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Autor: Aluízio Torres Título e subtítulo: Construção Civil – Gerenciamento ENGENHEIRO DE OBRA FISCAL DE OBRA Edição: 1ª Nome do Editor: Aluízio Torres Ano de publicação: 2015 Copyright 2015 por Aluízio Torres Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes, sem autorização por escrito do autor CIP-BRASIL – CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ XXXXXXXXXX, 2015 ISBN 1. Construção Civil. 2.Gerenciamento. 3.Engenheiro de Obra. 4.Fiscal de Obra XX- COD: XXX.X 1. X XXX: XXX.XXX-X Prefácio Breve histórico Desde 1964, quando executou a sua primeira obra, o autor passou por inúmeras vivências e experiências no ramo da Construção Civil, todas elas, isoladamente e no conjunto servindo como currículo do que resolveu chamar de “Universidade da Vida” – “UV”, designação essa repetida em algumas partes do livro, pelo enriquecimento cultural e profissional que procurou captar e aplicar ao longo da sua vida profissional. Não necessariamente em ordem cronológica, assim pode ser sintetizada a sua vivência: - 7 anos com firma individual, período em que, além de construções novas de casas, manteve contrato com a Prefeitura de Teresópolis – Rio, tendo projetado e acompanhado a execução da sede do Tiro de Guerra daquela cidade, inaugurado em julho de 1970. - 7 anos na Capitólio Imobiliária S.A., gerenciando e executando obras, não só na cidade do Rio de Janeiro, como também em Angra dos Reis, onde construiu um Condomínio Horizontal de 90 casas duplex, incorporação imobiliária da própria construtora. A seguir, na mesma cidade, gerenciou a construção de alguns empreendimentos para o Estaleiro da Verolme. - 9 anos como Diretor da Construtora Andrade Almeida, sediada no Rio de Janeiro, construindo obras de incorporação própria da empresa, entre as quais o envolvimento em 6 prédios no Recreio dos Bandeirantes, como também outras obras, resultantes de licitações promovidas pelo município. - 7 anos no ESCOOP S.A. – Escritório de Coordenação de Obras e Projetos, com sede também na cidade do Rio de Janeiro, exercendo cargos de superintendência, direção e de gerenciamento. Empresa privada, atuando também como Órgão Assessor do SFH, credenciado pelo então BNH, tendo gerenciado a fiscalização de 9.482 unidades habitacionais em vários bairros e na Região Metropolitana do Rio. - 7 anos como co-fundador e dirigente da COOPHABS-CSSE – Cooperativa Habitacional de Sócios do Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército, no Rio, co-gerenciando a execução de mais de uma dezena de empreendimentos, contemplando 1.029 apartamentos atribuídos a cooperativados associados da entidade. - Mais de 5 anos, como fundador e superintendente da GERENCIAL – Consultoria – Planejamento e Controle, tendo mais de uma dezena de construtoras como clientes, além da Caixa de Construções de Casas para o Pessoal do Ministério da Marinha – CCCPMM. Essencialmente, visava ao assessoramento das entidades na viabilização técnica e administrativa de aprovação de empreendimentos habitacionais junto à CAIXA, no Rio, tendo, em 1990, viabilizado a aprovação de 2.535 casas, representando cerca de 20% do total de financiamentos concedidos pelo órgão em todo o Estado do Rio de Janeiro. - A partir do primeiro semestre de 1984, então contando com 20 anos de experiência em execução e fiscalização de obras, passou a compor o quadro de docentes autônomos do BNH, através da EN-HAP – Escola Nacional de Habitação e Poupança, o mesmo ocorrendo em seguida com a CNI – Confederação Nacional da Indústria, através do DAMPI – Departamento de Apoio à Média e Peque Indústria. Pelos dois órgãos acima, ministrou, em 22 Estados do país, para mais de 1.200 profissionais envolvidos com a construção civil, os cursos abaixo indicados, todos tendo todo o conteúdo produzido pelo próprio autor: - - Gerenciamento e Fiscalização de Obras; - - Planejamento Físico-Financeiro de Obras; - - Apropriação de Custos de Obras; - - Análise Técnica de Empreendimentos Habitacionais A quem se destina o livro Assim, pode-se afirmar que o livro se destina a: - Profissionais (engenheiros e arquitetos, entre outros) que lidam não só com a execução como também com a fiscalização de obras, seja de natureza pública ou privada; - Dirigentes de empresas construtoras; - Dirigentes de órgãos públicos que lidam com licitações e execução de obras Tendo executado e ou fiscalizado mais de 11.400 unidades habitacionais e respectivas infra- estruturas e equipamentos comunitários, reúne um cabedal de experiência e vivência altamente expressivo. Com acentuada consciência profissional, procurou sempre racionalizar os procedimentos envolvidos nos dois tipos de atividades – execução e fiscalização de obras. Conteúdo do livro Deste modo, o presente livro contempla a amplitude de toda esta vivência e experiência. - Engenheiro de Obra e Fiscal de Obra O livro traça um perfil destes dois tipos de profissionais, tendo o próprio autor atuado em ambas as atividades, procurando traduzir, agora, de forma didática, tudo ou quase tudo com que esteve envolvido ao longo de praticamente 50 anos. - Roteiro Na concepção deste livro, originário de apostilas de cursos que ministrou, apresenta um roteiro prático e objetivo com relação a praticamente todas as fases de um empreendimento, seja ele de natureza pública ou privada, não escondendo nada do que pôde vivenciar, aplicar ou produzir. - Contrato Considerando o contrato como um elemento básico e fundamental, acentua a importância do seu pleno conhecimento e domínio. Na época do BNH, a minuta padrão era distribuída junto com o material didático dos cursos, comentando em profundidade todo o seu conjunto de cláusulas e condições, destacando aquelas mais recorrentes no dia a dia de uma obra. Aqui, apenas fazendo menção àquele documento, destaca situações específicas com que teve envolvimento direto ou indireto. - Documental da obra A documentação que envolve uma obra, qualquer que seja a sua natureza na construção civil, é a mais diversificada possível, tanto com referência à relação dos documentos, quanto à importância da análise de cada um deles, constituindo-se em um expressivo e amplo roteiro. Passível de ser adaptado às particularidades regionais. - Acompanhamento da Execução dos Serviços Neste particular, o livro é enriquecido com um número acentuado de páginas dedicadas ao acompanhamento da execução mais abrangente dos variados eventos relativos a uma obra, servindo, igualmente, para que cada leitor, ou técnico interessado, possa adaptar os roteiros às situações peculiares à sua área geográfica de atuação, conforme os tipos de obras com que normalmente se envolve, retirando ou mesmo acrescentando orientações próprias ao seu envolvimento. A exemplo do que trata quanto ao Documental, a abordagem constitui, assim, um expressivo roteiro para o que se deve “Verificar”, “Observar”, bem como “- Atentar para” aspectos marcantes, relativamente ao perfil da obra, possibilitando que qualquer interessado possa, não só ampliar como também adaptar as terminologias às especificidades de cada região em que atue. - Aceitação das obras Mesmo se reportando à minuta padrão de contrato já mencionada, as condições para que uma obra seja aceita por quem a tenha contrato serve de balizamento, mesmo para os dias atuais. - Abono de Prazos A prorrogação de prazo de obra contratada por um ente público e mesmo privado, constitui uma das questões historicamente carentes de definições mais adequadas possíveis. E para que tal indefiniçãonão continue, o autor criou e implantou em diversas obras uma sistemática metodizada a esse respeito, alcançando resultados muito proveitosos. - Vistorias para aceitação das obras e serviços Este é outro tema recorrente que tem envolvido contratantes e contratados, sem um disciplinamento formal, ocorrendo as vistorias com a longa descrição manuscrita das correções a serem feitas para que uma obra seja aceita ao final do contrato. Neste particular, o autor criou também mais uma sistemática metodizada, em que as incorreções são identificadas por um número constante de uma “Listagem de Possíveis Incorreções”, os quais são meramente anotados numa célula, com o lançamento do número identificador da incorreção, no cruzamento de uma linha com uma coluna em outra planilha, intitulada “Verificação dos Acabamentos”, que sintetiza tudo que foi observado. - Documentação de Habite-se Ao ser designado para cuidar da entrega de um prédio já concluído, o autor já se deparou, não só com a inexistência formal do Habite-se, em obra já ocupada, como também constatou que vários elementos faltavam para caracterizar a solicitação de tal documento perante a prefeitura, o que demandou alguns meses. A criação de uma listagem contendo, desde o início das obras, a discriminação de todos os elementos necessários a tal fim, representa mais um aspecto positivo na boa administração de uma obra. - Relação de desenhos Embora o modelo apresentado neste livro seja bem simples, até mesmo intuitivo, primeiro tem o objetivo de mostrar a importância de um dos elementos de controle fundamentais dentro de uma obra. A sua ausência conduz a equívocos que podem ser danosos, pela falta de segurança quanto aos desenhos que estão efetivamente valendo nas diversas fases do empreendimento. No cabeçalho, contém a indicação do tipo de projeto considerado (Formas, Arquitetura, Instalações Hidráulicas, por exemplo), seguido da designação cronológica dos desenhos à medida que vão surgindo e sendo utilizados, dispondo de uma coluna para indicação das datas de modificação e de substituição. - Sistemática de reuniões O presente tema, embora pouco ou quase nunca efetivado, constitui