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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFG Disciplina: Hidráulica 2 Docente: Luísa Magalhães Araújo Discentes: Ana Caroline Barbosa; Bruno Santana; Carlos Paes: Felipe de Jesus; Gabriele Mota Semestre: 6° Lista 1 1. Como podem ser classificados os canais? Os canais podem ser classificados em canais naturais e artificiais, sendo os naturais os cursos de águas existentes na natureza, como as pequenas correntes, córregos, Rios e etc, e artificiais, de sessão aberta e fechada, construídos pelos homens, como canais de irrigação, de navegação, adutoras e etc. 2. Apresente as características de escoamento em condutos livres. A característica principal é a presença da pressão atmosférica atuando sobre a superfície do líquido, em uma sessão aberta, como os canais de irrigação e drenagem, ou fechados como nos condutos de esgoto e galerias de águas pluviais. 3. Porque se pode dizer que existe mais dificuldade de tratar os condutos livres do que os condutos forçados? Em relação a rugosidade das paredes, os condutos forçados apresentam rugosidades bem caracterizadas, enquanto nos canais é mais difícil a especificação da rugosidade hein revestimentos em controle de qualidade industrial, ou mais difícil ainda no caso dos canais naturais. E em relação aos parâmetros geométricos os canais apresentam variadas. 4. Cite e descreva os parâmetros necessários para caracterizar geometricamente a seção e as declividades de interesse. • Área molhada: área da seção reta do escoamento normal à direção do fluxo. • Perímetro molhado: comprimento da linha do contorno relativo ao contato do líquido com o conduto. • Raio hidráulico: relação entre a água molhada e o perímetro molhado. • Altura d'agua: distância do ponto mais profundo da seção do canal e a linha da superfície livre. • Altura de escoamento da seção: é altura do escoamento medida perpendicularmente ao fundo do canal. • Largura de topo: largura da superfície líquida em contato com a atmosfera. • Altura média: a razão entre a área molhada e a largura superficial. • Declividade de fundo: é a declividade longitudinal do canal. • Declividade da linha de variação: variação da energia da corrente. 5. Descreva o comportamento da linha piezométrica no escoamento em condutos livres. Os conceitos relativos as linhas de energia e geométricas são utilizadas nos canais de forma análoga aos condutos forçados, observando que, devido à presença da pressão atmosférica, a linha piezométrica geralmente, mas nem sempre, coincide com a linha da água. Nas aplicações mais comuns em que a linha d’água coincide com a linha pesada métrica, a carga de pressão P/Y do conduto forçado será substituída pela altura da água Y na seção considerada. 6. É possível que se desenvolva escoamento livre em condutos fechados? Se sim, indique situações em que isso ocorre. Sim, ocorre em canais fechados com somente a atuação da força gravitacional, escoando de um local com maior altura para um de menor, sem o uso de canais forçados, como o uso de aparelhos e mecanismos de bombeamento. 