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Maquinas elétricas, motores e transformadores

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FUNDAÇÃO DE ENSINO “EURÍPIDES SOARES DA ROCHA”
CENTRO UNIVERSITÁRIO EURÍPIDES DE MARÍLIA – UNIVEM
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
EMERSON ROCHA MUNIZ
JOSEANE MAXIMIANO
LUYARA MUNIZ RIBEIRO
MARCELA M. P. AMORIM
MARCOS VINICIO NAVARRO
MÁQUINAS ELÉTRICAS: MOTORES E TRANSFORMADORES
MARÍLIA
9
2019
EMERSON ROCHA MUNIZ
JOSEANE MAXIMIANO
LUYARA MUNIZ RIBEIRO
MARCELA M. P. AMORIM
MARCOS VINICIO NAVARRO
MÁQUINAS ELÉTRICAS: MOTORES E TRANSFORMADORES
Trabalho de Instalações e Máquinas Elétricas apresentado ao Curso de Engenharia de Produção da Fundação de Ensino “Eurípides Soares da Rocha”, mantenedora do Centro Universitário Eurípides de Marília – UNIVEM, como requisito parcial para obtenção do grau e Bacharel em Engenharia de Produção.
Orientador
Prof. Edson Detregiachi Filho
MARÍLIA
2019
SUMÁRIO
RESUMO	3
INTRODUÇÃO	4
Metodologia	5
DESENVOLVIMENTO	6
Definição	6
Tipos de motores	7
Tipos de transformadores	8
Características dos motores elétricos	12
Características dos transformadores	13
Princípios de funcionamento	15
Aplicações industriais	20
CONCLUSÃO	22
REFERÊNCIAS	23
RESUMO 
As máquinas elétricas, como motores e transformadores, são muito usadas no cotidiano de industrias, comércios e residências. Em tese, os motores utilizam da energia elétrica e o campo magnético para geração de energia mecânica para suas diversas utilizações, como por exemplo motor de arranque, ventilador, veículos, etc. A maioria dos transformadores utilizam o princípio de aplicação de tensão alternada em um enrolamento, criando um campo magnético e passando a tensão maior ou menor para o enrolamento secundário através da indução, de acordo com o que se necessita, sendo aplicado na transmissão de energia ou potência elétrica de um circuito para outro.
Palavras-chave: motor elétrico; transformador; máquinas elétricas.
INTRODUÇÃO
As máquinas elétricas durante muito tempo foram o meio mais utilizado para problemas em que era necessário variar a velocidade durante o funcionamento devido a simplicidade desse tipo de máquina, que pode ser alcançado variando a tensão de alimentação continua ou alterando a intensidade do campo magnético , o que a fez ser bastante utilizada no passado. O princípio de funcionamento desse tipo de motor pode ser entendido através do princípio de atração e repulsão dos campos magnéticos, criado pelas bobinas de campo com o campo magnético, conforme figura 1:
Figura 1: atração e repulsão entre campos magnéticos
O transformador é formado por duas bobinas: primária e secundária, acopladas. (enrolamentos bobinados num núcleo geralmente de ferro e transformam tensões conforme se convém. A bobina é ligada à uma fonte e a segunda em uma carga.
Se produz uma corrente ddp na bobina primária. V1 que produz uma corrente I1 que provoca um fluxo magnético ocorre perdas na maior parte do fluxo que atravessa o enrolamento secundário produzindo ddp = v2.
Para ocorrer o fluxo magnético é necessário que a corrente na bobina primaria seja uma corrente alternada, introduzindo assim uma corrente na bobina secundária. Através desses fluxos há induções à tensões nos enrolamentos.
O transformador é um dispositivo que permite elevar ou abaixar os valores de tensão ou corrente em um circuito CA. A grande maioria dos equipamentos eletrônicos emprega transformadores, seja como elevador ou abaixador de tensões.
Quando se conecta uma bobina a uma fonte CA surge um campo magnético variável ao seu redor, conforme figura 2:
Figura 2: campo magnético variável
Se aproximar outra bobina à primeira, o campo magnético variável gerado na primeira bobina “corta” as espiras da segunda bobina. A consequência da variação do campo magnético sobre suas espiras surge na segunda bobina, uma tensão induzida. 
