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1 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com 1) FUNÇÕES DO ESTADO 1.1) ESTADO, ORIGEM, CONCEITO E ELEMENTOS 1.1.1) Origem 1.1.2) Conceito Pessoa jurídica SOBERANA constituída de um POVO organizado sobre um TERRITÓRIO sob o comando de um GOVERNO para fins de alcançar um BEM COMUM. 1.1.3) Elementos A) SOBERANIA: ~> Âmbito Externo: independência/igualdade entre os Estados. Atualmente a doutrina diz que é soberano o que tem poder econômico e bélico. TEORIA FORMAL CLÁSSICA. ~> Âmbito Interno: poder jurídico mais alto. B) TERRITÓRIO ~> Base física: subsolo, espaço e mar territorial. ~> Base por extensão: Ex: aeronave. TEORIAS ORIGEM FAMILIAR MATRIARCAL O E surge de grupos onde a mulher era chefe PATRIARCAL O E surge de grupos onde o homem era chefe ORIGEM PATRIMONIAL Como forma de garantia ao patrimônio acumulado ORIGEM DA FORÇA O E surge para garantir os que venceram a luta de todos contra todos 2 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com C) POPULAÇÃO POPULAÇÃO x POVO POPULAÇÃO x NAÇÃO 1.2) NECESSIDADES PÚBLICAS NECESSIDADES INDIVIDUAIS x NECESSIDADES COLETVAS Necessidades coletivas públicas. Toda necessidade coletiva é pública, mas nem toda necessidade pública é coletiva. Sentido lato: necessidade pública é tudo aquilo que incumbe ao Estado. ESCOLHA POLÍTICA. Sentido estrito: necessidades públicas são aquelas que interessam aos cidadãos indistintamente. Prestação obrigatória só será se o Estado assim disser. OBS: Atividade administrativa do Estado NÃO se restringe ao serviço público. +PODER DE POLÍCIA. 1.3) INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação Todos aqueles que estão no território Aqueles q têm vínculo jurídico com o território. Natos ou naturalizados. Conceito antropológico. Pessoas reunidas em razão da identidade comum. Todos aqueles que estão no território 3 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. (...) Art. 175, CF. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado. EXCEÇÃO: Nos casos expressamente previstos na CF, o Estado exerce atividades. CONCEITO: conjunto de atividades estatais sob o seguimento econômico, que é próprio da iniciativa privada, visando os fins traçados pela CF e utilizando-se legítima e razoavelmente dos instrumentos e mecanismos postos à disposição estatal. INTERNVENÇÃO vs ATUAÇÃO (ação): Toda a intervenção é atuação, mas nem toda atuação é intervenção. A prestação de serviço público é a atuação TÍPICA do Estado, já a intervenção é atuação ATÍPICA. 1.3.1) CLASSIFICAÇÃO DA INTERVENÇÃO DO ESTADO A) DIRETA: assume o papel de agente econômico. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; SERVIÇOS PÚBLICOS Art. 175, CF. Atribuição do Estado DOMÍNIO ECONÔMICO Livre iniciativa Art. 170, CF. Em regra: livre aos particulares e vedado ao Estado. 4 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. ~> empresa pública: capital 100% do Estado. ~> sociedade de economia mista: + 50% do capital é do Estado. TIPOS DE INTERVENÇÃO DIRETA: I) Em concorrência (por participação) com a iniciativa privada. Art. 173, CF. Participa do nicho de mercado. Só será desenvolvida em casos de IMPERATIVOS DA SEGURANÇA NACIONAL ou RELEVANTE INTERESSE COLETIVO. II) Em caráter monopolizador (por absorção) Art. 177. Constituem monopólio da União: I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores; IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem; V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal. Neste caso, independe dos requisitos de segurança nacional ou interesse coletivo. B) INDIRETA Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. (...) § 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. § 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento. § 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros. § 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei. A ação é como figura do Estado. TIPOS DE INTERVENÇÃO INDIRETA: I) Por direção: 5 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com O Estado obriga o sujeito a agir de determinada forma. Estimula condutas. COMPULSÓRIO. Possui fundamento no artigo 170, da CF. Ex: institutos de repressão ao domínio econômico (artigo 173, §4º, CF); controle de abastecimento; tabelamento de preços. II) Por indução: O Estado exerce uma atividade indutora de comportamento. FOMENTO/DISSUASÃO “SANÇÃO PREMIAL” isto é, o Estado premia as empresas que agem de determinadas formas, através de incentivos fiscais e /ou financiamentos. 