um elemento que deve ser considerado fundamental, imprescindível mesmo, no relacionamento salutar entre as duas partes envolvidas, sendo recomendável enfaticamente a sua implementação em qualquer tipo de obra envolvendo contratante e contratado, e até mesmo quando somente existe a figura da construtora, em construção própria, quando poderá ser utilizado pelo engenheiro da obra e com a participação dos seus auxiliares mais diretos (mestre, encarregado, apontador, almoxarife, e outros afins. - Diário de Obra Trata-se de mais um elemento imprescindível, qualquer que seja o tipo de obra e quaisquer que sejam as partes envolvidas, até mesmo quando se trata apenas de uma empresa construtora. O seu preenchimento sistemático, seguindo normas apropriadas (no modelo aqui apresentado consta uma sugestão de agenda) a cada caso, só pode contribuir para o mais completo controle possível da obra. Construção Civil – Gerenciamento: ENGENHEIRO DE OBRA – FISCAL DE OBRA Sumário Folha de Rosto Página de Copyright Ficha Catalográfica - ISBN etc Prefácio Sumário Cap 1 - As figuras do ENGENHEIRO DE OBRA e do FISCAL Cap 2 – DOCUMENTAL DA OBRA – Relação e Análise Documental da obra - Relação Documental da obra – Análise Cap 3 – CONTRATO Falência - Rescisão de Contrato Retirada de prepostos Cap 4 – ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS Cap 6 – ACEITAÇÃO DAS OBRAS Cap 7 – ANEXOS Anexo 1 - ABONO DE PRAZOS Anexo 2 – VISTORIAS PARA ACEITAÇÃO DAS OBRAS E SERVIÇOS Anexo 3 – DOCUMENTAÇÃO DE HABITE-SE Anexo 4 - RELAÇÃO DE DESENHOS – Anexo 5 - SISTEMÁTICA DE REUNIÕES Anexo 6- DIÁRIO DE OBRAS- Cap 1 - As figuras do ENGENHEIRO DE OBRA e do FISCAL O conteúdo do presente livro é destinado tanto aos técnicos envolvidos com a execução quanto àqueles aos quais cabe a tarefa da fiscalização das obras do ramo da Construção Civil em geral. Pretende também ser útil aos dirigentes, tanto contratantes quanto contratados, já que praticamente consiste de um roteiro, passo a passo, que traduz 50 anos de vivência e convivência no ramo da Construção Civil, nada sendo “escondido”, mas colocado de forma generalizada, didática e prática, seguindo ainda ensinamentos recolhidos da troca de experiências com milhares de profissionais atuantes nessa área. Composto por módulos, baseia-se essencialmente na vivência e experiência do autor no dia a dia, desde 1964, contemplando resultados de desafios enfrentados na execução, na fiscalização e na transmissão de conhecimentos através de eventos do tipo cursos, seminários, palestras, work-shops, conferências e afins, em quase todos os Estados da Federação. Ampara-se, ainda, no fruto da convivência com outros profissionais ligados ao tema geral, sejam eles engenheiros, arquitetos ou outros profissionais ligados à área enfocada pelos cursos e, agora, por este livro, servindo como referenciais para fins de avaliação de desempenho, espírito de iniciativa, tomada de decisões, como espelhos para melhoria de desempenho das atribuições inerentes aos objetivos aqui preconizados. Representa uma proposta concreta, onde o referencial teórico é utilizado unicamente como embasamento da prática efetiva, caracterizando-se em um guia prático de acompanhamento das atividades de execução e de fiscalização. Pretende, também, reverter uma tendência recorrente de apenas se verificar, em dado momento, serviços já então considerados concluídos, quando já poderá ser tarde ou impraticável a reversão de problemas que poderiam ser evitados pela necessária atenção ao início e ao meio. Por outro lado, e complementarmente, destaca-se que as atividades dos profissionais considerados envolvem não somente a execução ou a fiscalização simplesmente, mas sim e também uma acurada atenção com relação aos demais elementos associados ao contrato e ao projeto, como controles, rotinas operacionais e procedimentos normativos e administrativos. Desde o primeiro curso ministrado, no primeiro semestre de 1984, então já contando com 20 anos de atividades de execução e de fiscalização, quando foi elaborada a primeira versão das respectivas apostilas que deram origem ao presente livro, progressivamente foram surgindo necessidades de ajustes e adaptações no material inicial de apoio, em função da própria evolução de métodos construtivos, normas técnicas e procedimentos mais atualizados. A presente publicação também estará sujeita a revisões e aperfeiçoamentos. A troca de experiências com os profissionais com que mantive contato ao longo de agora 51 anos, em 2015, também representou um enriquecimento de conhecimentos e abordagens, sempre norteados pelo cuidado de procurar assimilar e aprimorar minha atuação. Um dos primeiros e principais objetivos é o de orientar, sugerir e/ou mostrar rotinas de acompanhamento das obras de forma sistematizada, resolvendo ou prevenindo eventuais dificuldades e mesmo problemas, seja na atuação de campo, quando o trabalho profissional é exercido em toda plenitude, seja na atuação precedente, de análise e interpretação prévia ou paralela do documental da obra, o começo efetivo e de fato das tarefas que serão desempenhadas. Busca-se ainda a conscientização do executante/fiscal quanto à correlação do seu trabalho no contexto não só da entidade a que estiver subordinado, com aquela com que terá que lidar ao longo da vigência plena do contrato. Procurar-se-á delinear para esses técnicos a figuração das situações com as quais estarão envolvidos, assim como detalhar e propor meios de bem analisar os instrumentos de que irá dispor para o exercício das atribuiçõesinerentes ao papel que lhe caberá desempenhar. Se a empresa contratada é que se obriga perante o contratante, ou cliente, será a sua ação cotidiana, sistemática, paciente e dedicada, e acima de tudo, movida pelo mais elevado profissionalismo que vai refletir na obtenção do resultado final almejado, em estrita obediência ao contrato, projetos, especificações e demais elementos complementares e subsidiários, seguindo a técnica mais adequada à realização de cada etapa, sem perda da objetivação dos prazos programados. Assim, o profissional envolvido com todo o contexto das obras terá aqui, espera-se, um norteamento do papel que lhe cabe, técnico esse que poderá, indistinta ou conjuntamente, ser classificado como um “Gerente de engenharia”, um “Administrador de Engenharia”, enfim, visto que a vivência nos leva a concluir que o que mais se faz é a “administração” e o “gerenciamento de engenharia”, talvez mais amplamente do que a engenharia em si mesma. Ou, como também podemos entender, a engenharia é tudo isso. Ao “tocarmos” uma obra dispondo de todos os elementos necessários, tais como contrato, projetos, especificações, orçamentos, cronogramas e um considerável elenco de outros elementos acessórios, resta-nos, na verdade, o seu gerenciamento. Necessariamente, não se deve subentender que o primeiro colocado na faculdade será o melhor “tocador de obra”. Melhor desempenho e êxito terá aquele que possua e desenvolva um alto grau de senso gerencial-admistrativo, antes mesmo de a obra começar. Nas considerações até aqui feitas e nas que se seguirão, procurarei, também, retransmitir a absorção de várias lições apreendidas no que costumo chamar, figurativamente, como recolhidas na “Universidade da Vida”, ou “UV”, ou seja nos “trancos e barrancos” com que nos defrontamos, e para os quais não há literatura escrita nem professores do ponto de vista físico, nem livros ou apostilas. A experiência que está sendo passada está diretamente ligada, basicamente, ao ramo da Construção Civil, através da vivência e convivência com a execução e/ou fiscalização de mais de 11.400 unidades habitacionais (5.536 casas e 6.106 apartamentos), incluída toda a infra- estrutura (terraplenagem, redes de água, esgoto, energia, telefone, arruamentos, pavimentação, calçadas, meio-fios e sarjetas) e equipamentos comunitários (escolas, creches, centros administrativos, centros comerciais. É fundamental nos conscientizarmos de que não estamos construindo ou fiscalizando para nós próprios. A nossa passagem pela obra é transitória, encerrando-se no seu término e entrega a quem de direito. Quase nada, se racionarmos com a vida útil dos bens produzidos e os objetivos e perfis daqueles que deles ou neles viverão, muitas vezes chegando a algumas dezenas de anos, sem mencionar seus herdeiros e sucessores, enquanto que, desde a sua entrega, nós já partimos para outras obras, semelhantes ou não, porém independentes. A diversidade de situações que podem ocorrer ao longo da execução de um empreendimento, incluindo todas as interfaces que o envolvem, não significa que procedimentos empregados sejam transformados em meras regras e rotinas imutáveis, sem a marca da evolução e do progresso. Do somatório de experiências recolhidas e vivenciadas, ressaltam, contudo, práticas e lições de resultados positivos e que desejo expor, sobressaindo aspectos considerados importantes de se “Verificar”, “Observar” e , “Atentar para” aspectos importantes. A execução ou fiscalização da obra é exercida por profissional destacado da estrutura do órgão ou empresa, para cumprir e fazer cumprir o estabelecido no contrato (e tudo a que ele se refere), acompanhando a sua evolução e estando ciente e consciente de todas as suas cláusulas e condições. Antes de pensar na futura e mera verificação de cada serviço concluído, a primeira preocupação deve ser a de entender a obra, com perfeita e completa noção de como ela foi projetada e deve ser executada. Para começar, é preciso ter ciência do universo de elementos técnicos ou administrativos que começaram a surgir muito antes do início das obras, assim considerados aqueles relativos à titularidade do