É importante salientar que as bobinas primárias e secundárias são eletricamente isoladas entre si. A transferência de energia de uma para a outra ocorre através das linhas de força magnética.
Os motores elétricos são dispositivos que trabalha de maneira diferente aos geradores, que são dispositivos capazes de transformar energia mecânica em energia elétrica, nos motores elétricos convertem energia elétrica em outros tipos de energia.
Metodologia 
Para execução do presente trabalho será utilizado uma pesquisa do tipo exploratória, a fim de levantar maiores informações acerca do tema Sistemas Elétricos Trifásicos, bem como seu funcionamento, vantagens e desvantagens. Na sustentação teórica, o embasamento será dado a partir de pesquisas bibliográficas como artigos e livros. Segundo Gil (1999, p.43), as pesquisas exploratórias visam proporcionar uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo.
DESENVOLVIMENTO
Definição 
As máquinas elétricas rotativas são os motores e os geradores, são denominadas rotativas por possuírem uma parte girante em relação a uma parte em repouso (rotor e estator respectivamente). As máquinas elétricas estacionárias ou em repouso são os transformadores pois não possuem partes móveis.
A classificação das máquinas elétricas pode ser visualizada através da figura 3:
Figura 3: classificação das máquinas elétricas
O motor elétrico amplamente usado tanto em indústrias como dentro de aparelhos eletrodomésticos é alimentado através de energia elétrica e libera energia mecânica, o que possibilita o acionamento de inúmeros outros dispositivos. O gerador elétrico basicamente faz o contrário de um motor, alimentado por energia mecânica libera energia elétrica, esta energia mecânica pode ser de uma turbina por exemplo e é a base da geração de energia elétrica que chega em nossas residências. E o transformador é alimentado por energia elétrica e libera da mesma, porém energia elétrica de outros parâmetros, com aumento ou diminuição de tensão elétrica.
Cada uma das máquinas elétricas citadas possui sua complexidade e são compostas de uma estrutura mecânica que transforma o estudo das máquinas elétricas em assunto multidisciplinar compreendendo além da elétrica a mecânicas, física, termodinâmica, lubrificação, refrigeração e muitas outras.
Tipos de motores
	
Os motores elétricos, que transformam a energia elétrica em energia mecânica, podem ser classificados basicamente de acordo com sua corrente, seja ela corrente continua, alternada ou universais, e podem ser visualizados conforme figura 4:
Figura 4: Tipos de motores elétricos
Os motores de corrente contínua, como o nome determina, são alimentados por baterias ou fontes de energia de corrente contínua, onde os elétrons que compõem a energia elétrica não possuem variações e seu fluxo segue em um sentido único. 
Geralmente, são recomendados para pequenos circuitos, pois o tipo de corrente contínua não aceita o uso de transformadores e perdem voltagem dentro deste. São menos utilizados no cotidiano, aplicados em condições específicas, principalmente devido às redes de distribuição de energia que chegam às casas, comércios e indústrias utilizar a corrente alternada. Tornam-se mais caros devido ao custo de produção, e por necessitar, em caso de uso comercial ou residencial, de dispositivos que convertam a corrente alternada em corrente contínua.
Possuem vantagens como facilidade no controle de velocidade deste (definidas através da Lei de Kirchhoff e Lei de Indução de Faraday) e torques altos em baixas rotações.
Os tipos de motor CC, como são chamados, são subclassificados de 4 tipos, sendo excitação em série, excitação independente, excitação composta e em paralelo, tendo estas classificações de acordo com as características de enrolamento de armadura. 
Os motores de corrente alternada são os mais comuns, já que a energia elétrica distribuída nas redes favorece a utilização deste tipo de motor, além da maior facilidade de construção e operação, o que retornam em baixos custos de produção. Esse tipo de motor pode ser classificado de acordo com o sistema alimentação, que pode ser monofásico, trifásico ou universal.
Esse tipo de motor, utilizando a corrente alternada, permite a utilização de transformadores para alavancara voltagem utilizada, e trabalham com a defasagem de corrente de 120 graus. 