1.4) ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO Liberalismo econômico: ~> livre iniciativa. ~> estado polícia – função negativa ~> Atividade financeira do Estado – quase neutra – arrecadação de $ aos cofres FISCALIDADE: objetiva a SUSTENTAÇÃO dos encargos próprios do ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO. CONSEQUÊNCIAS: PRÁTICAS ABUSIVAS. Contrastes chocantes, trusts, cartéis, monopólios, etc. 1.5) ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO INTERVENCIONISTA: A EXTRAFISCALIDADE CONCEITO: É a atividade financeira que o Estado exercita SEM O FIM PRECÍPUO DE OBTER RECURSOS PARA SEU HERÁRIO, para o fisco, mas sim, COM VISTAS A ORDENAR OU REORDENAR A ECONOMIA E AS RELAÇÕES SOCIAIS. ESTADO DO BEM-ESTAR SOCIAL Art. 6º, CF. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. WELFARE STATE. Política neoliberal. CF imputa deveres. O objetivo estatal são outros valores constitucionalmente assegurados (Ex. redução da desigualdade) EXCEÇÕES: a) II Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 6 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. b) ITR Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; c) IPTU Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. (...) § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. Logo: CARÁTER FISCAL: Atividade financeira do Estado. Instrumento indireto em relação aos fins do Estado. Em primeiro momento busca arrecadação, após o cumprimento das necessidades públicas. CARÁTER EXTRAFISCAL: Instrumento direto para os fins do estado. Busca satisfazer as necessidades públicas. 2) SISTEMA FEDERATIVO NACIONAL 2.1) FEDERALISMO FISCAL BRASILEIRO Conjunto de providências (Constitucionais, legais, administrativas) orientadas ao financiamentos dos diversos entes federados. FEDERALISMO COOPERATIVO: Obrigação de harmonização AUTONOMIA DOS ENTES: Equiparação de financiamento FEDERALISMO SOLIDÁRIO: Em visão ideal, havendo uma mistura de cooperativismo e solidariedade, deve existir um equilíbrio entre os entes. 7 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com SEM HIERARQUIA ENTRE ENTES: Regras claras e rígidas. Art. 21. Compete à União: I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; II - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII - emitir moeda; OBS: ARTIGO MUITO EXTENSO Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (...) § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e àinovação; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. POLÍTICAS PÚBLICAS: São o conjunto de programas, ações e atividades desenvolvidas individual e conjuntamente pelos Entes federativos do Estado Brasileiro, no sentido de assegurar a realização de direitos constitucionalmente previstos. 8 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com Isso ocorre através de: Inserção nos orçamentos públicos ~> Pelo poder executivo, ao propor as políticas públicas. ~> por emendas parlamentares (no trâmite de lei orçamentária, podem fazer emendas que não estão previstas no orçamento. Pode ser da União, Estados, Municípios). FONTES DE RECURSOS: Previsão orçamentária em função do que vai arrecadar. A) PARTILHA PATRIMONIAL: aluguel de prédios. B) COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR E COBRAS TRIBUTOS: Ex. IPVA é rateado entre Estados e Municípios igualmente. C) TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS INTERGOVERNAMENTAIS (obrigatórias ou voluntárias): Apenas verticalmente, de cima para baixo. Clara desigualdade arrecadatória entre os entes. CRITÉRIOS PARA REPASSES (FPE/FPM): RENDA e POPULAÇÃO. CONSEQUÊNCIAS DO DESEQUILÍBRIO FISCAL ENTRE OS ENTES FEDERADOS: A) Enfraquecimento do processo democrático: dinheiro concentrado no poder da U. B) Competição fiscal C) Incapacidade do governo central: má destruição de verbas. D) Minimização dos processos de redução das desigualdades regionais COMO? Renúncia fiscal, doação de terrenos, crédito com juros subsidiados. PROBLEMÁTICAS ENVOLVENDO O FEDERALISMO FISCAL BRASILEIRO Balanceamento entre as competências (tributos) e as transferências obrigatórias. Não exercício da competência tributária. ~> sem sanções graves. Apenas pode atingir as transferências obrigatórias. GUERRA FISCAL HORIZONTAL Entre E e M. A ponta do federalismo cooperativo. VERTICAL UxE, ExM 9 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com Atribuição do executivo elaborar e o legislativo aprovas e fiscalizar as leis orçamentárias ~> Presidencialismo de coalisão. 