[UFABC] EDVT - Evolução Humana

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FIXISTAS: 
• Toda a variedade de seres vivos que 
habita a terra correspondia aos 
organismos criados por Deus 
(criacionistas) → uma vez criadas as 
espécies não se transformam (fixistas). 
• Criacionismo → geração espontânea de 
vida. 
• Fixismo → imutabilidade das espécies. 
• Heterogenia → geração espontânea. 
 
QUESTIONANDO O FIXISMO: 
Os argumentos utilizados por Darwin para 
comprovar a teoria evolutiva e refutar o 
fixismo foram: 
 
A semelhança entre os seres vivos: diante de 
observações minuciosas estruturas 
anatômicas aparentemente muito diferentes 
mostram-se semelhantes. 
→ O aproveitamento de estruturas e 
comportamentos para funções 
diferentes do papel original que tinham 
nos organismos em que surgiram. 
De que forma isso refuta o fixismo? Não teria 
sentido que o Criador reaproveitasse 
estruturas preexistentes para desempenhar 
funções diferentes já que há no fixismo a ideia 
de que cada parte de um ser vivo foi 
planejada para uma determinada função. 
 
As convergências: características 
aparentemente semelhantes que ao serem 
analisadas se revelam muito diferentes. 
De que forma isso refuta o fixismo? Em um 
mundo planejado perfeitamente pelo Criador 
não teria sentido se utilizar de diferentes 
estruturas para desempenhar uma mesma 
função, ou seja, uma característica que 
desempenha determinada função deveria ser 
única para todos os seres vivos. 
 
Os órgãos vestigiais: estruturas desprovidas 
de função em uma determinada espécie, mas 
que se assemelham a órgãos funcionais em 
outros organismos. 
De que forma isso refuta o fixismo? O Criador 
se planejou para criar criaturas perfeitas, 
tendo em mente que cada parte delas seria 
projetada idealmente para desempenhar 
funções específicas, dessa forma não há 
nenhuma razão para que existam criaturas 
com estruturas desprovidas de função. 
Observação: o mesmo pensamento vale para 
os pseudogenes - genes que não se 
manifestam e se mantém inativos no 
genoma. 
 
Evidências paleontológicas: fósseis são 
retratos das espécies que em um tempo 
remoto habitaram o planeta Terra. 
Aparecendo sob a forma de restos de 
organismos e vestígios. O argumento das 
evidências paleontológicas tem dois vieses 
principais: o porquê espécies terem 
desparecido e o porquê das semelhanças 
entre essas espécies mais antigas e as 
populações que habitam aquele local no 
tempo presente. - Em suma, as evidências 
paleontológicas são as provas do que já 
existiu no planeta e podem servir para 
comparar as formas de vida de tempos 
remotos com as de tempos atuais. 
De que forma isso refuta o fixismo? Se o 
criador planejou criaturas perfeitas, não teria 
sentido o número de espécies desaparecidas 
em relação a fauna atual. Vale ressaltar para 
essa explicação que existe uma teoria fixista 
para as diferentes espécies, defendida por 
Cuvier, que diz que a Terra passa por 
sucessivas catástrofes que dizimavam 
espécies, e Deus repovoava a Terra. Essa 
teoria é fixista porque nela a mudança é uma 
exceção e não uma regra. Isso, de fato, 
explicaria o desaparecimento de espécies, 
porém ainda encontraria grandes 
implicações ao se deparar com as inúmeras 
semelhanças entre ambas as espécies atuais 
e remotas em uma mesma localidade. 
→ Argumento de Darwin: Nosso 
conhecimento falho do registro fóssil 
explicaria a ausência de elos entre as 
espécies: formas intermediárias 
existiram, mas não foram encontradas. 
 