Geralmente os motores monofásicos, utilizando a voltagem de até 127 V, são utilizados para uso residencial e comercial, e possuem grande capacidade de utilizar a energia elétrica monofásica e transformá-la em energia mecânica, que é o princípio de funcionamento de qualquer motor, usados geralmente onde é necessária uma menor potência instalada.
Os motores trifásicos são utilizados com voltagens mais altas, uma vez que esse tipo de alimentação permite, através do uso de transformadores, sendo utilizados com maior frequência nas indústrias, onde necessitam de maior potência instalada. A facilidade de a corrente alternada chegar a locais mais distantes sem a perda considerável de eficiência permite também essa utilização.
Os motores de corrente alternada podem ser classificados também como síncronos ou assíncronos (de indução), sendo estes diferenciáveis pela velocidade do motor em relação ao campo girante (frequência da rede), sendo sincronizados na categoria síncrona, e assíncrono na categoria assíncrona, sendo estes mais baratos e mais utilizados nas indústrias.
Os motores universais podem funcionar tanto em corrente contínua, quanto em corrente alternada, sendo este com excitação série.
Tipos de transformadores
Os transformadores, equipamentos elétricos que possuem a função de transformar valores de corrente e tensão, seja elevando ou diminuindo através da indução eletromagnética, podem ter diversas classificações, e dentre a principal classificação, podemos citar a classificação de acordo com sua utilização. Neste tipo de classificação, os transformadores são categorizados como transformadores de corrente, transformadores de potencial, transformadores de distribuição, transformadores de força e transformador elevador e abaixador de tensão.
Os transformadores de corrente (TC), possuindo dois enrolamentos, são utilizados para criar a corrente alternada em seu segundo enrolamento proporcional à corrente presente em seu enrolamento principal. Sua funcionalidade, em circuitos de alta tensão e baixa corrente, é reduzir e isolar a corrente do enrolamento primário, para que sejam utilizadas em equipamentos de medição, controle e proteção, ou até mesmo alimentar dispositivos que não suportam uma corrente considerada alta advinda da rede, de acordo com seus padrões. O transformador de corrente pode ser visualizado através da figura 5:
Figura 5: Transformador de corrente de alta tensão
Os transformadores de potencial (TP), assim como o transformador de corrente utilizado geralmente em altas tensões, é capaz de alterar a tensão de entrada (em seu circuito primário) para níveis mais aceitáveis em sua saída (circuito secundário). É aplicado principalmente para medir tensões muito altas que chegam a seu circuito primário, sendo estas tensões proporcionais entre seu circuito primário e secundário, sendo instalado em seu circuito secundário o voltímetro para realizar a medição. Outras utilizações são consideradas, como alimentação de circuitos de proteção e controle de substações. Pode-se visualizar o transformador de potencial através da figura 6:
Figura 6: transformador de potencial
Os transformadores de distribuição, embora desconhecido por muitos, é o responsável por fazer com que a energia elétrica chegue em nossas residências à valores aceitáveis para utilização de eletrodomésticos e eletroeletrônicos em sua principal função. 
É utilizado pelas concessionárias de distribuição de energia, onde a energia elétrica chega até os fios em alta tensão advindos das redes de transmissão, e próximos à distribuição, esses transformadores diminuem essa tensão. Ficam geralmente localizados próximo aos postes presentes nas ruas urbanas. Pode-se visualizar o transformador de distribuição através da figura 7:
Figura 7: transformador de distribuição
Os transformadores de força são responsáveis por transmitir energia elétrica ou potencial elétrico do circuito primário ao secundário, provocando tensões, correntes e modificações nas impedâncias elétricas. São utilizados principalmente pelas concessionárias de energia elétrica, onde geram e distribuem a energia elétrica, seja próximo as hidrelétricas, ou em substações de distribuição. Pode-se visualizar o transformador de força através da figura 8:
Figura 8: Transformador de força
O transformador elevador e abaixador de tensão, como sugerido ao nome, possuem a capacidade de elevar ou abaixar a tensão, o que definirá se será elevador ou abaixador será o número de espiras na primeira e segunda bobina.