terreno, levantamento topográfico planialtimétrico, relatório de sondagem, projeto arquitetônico, projetos complementares (estrutural, instalações diversas, etc.), bem como elementos posteriores ao térmico físico das obras, declarações parciais de aceitação, o habite-se, a averbação no competente Registro de Imóveis, e o que mais houver. Começa aí, então o domínio da obra, em seu conjunto e contexto global. Após o conhecimento analítico de todo o documental da obra, é importante e fundamental analisar em profundidade os termos do contrato, onde deverão estar bem definidos os direitos e deveres das partes envolvidas, sendo ele um elemento básico. No âmbito das relações internas, deverá esse profissional apoiar-se não só na área técnica a que está vinculado, como também nas demais que estejam envolvidas com o objeto do contrato, sejam elas administrativas, jurídicas ou financeiras. Dessa interação, há que resultar um trabalho mais participativo e benéfico, não só para a sua empresa/órgão, como, principalmente, para os usuários finais do produto resultante das obras, e, por decorrência, em seu próprio benefício, representado pela satisfação que venha a proporcionar o que acaba de concluir. No campo das relações externas, a sua atuação profissional se reveste de diretrizes e enfoques bastante diversificados, os quais devem ser absorvidos com absoluta segurança, objetividade e serenidade, sempre com o mais elevado senso profissional. Por tudo que até aqui foi dito e ainda poderá sê-lo, tal profissional não deve e não pode, nunca, considerar-se o “dono da obra”, mas, simples e somente, o responsável por um dos seus importantes segmentos, dentro das atribuições e vinculações mais amplas da empresa/ órgão e do fim a que se destina o empreendimento. Ele sai e o empreendimento fica. Cumpre-lhe cumprir e fazer cumprir o que lhe compete o contrato, ciente e exigindo, quando lhe couber, a adoção da mesma postura pelos demais participantes. Considerando o às vezes longo convívio que será mantido durante a obra desde o início da sua atuação no canteiro, deverá adotar uma conduta clara, isenta de personalismos, objetiva e impessoal, estabelecendo desde o princípio as rotinas básicas que nortearão a sua relação com os demais participantes do processo. Tais medidas preliminares e linha de conduta certamente evitarão desgastes futuros no relacionamento profissional e pessoal, de que se beneficiará em suma o empreendimento como um todo e seus objetivos. O pleno conhecimento e domínio dos projetos, especificações e demais elementos complementares do contrato, elencados no documental da obra, por certo evitará ou minimizará a necessidade de refazimento de serviços, ou que ocorram atritos por falta de definição de uma sistemática antes discutida e consensualmente aceita. Quanto ao fiscal, que, embora, como princípio, não tenha que interferir nos métodos de trabalho da construtora e de seus subempreiteiros, deve, porém, ter o mais pleno conhecimento daqueles, o que lhe permitirá, se for o caso, exercer sua ação saneadora se for constatada insuficiência ou utilização de métodos e procedimentos inadequados, ou mesmo agindo contra eventual subdimensionamento quantitativo ou qualitativo dos profissionais empenhados na execução. Neste particular, em duas ocasiões, pelo menos, senti necessidade de agir, o que efetivamente fiz, uma delas propiciando o aumento do quadro efetivo da contratada, e outra ao visitar o almoxarifado para verificação do estoquede azulejos, haver constatado que não atendiam ao especificado (seriam aplicados em 832 apartamentos), o que evitou o desgaste de sua retirada após a aplicação. Em ambos os casos atuando na fiscalização, as medidas que tomei resultaram em benefícios para as próprias construtoras. Também fruto de experiência que pude vivenciar e constatar, é de grande importância a verificação do nível de satisfação dos operários, o que é passível de se constatar meramente através do convívio diário ou mesmo eventual, tendo em vista o seu reflexo, não só no andamento como na qualidade dos serviços. Mais de uma vez constatou-se sabotagem, uma delas traduzida em apenas o início e o final do que seria uma rede d’água; outra, ao ser encontrado um considerável pedaço de madeira na armação de “espera” da cabeça de uma sapata, o que provocou recalque na edificação – um bloco de 3 pavimentos-tipo. Tanto a ação fiscalizadora quanto a de execução deve abranger também a verificação sistemática do cumprimento dos prazos de execução traduzidos no cronograma da obra. Neste caso, é conveniente desenvolver-se a capacidade de antevisão e análise tendencial de atraso, que permita indicar ou adotar medidas de recuperação do ritmo da obra. Esta prática foi exercida, efetivamente por mim, mais de uma vez, tanto como executante quanto como fiscal. Hoje, é gratificante a lembrança dos resultados positivos quanto não só à objetivação quanto à recuperação dos prazos dos cronogramas. Mesmo que não tenha se formado em “burocracia”, é muito útil estar ciente de que as atribuições do nosso “gerente-administrador de engenharia” não se limitam, por exemplo, apenas a “olhar” a planura do revestimento ou a aparente homogeneidade do concreto. A empresa/órgão em que trabalha certamente deve praticar a adoção de alguns procedimentos básicos de controle a serem seguidos, assim como terá que produzir outros para o cliente ou contratante. Além de estar ciente e consciente de todo esse envolvimento, deve, ainda, desenvolver controles próprios, objetivos, para maior domínio das informações relativas à obra. Especialmente entre os anexos, inseri alguns tipos de controle que a “UV” me proporcionou. Cabem à empresa/órgão, diversos procedimentos de ordem legal, que devem ser acompanhados atenta e temporalmente, dentre os quais a documentação necessária à obtenção do “habite-se”, que guarda estreita ligação com as atividades cotidianas da obra e que dever ser pensada e vista com a necessária antevisão e antecedência. Um simples exemplo pode ser citado e que se originou do então BNH, ao exigir, logo no primeiro mês de obra, a comprovação da contratação dos elevadores, para prédios altos, medida esta que até hoje sempre deve ser considerada. Por mais cuidadosa que tenha sido a execução das obras, sempre é admissível a necessidade de correções a serem feitas antes da entrega formal do objeto do contrato. Neste particular, a racionalização prévia dos procedimentos de vistoria para aceitação e entrega das obras e serviços sem dúvida facilitará os trabalhos de todos os envolvidos. Entre os anexos deste livro, será apresentada uma “Planilha de Vistoria” que desenvolvi e adotei e que é acompanhada de uma “Listagem de Possíveis Incorreções”, codificada numérica e descritivamente. Tais elementos constaram de todos os cursos sobre o mesmo tema do presente livro, ministrados em mais de 20 Estados da Federação e que, também, estão inclusos no “Guia para Elaboração dos Manuais dos Usuários e do Síndico”, elaborado por Grupo de Trabalho do Sinduscon-Rio, sendo eu um dos seus participantes, acolhidos que foram pelos demais. Finalizando estas considerações introdutórias, vale sintetizar as diretrizes básicas que devem nortear a atuação do executante/fiscal, segundo as seguintes ações: PREVENTIVA - Não deixando para última hora a análise e interpretação do documental da obra e, ainda, alertando os demais participantes, com a necessária presteza e eventual antecedência, sobre problemas que possam vir a ocorrer na sua execução. PARTICIPATIVA - Na medida em que acompanha e participa, em conjunto com os demais envolvidos, no equacionamento e na tomada de decisões, que interessam ao resultado final da obra. CORRETIVA - Adotando postura segura e firme, cumprindo e fazendo cumprir o contrato em todos os seus aspectos, sejam eles de natureza técnica, administrativa ou legal, sempre que constatado o descumprimento de qualquer cláusula ou condição, dentro da sua esfera de responsabilidade. Cap 2 – DOCUMENTAL DA OBRA – Relação e Análise Após o cumprimento de todas as formalidades administrativas e financeiras para tal fim, as partes assinam o contrato de Empreitada Global. De posse do contrato, entram em cena o engenheiro da obra contratada para a execução dos serviços projetados, especificados e orçados, bem como o fiscal designado pelo órgão/empresa contratante. É então que ambos se vêem envolvidos com a geralmente extensa relação de elementos que constituem o documental da obra. Como já dito no início, o conteúdo e todo o contexto deste livro foi concebido também para ser estudado pelos dirigentes de ambas as partes, adaptado às circunstâncias próprias de cada uma, de forma a atender às suas necessidades, uma vez que reúne experiências e vivências de praticamente todos os aspectos da Construção Civil, ao longo de pelo menos quatro décadas e incorporando também experiências recolhidas desde 1984 com a convivência mantida em dezenas de cursos, em 22 Estados da Federação, com mais de 1.200 técnicos.. Há que considerar uma primeira fase, estática, em que o profissional terá que se inteirar da massa de documentos com que irá se envolver, procurando estudar todos os aspectos neles explícitos e implícitos, tendo em vista subsidiar o pleno domínio do objeto contratado. De posse do rol dos elementos com que irá trabalhar, deverá analisar detidamente cada um deles, não só isoladamente como também a interface comumente existente entre vários deles, daí tirando conclusões quanto a sua consistência e eventuais aperfeiçoamentos, em face de peculiaridades próprias de cada empresa/órgão. Logo adiante, encontra-se a elencagem relacional de um universo mais amplo possível dos documentos