Buscar

EXPORTAR OU MORRER (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXPORTAR OU MORRER
A taxa de câmbio desvalorizou-se ligeiramente nos últimos meses, acompanhando as incertezas do processo de tramitação da proposta de reforma da previdência. Mas deve-se notar também que, quando se mede a taxa de câmbio pela taxa efetiva real, para o conjunto das exportações e importações, nos últimos anos, a variação foi bem inferior ao da taxa real/dólar.
Em meio a um misto de expectativa e de desconfiança, a economia brasileira experimentava uma revolução há exatamente 20 anos. Em 1º de julho de 1994, entrava em vigor o Real, moeda que pôs fim à hiperinflação que assolou a população brasileira nos 15 anos anteriores.
As exportações e importações estão apresentando claramente uma tendência declinante nos primeiros quatro meses do ano, tanto em comparação com os meses anteriores como com o mesmo período do ano anterior, ainda que o saldo comercial venha se mantendo relativamente constante desde setembro do ano passado.
"Exportar ou Morrer" foi uma expressão cunhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Com este grito de guerra, ele anunciava o caminho para o país pagar suas dívidas e sair da estagnação.
Todas as nações desenvolvidas têm elevados índices de exportação. A exportação tende a aumentar e aperfeiçoar a capacidade produtiva do país, gera empregos, traz divisas e riquezas para a nação bancar seu desenvolvimento, pagar suas importações e suas dívidas, fazer poupança e ter credibilidade e respeito internacional.
Mas as exportações dependem de fatores internos e externos favoráveis. Num mercado globalizado, a competitividade é enorme. Qualidade, preço e respeito aos prazos e aos acordos são condições básicas para negociar, logo, quem já tem um histórico, leva vantagem e quem tem poder, mais ainda.  
Entretanto, nem tudo são flores e que o diga o segmento de flores tropicais, um dos mais afetados pela valorização do real frente ao dólar e ao euro. Embora a balança comercial brasileira no primeiro semestre deste ano tenha batido mais um recorde, a situação das firmas exportadoras de pequeno e médio porte está ficando difícil. Elas perderam competitividade no mercado internacional e muitas já abriram mão das exportações.
 As estatísticas confirmam que, no primeiro semestre de 2005, 9,92% das empresas que vendem até US$ 60 mil para o exterior, deixaram de fazê-lo. As grandes empresas de exportação, contudo, ainda não perderam o fôlego, compensando estas perdas.
O Brasil vem se esforçando para vencer suas dificuldades e participar mais efetivamente da distribuição da riqueza mundial, tão concentrada em poucos países. Mas esta é uma difícil partida de xadrez com adversários mais preparados e que estão no jogo há mais tempo. Jogamos com muitas dificuldades, internas e externas, mas estamos nos preparando e aprendendo a atacar e a nos defender. Entre acertos e erros, continuamos vivos e estamos nos fortalecendo.
Concluí que o Brasil precisa esquecer um pouco Nova York, Manhattan, e pensar em suas favelas, no seu povo sofrido.

Outros materiais