Em transformadores elevadores, o número de espiras na segunda bobina será maior, já que a tensão de saída deverá ser maior que a de entrada. Em transformadores abaixadores, ocorre o inverso, onde na primeira bobina o número de espiras é maior que na segunda, já que entrará uma tensão maior, e sairá uma tensão menor. Pode-se visualizar o transformador elevador e abaixador de tensão através da figura 9:
Figura 9: transformador elevador e abaixador de tensão
Características dos motores elétricos
De acordo com as normas brasileiras de eletrotécnica ou mais especificamente a NBR 7094, todos os motores elétricos devem possuir uma placa metálica firmemente presa ao estator, na qual são marcadas, de maneira legível, pelo menos as seguintes características:
· Nome, marca comercial ou símbolo identificador do comerciante;
· Tipo, série e número de fabricação;
· Espécie de corrente (alternada ou contínua);
· Espécie de motor (indução, paralelo, etc.);
· O número de fases ou frequência em ciclos/seg. (Motores de CA);
· Potência nominal em KW, HP (1 HP = 0,746 KW), ou em c.v. (1 c.v. = 0,736 KW);
· Tensão nominal ou tensões nominais de operação;
· Corrente nominal à plena carga;
· Velocidade angular nominal à plena carga (rotações p/min.);
· Tensão e corrente do circuito secundário (motores de indução com rotor bobinado de anéis).
· Grau de Proteção dos invólucros dos equipamentos elétricos, conforme as características do local em que serão instalados e de sua acessibilidade.
Todos os motores devem trazer, ainda, na mesma ou noutra placa, o esquema das ligações. As placas de características podem ainda indicar:
· Fator de potência nominal à plena carga;
· Espécie de serviço (contínuo, de pequena duração; quando falta esta indicação, o motor é de serviço contínuo); o aumento permissível da temperatura dos enrolamentos e
· Partes adjacentes, em graus centígrados;
· O fator de serviço (sobrecarga que o motor pode suportar em serviço contínuo).
Pode-se visualizar as características do motor através da placa de identificação do motor elétrico, conforme figura 10:
Figura 10: Placa de identificação de motor elétrico
A placa de identificação do motor elétrico descrita anteriormente é, geralmente, fixada na carcaça do motor, conforme mostra figura 11:
Figura 11: Realce da fixação da placa na carcaça do motor
Características dos transformadores
Os transformadores são construídos para serem máquinas com elevada eficiência, algo entre 96 e 99%. No entanto, eles não estão “livres” de perdas e se sabe que o rendimento varia com o seu carregamento. Estima-se que cerca de 14% de toda a energia elétrica gerada no Brasil são consideradas perdas (técnicas e comerciais) nos sistemas de Transmissão e de distribuição de energia elétrica. E 30% das perdas técnicas se devem às perdas nos núcleos dos transformadores. Portanto, entender como se dão as perdas nos transformadores e meios de determiná-las pode ser um fator importante para melhorar a eficiência energética de uma instalação.
De acordo com a NBR 10295, o transformador pode ser, basicamente, dividido nos seguintes elementos:
· Enrolamentos: fios de cobre de seção circular ou retangular, isolados com esmalte ou papel
· Núcleo: constituído por material ferromagnético, em chapas finas isoladas entre si, contendo silício em sua composição. Este deve proporcionar excelentes características de magnetização e perdas reduzidas.
· Tanque e meio refrigerante: invólucroda parte ativa (núcleo+enrolamentos) e recipiente para o óleo isolante.
· Acessórios: terminais, buchas, parafusos, tampas, sensores, radiadores e etc, destinados a auxiliar o funcionamento do transformador.
O transformador real possui as seguintes características:
· As resistências dos enrolamentos não são desprezíveis
· A permeabilidade magnética do núcleo é finita (portanto é necessário haver uma corrente de magnetização não nula e a relutância do núcleo é diferente de zero)
· Há dispersão do fluxo magnético
· Há perdas no núcleo (por correntes parasitas e histerese).
Os transformadores são classificados de acordo com vários critérios. As classificações de acordo com a finalidade, o tipo, o material do núcleo e o número de fases são algumas das mais importantes.