passíveis de ter relação com obras que envolvem todas ou quase todas as atividades de engenharia relacionadas ao projeto do empreendimento. Em seguida, encontrar-se-á um roteiro sintético definindo o tipo de documento e o que nele “Observar”, “Verificar”, além de “Atentar para” determinados aspectos da sua análise e domínio. Naturalmente, a gestação do empreendimento teve início bem antes, tendo como um dos pontos de partida o estudo de viabilidade do terreno. Nessa fase já foram ou já deveriam, em tese, ter sido equacionados todos os aspectos das peculiaridades próprias do projeto a ser cumprido. Não é mais da competência dos profissionais de ambas as partes a discussão do mérito do projeto e nem a sua análise qualitativa, embora não se deva desconsiderar que tal se torne necessário em alguns dos elementos disponíveis. Estamos diante de uma situação de fato, para tornar realidade o produto planejado, de cujas fases precedentes não tiveram, por princípio, participação formal e ativa. Pode ocorrer, no entanto, que alguns dos níveis de gerenciamento das atividades iniciais não tenham sido suficientes a permitir o natural início e o decorrente acompanhamento das obras. Por outro lado, é de bom alvitre considerar que a situação presente do terreno e do seu entorno não apresentem mais as mesmas características do início dos estudos. Entre outros, podemos citar o caso de um empreendimento de mais de 200casas, em que, antes da assinatura do contrato a construtora havida descaracterizado quase que por completo as condições físicas do terreno, incumbindo para tal o que o que poderíamos chamar de “Dr. Tratorista”, que, cumprindo ordens, desbastou o local com o acentuados cortes próximos de até 10m, prejudicando sobremaneira a execução das obras de drenagem pluvial e de esgotamento futuras, além das dificuldades de reformulação e aprovação de novos projetos. Outro aspecto que é conveniente destacar, é que os projetos podem ter sido desenvolvidos por diversos profissionais sem a necessária coordenação e conciliação. Assim, problemas outros, além destes, detectados já como situação de fato, decorrem desses desencontros. Daí a ênfase dada neste capítulo e neste livro, à necessidade do conhecimento e da análise prévia do documental da obra, antes do seu início, além de uma acurada verificação de compatibilidade e conciliação entre os diversos documentos. O que logo a seguir vamos apresentar tem a finalidade de subsidiar e materializar o até aqui exposto e que consiste em: - Listagem de um universo macro de possíveis documentos que podem ser contemplados em um projeto de complexa amplitude. - Após a listagem, segue-se um roteiro de análise de considerável parte desses elementos, em que se deve também confrontar e conciliar aqueles que guardam qualquer correlação entre si. A listagem está dividida em 2 grupos, conforme a temporalidade do seu surgimento, a saber: 1º Grupo: Do período inicial de estudo de viabilidade até a assinatura do contrato 2º Grupo: Início do contrato, durante a execução e conclusão das obras e sua entrega. Documental da obra - Relação Aqui, começando a tratar do documental da obra, primeiro vamos apresentar meramente uma listagem de um amplo universo contemplando terminologias que absorvemos ao longo da nossa vivência. Depois, sim, entraremos na análise específica de cada um dos documentos então mencionados. 1º Grupo: Do Estudo de Viabilidade até a Assinatura do Contrato TERRENO - Titularidade da área - Certidão Vintenária do Registro de Imóveis DECLARAÇÕES E ATESTADOS - Declaração de Possibilidade de Abastecimento de Água – DPA: - Declaração de Possibilidade de Esgotamento Sanitário – DPE: - Declaração de Vazão e Potabilidade de Água – Poço artesiano; - Declaração de Possibilidade de Suprimento de Energia Elétrica - Declaração de Possibilidade de Suprimento de Iluminação Pública; - Declaração de Possibilidade de Coleta de Lixo; - Declaração de Possibilidade de Esgotamento Pluvial - Declaração de Possibilidade de Instalações Telefônicas – Do conjunto e individuais; - Resultado de Consultas ou atos normativos - - FEEMA - - IBDF; - - RFF: - - DENIT; - - DER; - - AERONÁUTICA: “Cone de Aproximação”. PROJETOS PRELIMINARES Levantamento planialtimétrico: Estudos Geotécnicos / Relatório de Sondagem PROJETOS DE URBBANIZAÇÃO/INFRAESTRUTURA Projeto Aprovado de Loteamento - PAL; Projeto de Terraplenagem – Proctor – Greides Projeto de Pavimentação – Greides Projeto de Greide e Galeria de Águas Pluviais (Designação do Rio); Projeto de Rede de Água Potável Projeto de Rede de Águas Pluviais / Drenagem Projeto de Rede de Esgoto Sanitário Projeto de Rede de Energia Elétrica – AT e BT Projeto de Rede de Iluminação Projeto de Rede de Rede Telefônica Projeto de Rede de Gás Projeto de Prevenção Contra Incêndio e Pânico Projeto de Paisagismo Projeto de Contenção Geotécnica; Projeto de Estação de Tratamento de Água – ETA Projeto de Estação de Tratamento de Esgoto – ETE PROJETO DE ARQUITETURA PROJETOS COMPLEMENTARES – EDIFICAÇÃO Planta de Cotas de Soleiras Projeto de Cálculo das Fundações Projeto de Cálculo da Supra Estrutura Projeto Predial de Instalações Elétricas Projeto Predial de Instalações Telefônicas Projeto Predial de Instalações Hidráulicas Projeto Predial de Instalações de Esgoto Projeto Predial de Instalações de Gás Projeto Predial de Instalações de Esgoto e Águas Pluviais Projeto Predial de Instalações Contra Incêndio e Pânico ESPECIFICAÇÕES PROGRAMAÇÃO DA OBRA Orçamentos Tabelas de Pagamentos Cronogramas Físico-Financeiros LAUDOS E MEMORIAIS Laudo de Exigências do Corpo de Bombeiros Memorial de Elevadores Memorial de Compactador/Ensacador Memorial de Exaustão Mecânica Memorial de Incorporação e Averbação no Registro de Imóveis (RI) – NBR 12.721:2006 EDITAL DE LICITAÇÃO CAUÇÕES E RETENÇÕES Caução de Garantia de Proposta Caução de Garantia do Contrato CADERNOS DE ENCARGOS / MANUAIS / NORMAS Caderno de Encargos Manual/Normas de Fiscalização de Obras Normas da ABNT pertinentes à Obra Normas da CAIXA/Órgão Financiador; Código de Obras / Posturas; Normas das Concessionárias de Serviços Públicos Normas do Ministério do Trabalho – NRs; Manual do Síndico - Manual do Usuário CONTRATRO DE EMPREITADA 2º Grupo: Da Assinatura do Contrato à fase de Obra e sua entrega REGISTROS / LICENÇAS / AUTORIZAÇÕES / AVERBAÇÕES Registro do Contrato de Empreitada no Cartório de Títulos e Documentos Licença de Demolição – (Casos: Tubulação de Gás Enterrada – Riscos de Explosão/Incêndio) Averbação da Demolição no Registro de Imóveis Licença de Construção Licença de Urbanização e Infraestrutura Licença de Colocação de tapumes e placas Licença de Corte de Árvores – (Compensação/Doação/Plantio) Licença de Desmatamento Autorização para Início de Obra – AIO (designação do Rio para redes de água e de esgoto) SEGUROS Seguro de Responsabilidade Civil do Construtor - RCC Seguro de Danos Físicos do Imóvel – DFI Seguro de Acidentes do Trabalho MATRÍCULAS / REGISTROS / COMPROVANTES / CADASTROS Matrícula da Obra no INSS Baixa da Obra no INSS (após sua conclusão) Anotação de Responsabilidade Técnica – ART/CREA Anotação de Responsabilidade do Projeto de Arquitetura – CAU-BR Placas dos Responsáveis Técnicos – Da obra/cálculos/instalações Comprovantes Mensais de Recolhimento do IAPAS Comprovantes Mensais de Recolhimento do ISS Comprovante de Pagamento de Taxa de Ligação Provisória de Água Comprovante de Pagamento de Taxa de Ligação Provisória de Esgoto e Águas Pluviais Comprovante de Pagamento de Taxa de Ligação Provisória de Energia Elétrica Comprovante de Pagamento de Taxa de Ligação Definitiva de Água Comprovante de Pagamento de Taxa de Ligação Definitiva de Esgoto e Águas Pluviais Comprovante de Pagamento de Taxa de Ligação Definitiva de Energia Elétrica Cadastro da Rede de Água Potável; Cadastro da Rede de Esgoto Sanitário e Águas Pluviais Certidão de Habite-se Averbação da Construção no Registro de Imóveis DOCUMENTOS ADMINISTRATRIVOS E DE APOIO Controle de Abono de Prazo Vistorias para Aceitação das Obras Documentação de Habite-se Sistemática de Reuniões Relação de Projetos e Desenhos Diário de Obra / Livro de Ocorrências Documental da obra – Análise Roteiro de análise DO TERRENO – TÍTULO DE PROPRIEDADE – (Averbado do RI) Verificar: - Medidas e Confrontações - Identificação do proprietário - Identificação exata da Localização – Checar Projeto - Ângulos - Servidão - Gravames - “Faixa Non Aedificandi” - FNA: Quanto ao aspecto da FNA, vale esclarecer que se trata de uma faixa de preservação, não passível de nela haver construção, também designada por “faixa de domínio”, exigível, entre outros, pelos seguintes órgãos: RFF – Rede Ferroviária Federal: Faixa que abrange não só o leito ferroviário como também uma faixa de domínio normalmente de cada um dos lados; DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre: Situação similar à anterior, só que ao longo das rodovias Federais; DER – Departamentos de Estrada de Rodagem estaduais: situação idêntica à do DNIT, só que relativa a rodovias estaduais Redes de AT - Redes Elétricas de Alta Tensão: Sob as redes de AT é definida uma faixa na qual não poderá haver edificação; Drenagem Pluvial: - Situação que guarda semelhanças com as restrições acima apontadas. Relato – (Águas Pluviais): Num empreendimento sob a nossa fiscalização, commais de 800 apartamentos e com 52 blocos de 4 pavimentos, o terreno em declive demandava a execução de uma calha a jusante, para recolhimento e condução das águas pluviais. O projeto aprovado teve que preservar uma faixa virtual ao longo das calhas, entre o muro divisório do terreno e as construções internas do conjunto. Relato – (Rede de AT): Num outro empreendimento em que se