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Metodologia e Prática do Ensino da Lingua Portuguesa

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Aspectos históricos em relação ao ensino. Indagações iniciais
Por que a educação, que a tantos formou no passado, não é mais adequada para os dias atuais?
É, de fato, necessário modificar todo o ensino?
O que buscamos? O que queremos em relação ao ensino nos anos iniciais do Ensino Fundamental?
Por que é preciso modificar o ensino?
Discurso recorrente e contagiante. 
Mudanças devem ocorrer a partir de um processo reflexivo sobre o ensino.
É preciso tomar cuidado com os modismos.
Entre o já conhecido e a novidade
O que já conhecemos sobre o ensino nos conforta porque podemos prever, controlar e antecipar fatos. Mas isso não mobiliza para a mudança!
A novidade assusta justamente pela imprevisibilidade e pelos riscos que oferece. Mas correr riscos é necessário!
A transformação do ensino
A inovação faz sentido quando faz parte da história do conhecimento pedagógico, e quando, ao mesmo tempo, retoma e supera o anteriormente produzido.
(LERNER, 2002, p. 30)
A importância dos aspectos
Históricos
Resgatar o ontem ajuda a compreender o hoje e planejar melhor o amanhã.
Uma análise possível, mas não a única.
A necessidade de selecionar alguns acontecimentos e tomá-los como pontos de partida para a reflexão proposta nesta disciplina.
O ensino e os interesses sociais
O processo educativo não está isolado de outras instâncias sociais, mas apresenta estreita relação com as perspectivas sociais.
Os propósitos do ensino podem servir essencialmente aqueles que estão no poder ou refletir a formação de um cidadão atuante na sociedade em que vive.
Interatividade
O discurso de que é preciso modificar o ensino deve ser compreendido na perspectiva de:
a) retornar às práticas de ensino antigas, quando as pessoas aprendiam de verdade.
b) exigir que o professor utilize toda a tecnologia moderna em suas aulas.
c) articular diferentes métodos de ensino para formular um único modo de ensinar.
d) possibilitar a mobilização de conhecimentos para a tomada de decisões.
e) garantir ao aluno o direito de escolher se quer ir para a escola ou não.
O ensino que recebemos
O que sabemos sobre como nossos avós, pais, tios, enfim, aprenderam a ler e a escrever?
Durante muito tempo o ensino adotou práticas que privilegiavam:
o ensino homogêneo;
as atividades mecanizadas (baseadas na cópia e na memorização);
o processo de codificação e decodificação da escrita. Não buscamos culpados, mas refletir sobre o processo de ensino em diferentes épocas.
A que momento histórico esse ensino nos remetem?
Se tomarmos como ponto de partida o Descobrimento do Brasil, num tempo bem distante de nós, veremos que essa era a concepção de ensino dos jesuítas, responsáveis pela educação da época.
Se pensarmos no regime militar ditatorial, vigente no Brasil no período de 1964 a 1985, portanto, bem mais próximo de nós, notamos que não há modificações significativas na concepção de ensino.
O que aprendemos com esse resgate de marcos históricos?
Que é preciso romper com modelos que não contribuem para a aprendizagem do aluno, mas servem apenas para consolidar o poder dominante vigente.
Que a leitura se constitui como via de acesso à informação e, portanto, é um importante instrumento de transformação social.
Que concepções essas práticas revelam?
Que a aprendizagem ocorre por meio do treino intensivo e pela repetição fiel de modelos.
Que o aluno não participa do processo de sua aprendizagem, apenas a recebe passivamente.
Que a aprendizagem ocorre por meio do acúmulo de conhecimentos e informações recebidas pelo aluno.
Por que essas práticas eram interessantes?
Num país de regime ditatorial (autoritário), por exemplo, pode interessar àqueles que detêm o poder que o ensino da leitura e da escrita permaneça na esfera da codificação e decodificação, do “decifrar as palavras”.
Quais os propósitos do ensino da leitura e da escrita hoje?
Que se possa reconhecer que estas são vias de acesso à informação, a partir das quais se pode interpretar o que ocorre na sociedade para:
tomar decisões;
fazer exigências;
sair da passividade para a atividade.
Interatividade
Durante a ditadura militar no Brasil bastava que as pessoas entendessem o que delas era esperado e soubessem cumprir ordens. Assim, as práticas educativas junto ao aluno privilegiavam:
a) a discussão e a reflexão, para que o seu papel fosse compreendido.
b) a reprodução de modelos, para executar tarefas mecanicamente.
c) a cópia de textos, para que a escrita fosse significativa.
d) a memorização, como forma de garantir sua participação no ensino.
e) o trabalho em grupos, para o desenvolvimento do espírito de equipe.