A biogeografia: a variação de espécies entre 
os diferentes locais geográficos são uma rica 
fonte de informação. O estudo da distribuição 
das espécies comprova que seres mais 
semelhantes ocorrem em localidades 
geográficas mais próximas. Vale ressaltar 
também que barreiras naturais (rios, 
montanhas e mares, por exemplo) 
frequentemente subdividem a diversidade 
biológica. Ou seja, de um lado da barreira 
uma população tem características mais 
próximas do que se comparada com sua 
espécie correspondente do outro lado da 
barreira. 
• O padrão de distribuição das espécies 
pode ser explicado por uma sequência 
de eventos envolvendo origem, 
dispersão e modificação de espécies. 
De que forma isso refuta o fixismo? Não há 
uma explicação para que o Criador tivesse 
separado as populações dessa forma. Por 
outro lado, quando se admite que novas 
espécies se originam de outras preexistentes 
é natural o entendimento que as espécies 
geograficamente mais próximas terão o 
parentesco mais próximo e por isso gerarão 
descentes "mais semelhantes". 
Observação: Os exemplos que ilustram cada 
um dos argumentos não serão descritos para 
essa sucinta explicação, mas são ótimos 
recursos para ajudar na argumentação e 
entender a implicação de cada argumento. 
 
ANTES DE DARWIN: 
Anaximandro: todas as formas de vida vieram 
dos peixes e passaram por modificações para 
se estabelecer em terra firme. 
 
Linnaeus: taxonomia. Afirmou que as plantas 
eram descendentes de um ancestral comum 
→ era um botânico. 
→ Mesmo clima, mesmas espécies. → Falso: 
por conta das barreiras geográficas. 
→ 
 BUFFON (1707-1788): 
• Terra muito mais antiga do que 6000 
anos. 
• Os organismos podem mudar. 
• Lei de Buffon: espécies serão diferentes 
umas das outras, mesmo que tenham a 
mesma função se forem expostas ao 
mesmo clima em distâncias muito 
longas → regiões diferentes possuem 
organismos distintos, apesar de 
apresentar ambientes semelhantes. 
→ Exemplo: Savana africana e 
Cerrado brasileiro. 
 
EVOLUCIONISTAS: 
→ Especiação: diferenciação entre 
espécies. 
→ Os organismos mudam! 
Como? Qual o mecanismo que explica a 
origem das novas espécies? Propostas: 
• Lamarck → o primeiro a assumir que a 
evolução ocorre. 
• Chambers 
• Darwin 
• Wallace 
 
LAMARCK (1744-1829): 
Teoria evolutiva: 
• Formas de vida muito simples são 
produzidas a partir de matéria 
inanimada por geração espontânea. → 
criacionista. 
• Estas formas de vida simples progridem 
em direção a uma maior complexidade e 
perfeição → espécies mudam com o 
tempo dando origem a novas espécies. → 
evolucionista (hierarquia ascendente). 
• Quando o ambiente muda, organismos 
devem mudar seu comportamento para 
sobreviver. → auto adaptação. 
• Uso e desuso alteram a morfologia. 
→ Girafas: esticando seus pescoços 
para alcançar as folhas mais altas das 
árvores forçam seus pescoços que se 
alongam gradualmente (uso e 
desuso). Em consequência, os 
descendentes (prole) dessa girafa 
nascerão com o pescoço mais 
alongado do que seus pais na mesma 
idade (caracteres adquiridos). 
→ Ferreiro: com o seu trabalho braçal, 
fortalece os músculos de seus braços 
(uso e desuso). Em consequência, 
seus filhos terão um 
desenvolvimento muscular 
semelhante quando adultos 
(caracteres adquiridos). 
• Herança dos caracteres adquiridos → as 
alterações obtidas através do 
mecanismo de uso e desuso são 
transmitidas às gerações futuras. → 
destruía a regularidade no aumento da 
complexidade dos seres vivos. 
• Adaptação ao meio resulta no aumento 
da complexidade (quanto mais 
adaptado, mais evoluído) → tendência 
natural da vida de tornar-se mais 
complexa. 
• Circunstâncias particulares → influências 
do ambiente se opondo a tendência da 
vida de aumentar em complexidade. 
 
CHAMBERS (1802-1871): 
Teoria evolutiva: 
• Alterações no desenvolvimento 
embrionário causavam as 
transformações evolutivas. 
• Uma gestação mais longa, produziria 
uma prole com características 
diferentes, porque o embrião passaria 
por mais etapas no desenvolvimento. 
• Gestações MUITO longas gerariam 
espécies novas. 
• Quanto maior o tempo de gestação, 
mais complexo o organismo. 
→ Gestação humana (usualmente) 
ocorre em um período de 9 meses. Se 
ela viesse a durar 10 meses, ocorreria 
uma evolução. 
→ Não explicava a força responsável pela 
extensão do período de 
desenvolvimento. 
 