Classificação de acordo com a finalidade:
· Transformadores de corrente;
· Transformadores de potência;
· Transformadores de distribuição;
· Transformadores de força;
Classificação quanto ao tipo:
· Dois ou mais enrolamentos;
· Autotransformador;
Classificação quanto ao material do núcleo:
· Ferromagnético;
· Núcleo de ar.
Classificação quanto ano número de fases:
· Monofásico;
· Trifásico;
· Polifásico;
Para se reduzir as perdas o núcleo de muitos transformadores, são laminados. Em geral se utiliza aço-silício com o intuito de se aumentar a resistividade e diminuir ainda mais essas correntes parasitas. 
Transformadores também podem ser utilizados para o casamento de impedâncias. Esse tipo de ligação consiste em modificar o valor da impedância vista pelo lado primário do transformador, são em geral de baixa potência.
Os transformadores de potência são destinados a rebaixar ou elevar a tensão e consequentemente elevar ou reduzir a corrente de um circuito, de modo que não se altere a potência do circuito. Podem ser divididos em dois grupos:
· Transformador de força - são utilizados para gerar, transmitir e distribuir energia em subestações e concessionárias. Possuem potência de 5 até 300 MVA. Quando operam em alta tensão têm até 550 kV.
· Transformador de distribuição - São utilizados para rebaixar a tensão para ser entregue aos clientes finais das empresas de distribuição de energia. Normalmente instalados em postes ou em câmaras subterrâneas. Possuem potência de 15 a 300 kVA; O enrolamento de alta tensão, têm tensão de 15, 24,2 ou 36,2 kV, já o enrolamento de baixa tensão tem 380/220 ou 220/127 V.
Princípios de funcionamento
Na prática, quase todos os motores fazem a conversão da energia de uma forma em outra pela ação de um campo magnético e os transformadores funcionam com base nos mesmos princípios, ou seja, dependem da ação de um campo magnético para que ocorram mudanças no nível de tensão.
Um motor elétrico é uma máquina elétrica que converte energia elétrica em energia mecânica. A maioria dos motores elétricos opera através da interação entre o campo magnético do motor e a corrente elétrica em um enrolamento de fio para gerar força na forma de rotação de um eixo. Os motores elétricos podem ser alimentados por fontes de corrente contínua (CC), como baterias, veículos a motor ou retificadores, ou por fontes de corrente alternada (CA), como uma rede elétrica, inversores ou geradores elétricos.
	Um motor CC é composto por um eixo acoplado ao rotor que é a parte girante do motor. Na figura 12, o estator é composto por um ímã e o comutador tem a função de transferir a energia da fonte de alimentação ao rotor. 
Figura 12: motor CC
O princípio básico de funcionamento de um motor CC é: "sempre que um condutor de corrente (em vermelho) é colocado em um campo magnético (em azul), ele experimenta uma força mecânica (em verde)", gerando o torque e o giro do eixo do motor. Na figura 13, o estator é constituído pelos ímãs (norte e sul) e o rotor é representado por uma bobina que é alimentada pelo comutador em que circula uma corrente I.
Figura 13: princípio de funcionamento do motor CC
Ao alimentar o comutador com tensão CC, é gerada uma corrente contínua que é transferida para a bobina através do contato das escovas do comutador com esta bobina. Assim, a função do comutador é ser o elo entre a fonte de alimentação e o rotor do motor CC e ele é composto por escovas condutoras que fazem o contato com o eixo girante do motor CC. Aqui, chamamos a corrente que circula pela bobina de I, como apresentado na figura 14:
Figura 14: corrente no motor CC
O campo magnético é gerado entre os polos norte e sul do ímã e possui um sentido partindo do norte para o sul. O torque que vai impulsionar a bobina e por sua vez o rotor, como podemos observar na figura 15 será proporcional ao campo magnético entre os ímãs. A densidade de fluxo magnético é chamada aqui de B.
Figura 15: campo magnético no motor CC
A direção dessa força é dada pela regra da esquerda de Fleming e sua magnitude é dada por F = BIL. Onde, B = densidade do fluxo magnético, I = corrente e L = comprimento do condutor dentro do campo magnético, sendo que a força, a corrente e o campo magnético estão todos em direções diferentes.