pretendia construir cerca de 500 casas, havia uma rede de Alta Tensão cortando o terreno em sentido transversal, o que obrigava à preservação de uma faixa longitudinal sob e ao longo da rede, com largura determinada por norma, exigível pela concessionária. DECLARAÇÕES E ATESTADOS - DECLARAÇÃO DE POSSIBILIDADE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA – DPA Trata-se de declaração prévia fornecida pela concessionária sobre a possibilidade, forma e prazo para o início do suprimento de água do empreendimento. A análise desse documento deve levar em conta, basicamente, entre outras, as seguintes situações: a - Já existe, no local, rede de água potável em condições de atendimento normal do empreendimento; b - A rede existente é insuficiente ou está situada longe do empreendimento, ficando o abastecimento na dependência da ampliação ou extensão de rede existente distante. Neste caso, é importante o acompanhamento, junto à concessionária, das providências que permitam a execução dos serviços de forma a não atrasar a entrega da obra dentro do prazo contratual. Situações vivenciadas mostram: a) Se a concessionária não tem prazo informado, o empreendimento não pode ser aprovado normalmente pelo Agente Financeiro; b) Se se quiser efetivamente realizar o empreendimento, ter-se-á que assumir todo o custo e materiais e mão de obra do projeto da concessionária. Neste caso, torna-se importante atentar para o acompanhamento junto à concessionária, das providências que permitam a execução dos serviços de forma a não atrasar a entrega da obra dentro do prazo contratual. Na DPA apresentada a seguir, (frente e verso), podem ser observadas, como exemplificação, as seguintes anotações feitas no documento: · “aguarde a execução e entrada em operação das obras constantes do projeto RM- 4146, sem programação de obras definida”. · “Pressão máxima de 25 m.c.a. no ponto de ligação à rede da CEDAE e pressão mínima de 5 m.c.a. no ponto de cota mais elevada”. · “Ligações: Diâmetro 150 mm do projeto ...” · “Consumo médio anual: 1000 l/dia x casa”. · “OBS: 1 – Para a execução do projeto mencionado no item 1, o interessado deverá fornecer 1150m de tubulação diâmetro 150mm e peças especiais na Rua Adamantina no trecho entre a Rua Baronesa de Mesquita e toda testada, toda mão de obra necessária e reposição de pavimentação, cabendo à CEDAE a fiscalização dos serviços a executar.” “2 – Caso queira o interessado antecipar a realização das obras do projeto RM-4146 este deverá fornecer todo o material necessário ao seu abastecimento”. Para outra obra, na Estrada dos Bandeirantes – Zona Sul do Rio, exigências semelhantes constavam da declaração, compreendendo uma extensão superior a 3.000m, desde a Estrada Urucuia-Barra até a Estrada dos Bandeirantes, para o atendimento a uma obra de mais de 700 apartamentos. c - Não existe possibilidade de abastecimento pela concessionária em qualquer das hipóteses anteriores. Figura 1 - DPA 1/2 Figura 2 - DPA 2/2 ATESTADO DE VAZÃO E POTABILIDADE DE ÁGUA – POÇO ARTESIANO Quando a concessionária dos serviços de água local não tem possibilidade de abastecimento normal do empreendimento ou na falta de manancial nas proximidades que possa suprir essa necessidade, a solução natural é a de perfuração de poço artesiano, para verificar se existe água no subsolo, para o que se torna necessária a contratação de uma empresa especializada. Porém, a mera informação de existência de lençol freático não é necessariamente suficiente para a que o empreendimento seja atendido e aprovado pelo agente financeiro, quando este for o caso. Faz-se necessário que a firma contratada forneça um documento formal com ralação à quantidade (vazão, perenidade) e qualidade (potabilidade para consumo da população que lá irá residir). É imprescindível que a quantidade de água existente possa ser utilizada por um período preferencialmente inesgotável, e que a qualidade da água seja adequada ao consumo do ser humano. As condições de perenidade e qualidade precisam estar expressamente afirmadas no documento. DECLARAÇÃO DE POSSIBILIDADE DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO – DPE Trata-se de declaração prévia que deve ser obtida na concessionária local dos serviços de esgoto sanitário, sobre a possibilidade e as condições de esgotamento necessárias para o empreendimento. Neste caso, devem ser consideradas basicamente as seguintes hipóteses a – Existe rede coletora de esgoto que passa pela testada do terreno. Este caso dispensa comentários, uma vez que o esgotamento sanitário será feito normal e regularmente. b – Não existe rede coletora de esgoto sanitário, mas rede de águas pluviais Neste caso, a solução natural é a de colocação de fossa séptica, dispositivo que por si só não resolve em definitivo a questão do esgotamento de forma satisfatória, e cujos efluentes são direcionados à rede pública de águas pluviais, formando um sistema misto, englobando esgoto e águas de chuvas Relato Para a construção de um prédio de 4 pavimentos (10 apartamentos) no Recreio dos Bandeirantes – Rio, regular e legalmente foi aprovada a adoção do conjunto seqüencial de Fossa, Filtro e Sumidouro. Decorrido algum tempo, o Sumidouro ficou saturado, provocando o retorno do esgoto até as Caixas de Inspeção. Não houve qualquer impropriedade quanto ao que antes fora executado, uma vez que à época não existia nenhum sistema coletor na testada do lote, que foi posteriormente executado. A solução foi anular o caminhamento ao sumidouro, fazendo a ligação diretamente na rede então já existente. Chamado pelo Síndico (prédio entregue havia cerca de 2 anos), expliquei a ele a situação. Embora não havendo nenhuma responsabilidade da construtora, prestamos ao condomínio a orientação e assistência necessária, tendo sido por ele contratada uma firma para fazer as novas ligações. Vale também registrar o reconhecimento e o agradecimento do administrador do prédio ao que, enfim, foi uma atenção e gentileza da construtora. Este tipo de postura recíproca merece registro. c – Não existe nem rede coletora de esgoto e nem de águas pluviais. Eventualmente, pode existir vala ou curso d’água. Tal situação conduz à inviabilidade da construção no local, a menos que as condições de espaço e do lote e natureza do solo, se permeável, possibilite a execução do conjunto acima mencionado: fossa, filtro e sumidouro. Mesmo neste caso, há que considerar que o terreno sofrerá agressões construtivas que poderão impossibilitar o esgotamento sanitário perene, inviabilizando o empreendimento. Na DPE (Esgoto) mostrada a seguir (frente e verso), podem ser observadas, como exemplificação, as seguintes anotações feitas no documento: · “1 - Logradouro provido de rede coletora de esgotos sanitários com destino final adequado – [N]”. · “2 - Logradouro provido de rede coletora de esgotos sanitários, porém fora de carga – [N]”. · “3 - Logradouro provido de rede coletora de esgotos sanitários sem destino final adequado – [N]”. · “4 - Logradouro desprovido de qualquer sistema de esgotamento sanitário– [S]”. · “5 - Logradouro provido de sistema de coleta de águas pluviais – [N]”. · “6 – Passa coletor de esgoto sanitário na testada do imóvel– [N]”. No verso da mesma DPE constam as seguintes exigências: [X]:b) Deverá ser instalado dispositivo de tratamento que apresente redução mínima de 35% da DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio). O(s) dispositivo(s) de tratamento deverão situar-se em área a ser doada à Prefeitura. Esse(s) dispositivo(s) ... deverá(ão) ser construído(s), mantido(s) e operado(s) pelo(s) proprietário(s) (Art 88...)”; “[X]:c) A CEDAE poderá, em qualquer época, em caso de comprovada necessidade técnica, exigir outro tipo de tratamento que permita maior eficiência (Art 90 ...)”; [X] e) O empreendimento em causa deverá possuir rede coletora de esgotos sanitários no sistema separador absoluto que receberá os efluentes de dispositivos de tratamento, devendo a mesma ser ligada ao sistema de coleta de águas pluviais.” [X] f) O empreendimento em causa deverá dispor de galerias de águas pluviais e dispositivos de tratamento de esgoto sanitário.” Relato – Outra situação, específica, relativamente a um prédio de apartamentos no Recreio dos Bandeirantes, zona sul do Rio: No início e mesmo durante grande parte das obras, o lote não contava com construções vizinhas nos lados esquerdo e direito e nem nos fundos, tendo frente para a rua. Na testada do terreno, além dos três elementos de esgotamento já citados, tinham que ser e foram construídas “Caixa de Inspeção” e tubulação dessa própria rede, bem como redes de água e energias elétrica e de telefone, a par da necessária movimentação de terra para os acessos de automóveis e pedestres, jardins e calçadas. tudo perfeitamente dentro das normas, não só da prefeitura como também das concessionárias; assim, foi obtido o competente “habite-se”, sem nenhuma irregularidade. Julgo válido inserir aqui algumas considerações a respeito, para que sirvam eventualmente como exemplo de situações que se costumo encontrar e enfrentar, ou não. O que ocorreu: - Durante e após a construção, os lotes vizinhos foram sendo ocupados com novas construções, sendo natural a obstrução de qualquer intercomunicação entre os respectivos subsolos, impedindo a percolação no terreno da obra que construímos, para qualquer dos lados, ao que se acrescente a drástica redução dos volumes ocupados com as demais obras infra-estruturais próprias, situação ainda agravada pela saturação do sumidouro. Tal conjunto de problemas resultou no refluxo do esgotamento, refletindo na Caixa de Inspeção, de onde o esgoto passou a refluir para a superfície. Havia mais de um ano que a obra