 Lamarck e Chambers acreditavam que 
as espécies se modificavam porque ao 
longo do tempo cada organismo sofria 
uma transformação individual. → 
Sequência linear → Umúnico ancestral e 
um único descendente imediato. 
 
INFLUÊNCIAS DE DARWIN e WALLACE: 
 
Charles Lyell (1727-1875) 
• Uniformitarismo 
• Os processos de erosão sedimentação e 
atividade vulcânica ocorreram no 
passado praticamente da mesma forma 
que ocorrem hoje. → O presente é a chave 
do passado. 
→ Uma espécie deve gerar a outra 
gradualmente. 
→ Queria refutar Lamarck. 
 
Thomas Malthus (1766-1834) 
• Lei de Malthus: Os recursos crescem em 
progressão aritmética, enquanto a 
população cresce em progressão 
geométrica (exponencial). → A produção 
de recursos não acompanha o 
crescimento populacional (idealmente 
falando). 
• Consequência: chega-se a um ponto de 
catástrofe → luta pela sobrevivência→ 
epidemias, fome e guerras. 
• Solução: controle da natalidade → Na 
teoria evolutiva Darwinista a solução 
está na seleção natural, que permite que 
apenas a parcela mais adaptada de uma 
população continue a se reproduzir. 
 
TEORIA EVOLUTIVA DARWIN-WALLACE: 
O cerne da teoria evolutiva reside na mutação 
(no sentido de mudança, porque Darwin não 
falava sobre a mutação como definimos hoje) 
das espécies, ou seja, as espécies não são 
imutáveis. O diferencial da teoria darwiniana 
é exatamente o modo como surgiram novas 
espécies, que para Darwin reside nos elos de 
parentesco entre os seres vivos que habitam 
a Terra. Para Darwin todos os organismos 
eram de certa forma aparentados entre si, 
tendo isso em mente é natural a 
compreensão de que todas as espécies 
surgem de espécies preexistentes, que se 
originaram anteriormente de outras espécies, 
dessa forma é possível encontrar ancestrais 
cada vez mais remotos até chegar a espécie 
que deu origem a todas as outras, o ancestral 
comum a todas as espécies. 
A teoria de seleção natural, por sua vez, é um 
mecanismo que apresenta como resultado a 
evolução dos seres vivos. Sabe-se que os seres 
vivos não se utilizam de todo o seu potencial 
reprodutivo, uma vez que, os seres vivos 
possuem um imenso potencial de 
crescimento, mas mantém populações 
estáveis, o que evidencia um dos pontos 
chaves da seleção natural a luta pela 
sobrevivência. Além disso, o aumento da 
disponibilidade de recursos naturais não 
acompanha o crescimento populacional, ou 
seja, a disponibilidade de recursos naturais 
limita o potencial de crescimento das 
populações, uma teoria originalmente 
articulada por Malthus. E como consequência 
disso, há competição na natureza. Dessa 
forma é natural a conclusão que os indivíduos 
que estiverem melhor "equipados" na 
natureza, serão aqueles com as maiores 
chances de sobrevivência com base nessa 
competição. Por isso, Darwin defendia que a 
sobrevivência desses indivíduos não é 
produto do acaso. Em suma, uma mesma 
população é composta por organismos de 
diferentes características que estão melhores 
ou piores equipados para lidar com os 
desafios aos quais são expostos diariamente. 
Se uma característica é vantajosa, um 
organismo tem chances maiores de 
sobreviver e chegar a sua fase reprodutiva, 
passando seus genes (se a característica for 
hereditária) para seus descendentes que 
também terão mais chances de chegar a fase 
reprodutiva, em algum tempo a maior parte 
da população possuirá a característica mais 
vantajosa. Esse mecanismo natural 
organismos melhores equipados com base 
na competição natural e na luta pela 
sobrevivência, é o que Darwin postula como 
seleção natural. 
 