7. Como podem ser classificados os escoamentos em canais? Podem ser classificados um escoamento permanente (se a velocidade local em um ponto qualquer da corrente permanecer invariável no tempo, em modulo e direção) e não permanente (se a velocidade em um certo ponto vária com o passar do tempo). 8. Em que situações são aplicadas as equações de Chézy e Manning? Quais parâmetros são considerados em cada uma delas? As equações de Chézy é indicada para escoamentos turbulentos rugosos em canais, os parâmetros considerados são a velocidade média, o coeficiente de rugosidade, o raio hidráulico e a declividade. As equações de Manning é válida para vos escoamentos permanentes, uniformes e turbulentos rugosos, com grande número de Reynolds. Os parâmetros considerados são o raio hidráulico e o coeficiente de rugosidade de Manning. 9. Observando a fórmula de Manning pode-se afirmar que ela corresponde a relação entre parâmetros de 2 naturezas. Quais são estas? Parâmetro hidráulico e parâmetro geométrico (vazão e velocidade). 10. Pode-se afirmar que a distribuição da velocidade da água em um canal é constante em todos os pontos da seção transversal? Explique como esta ocorre. A distribuição de velocidade é não uniforme na seção transversal de condutos livres devido o atrito do liquido com o ar e com as paredes do conduto. As velocidades aumentam da margem para o centro e do fundo para a superfície. 11. O que significa dizer que uma seção é de mínimo perímetro molhado? Quando essa condição pode ser alcançada? Significa que o perímetro molhado é mínimo compatível com a área. Pode ser alcançada quando a vazão for máxima e o raio hidráulico adquirir o valor máximo. 12. Qual vantagem de se adotar em um projeto seções de mínimo perímetro molhado? Em que situações esta característica pode não ser a melhor opção? Apresenta eficiência do ponto de vista hidráulico, e econômico devido à maneira mínima superfície de revestimento, que representa uma das partes mais dispendiosas da obra. Pode não ser a melhor opção quando a seção for pequena, ou largura de fundo for pequena em relação a altura, a velocidade media da vazão não ser compatível com o tipo de revestimento empregado. 13. Como são dimensionados os canais de mínimo perímetro molhado de seção: a) Trapezoidal 𝑚 = 2(√1 + 𝑧2 − 𝑧) b) Retangular 𝑏 = 2𝑦0 c) Circular Para uma determinada área, a figura que apresenta o menor perímetro molhado é o círculo, porém sua construção é inexequível, a não ser que seja pré-fabricada como as tubulações para sistemas de esgotos ou drenagem de águas pluviais. 14. O que significa dizer que uma seção é de mínimo perímetro molhado? Em situações essa condição não é possível? Por quê? Significa que o perímetro molhado é mínimo compatível com a área. Segundo Porto (2006), pode haver dificuldade de aplicação da seção de mínimo perímetro molhado na prática, como seção demasiadamente profunda e largura de fundo pequena em relação à altura da seção. Independentemente da forma da seção do canal, deve-se adotar, sempre que possível, a seção de mínimo perímetro molhado. 