fora entregue, quando recebemos solicitação do Síndico para sanar o problema. Indo ao local, explicamos a ele detalhadamente todas as circunstâncias, estando a construtora isenta de qualquer responsabilidade ou culpa, o que foi entendido por ele. A solução, que não deixamos de acompanhar, sem ônus para a administração do prédio, foi a escolha, e contratação pelo Condomínio de uma firma especializada, a qual, esvaziou todo o filtro anaeróbio, abandonando o sumidouro e conduzindo os efluentes a uma rede já então existente na rua. Figura 3 – DPE 1/2 Figura 4 - DPE 2/2 Permeabilidade do Solo A análise e as considerações do item anterior provocam ainda as elucubrações que se seguem: Há locais afastados dos centros urbanos e outros que, não dispondo de quaisquer meios coletores, para os quais seria, em princípio, aventada a viabilidade de execução do sistema triplo de fossa, filtro anaeróbio e sumidouro, ou somente os 2 primeiros dispositivos. É evidente que o funcionamento normal deste sistema depende basicamente das condições de permeabilidade do solo. Para que qualquer tipo de obra possa ser considerada tecnicamente viável, é importante a contratação de empresa especializada que ateste as condições suficientes de permeabilidade do solo, sob pena de riscos insanáveis. DECLARAÇÃO DE POSSIBILIDADE DE SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA -Informação que deve ser prestada pela concessionária dos serviços de energia elétrica, resultante, normalmente como no caso do Rio, de requerimento feito pelo interessado, para indicação da forma e condições básicas para o atendimento da demanda de energia elétrica a ser considerada. Aqui, há que considerar uma relativa afinidade com algumas anomalias a serem também solucionadas, comparativamente com as das redes de água e de esgoto. Dependendo do vulto do empreendimento (demanda resultante de muitas unidades a serem construídas ou da população a ser atendida), a rede da concessionária que passa na testada do lote não tem condições de absorção. Voltando a citar casos do Rio, a concessionária só poderá regularizar o empreendimento com a construção, dentro do lote, de uma estação transformadora, denominada “Vault”. Esta situação foi assim resolvida em pelo menos três empreendimentos em que estive empenhado, um deles na Tijuca (44 apartamentos de 3 quartos, 17 pavimentos), além de dois outros no Recreio dos Bandeirantes, estes com 10 apartamentos cada. Figura 5 - Vaul - 17 pav - 44 apts DECLARAÇÃO DE POSSIBILIDADE DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA Comumente, a iluminação pública é de competência da própria municipalidade, muitas vezes pelo próprio órgão responsável pele suprimento de energia elétrica, havendo situações, contudo, em que cada tipo de serviço é tratado por órgãos distintos, ou mesmo sendo concedidos a empresas privadas. Todavia, qualquer que seja o empreendimento, ou em função do vulto das obras, faz-se necessário o equacionamento da possibilidade de iluminação pública, particularmente quando tem por finalidade a instrução de processo de financiamento, por agente público ou privado. Em caso de impossibilidade de obtenção de documento normal, o empreendedor, seja qual for, terá que arcar com os custos e as medidas para suprir o empreendimento de tais recursos. Ainda, de forma geral, após a sua conclusão e aceitação, a construção feita é doada ao Poder Público. DECLARAÇÃO DE POSSIBILIDADE DE COLETA DE LIXO Entre os documentos necessários à instrução da aprovação de financiamento pela CAIXA, a exemplo do que ocorria na época do BNH, normalmente é exigível documento que comprove a coleta normal de lixo no logradouro do empreendimento, podendo ser por uma concessionária ou mesmo por órgão do próprio município ou por empresa privada para tal credenciada. Mais comumente, a coleta é feita nas áreas urbanas que representem maiores demandas. Quando se trata de empreendimento fora dessas áreas urbanas, contudo, há que se considerar, previamente, a incidência dos custos no empreendimento que se deseja construir. Mesmo em área urbana, sendo o construtor e incorporador uma mesma pessoa jurídica, convém considerar os meios e os ônus financeiros de tal serviço. E isto me traz à lembrança situação recente em que, ao elaborar os Quadros da NBR 12.721:2006 para um Memorial de Incorporação de construtora do Rio, constatei que o projeto não contemplava no local para coleta de lixo, em lote com mais de uma dezena de casas, tendo sido o projeto aprovado normalmente. A minuta da Convenção do Condomínio, a ser juntada à averbação da obra no Registro de Imóveis, nada trazia a respeito da coleta e destinação final do lixo, mas terá que ser, em algum momento, reformulada, contemplado, provavelmente a construção de espaço físico para o recolhimento do lixo. E muito provavelmente já da alçada e ônus do condomínio e da comunidade então lá residente Trata-se de uma situação de fato, que não impedia a elaboração dos quadros, mas que ficou registrado na memória, como algo que merece ser considerado por quem vá empreender em situações de alguma forma semelhantes. LEVANTAMENTOTOPOGRÁFICO PLANI-ALTIMÉTRICO É um dos elementos mais importantes para que se possa proceder a uma locação correta do empreendimento como um todo, merecendo pleno conhecimento e domínio, devendo-se confrontá-lo com outros componentes do documental, verificando-se a indicação de diversos aspectos relevantes. Na sua análise, é importante: Confrontar com o Título de Propriedade (RI): - Indicação das medidas dos segmentos da poligonal do terreno; - Indicação de ângulos - Indicação de eventuais gravames Como se sabe, o termo gravame é empregado em situações especiais no título de propriedade do terreno, restringindo ou impedindo determinadas medidas. Um dos muitos casos que vêm à memória diz respeito à não retirada de uma árvore centenária (um jequitibá), cujo proprietário original da área queria que se preservasse. Consequentemente, o projeto alocou uma praça em torno da árvore, o que foi possível saber com a leitura da escritura do terreno e a sua comparação com o projeto aprovado, em um local em que foram projetadas mais de duas dezenas de casas. Verificar: Indicação de: - RN (Referência de Nível); - Elevações; - Depressões; - Valas; - Curso d’água; - Taludes; - Muros; - Cercas; - Servidão; - FNA (“Faixa Non Aedificandi”) - Rede de Alta Tensão; - Redes: abastecimento d’água e esgotamento sanitário Confrontar com: - Projeto de Terraplenagem; - Projeto do sistema viário; - Projeto de contenções; - Projeto de Greides; - Projeto de Rede de Esgoto Sanitário; - Projeto de Rede de Águas Pluviais. - Planta de Cotas de Soleiras ESTUDOS GEOTÉCNICOS – RELATÓRIO DE SONDAGENS Confrontar com: - Levantamento planialtimétrico; - Planta de Cotas de Soleiras; - Projeto de Cálculo das Fundações; - Projeto de Pavimentação. Verificar: - Número de furos quanto à sua representatividade e atendimento às normas (Se não houve alteração posterior, a NB-1 ABNT recomenda 3 furos para cada 200,00 m2, o que nem sempre é seguido rigidamente, às vezes até mesmo por questões justificáveis em face da existência ou não de elementos projetados em parte da área). - Cotas das bocas dos furos em relação ao RN adotado e ao levantamento planialtimétrico; - Número de golpes de penetração; - “Negas” recomendáveis; - Tipo de solo de cada camada; - Nível d’água (NA); - Características do perfil geológico do terreno. - Interrupção das sondagens em determinada profundidade. Normalmente, há duas situações para determinação quanto ao limite da profundidade dos furos de sondagens: a) “Impenetrável à percussão” ou b) Por decisão do construtor ou calculista, em função das cargas demandadas pelas edificações. PROJETO APROVADO DE LOTEAMENTO – PAL (Esta é uma das designações recorrentes no Rio de Janeiro, também válida para outros locais, sendo importante apenas entender que se trata de projeto em que estão posicionados todos os lotes e logradouros). Confrontar com: - Título de Propriedade; - Medidas dos segmentos da poligonal do terreno; - Identificação, categorias, medidas e áreas dos lotes. Verificar: - Ruas de acesso e vias internas (largura, extensão); - Passeios projetados; - Praças; - Lotes residenciais (dimensões e áreas); - Lotes comerciais (dimensões e áreas); - Orientação (Norte Magnético); - Atendimento a eventuais gravames. PROJETO DE TERRAPLENAGEM Confrontar com: - Projeto Aprovado de Loteamento (PAL); - Levantamento planialtimétrico; - Planta de Cotas de Soleiras; - Projeto de Contenções e Geotecnia; - Projeto de Greides; - Projeto de drenagem superficial. Verificar: - Seções; - Cortes; - Aterros; - Contenções; - Taludes naturais; - Taludes de aterro. PROJETO DE CONTENÇÕES Confrontar com: - Levantamento planialtimétrico; - Planta de Cotas de Soleiras; - Projeção de Terraplenagem; - Projeto de Pavimentação (sistema viário); - Projeto de Rede de Águas Pluviais e Drenagem. Verificar: - Aprovação pelo órgão geotécnico local, quando houver; - Tipos de contenções; - Alturas dos muros; - Níveis: inferior (fundações) e superior (dos muros); - Armação (Ferragens); - Tirantes (diâmetros e quantidades); - Bainhas; - Indicação de drenos (em algumas regiões do Sul: “barbacãs”) em relação ao terreno natural (águas de chuvas) - Calhas; - Canaletas; - Equipamentos para atirantamento. PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO Confrontar com: - PAL; - Levantamento planialtimétrico; - Planta de Cotas de Soleiras (Implantação das edificações); - Especificações; - Indicação eventual de “Proctor”. Verificar: - Espessuras das camadas de pavimentação: - - Leito; - - Sub-leito; - - Base; - - Tratamento final; - Ensaios