DARWIN (1809-1882): 
→ Evolução acontece lentamente 
→ Movimento quase imperceptível para os 
seres humanos 
→ As duas ideias centrais de Darwin que 
revolucionaram o evolucionismo são o 
conceito de ancestralidade comum e a 
seleção natural, ambas intrinsecamente 
relacionadas. 
→ Para ele, a falta de uma descrição do 
mecanismo que promove a 
transformação evolutiva não invalidava o 
pensamento evolutivo. 
Obras: Origem das espécies por meio da 
seleção natural, ou Preservação de raças 
favorecidas na luta pela vida. 
 
A viagem de Darwin (1831-1836): A variação 
geográfica dos organismos levantou uma 
pergunta - espécies poderiam mudar? 
• Em 1931 Darwin partiu em uma jornada 
de cinco anos ao redor do mundo a 
bordo do Beagle. 
• Navegou pelas ilhas de Galápagos e 
classificou erroneamente como bicudos 
alguns dos pássaros conhecidos 
atualmente como tentilhões de Darwin. 
• Ilustrações mostraram que todos 
pertenciam a diferentes espécies de 
tentilhões. 
• Hipótese: gradação e diversidade de 
estrutura de um grupo intimamente 
relacionado → a partir de uma espécie de 
tentilhões uma espécie tenha sido 
selecionada e modificada para 
diferentes fins. 
→ O tesouro encontrado na viagem foi o 
que hoje chamamos de um imenso 
banco de dados. 
→ Só começou a formular sua teoria no 
final dos anos 1830, mas esperou duas 
décadas para publicá-la, queria garantir 
que seus argumentos fossem 
insuperáveis. 
 
Os tentilhões de Darwin: 
ADAPTAÇÃO DOS TENTILHÕES → TEORIA DA 
EVOLUÇÃO 
Por que os tentilhões? 
• Procriam rápido 
• Vivem isolados em ilhas diferentes 
• Raramente mudam 
 Conclusão: Os tentilhões de 
Galápagos eram muito diferentes 
de uma ilha para outra. 
 
Postulados: 
• Todas as espécies de tentilhões no 
arquipélago se derivam da mesma 
espécie original. → ancestral comum. 
• Apesar de sua semelhança forte, cada 
espécie de tentilhão tem uma forma 
altamente característica de bico. → 
apomorfias que as diferem. 
• Por que isso ocorre? Fatores evolutivos: 
isolamento geográfico, ambiente 
ecológico e competição. → O que mais 
tarde seria integrado pelo conceito de 
seleção natural. 
→ Atualmente, sabe-se que a evolução 
eventualmente pode ser dada em 
explosões rápidas (anos e não eras), o 
que contradiz o pensamento darwinista 
de uma progressão lenta e constante. 
→ Se duas populações permanecem 
isoladas por um longo período de tempo 
elas se transformarão em espécies 
completamente separadas e incapazes 
de procriar entre si. 
 
Ancestralidade Comum: 
O cerne da teoria evolutiva reside na mutação 
(no sentido de mudança, porque Darwin não 
falava sobre a mutação como definimos hoje) 
das espécies, ou seja, as espécies não são 
imutáveis. O diferencial da teoria darwniana é 
exatamente o modo como surgiram novas 
espécies, que para Darwin reside nos elos de 
parentesco entre os seres vivos que habitam 
a Terra. Para Darwin todos os organismos 
eram de certa forma aparentados entre si, 
tendo isso em mente é natural a 
compreensão de que todas as espécies 
surgem de espécies preexistentes, que se 
originaram anteriormente de outras espécies, 
dessa forma é possível encontrar ancestrais 
cada vez mais remotos até chegar a espécie 
que deu origem a todas as outras, o ancestral 
comum a todas as espécie. 
→ Ramificações representam o 
surgimento de novas variedades de 
seres vivos que podem também 
ramificar-se originando novas formas. 
Todos unidos através de seus elos com 
ancestrais comuns. 
→ A árvore é uma metáfora para a história 
das espécies e a seleção natural o 
mecanismo que define quais ramos 
persistirão e quais serão podados. 
→ Todos surgimos de um único ancestral 
comum? Existem evidências muito 
convincentes que sim: propriedades 
bioquímicas compartilhadas, 
mecanismos de transmissão da 
informação genética e o processo 
central do metabolismo. 
→ É necessário dissociar a função atual de 
uma estrutura da função que ela exercia 
quando surgiu. 
 