15. O que significa energia ou carga específica? Como ela pode ser determinada em canais? A energia disponível em uma seção, tomando como plano de referência um plano horizontal passando pelo fundo do canal, naquela seção. Em outras palavras, a energia específica é a distância vertical entre o fundo do canal e a linha de energia, o que corresponde a fazer Z=0. Em canal retangular pode ser determinado por: e=y+q²/2.g.y². 16. Uma galeria de águas pluviais, de concreto, com diâmetro de 70cm e declividade de fundo de 4m/km, transporta uma vazão de 600l/s em regime permanente e uniforme. Determine a altura d’água na galeria. D = 𝑀 𝐾 → 0,7 = 0,443 𝐾 → K = 0,632 𝑀 = ( 𝜂∗𝑄 √𝐼 ) 3 8 → 𝑀 = ( 0,012∗0,6 √0,004 ) 3 8 → 𝑀 = 0,443 𝑦2 𝐷 = 0,775 𝑚 → 𝑦2 = 0,775 ∗ 0,7 → 𝑦2 = 0,542𝑚 17. Calcular a vazão de um canal retangular com as seguintes características: largura do fundo = 1,5 metros altura da lâmina normal = 0,80 metros declividade = 0,3 metros por mil metros material = madeira (n = 0,014) y = 𝑀 𝐾 → 𝑀 = 0,8 ∗ 1,5 → M = 0,84 𝑀 = ( 𝜂∗𝑄 √𝐼 ) 3 8 → 𝑄 = 𝑀 8 3∗√𝐼 𝜂 → 𝑄 = (0,84) 8 3∗√0,0003 0,014 → 𝑄 = 0,777 𝑚3/𝑠 y2/D z 0,77 0,631 x 0,632 0,78 0,634 𝑚 = 𝑏 𝑦0 → 𝑚 = 1,5 0,8 → 𝑚 = 1,875 𝑘 = 1,05 18. Determine o valor da inclinação do talude (z) e da razão de aspecto e calcule a vazão do canal trapezoidal com os seguintes dados: I = 0,4 por mil, n = 0,013, h = 1 m, b = 2,5 m e α = 30° 𝑡𝑔 30° = 1 𝑧 → 𝑧 = 1 𝑡𝑔 30° → 𝑧 = 1,73𝑚 𝑚 = 𝑏 𝑦0 → 𝑚 = 2,5 1 → 𝑚 = 2,5𝑚 𝐴 =(𝑏 + 𝑧 ∗ ℎ2) → 𝐴 = (2,5 + 1,73 ∗ 12) → A = 4,23 m2 𝑃 = 𝑏 + 2ℎ ∗ √1 + 𝑧2 → 𝑃 = 2,5 + 2 ∗ 1 ∗ √1 + 1,732 → P = 6,5 m 𝑅ℎ = 𝐴 𝑃 → 𝑅ℎ = 4,23 6,5 → 𝑅ℎ = 0,651 𝑚 𝑄 = 𝐴∗𝑅ℎ 2 3∗√𝐼 𝜂 → 𝑄 = 4,23∗(0,651) 2 3∗√0,0004 0,013 → 𝑄 = 4,888 𝑚3/𝑠 19. Um bueiro circular de 80 cm de diâmetro conduz água por baixo de uma estrada com uma lâmina de 56 cm. Sabendo-se que o canal tem declividade de 1m/km, e revestimento de concreto em boas condições, calcule a vazão e a velocidade veiculada pelo mesmo. D = 80cm = 0,8m y0 = 56cm = 0,56m I = 1 m/km = 0,001 m/m η = 0,014 𝐴𝑐 = 𝜋 ∗ 𝑟 2 → 𝐴𝑐 = 𝜋 ∗ 0,4 2 → 𝐴𝑐 = 0,503m 2 𝑦0 𝐷 = 0,56 0,8 = 0,7 → 𝐾 = 0,604 𝐷 = 𝑀 𝐾 → 0,8 = 𝑀 0,604 → 𝑀 = 0,483 𝑄 = 𝑀 8 3∗√𝐼 𝜂 → 𝑄 = (0,483) 8 3∗√0,001 0,014 → 𝑄 = 0,324 𝑚3/𝑠 𝑉 = 𝑄 𝐴 → 𝑉 = 0,324 0,503 → 𝑉 = 0,644 𝑚/𝑠 20. Considerando um canal com revestimento de concreto em condições regulares, b/y0 K 1,8 1,034 1,875 x 2 1,091 largura de fundo de 2,1 metros, altura de água de 1,05 metros, declividade de 0,3% e inclinação de talude de 29°. η = 0,016 b = 2,1 m y = h = 1,05 m І = 0,003 a) Determine a capacidade de descarga e a velocidade desse canal. 