPerch.jpg Figura 5: http://meioambiente.culturamix.com/natureza/origem-dos-tetrapodes Figura 6 : http://www.saudeanimal.com.br/2015/11/29/celacanto/ Figura 7: https://www.britannica.com/animal/lungfish Figura 8: http://1.bp.blogspot.com/-CCvx_1ft7kI/VHat6QJEPQI/AAAAAAAABsk/ZJ6ZUNZH8C4/w1200-h630-p-k-no-nu/Eusthenopteron%2B3.jpg Figura 9: http://fishesofaustralia.net.au/home/species/1988 Figura 10: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Neoceratodus_forsteri_Cologne_Zoo.jpg Figura 11: http://fishesofaustralia.net.au/images/image/1_Neoceratodus-forsteri-RKbanner.jpg116 Referências Figuras: Figura 12: http://www.tropical-fish- keeping.com/wp-content/uploads/2015/10/Gilled-African-lungfish-Protopterus-amphibius-2-300x182.jpg Figura 13: https://kidsresearchexpress-8.blogspot.com.br/2008/09/pictures-of-fishes_09.html Figura 14: https://hu.wikipedia.org/wiki/Afrikai_g%C5%91tehal Figura 15: http://www.aquaflux.com.br/arquivos_site/imagens_artigos/20140529234321_86643.jpg Figura 16: http://www.aquaflux.com.br/arquivos_site/imagens_artigos/20140529234321_86643.jpg Figura 17: https://www.zoochat.com/community/media/south-american-lungfish-lepidosiren-paradoxa.257582/ Figura 18: https://www.britannica.com/animal/lungfish Figura 19: http://www.aquariophilie.org/recherche/image-Latimeria-chalumnae-5578.html Figura 20: https://br.pinterest.com/pin/318418636125782953/ Figura 21: https://br.pinterest.com/pin/318418636125782953/ Figura 22: http://www.saudeanimal.com.br/2015/11/29/celacanto/ Figura 23: http://opencage.info/pics/files/800_10823.jpg Figura 24: http://humairahmed.com/blog/wp-content/uploads/2013/04/coelacanth_edited-300x113.jpg 117 Referências Figuras: Figura 25: https://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a9/Rose_fish.jpg&imgrefurl=https://en.wikipedia.org/wiki/Actinopterygii&h=371&w=678&tbnid=CXT53_cIZQJjoM:&tbnh=109&tbnw=200&usg=__R6rxijOvh5_t5oDxs2BlUGf06zE=&vet=10ahUKEwifgKzth-jTAhXJxpAKHWrtDYIQ_B0IhQEwCg..i&docid=NvYE95kRrdAHwM&itg=1&sa=X&ved=0ahUKEwifgKzth-jTAhXJxpAKHWrtDYIQ_B0IhQEwCg&ei=iHYUWZ-cGcmNwwTq2reQCA Figura 27: http://www.fishbase.se/photos/ThumbnailsSummary.php?ID=12753 Figura 28: http://www.fishbase.org/images/species/Osarc_u0.jpg Figura 29: http://animaldiversity.org/collections/contributors/ryan_jonna/large_fish_diagram/large.jpg Figura 30: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e3/Aphredoderus_sayanus_4.JPG/233px-Aphredoderus_sayanus_4.JPG Figura 31: https://www.flickr.com/photos/31486092@N05/4758553277 Figura 34: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Amia_calva_1908.jpg 118 Referências Figuras: Figura 35: https://br.pinterest.com/pin/508273507923658600/ Figura 36: http://www.aquaflux.com.br/conteudo/artigos/o-aquario-de-excentricidades--parte-2-1404763505.php Figura 37: http://visao.sapo.pt/ambiente/opiniaoverde/brunopinto/o-esturjao=f645282 Figura 38: http://maniadeaquario.blogspot.com.br/2011/11/gar.html Figura 39: https://primitivefishes.com/polypterus/ Figura 40: https://pt.wikipedia.org/wiki/Esturj%C3%A3o-persa Figura 41: https://www.pinterest.pt/pin/478014947929100162/ Figura 47: http://www.bemposta.net/rioribeiras/peixes/peixesbemposta.htm Figura 50: https://pt.depositphotos.com/16913781/stock-photo-whole-rainbow-trout-oncorhynchus-mykiss.html Figura 51: http://www.bacalhaudanoruega.com.br/Escola-do-Bacalhau/Tipos/Saithe-Tipo-Bacalhau-Pollachius-virens Figura 52: http://poxe.ru/interesting/1166357967-zhivotnye-v-cifrah-ot-0-do-10.html 119 Referências Figuras: Figura 53: http://www.cienciaviva.pt/peixes/home/index.asp?accao=showpeixe&id_especie=19&id_grupoespecie=1 Figura 54: http://www.pesqueirapioneira.com.br/en/tainha/ Figura 55: http://www.guiadospeixes.com/peixe-barracuda-conheca-os-seus-habitos/ Figura 59: http://dicionarioportugues.org/pt/teleosteos Figura 60: http://www.maare.ufsc.br/news11/ Figura 62: http://ilhas-encantadas.blogspot.com.br/2008/10/encontro-com-peixe-da-fundura.html Figura 64: http://charlezine.com.br/tag/oceano/ Figura 67: http://wallpaper24x7.com/biologia+marinha+wallpaper Figura 70: https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/peixes-de-agua-doce-do-brasil-tilapia-tilapia-rendalli Figura 71: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cyprinodon_diabolis_FWS_5.jpg Figura 72: http://pescariamadora.blogspot.com.br/2011/07/peixes-de-agua-salgada-anchova.html Figuras 1, 26, 32, 33, 42 a 46, 48, 49, 56, 57, 58, 61, 63, 65, 66, 68 e 69: POUGH,F. H.; HEISER, J. B.; JANIS, C. M. . Vida Dominante na Água: A Principal Radiação dos Peixes. In:______. A Vida dos Vertebrados – 4ª Ed. São Paulo: Atheneu Sp, 2008, pg 118-155. 120
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