WALLACE (1823-1913): 
• Percursor da biogeografia. 
• Propôs a teoria de seleção natural. 
 
A TEORIA DA SELEÇÃO NATURAL: mundo 
natural não escolhe os traços mais favoráveis 
deliberadamente (ao acaso), tendo sua forma 
de agir sobre um nicho ecológico, a seleção 
natural, na verdade elimina os indivíduos com 
traços menos favoráveis e os indivíduos com 
traços favoráveis tendem a sobreviver e a 
variedade selecionada a se propagar para as 
futuras gerações. 
1. Os organismos têm uma fertilidade tão 
grande que caso todos sobrevivessem e 
se reproduzissem com sucesso a 
população tenderia a crescerexponencialmente. Uma vez que o 
aumento da disponibilidade de recursos 
naturais não acompanha o crescimento 
populacional. → Malthus → seres vivos não 
realizam seu potencial reprodutivo. 
2. As populações normalmente 
apresentam um tamanho estável, 
flutuando dentro de um certo limite. → 
Observação "experimental". → O que 
significa que há uma luta pela 
sobrevivência/ competição. 
3. As populações apresentam 
variabilidade. → Se observarmos por 
exemplo uma ninhada de cachorros 
perceberemos que os filhotes se diferem 
em diversos aspectos. 
4. Parte dessa variação pode ser 
transmitida aos descendentes. → se a 
característica for herdável. 
5. Parte da variação ocorre em caracteres 
que afetam as chances de sobrevivência 
e reprodução dos organismos. → 
Diferentes organismos de uma mesma 
população são melhor ou pior equipados 
para lidar com os desafios aos quais são 
expostos. 
 
Variabilidade → Seleção Natural → Adaptação 
→ Os organismos com características 
favoráveis à sua sobrevivência, tendem a 
sobreviver e se reproduzir deixando 
descendentes com essa característica, 
uma vez que esta permite uma melhor 
adaptação ao meio.→ Sobrevivência do 
mais apto. → Assim de uma geração a 
outra, a população se transforma. 
→ Os objetivos da seleção natural podem 
mudar de uma geração para a seguinte 
por conta das circunstâncias ambientais. 
→ Para seu funcionamento é necessária 
uma população diversa. 
→ Etapas da seleção natural: 
I. Produção de variação → 
aleatoriedade 
II. Eliminação de indivíduos 
inferiores → necessidade 
→ Para Darwin o alvo da seleção natural era 
o indivíduo. 
→ A seleção natural é um processo 
probabilístico → não há garantia que um 
organismo mais adaptado sobreviver de 
fato. 
 
INOVAÇÕES: 
• A evolução não é um processo linear, e 
sim um processo de divergência a partir 
de um ancestral comum (grupo 
monofilético). → uma nova espécie deriva 
de um ancestral comum e dá origem a 
novas espécies, que permanecem tendo 
uma relação de ancestralidade com o 
ancestral comum. 
• A teoria da seleção natural mecanismo 
que permite as mudanças evolutivas. 
→ O evolucionismo darwinista foi capaz de 
resistir a rigorosos testes investigativos. 
→ Destruiu a ideia do homem como 
epicentro do mundo natural. 
→ Darwin introduziu a historicidade na 
ciência → construir uma narrativa 
histórica para entender a morfologia dos 
organismos. 
 
LAMARCK VS DARWIN-WALLACE 
Lamarck Darwin e Wallace 
Uso e desuso Variação 
Transmissão dos 
caracteres 
adquiridos 
(características) 
Hereditariedade 
Aumento da 
complexidade 
Sobrevivência 
diferencial → 
adaptação 
Evolução linear Evolução derivada - 
na forma de uma 
árvore 
Sem extinção Com extinção 
 
 
PONTOS NÃO EXPLICADOS: 
(Teoria de Seleção Natural) 
1. Mecanismos de hereditariedade e a 
origem da variação. → Mutações ainda 
eram deseconhecidas. 
2. Registros fósseis dificultavam a 
reconstrução filogenética, uma vez 
que nem sempre era possível 
encontrar as formas intermediárias 
das espécies. Dando a entender que 
espécies surgiam subitamente. 
 