𝐴𝑚 = (𝑏 + 𝑧 ∗ ℎ 2) → 𝐴𝑚 = (2,1 + 1,804 ∗ 1,05 2) → 𝐴𝑚 = 5,006 m 2 𝑃𝑚 = 𝑏 + 2ℎ√1 + 𝑧2 → 𝑃𝑚 = 2,1 + 2 ∗ 1,05√1 + 1,804 2 → 𝑃𝑚 = 6,431m 𝑅ℎ = 𝐴 𝑃 = 5,006 6,431 = 0,778 m 𝑄 = 𝐴∗𝑅ℎ 2 3∗√𝐼 𝜂 → 𝑄 = 5,006∗(0,778) 2 3∗√0,003 0,016 → 𝑄 = 14,496 𝑚3/𝑠 𝑉 = 𝑄 𝐴 → 𝑉 = 14,496 5,006 → 𝑉 = 2,896 𝑚/𝑠 b) Determine a capacidade de descarga e a velocidade considerando o canal triangular. η = 0,016 b = 0 y = h = 1,05 m І = 0,003 θ = 29° z = 1,804 m 𝐴 = 𝑧 ∗ ℎ2 → 𝐴 = 1,804 ∗ 1,052 → 𝐴 = 1,989 m2 𝑃 = 2ℎ√1 + 𝑧2 → 𝑃 = 2 ∗ 1,05√1 + 1,804 2 → 𝑃 = 4,331𝑚 𝑅ℎ = 𝐴 𝑃 = 1,989 4,331 = 0,459 𝑚 𝑄 = 𝐴∗𝑅ℎ 2 3∗√𝐼 𝜂 → 𝑄 = 1,989∗(0,459) 2 3∗√0,003 0,016 → 𝑄 = 4,051 𝑚3/𝑠 𝑉 = 𝑄 𝐴 → 𝑉 = 4,051 1,989 → 𝑉 = 2,037 𝑚/𝑠 c) Determine a capacidade de descarga e a velocidade considerando o canal retangular. η = 0,016 b = 2,1 m y = h = 1,05 m 𝐴 = 𝑧 ∗ ℎ2 → 𝐴 = 2,1 ∗ 1,05 → 𝐴 = 2,205 m2 𝑃𝑚 = 𝑏 + 2ℎ → 𝑃𝑚 = 2,1 + 2 ∗ 1,05 → 𝑃𝑚 = 4,2 𝑚 𝑅ℎ = 2,205 4,2 = 0,525𝑚 𝑄 = 𝐴∗𝑅ℎ 2 3∗√𝐼 𝜂 → 𝑄 = 2,205∗(0,525) 2 3∗√0,003 0,016 → 𝑄 = 4,912 𝑚3/𝑠 𝑉 = 𝑄 𝐴 → 𝑉 = 4,912 2,205 → 𝑉 = 2,228 𝑚/𝑠 21. Dimensione um canal com inclinação de talude de 36,5º, declividade de fundo de 0,8m/km, revestimento de taludes de concreto em condições regulares e fundo de pedra aparelhada em más condições, para transportar uma vazão de 8150 l/s. Considerando a razão de aspecto de 3,5, determine: a) A forma do canal e faça um esboço com suas características 𝑡𝑔 36,5° = 1 𝑧 → 𝑧 = 1 𝑡𝑔 36,5° → 𝑧 = 1,4𝑚 𝑚 = 𝑏 𝑦0 → 3,5 = 3,2 𝑦0 → 𝑦0 = 0,91𝑚 b) A área molhada, perímetro e raio hidráulico do canal 𝐴𝑚 = (𝑏 + 𝑧 ∗ ℎ) ∗ ℎ → 𝐴𝑚 = (3,2 + 1,4 ∗ 0,914) ∗ 0,914 → 𝐴𝑚 = 4,094 m 2 𝑃𝑚 = 𝑏 + 2ℎ√1 + 𝑧2 → 𝑃𝑚 = 3,2 + 2 ∗ 0,914√1 + 1,4 2 → 𝑃𝑚 = 8,611 m 𝑅ℎ = 𝐴 𝑃 → 𝑅ℎ = 4,094 8,611 → 𝑅ℎ = 0,475 m c) A inclinação do talude (z) na relação z:1 z = 1,4:1 d) a velocidade média 𝑉 = 𝑄 𝐴 → 𝑉 = 8,15 4,094 → 𝑉 = 1,991 𝑚/𝑠 22. Considerando um canal de drenagem, retangular, com revestimento de concreto em boas condições, largura de fundo de 1,4 metros, declividade de 0,2% que veicula 4,5 m³/s de água, determine: z = 0 η = 0,014 b = 1,4 m І = 0,002 m/m Q = 4,5 m3/s q = 4,5 1,4 → q = 3,214 m3/s. M 𝑘1 = 𝜂×𝑄 𝑏 8 3×√Ι → 𝑘1 = 0,014×4,5 (1,4) 8 3×√0,002 → 𝑘1 = 0,574 𝑦2 𝑏 = 1,15 𝑚 → 𝑦2 = 1,15 ∗ 1,4 → 𝑦2 = 1,61𝑚 a) A energia especifica 𝐸 = 𝑦 + 𝑞2 2𝑔𝑦2 → 𝐸 = 1,61 + 3,2142 2∗9,8∗1,612 → 𝐸 = 1,813 𝑚 b) A altura critica 𝑦𝑐 = ( 𝑞2 𝑔 ) 1 3 → 𝑦𝑐 = ( 3,2142 9,8 ) 1 3 → 𝑦𝑐 = 1,018 𝑚 c) A energia mínima 𝐸𝑐 = 3 2 ∗ 𝑦𝑐 → 𝐸𝑐 = 3 2 ∗ 1,018 → 𝐸𝑐 = 1,527 𝑚 d) A velocidade critica 𝑉𝑐 = √𝑔 ∗ 𝑦𝑐 → 𝑉𝑐 = √9,8 ∗ 1,018 → 𝑉𝑐 = 3,180 𝑚 e) Caracterize o tipo de escoamento 𝑓 = 𝑞 √𝑔∗𝑦𝑐 3 → 𝑓 = 3,214 √9,81∗1,0183 → 𝑓 = 0,999 < 1 Subcrítico flexível 23. Em quais situações ocorre o ressalto hidráulico? Como sua eficiência e seu desempenho podem ser avaliados? Este fenômeno ocorre frequentemente nas proximidades de uma comporta de regularização ou ao pé de um vertedor de barragem. É principalmente utilizado como dissipador de energia cinética de uma lâmina liquida que desce pelo barramento de um vertedor, evitando o aparecimento de um processo erosivo no leito do canal de restituição. y2/b z 1,14 0,564 X 0,574 1,16 0,576
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