	Os motores elétricos CA podem ser de dois diferentes tipos: o motor elétrico síncrono e o de indução (assíncrono).
	O funcionamento do motor elétrico no caso do motor de indução é um pouco diferente do motor DC. No motor de indução monofásico, quando uma alimentação monofásica é fornecida ao enrolamento do estator, um campo magnético pulsante é produzido e em um motor de indução trifásico, quando uma alimentação trifásica é fornecida ao enrolamento do estator trifásico, é produzido um campo magnético rotativo. O rotor de um motor de indução é do tipo enrolado ou do tipo esquilo. 
	Qualquer que seja o tipo de rotor, os condutores nele estão em curto no final para formar um circuito fechado. Devido ao campo magnético rotativo, o fluxo passa pelo espaço de ar entre o rotor e o estator, varre a superfície do rotor e corta o condutor do rotor. Portanto, de acordo com a lei de Faraday da indução eletromagnética, haveria uma corrente induzida circulando nos condutores de rotor fechados. 
	A quantidade de corrente induzida é proporcional à taxa de variação da ligação do fluxo em relação ao tempo. Essa taxa de alteração da ligação do fluxo é proporcional à velocidade relativa entre o rotor e o campo magnético rotativo. De acordo com a lei de Lenz, o rotor tentará reduzir todas as causas de produção de corrente nele. Portanto, o rotor gira e tenta atingir a velocidade do campo magnético rotativo para reduzir a velocidade relativa entre o rotor e o campo magnético rotativo.
	Já o motor elétrico síncrono usa um rotor bobinado, no qual bobinas são colocadas nas ranhuras deste rotor. O rotor por sua vez é excitado por uma fonte de alimentação contínua CC externa, utilizando anéis deslizantes e escovas para fornecer corrente ao rotor. Estes motores são projetados para operar a uma velocidade constante específica em conformidade com o campo magnético rotativo. Um motor síncrono não é um motor de partida automática porque o torque só é desenvolvido quando ele funciona a uma velocidade síncrona; Assim, a sua partida pode ser feita através de um motor cc comum acoplado em seu eixo. Um motor síncrono é frequentemente usado onde se necessita de uma velocidade exata.
	Quando falamos em transformadores, é necessário sobre um efeito de eletromagnetismo conhecido como indução mútua, em que duas ou mais bobinas de fio são colocadas de modo que o campo magnético variável criado por um induz uma voltagem no outro. Se tivermos duas bobinas mutuamente indutivas e energizarmos uma bobina com CA, criaremos uma tensão CA na outra bobina. Quando usado como tal, este dispositivo é conhecido como um transformador, como apresentado na figura 16:
Figura 16: funcionamento de um transformador
O principal recurso de um transformador é a sua capacidade de aumentar ou diminuir a tensão de uma bobina alimentada para outra bobina sem alimentação. Em um transformador, a tensão CA induzida na bobina não alimentada (“secundária”) é igual à tensão CA na bobina alimentada (“primária”) multiplicada pelarelação de espiras da bobina secundária dividido pelo número de espiras primárias da bobina, como mostrado na relação abaixo:
EP/ES=N1/N2
Outra característica do transformador é que se a bobina secundária estiver energizando uma carga, a corrente através da bobina secundária é exatamente o oposto da corrente primária e seu valor será a corrente primária da bobina multiplicada pela relação de voltas primárias dividido pela relação de bobinas secundárias. Esta relação tem uma analogia mecânica muito próxima, usando torque e velocidade para representar tensão e corrente (figura 17), respectivamente:
IP/IS=ES/EP
Figura 17: analogia de engrenagens de multiplicação de velocidade com o transformador abaixador de tensão.
Se a relação do enrolamento estiver invertida de modo que a bobina primária tenha menos voltas que a bobina secundária, o transformador “eleva” a tensão do nível da fonte para um nível mais alto na carga, como demonstrado na figura 18:
Figura 18: relação do enrolamento invertida
Aplicações industriais
Estima-se que dentre os modelos mais utilizados nas indústrias está o motor trifásico de indução, representando cerca de 90% da potência dos motores que são fabricados. Geralmente possuem o melhor custo benefício, pois possuem menor custo de construção, e maior facilidade na aplicação, já que a maior parte das indústrias possui em suas instalações circuitos trifásicos. Deve-se considerar também que o motor trifásico possui mais facilidade no arranque e menor nível de ruído em comparação ao motor monofásico.