 
De que forma a teoria da evolução 
darwiniana influenciou outras áreas de 
estudo? 
→ Sistemática: através do conceito de 
ancestralidade comum revelaram por 
estudo anatômico que seres humanos e 
macacos tinham ancestralidade 
comum. → Huxley e Haeckel. 
→ Geologia: foram uma das evidências 
propostas por Wegener para a deriva 
continental. 
→ Deriva continental: a terra é um 
planeta dinâmico. 
• Os continentes se 
originaram de um super-
continente a Pangea e 
depois se separaram. 
• A colisão de continentes 
pode elevar montanhas. 
• Até então, a Terra era 
considerada estática e os 
continentes eram 
essencialmente fixos. 
• Evidências: razões 
morfológicas, geológicas, 
paleontológicas e 
paleoclimáticas. 
• Wegener não soube 
explicar a causa do 
movimento dos 
continentes → Não se sabia 
ainda sobre o movimento 
das placas tectônicas. 
 
HEREDITARIEDADE E MUTAÇÃO: 
→ Compreendendo os mecanismos de 
hereditariedade e origem da variação. 
→ Alterações nas moléculas responsáveis 
pela herança levam à formação de novas 
estruturas. 
→ Em 1865 Mendel explicou em seus 
trabalhos a teoria da hereditariedade 
que só foi reconhecida 35 anos depois. 
1) Lei da segregação 
2) Duas características não são herdadas 
juntas, se separando de forma 
independente. 
3) Distribuição independente: mutações 
em uma característica são 
independentes das diferenças em 
outras características. 
 Quanto MAIS genes heterozigotos → 
MAIS variedade → MAIS adaptação. 
 
NEODARWINISMO - SÍNTESE MODERNA DA 
EVOLUÇÃO (1936-1947): 
• Conciliou a teoria evolutiva darwiniana 
com as descobertas da genética 
mendelianas → Darwin-Wallace + 
Mendell. 
• Evidências: genética, paleontologia e 
sistemática. 
• Desenvolvimento de teorias genéticas 
que permitiram a análise da seleção 
natural e outros mecanismos de 
alteração das frequências gênicas nas 
populações. 
→ Em 1953: Descobriu-se o modelo da 
dupla fita de DNA, o que esclarecia a 
natureza das variações genéticas e das 
mutações → consolidava-se a genética. 
 
GENÉTICA + EVOLUÇÃO: 
• Genética molecular: sequenciamento de 
nucleotídeos gerou mais informações 
sobre espécies e as relações entre elas. → 
ancestralidade e hereditariedade. 
• Genética de populações: estudo da 
origem das variações (mutações) e do 
mecanismo de seleção natural. 
 
SISTEMÁTICA + EVOLUÇÃO: 
→ Classificação filogenética. 
• Desenvolvimento de um sistema de 
classificação natural que reflete algo 
sobre a história evolutiva dos 
organismos (relações de parentescos 
entre os táxons - grupo de espécies). 
 
EVO-DEVO: 
→ Evolução + Desenvolvimento + Genética. 
→ Biologia Evolutiva do Desenvolvimento 
• Compara os processos de 
desenvolvimento de diferentes animais 
e plantas com o objetivo de determinar 
as relações ancestrais entre os 
organismos e como estes processos 
evoluem. 
• Informações sobre a expressão gênica 
são usadas. 
"A variação pode ocorrer não apenas como 
diferenças nos genes, mas a mudanças em 
como e quando os genes são expressos" → 
relacionado a questão dos genes inativos (Ex.: 
o focinho de porcos domésticos que se alonga 
quando estes porcos são colocados na natureza, 
uma vez que eles precisam "cavar"). 
 
