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NBC TP 01 – 2015 - COMENTADA Planejamento 1. O planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial que antecede as diligências, pesquisas, cálculos e respostas aos quesitos, na qual o perito do juízo estabelece a metodologia dos procedimentos periciais a serem aplicados, elaborando-o a partir do conhecimento do objeto da perícia. Objetivos 2. Os objetivos do planejamento da perícia são: (a) conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos que conduzam à revelação da verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão a respeito da lide; Esta é fase inicial do trabalho do perito. Ele recebe a notificação de ciência da nomeação, entra no sistema do PJe, faz o download do processo em sua máquina (pc, note entre outros) para após fazer a leitura do processo e ter ciência do que se trata. (b) definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos a serem aplicados, em consonância com o objeto da perícia; Quando o perito é nomeado, ele toma ciência da área em que o processo tem jurisdição, exemplo: se cível é o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo TJ-SP, ou de qualquer outro Estado, lembram que fui perita em uma vara do Estado do Rio de Janeiro? Então, neste caso TJ-RJ. A análise do processo se faz necessária para saber do que trata o objeto da perícia e quais ações deverá tomar. O perito pode necessitar de outro (s) profissional (ais), lembram do exemplo do avaliador de máquinas e equipamentos, então, pode ser um deste ou outro profissional da contabilidade para ajudar a elaborar o laudo, quando o processo for muito complexo. (c) estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no prazo estabelecido; Caso o perito trabalhe com uma equipe, este deverá disponibilizar condições para que ela consiga trabalhar e atender os prazos pré-definidos pelo planejamento, para cumprir o prazo determinado pelo juiz. (d) identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no andamento da perícia; Veja se houver a necessidade de diligencia, entrevista ou outro meio para elaboração do laudo, poderá haver riscos de não conseguir cumprir o prazo determinado pelo juiz pelos mais diversos motivos, um deles a pessoa em que o perito informou na Diligencia não comparecer para acompanha-lo, os entrevistados não comparecerem, enfim, são vários os motivos. Por isso da necessidade de planejar, inclusive possíveis riscos. (e) identificar fatos importantes para a solução da demanda, de forma que não passem despercebidos ou não recebam a atenção necessária; é muito importante que o perito faça uma análise detalhada e anote todos os documentos, provas, sentença, acórdãos para não fique nada pendente e o laudo sair com falhas. (f) identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia; Como já havia dito, é de extrema importância que o perito cite a fonte de suas informações contidas no laudo. O laudo deve ser fundamento por legislações, normas e instruções normativas para que não haja qualquer questionamento sobre o seu trabalho. (g) estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, sempre que o perito necessitar de auxiliares; Essa divisão é importante quando o processo demandar de equipe, quando este for complexo. Exemplo: refazer uma contabilidade de 5 anos de uma empresa de médio porte. Serão vários fatos contábeis a serem refeitos e isto é demandará muito tempo para um só profissional. O ideal é que se tenha uma equipe para essas tarefas de contabilização para agilizar o processo. (h) facilitar a execução e a revisão dos trabalhos. É prudente, sempre que possível, alguém revisar o trabalho antes de protocolar no ambiente digital do PJe. Essa conduta ameniza erros.
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