indicados; - Seções; - Passeios; - Meio-fios e sarjetas. PROJETO DE GREIDES E GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS No município do Rio de Janeiro, os greides são indicados no mesmo projeto que trata das águas pluviais. Em muitos outros municípios, eles costumam ser indicados no projeto de pavimentação. Confrontar com: - PAL; - Levantamento planialtimétrico; - Planta de Cotas de Soleiras (Implantação das edificações); - Projeto de Rede de Águas Pluviais e Drenagem; - Projeto de Rede de Esgoto Sanitário. Verificar: - Planta de situação; - Perfis; - Cotas verticais em confronto com as cotas de soleiras projetadas. PROJETO DE REDE DE ÁGUA POTÁVEL Confrontar com: - PAL; - Especificações; - Norma da concessionária de água potável; - Regulamentação do Corpo de Bombeiros; - Levantamento planialtimétrico; - Projeto de greides; - Projeto de Rede de Águas Pluviais e Drenagem; - Projeto de Rede de Esgoto Sanitário. - Planta de Cotas de Soleiras (Implantação das edificações); Verificar: - Forma de abastecimento pela concessionária, (manancial, poços artesianos); - DPA – Declaração de Possibilidade de Abastecimento de água potável; - Quadro demonstrativo de dados de projetos; - Esquemas verticais; - Ponto de tomada d’água (início da rede projetada); - Diâmetros das tubulações; - Registros; - Hidrantes; - Hidrômetros; - Pressão d’água; - Cisternas (volume, alimentação, sistema de recalque, etc.); - Profundidades da Rede. Quando se tratar de rede ao longo dos passeios, verificar: - Localização de postes da rede elétrica – Interferência/superposição; - Passagem ou cruzamento de outro tipo de rede ao longo dos passeios ou em curvas/esquinas; - Interferência com caixas de passagem de outras redes; CASTELO D’ÁGUA Em se tratando de castelo d’água, verificar: - Altura do castelo, de forma que o seu fundo fique em cota mais alta do que a maior cota de nível da caixa d’água mais elevada do empreendimento - Tubulação de recalque; - Tubulação de abastecimento por gravidade; - Tubulação de abastecimento contra incêndio; - Tubulação de limpeza; - Tubulação de extravazamento (“ladrão”); - Sistema de eletro-bombas de recalque: - - Características das bombas; - - Altura manométrica. - Situações eventuais e específicas Relato: Um empreendimento em Jacarepaguá, no Rio, de mais de 800 apartamentos, entregue e ocupado havia cerca de 15 anos possuía três castelos dágua. Depois de certo tempo, um deles começou a apresentar um problema de “balançar” em determinadas ocasiões, o que levou a administração do condomínio a interromper a sua operação. Tendo a construtora em que eu ocupava cargo de direção vencido a licitação da Prefeitura, fiquei encarregado da execução das obras necessárias. Para tal, o órgão licitante do município, através de um de seus técnicos, forneceu o projeto conveniente. O problema era causado pelo chamado “golpe de ariete”: Quando a tubulação de extravazão entrava em carga, o joelho situado na parte mais baixa, de desvio, dava um tranco, em função dos espaços vazios que a movimentação vertical da água deixava na tubulação, levando a população lá residente a supor o pior, ou seja, que o castelo corria o risco estrutural de cair. O destaque importante de ser mostrado diz respeito à solução, simples, que foi adotada: Foi retirado o joelho inferior da tubulação de queda, construindo-se sob ela uma pequena caixade concreto, chamada de “caixa de dissipação de energia”, com o que o problema foi resolvido. O castelo passou a funcionar normalmente. Fica o registro, como mais uma lição da “UV”. PROJETO DE REDE DE ESGOTO SANITÁRIO Confrontar com: - Especificações; - Normas de concessionárias; - Levantamento planialtimétrico; - PAL; - Projeto de greides; - Projeto de rede de águas pluviais; - Planta de Cotas de Soleiras (Implantação das edificações); Verificar: - DPE; - Pontos de distribuição de esgotos sanitários; - Planta de situação; - Planta baixa; - Cortes; - Perfis; - Cotas: - - Do terreno; - - De assentamento da tubulação; - - Dos PVs (Poços de Visita): boca e fundo; - Diâmetros e materiais das tubulações; - Materiais de rejuntamento - Diâmetros (se circulares) ou medidas internas dos PVs (se de seção retangular); - Tipos de materiais dos PVs; - Distâncias entre os PVs; - Degraus em PVs profundos; - Berço de assentamento das tubulações; - Local de lançamento dos esgotos, e suas características. PROJETO DE REDE DE ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM Confrontar com: - Especificações; - Normas de concessionárias; - Levantamento planialtimétrico; - PAL; - Projeto de greides; - Planta de Cotas de Soleiras (Implantação das edificações); - Projeto de rede de esgoto sanitário Verificar: - Planta de situação; - Planta baixa; - Perfis; - Cortes; - Ramais principais; - Ramais secundários; - Poços de Visita – PVs; - Ralos; - Caixas de passagem; - Inclinações (declividade) das redes; - Diâmetros das tubulações; - Distâncias entre Poços de Visita – (PVs), Caixas de Passagem – (CPs); - Materiais das tubulações, poços e ralos; - Dimensões de PVs e ralos; - Cotas de fundo, de tampões e grelhas; - Tipos de tampões e de grelhas; - Diferença de cotas de entrada e de saída do interior dos poços, caixas e ralos; - Local de lançamento da águas pluviais; - Materiais e detalhe do berço de assentamento das tabulações PROJETO DE REDE DE ENERGIA ELÉTRICA/ILUMINAÇÃO Confrontar com: - Especificações; - Normas da ABNT e concessionárias; - Projeto de rede de abastecimento de água; - Projeto de rede de gás; - PAL; - Planta de implantação das edificações. Verificar: - Planta de situação; - Planta Baixa; - Esquemas; - Tipos e características dos postes; - Locais de assentamento dos postes em função de eventuais interferências com outras redes (gás, água, esgoto), e das larguras dos passeios; - Tipos de transformadores, cabos, acessórios; - Sistema de aterramento; - Sistema de iluminação (braços, luminárias, automáticos); - Altura da fiação em relação aos passeios; PROJETO DE REDE DE GÁS Confrontar com: - Especificações; - Normas da concessionária; - Projeto de greides; - Projeto de abastecimento de energia elétrica; - Projeto de iluminação pública; - Projeto de abastecimento d’água; - Projeto de rede de esgoto sanitário; - Planta de implantação das edificações - Projeto de rede de abastecimento de água; - PAL; - Planta de implantação das edificações. Verificar: - Planta de situação; - Planta Baixa; - Esquemas; - Detalhes; - Forma de alimentação (rede existente ou Central de GLP); - Interferência com outras redes, especialmente ao longo dos passeios (água, esgoto, energia); - Profundidade das tubulações; recobrimento PROJETO DE REDE DE TELEFONE Confrontar com: - Especificações; - Normas da concessionária e da Telebras; - Projeto de rede de energia elétrica; - Projeto de rede de iluminação; - Planta de implantação das edificações. Verificar: - Planta de situação; - Planta Baixa; - Esquemas; - Detalhes; - Caixas de passagem. PROJETO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA – ETA Confrontar com: - Especificações; - Normas da ABNT e concessionárias; - Projeto de rede de abastecimento de água; - Projeto de rede de esgoto sanitário; - Projeto de rede de abastecimento de energia elétrica. Verificar: - Projeto de arquitetura próprio; - Projeto de cálculo estrutural próprio; - Captação; - Abastecimento / Contribuições; - Sistema de tratamento; - Características dos equipamentos; - Indicação de produtos químicos a serem utilizados; - Sistema de alimentação de energia elétrica; - Forma de operação e de manutenção; - Compartimento de operação; - Gradis e grades protetores. PROJETO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO – ETE Confrontar com: - Especificações; - Normas da ABNT e concessionárias; - Projeto de rede de esgoto sanitário; - Projeto de rede de abastecimento de água. Verificar: - Projeto de arquitetura próprio; - Projeto de cálculo estrutural próprio; - Captação; - Esgotamento; - Sistema de tratamento; - Características e fabricantes dos equipamentos; - Indicação de produtos químicos a serem utilizados; - Sistema de alimentação de energia elétrica; - Análises recomendadas; - Forma de operação e de manutenção; - Casa de bombas: - - Calçamento antivibratório das bombas e compressores; - - Chaves elétricas de comando; - - Isolamento acústico; - Gradis e grades protetores. PROJETO DE PAISAGISMO / ARBORIZAÇÃO Confrontar com: - Especificações; - Planta de locação das edificações; - Projeto de pavimentação; Verificar: - Tratamento paisagístico projetado; - Tipos previstos de árvores; - - Nomenclatura; - - Porte; - - Distâncias; - - Tutores e protetores; - - Cordonéis; - Tipos de plantas; - Gramas; - Elementos de alvenaria ou concreto: - - Muretas - - Bancos; - - Mesas. PROJETO DE ARQUITETURA APROVADO Confrontar com: - Especificações; - Levantamento planialtimétrico; - Projeto de cálculo estrutural; - Projetos de instalações em geral; - Discriminação orçamentária; - Projeto de greides; - Preparar um resumo das principais características do projeto, tais como: - - Numeração, tipos e quantidade de unidades; - - Descrição dos compartimentos das unidades e das partes comuns; - Áreas: - - Do terreno; - - De projeção / taxa de ocupação; - - De construção total e parciais (das unidades, dos pavimentos, das circulações, da cobertura); Verificar: - Telhado: - - Caimento; - - Tipo de telha; - - Rufos; - - Calhas; - - Ventilação; - Altura da platibanda e da calha em confronto com o caimento projetado; - Acesso à cobertura e caixa d’água: caminhamento ao longo das calhas; - “Escada de marinheiro”, alçapão; - Afastamentos frontal, laterais e dos fundos; - RN e cotas de soleiras; - Recuos; - Investiduras; - Marcação de áreas e vagas de