Para saber mais: 
MODOS DE EXPLICAR AS 
TRANSFORMAÇÕES EVOLUTIVAS: 
Adaptacionismo → seleção natural → 
estruturas tem uma função e foram 
selecionadas pela função que cumprem (há 
uma explicação para sua existência, 
benefícios resultantes daquele caráter). 
Restrições → certas formas de seres vivos 
simplesmente nunca foram geradas e 
expostas à seleção natural → nem tudo pode 
ser feito pela seleção natural. 
→ Estruturalista: estudo da diversidade 
biológica deve partir das regras físicas 
que determinam as interações entre as 
células → reflexo das restrições das 
interações físicas. 
Pluralismo → ideias adaptacionistas lado a 
lado com uma compreensão das restrições. → 
nos permite considerar as diversas faces do 
processo evolutivo: a seleção molda 
caracteres, mas esse projeto está sujeito a 
restrições. 
Contingência e determinismo → influência do 
acaso → eventos cuja ocorrência não é certa e 
depende do resultado de outros eventos. → 
sobrevivem os mais sortudos. 
 
 
RESUMO: 
1) Há variações dentro de uma espécie. → Base para a teoria evolutiva. 
2) A evolução é gradual. 
3) Essas variações têm base genética (mutações ao acaso) → Mendel 
4) Indivíduos mais adaptados tendem a deixar mais descendentes → 
Seleção natural 
5) Populações mudam com o tempo podendo gerar novas espécies → 
EVOLUÇÃO! 
 
SE VOCÊ VIR: TENTE: LEMBRE-SE 
Fixismo Imutabilidade das espécies Uma vez criadas as espécies 
não se transformariam. 
Criacionismo Geração espontânea Toda a variedade de seres 
vivos que habita a terra 
corresponde aos 
organismos criados por 
Deus. 
Argumentos 
contra o fixismo. 
• Homologias (semelhanças 
entre osseres vivos) 
• Convergências. 
• Órgãos vestigiais. 
• Paleontologia 
• Biogeografia 
 
Buffon Regiões diferentes possuem 
organismos distintos, apesar de 
apresentar ambientes 
semelhantes. 
Organismos podem mudar! 
Evolucionistas • Lamarck → herança de 
caracteres adquiridos 
• Chambers → desenvolvimento 
embrionário. 
• Darwin → ancestral comum. 
• Wallace → seleção natural. 
A mudança é regra! 
Lamarck Herança dos caracteres adquiridos 
(relacionado ao uso e desuso) 
Geração espontânea (criacionista) 
Espécies mudam com o tempo 
(evolucionista) 
Auto adaptação (uso e desuso) 
Uso e desuso: quando o 
ambiente muda, 
organismos devem mudar 
seu comportamento para 
sobreviver. 
Lyell Uma espécie deve gerar outra 
gradualmente. 
Uniformitarismo: o presente é a 
chave do passado. 
→ Queria refutar 
Lamarck 
→ Influenciou Darwin 
Malthus Luta pela sobrevivência A produção de recursos 
(linear) não acompanha o 
crescimento populacional 
(exponencial) - 
Teoria evolutiva 
Darwin-Wallace 
• Ancestralidade Comum - 
processo não linear. 
• Seleção natural - mecanismo 
que permite mudanças 
evolutivas. 
Introduziu a historicidade 
na biologia. 
Não era capaz de explicar 
porque as variações 
ocorriam. 
Ancestral comum Todas as espécies surgem de 
espécies preexistentes - elos de 
parentesco entre os seres vivos. 
 
Seleção natural Elimina os indivíduos com traços 
menos favoráveis - Organismos 
melhores equipados tendem a 
sobreviver (probabilístico). 
Etapas: 
1) Produção de variação (ao 
acaso). 
2) Eliminação de indivíduos 
inferiores (necessidade). 
Pontos não 
explicados na 
seleção natural 
Origem da variação. 
Mecanismos de hereditariedade. 
 
Mendel Explicou a teoria da 
hereditariedade 
 
Neodarwinismo Síntese moderna da evolução: 
Darwin-Wallace + Mendel 
 
Evo-Devo Compara os processos de 
desenvolvimento de diferentes 
animais com o objetivo de 
determinar as relações ancestrais 
entre os organismos e como estes 
processos evoluem. 
Usa informações sobre a 
expressão gênica. 
Biologia Evolutiva do 
Desenvolvimento