Em sua aplicação nas indústrias, onde se exige altos torques para acionamento de grandes cargas, os motores elétricos trifásicos são utilizados habitualmente em bombas, ventiladores, exaustores, britadores, transportadores, esteiras, moinhos, talhas, compressores e máquinas operatrizes, como tornos, retificas, fresas, furadeiras, rosqueadeiras, mandriladoras, plainas, etc.
Habitualmente, encontramos os motores elétricos em diversos lugares que não estejam ligadas à indústria, como em elevadores de cargas e pessoas, elevadores de carros em mecânica de autos, portões de garagem, bombas d’água, betoneira, etc.
Os transformadores na indústria possuem aplicação para redução da tensão que vem da rede para tensões que são utilizadas dentro das instalações, denominada subestação abaixadora, onde no transformador, em sua bobina primária entra a tensão maior, e em sua bobina secundária a tensão de saída se torna menor. 
Estes transformadores são utilizados também pelas concessionárias de transmissão e distribuição de energia elétrica, onde na geração de energia elétrica utiliza-se um transformador elevador, para que seja transmitido até próximo aos grandes centros, e o transformador abaixador próximo aos grandes centros, para que cheguem as residências tensões menores.
CONCLUSÃO
Conclui-se que os motores e transformadores elétricos possuem diversas aplicações, sendo que para cada aplicação, existe algum tipo ou classificação de motor e transformador mais adequado para esta aplicação.
Ambos os tipos, em sua maior parte, utilizam da aplicação de indução, por meio da energia elétrica e do magnetismo, para realizar as transformações de energia de acordo com cada tipo, seja transformação para energia mecânica no caso dos motores, ou em energias menores ou maiores no caso dos transformadores.
REFERÊNCIAS
BRASIL FERROVIÁRIO. Motor CC. Disponível em: <https://www.brasilferroviario.com.br/motor-cc/>. Acesso em 02 de outubro de 2019.
CASA DO SOLDADOR. Conheça as diferenças entre motor monofásico e trifásico. Disponível em: <https://blog.casadosoldador.com.br/guia-do-soldador/diferencas-motor-monofasico-e-trifasico/>. Acesso em 02 de outubro de 2019.
CITISYSTEMS. Motor CC: Saiba como funciona e de que forma especificar. Disponível em: <https://www.citisystems.com.br/motor-cc/>. Acesso em 02 de outubro de 2019.
CITISYSTEMS. Transformadores de corrente. Disponível em: <https://www.citisystems.com.br/transformador-de-corrente/>. Acesso em 02 de outubro de 2019.
DATA ENGENHARIA. Transformadores de força. Disponível em: <http://www.data.com.br/produtos/transformadores-de-forca/>. Acesso em 02 de outubro de 2019.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas 1999.
INFOESCOLA. Transformadores. Disponível em: <https://www.infoescola.com/eletricidade/transformadores/>. Acesso em 02 de outubro de 2019.
INSTITUTO NCB. Todos os tipos de motores (MEC149). Disponível em: <http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/robotica/9435-todos-os-tipos-de-motores-mec149>. Acesso em 02 de outubro de 2019.
MÉRITO COMERCIAL. Tipos de motores elétricos e suas aplicações. Disponível em: <https://blog.meritocomercial.com.br/tipos-de-motores-eletricos-e-suas-aplicacoes/>. Acesso em 02 de outubro de 2019.
MUNDO DA ELÉTRICA. Tipos de transformadores. Disponível em: <https://www.mundodaeletrica.com.br/tipos-de-transformadores/>. Acesso em 02 de outubro de 2019.
TRANSFORMADOR ELÉTRICO. Transformador de força. Disponível em: <https://www.transformadoreletrico.com.br/transformador-de-forca>. Acesso em 02 de outubro de 2019.
WIKIPEDIA. Transformador. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Transformador>. Acesso em 02 de outubro de 2019.

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