estacionamento; - Dimensões dos compartimentos e das partes comuns; - Tipo de estrutura a ser adotada; - Dimensões dos vãos de portas, janelas e basculantes; - Pés direitos; - Altura dos peitoris e chapins; - Indicação de soleiras e diferenças de níveis internos; - Cisternas; - Caixas dágua; - Locais dos Centros de Medição de Energia, de Água e de Gás - Na cozinha, verificar espaços para banca, geladeira e abertura da porta: - Na área de serviço, verificar; - - Espaço para tanque e máquina de lavar roupa. - Local do barrilete (facilidade de acesso e manobra; Relato: Na grande maioria dos projetos de telhados, é muito comum não se dar atenção adequada ao acesso ao barrilete, obrigando que se pise sobre as telhas até se chegar à caixa dágua, situação ainda agravada pelo pequeno vão do acesso ao barrilete. Este alerta é no sentido de que se crie uma passagem possível ao longo de calhas, possibilitando um espaço suficiente junto à caixa dágua, com abertura que facilite a entrada sob a caixa, evitando-se o risco comum de quebra de telhas. Em pelo menos uma situação, conseguimos que se programassem tais medidas ainda na fase de projeto, cuja recomendação aproveito para aqui reforçar, tendo em vista o pleno proveito. PLANTA DE COTAS DE SOLEIRAS Embora este tipo de planta não constitua elemento formal ou usual de uma obra, é altamente recomendável que se exija ou se faça uma planta indicando as cotas de soleiras das edificações em comparação com as cotas de níveis do terreno e passeios, próximos das edificações. No início da década de 1980, como responsável pela fiscalização de 14 empreendimentos com quase 9.500 unidades habitacionais, estando um dos empreendimentossendo executado com mais de vinte blocos de apartamentos em um terreno com mais de 45.000 m2 e em que era necessária a elevação do “greide” das vias em quase 1,00 m e estando o estaqueamento em execução seguindo as condições naturais do terreno, solicitei da construtora uma “Planta de Cotas de Soleiras”, em face das entradas de acesso aos blocos. A planta que me foi apresentada pelo gerente da obra informava simplesmente que cada bloco teria uma cota de soleira de + 0,50m em relação ao terreno até então natural, o que conduziria a sérios problemas futuros, ficando praticamente todos os blocos “enterrados” em relação ao regime pluvial. Na época, havia o BNH como “Banco de 1ª Linha”, emprestando os recursos, e a CEF - “Banco de 2ª Linha”, como Agente financeiro repassador dos recursos do empreendimento ambos acima da minha esfera de atribuições. Estava eu decidido a convocar uma reunião na obra com aqueles dois agentes, o que acabou sendo desnecessário já que, por determinação do Diretor Técnico da construtora a planta foi refeita, elevando as cotas de soleiras para níveis compatíveis com o leito fluvial situado mais próximo dos blocos, além do atendimento dos níveis de greides constantes de projeto da Prefeitura. Houve situações em que se tornou necessária a alteração, para cima, dos níveis de “arrazamento” das estacas. Este relato é feito para destacar a importância de se considerar tal tipo de planta em situações de terrenos baixos e passíveis de alagamentos. E não é por acaso que a prefeitura do Rio dispõe de plantas que indicam o greide dos logradouros, na testada de cada lote do PAL. Tratava-se de falha gerencial no canteiro de obra. O diretor da empresa, atendendo ao bom senso, e com quem era mantido um elevado nível de entendimento, mandou que se fizessem as necessárias correções. Confrontar com: - Projeto de arquitetura das edificações; - Levantamento planialtimétrico - Projeto de greides; - Projeto de terraplenagem; - Projeto de rede de águas pluviais e drenagem; - Projeto de rede de esgoto sanitário Verificar: - Cotas de soleiras em comparação com a altimetria, greides, terraplenagem e redes; - Diferença de cotas das soleiras das edificações e das calçadas de acesso a elas; - Diferença de cotas entre as calçadas das edificações e o terreno junto a elas; - Diferença de cotas entre as soleiras das edificações e os tampões dos PVs próximos. PROJETO CÁLCULO DAS FUNDAÇÕES Confrontar com: - Especificações; - Projeto de arquitetura; - Relatório de sondagens; - Planta de cotas de soleiras das edificações; - Projetos de instalações – Térreo; - Memória de cálculo. Verificar: - Na planta de locação das fundações: - - Ponto externo de referência de locação; - - Seções dos elementos da fundação; - - Distâncias entre os elementos da fundação. - Em fundação tipo radiê (laje armada): - - Espessura compatível com as especificações e com a prática; - - Armação; - - Fck do concreto; - - Recobrimento da armação; - - Detalhe das bordas do radiê, com aumento da espessura, para baixo, da poligonal, para evitar descalçamento; - - Previsão de rebaixos; - - Previsão para instalações embutidas - Em fundação tipo baldrame (sapatas corridas): - - Seção; - - Altura; - - Nível em função da cota de soleira; - - Espessura da camada impermeabilizadora inferior; - - Armação; - - Fck do concreto; - - Previsão para passagem de tubulação. - Em fundação de sapatas: - - Seções das sapatas; - - Pescoço das sapatas; - - Seções das cintas; - - Nível de assentamento; - - Nível superior das cintas; - - Laje de piso ou camada impermeabilizadora; - - Cotas de soleiras; - - Armação; - - Fck do concreto; - - Recobrimento da armação; - - Previsão de furos ou rasgos para passagem de tubulações - Em fundações indiretas (estacas / tubulões): - - Planta de locação das fundações; - - Diâmetro de estacas/tubulões; - - Blocos de coroamento; - - Cintamento; - - Cotas de arrazamento; - - Comprimentos das estacas / tubulões; - - Tipos de solos; - - Armação; - - Fck do concreto; - - Recobrimento da armação; - - Previsão de furos para passagem de tubulação; - - Negas recomendadas pelo calculista; - - Tipos de soldagens. PROJETO CÁLCULO DA SUPRA ESTRUTURA Confrontar com: - Especificações; - Projeto de arquitetura; - Projeto de instalações hidráulicas e de gás; - Projeto de instalações elétricas e de telefone; - Projeto de instalações de esgoto e águas pluviais; - Memória de cálculo. Verificar: - Dimensões dos pilares; - Dimensões das vigas; - Dimensões e espessuras das lajes; - Categoria do aço, bitolas, espaçamentos, recobrimento; - Quadro resumo da ferragem; - Nível inferior das vigas em confronto com os vãos de esquadrias; - Interferência da locação dos pilares com: - - Espessuras das alvenarias; - - Vãos de portas e janelas; - - Espaços para geladeira, fogão, banca de pia e abertura da porta de entrada; - Vãos para passagem de tubulações; - Juntas de dilatação. - Em lajes pré-fabricadas: - - Dimensões das vigotas; - - Dimensões das lajotas; - - Argamassa de capeamento (traço e espessura); - - Indicação de contra- flechas: - - Forma de escoramento; - - Respaldos das alvenarias; - - Ferragem transversal de combate aos efeitos de dilatação térmica e trincas; - Em alvenaria estrutural: - - Paredes estruturais (blocos de concreto ou cerâmicos); - - Paredes de vedação - - Paredes hidráulicas; - - Dimensões dos blocos; - - Modulação dos blocos em função dos vãos de portas e janelas; - - Resistência prevista dos blocos; - - Ferragem (armação); - - Respaldo das paredes PROJETO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS Confrontar com: - Especificações; - Projeto de arquitetura; - Projeto de cálculo estrutural; - Projetos prediais de esgoto e águas pluviais - Projeto predial de instalações elétricas; - Laudo de exigências do Corpo de Bombeiros. Verificar: - Aprovação pela concessionária; - Entrada d’água; hidrômetro, pena d’água; - Casa de bombas; - Sistema de recalque: - - Altura manométrica; - - Características das bombas; - - Tubulação; - - Válvula de retenção; - - Válvula de pé; - - Válvula de bóia; - No projeto de eletricidade: - - Alimentação dos automáticos inferior e superior; - Capacidade da cisterna e caixa d’água, em confronto com exigências do Corpo de Bombeiros; - Projeto estrutural da cisterna e da caixa d’água superior; - Diâmetros das tubulações; - Pontos de: - - Registros; - - Torneiras de lavatórios, pias, tanques, jardins e lixeiras; - - Chuveiro; - - Filtro; - - Caixa de descarga; - Isométrico; - Passagem de tubulação por peças estruturais - Barrilete: - - Forma de distribuição; - - Registros individuais por prumadas ou por pavimentos; - - Facilidade de acesso; - Sistema de limpeza das caixas d’água; - Sistema de extravazão (ladrão); - Desvios dos ramais gerais de gás em confronto com os projetos de estrutura e de eletricidade; PROJETO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTO E DE ÁGUAS PLUVIAIS Confrontar com: - Especificações; - Projeto de arquitetura; - Projeto de instalações hidráulicas; - Projeto de cálculo estrutural. Verificar: - Aprovação pela concessionária; - Pontos de: - - Vasos; - - Lavatórios - - Chuveiros; - - Tanques; - - Máquinas de lavar roupa; - - Pias de cozinha; - - Ralos sifonados; - - Ralos simples - - Ralo hemisférico, tipo “abacaxi”, na calha (atenção: boca para baixo); - - Lixeira; - Recolhimento de águas do telhado. Quando houver apenas uma descida por calha, é aconselhável prever um extravazor (ladrão) numa borda da calha, evitando assim o seu transbordamento e infiltração da água pela laje. Tal problema já aconteceu de fato, afetando 18 blocos de 3 pavimentos, construídos absolutamente de acordo com os projetos então disponíveis. - Diâmetros e materiais da tubulação; - Ventilação da tubulação; - Caixas de inspeção; - Caixas de passagem; - Ligação ao coletor; - Fossa: tipo e capacidade; - Sumidouro: Detalhes; saber se o terreno é permeável em condições permanentes; - Filtro anaeróbio;
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