2.2) REPARTIÇÃO E RECEITAS TRIBUTÁRIAS Discriminação de rendas tributárias: a) Repartição de competências tributárias, isto é, instituir tributos. b) Repartição de receitas tributárias ~> relações intergovernamentais. DISTRIBUIÇÃO DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. Art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. Art. 159. A União entregará: I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 49% (quarenta e nove por cento), na seguinte forma: a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo. § 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. 10 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com § 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido. § 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. § 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos: I – ao pagamento de seus créditos, inclusivede suas autarquias; II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. Art. 161. Cabe à lei complementar: I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I; II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios; III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II. Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio. Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município; os dos Estados, por Município. CRITÉRIOS: A) DIRETAS Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: III - propriedade de veículos automotores. Art. 158. Pertencem aos Municípios: III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; B) INDIRETA Por regulação. OBS: Repartição sempre VERTICAL. Partilha aos Estados e DF prevista no artigo 157, e dos Municípios no artigo 158, ambos da CF. OBS: NÃO estra na repartição os seguintes impostos: Da União: II, IE, IGF Dos Estados: ITCMD Dos Municípios: Nenhum imposto sofre repartição. OBS: Proibição de retenção quanto à repartição. Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos: I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. 11 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com EXCEÇÃO: Pagamento dos seus créditos. Em cumprimento do disposto no artigo 198, §2º, II e III, no que diz respeito ao investimento de percentual mínimo para a saúde, é possível a retenção da repartição. 3) ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO Possui três elementos: 1) O orçamento público. 2) As formas, condições e limites de obtenção de receita para despesa 3) As formas, condições e limites do gasto de dinheiro público OBJETIVO: Assegurar as necessidades públicas. 3.1) PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Sob o ângulo das DESPESAS (Vincula somente esta). Realização de dispêndios: ~> Via lei orçamentária ~> via abertura de créditos adicionais ~> Realização de operações de crédito Art. 167. São vedados: II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II - exoneração dos servidores não estáveis. Assim: créditos adicionais ~> suplementares ou especiais ~> PLN EXCEÇÃO: É possível a instituição de créditos adicionais extraordinários via MP, em caso de guerra ou calamidade pública. PRINCÍPIO DA ECONOMICIDADE Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, 12 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Eficiência econômica: mínimo de recursos e máximo de satisfação das necessidades públicas. PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNIA Art. 48, LRF. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. § 1o A transparência será assegurada também mediante: I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A. § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público. § 3o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios encaminharão ao Ministério da Fazenda, nos termos e na periodicidade a serem definidos em instrução específica deste órgão, as informações necessárias para a constituição do registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, de que trata o § 4o do art. 32. § 4o A inobservância do disposto nos §§ 2o e 3o ensejará as penalidades previstas no § 2o do art. 51. § 5o Nos casos de envio conforme disposto no § 2o, para todos os efeitos, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios cumprem o dever de ampla divulgação a que se refere o caput. § 6o Todos os Poderes e órgãos referidos no art. 20, incluídos autarquias, fundações públicas, empresas estatais dependentes e fundos, do ente da Federação devem utilizar sistemas únicos de execução orçamentária e financeira, mantidos e gerenciados pelo Poder Executivo, resguardada a autonomia. Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a: I – quanto à despesa:todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade. Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício. PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE FISCAL Art. 1º, LRF. Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição. 13 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com § 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar. § 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. § 3o Nas referências: I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos: a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes; II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município. Ações PLANEJADAS e TRANSPARENTES. Prevenção de riscos e correção de desvios ~> metas de resultado. 4) DIREITO FINANCEIRO Conjunto de normas que regulam a atividade financeira do Estado. DESTINAÇÃO LEGAL x DESTINAÇÃO EFETIVA Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. ABRANGÊNCIA DESPESAS PÚBLICAS RECEITAS PÚBLICAS Instituição, arrecadação e destinação de receitas não tributáveis e destinação de receita tributária ORÇAMENTO PÚBLICO Destinação de receitas tributárias CRÉDITOS PÚBLICOS 14 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com A destinação legal é temática de direito tributário. Ex: artigos 148 e 149, CF. A destinação efetiva, por sua vez, é matéria de direito financeiro, inexistindo vínculo do tributo com a natureza da necessidade. OBS: CPMF – saúde SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Não abrange finanças privadas. Há dois sistemas financeiros regulados na CF: ~> PÚBLICO: Artigos 163 até 169, CF. ~> PARA PÚBLICO: instituições financeiras creditícias de seguro, previdência (privada) e capitalização – controle estrito do Poder Público. Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. OBS: Banco Central tem os dois elos. Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. § 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. § 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. § 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. RELAÇÃO COM OUTROS RAMOS DE DIREITO Direito Constitucional Direito Administrativo Direito Processual Civil Direito Penal Direito Tributário Direito Civil NÃO É DIREITO FINANCEIRO Moeda Câmbio Tributos É DIREITO FINANCEIRO Receitas Despesas Orçamentos 15 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com Controle do Orçamento (TC) Dívida Pública Responsabilidade Fiscal 5) FONTES DO DIREITO FINANCEIRO 1) CONSTITUIÇÃO Capítulo exclusivo destinado às finanças públicas – artigos 163 até 169, CF. Além disso: artigos 21, 23, 30, 31, 70 até 75, 87, 134, §2º e 100, todos da CF. 2) LEIS COMPLEMENTARES Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. Art. 163. Lei complementar disporá sobre: II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: § 9º Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotadosquando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166. Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. § 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. Normas GERAIS de direito financeiro serão tratadas apenas através de LEI COMPLEMENTAR. NÃO há hierarquia entre LC e LO. A competência LC é expressamente prevista, enquanto a LO tem competência residual. Pode uma LO revogar uma LC? SIM, quando esta última tratar de matéria de competência de LO. A partir da CF/88 é possível que uma LO trate de norma geral de direito financeiro? SIM, a exemplo temos a Lei n.º 4320/64, tal ocorrência é possível uma vez que o fenômeno da recepção não analisa do aspecto formal da norma. 3) LEIS ORDINÁRIAS Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Art. 167. São vedados: III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; 16 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: § 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. 4) LEIS DELEGADAS Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. O Congresso Nacional delega ao Chefe do Executivo. RESTRIÇÕES: Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. § 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 5) MEDIDAS PROVISÓRIAS Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. VEDAÇÕES: Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I – relativa a: d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; III – reservada a lei complementar. CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS EXTRAORDINÁRIOS Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. 6) RESOLUÇÕES DO SENADO Grande relevância ao direito financeiro. Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 17 Renam Borges da Silva renam74@gmail.com VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
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