O ensino que desejamos
Deve ser pautado no desenvolvimento de competências de tal modo que, no caso da leitura e da escrita, frente a um texto de conteúdo polêmico ou duvidoso, por exemplo, o aluno saiba assumir uma posição, expor sua opinião, justificar suas escolhas, tomar decisões.
Mas, o que é competência?
Competência não é dom!
Dom – dote natural; a pessoa nasce com ele ou não.
Competência – desenvolvida frente a oportunidades de tomadas de decisão, de desafios, de problematizações.
A importância do ensino para desenvolvimento de competências
Tomemos como exemplo o processo eleitoral:
O Brasil é referência em termos de democracia e tecnologia.
Mas amarga as escolhas arbitrárias feitas pelos seus eleitores.
Por isso, é função da escola:
Perpetuar o conhecimento valorizado por sua cultura de modo a subsidiar o aluno com experiências significativas de tomadas de decisão. Para muitas crianças, a escola é o único meio de acesso à:
informação;
leitura/ escrita;
reflexão/ discussão;
ação autônoma e criativa.
O processo de aprendizagem
Segundo Délia Lerner (2002), não se chega ao conhecimento pela soma de
pequenas aprendizagens, mas pela reorganização de objetos complexos.
O tempo de aprender
 
Aprendizagem é processual. Não ocorre de um dia para o outro, mas gradativamente e durante um tempo que varia de indivíduo para indivíduo.
É necessário instituir uma rotina de práticas em que o aluno possa mobilizar seus saberes.
Interatividade
O processo educativo atual investe no desenvolvimento de competências. Desse modo, espera-se que o aluno seja capaz de:
a) reproduzir modelos propostos pelo professor, o que o fará aprender.
b) cometer poucos erros, uma vez que estes o distanciam do aprender.
c) acumular informações, que possam lhe ser úteis oportunamente.
d) colocar em jogo talentos naturais a partir dos quais pode-se desenvolver outros.
e) mobilizar saberes para a resolução de problemas cotidianos.
Avanços e equívocos no processo de transformação
“...a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.”
(CORTELLA, 2008, p.11)
As dúvidas em relação ao ensino atual movimentam a busca de soluções para os mesmos.
As pesquisas de Ferreiro
Na década de 1980, as pesquisas de Emília Ferreiro influenciaram fortemente a educação brasileira.
Com a preocupação de compreender como os alunos aprendem o funcionamento do sistema de escrita, Ferreiro conclui que estes levantam hipóteses provisórias que os ajudam a aproximar-se do entendimento do sistema alfabético.
O conhecimento superficial
Propostas colocadas em prática rapidamente.
Não houve investimento em estudos aprofundados ou formação de professores.
Foi desconsiderado que a aprendizagem é processual e que isso é válido para a criança, mas também para o professor.
Princípios equivocados
O professor não pode mais corrigir o aluno.
Não se pode mais utilizar a caneta vermelha para corrigir o aluno.
Cópia, memorização e treino estão proibidos.
O aluno constrói sozinho o seu conhecimento.
Resultados que colhemos
Alunos concluem o Ensino Fundamental sem saber ler e escrever.
E o que é pior: os alunos não dominavam nem a forma mecanizadade leitura e escrita, ou seja, codificação e decodificação.
A sociedade começou a pressionar os professores que, por sua vez, sentiam-se perdidos.
O que deu errado nesse processo?
Saímos de um extremo em direção a outro.
Antes: um ensino unicamente pautado no modelo, na cópia, na memorização.
Depois: o aluno participa do seu processo de aprendizagem, ele mesmo constrói o seu conhecimento.
É preciso sair dos extremos para buscar um ponto de equilíbrio.
Interatividade
Com base nos pressupostos construtivistas afirmamos que o aluno constrói seu conhecimento. Com relação aos professores sabemos que, por serem adultos:
a) já construíram o seu conhecimento.
b) aprendem muito mais rápido.
c) vivenciam o mesmo processo que o aluno.
d) podem aprender conteúdos complexos.
e) têm um modo de aprender diferente dos alunos.
Uma reflexão para terminar
“O desafio é formar praticantes da leitura e da escrita e não apenas sujeitos que possam ‘decifrar’ o sistema de escrita. É – já o disse – formar leitores que saberão escolher o material escrito adequado para buscar a solução de problemas que devem enfrentar e não capazes apenas de oralizar um texto selecionado por outro.”
(LERNER, 2002, pp.27-28)
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