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2 - As Relações entre Sociedade, Espaço e Poder

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GEOPOLÍTICA REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
2
As Relações entre Sociedade, Espaço e Poder.
BARBOSA, A. F. O mundo globalizado. São Paulo: Contexto, 2003.
BANDEIRA, L. A. M. A segunda Guerra Fria. Geopolítica e dimensão estratégica dos Estados Unidos. Das rebeliões na Eurásia à África do Norte e ao Oriente Médio. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
PENA, Rodolfo F. Alves. Geografia Humana. disponível em:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/geopolitica.htm
 
http://www.indexmundi.com/pt/russia/
www.defesa.gov.br programas-sociais programa-calha-norte 
www.defesa.gov.br 
Prof. Regis Ximenes
As relações entre Sociedade, Espaço e Poder
A Geopolítica é uma área de estudos que tem como objetivo interpretar os fatos da atualidade, por meio do entendimento das relações recíprocas de poder político e espaço geográfico. Interfere em todos os campos do saber, como na Economia, Gestão Pública e nos demais assuntos dos Estados, pois leva em consideração a posição geográfica dos países e suas ações no cenário internacional.
Para alcançar seus interesses os Estados se utilizam de diversos mecanismos como rodadas de negociações, acordos internacionais, acordos bilaterais, associações para o comércio, formação de blocos econômicos e também do uso da força, do poder público, espaço territorial e apoio internacional.
A Geopolítica também é utilizada para compreender os conflitos internacionais e as principais questões que intrigam a sociedade na atualidade. Os temas de estudo na atualidade são : Globalização, influência dos Estados poderosos no mundo atual, Nova Ordem Mundial e a utilização dos recursos energéticos no mundo.
Somando os elementos que compõem os estudos da Geopolítica podemos entendê-la como sendo as expressões de poder de um estado em sua relação com outros Estados, sendo que para isso deve-se ter em conta sua posição geográfica, sua vocação de governo e seu poderio militar. 
Uma área multidisciplinar
Antes da criação do termo geopolítica, este "campo de conhecimento" era abordado por diferentes disciplinas com ênfases distintas, como a geografia, teoria política, estudos estratégicos e, anteriormente, pelo que era chamado na antiguidade de "arte da guerra".
Este campo de conhecimentos se consolidou entre fins do século XIX e a primeira metade do século XX. Inicialmente os principais teóricos clássicos eram militares ou geógrafos. Foi o jurista e cientista político sueco Rudolf Kjellén que utilizou o termo "geopolítica" pela primeira vez em 1905.
Posteriormente, após a Segunda Guerra Mundial, o campo de estudos da geopolítica passou a incluir contribuições de diversos historiadores, sociólogos, economistas, ambientalistas, cientistas políticos e estudos sobre integração ambiental e do espaço.
Geopolítica clássica e geopolítica contemporânea
Enquanto a geopolítica clássica tratava principalmente das relações entre poder e ambiente, Estado e território, guerra, estratégia e geografia, nas últimas décadas este campo de conhecimento agregou uma série de temas relacionados à ecologia e meio ambiente, novas guerras, disputas econômicas, conflitos culturais, ideológicos, além de questões envolvendo mudanças demográficas, inovações tecnológicas, além de diferentes aspectos da globalização (ou mundialização, como os franceses se referem à globalização).
Dentro da nova visão geopolítica (geopolítica contemporânea), destaca-se a política ambiental, devido ao peso que as questões ambientais assumiram nas relações de poder globais, onde a geopolítica é utilizada para o desenvolvimento de estudos políticos a respeito dos ambientes urbanos, rurais, agrários, fundiários, aéreo, aquáticos, além dos limites territoriais.
Assim, a geopolítica mantém-se voltada ao estudo da estratégia, da manipulação, da ação política, geralmente assumindo a busca do bem maior da humanidade, dos direitos humanos à vida e à saúde, ao bem estar, à preservação do meio-ambiente geográfico, pensado enquanto fundamental para a manutenção da espécie humana na Terra.
Desta forma, a geopolítica também estuda as intrínsecas relações que têm os processos ecológicos e a ação política do "animal político" que dominou de forma mais intensiva a face da Terra: o próprio Homem.
A geopolítica não é só importante para cientistas políticos e nem somente para historiadores e geógrafos, mas de grande relevância para a área do Direito (urbanístico, ambiental, agrário, aéreo, constitucional, civil e internacional). Também se fundamenta como conhecimento básico para os que se interessam pelo estudo dos fenômenos internacionais, abarcados pelas diferentes formas de Relações Internacionais.
Os “Atores" envolvidos na Geopolítica
Essa expressão é muito utilizada em economia, sociologia e ciência política, para designar organizações, instituições, grupos organizados que, de algum modo, relacionam-se em torno de um interesse específico. Por exemplo, quando falamos de atores sociais em um contexto político, estamos nos referindo aos interesses da sociedade em determinada decisão promovida pelos atores políticos.
Para compreendermos as relações de poder na geopolítica, podemos dizer que os atores são os grupos que representam o povo e respectivo território, com poderes sobre as decisões que tomam para protegê-los.
De acordo com Pena (2017), não há um consenso exato sobre o que seja, simplificadamente, o território. Mas, aqui, podemos compreender esse termo como sendo o espaço geográfico apropriado e delimitado por relações de soberania e poder.
Em alguns casos, o território possui fronteiras fixas e muito bem delimitadas (a exemplo do território brasileiro); em outros, seus limites não são muito claros (como o território delimitado por algum grupo terrorista ou por um consórcio de grandes empresas).
O “território brasileiro” é o espaço delimitado por meio de um domínio que é reconhecido internacionalmente, o qual chamamos de soberania. Todos os brasileiros falam português, utilizam a moeda R$ (real) para efetuar compras e vendas e podem viajar para qualquer local do território brasileiro apenas com a carteira de identidade. 
Quando os brasileiros viajam para fora do território brasileiro, estão indo para locais onde o idioma é outro (exceto para países que falam português), a moeda é outra e precisam de passaporte.
Assim sendo, a soberania territorial é exercida pelo Estado. Perceba que esse termo, com “E” maiúsculo, difere-se do estado (com “e” minúsculo), que é apenas uma unidade federativa ou uma província do país. 
O Estado é, portanto, um conjunto de instituições públicas que administra um território, procurando atender os anseios e interesses de sua população. 
Dentre essas instituições, podemos citar os órgãos do governo, as escolas públicas, os hospitais públicos e muitas outras.
País, por sua vez, é um conceito genérico que engloba tudo o que se encontra no Território dominado por um Estado.
Para completar, Nação significa uma união entre um mesmo povo com um sentimento de pertencimento e de união entre si, compartilhando, muitas vezes, um conjunto mais ou menos definido de culturas, práticas sociais, idiomas, entre outros.
Os estudiosos da globalização costumam utilizar o nome Estado-Nação para designar um país formalmente constituído, por conta das modificações que o mundo está passando, como veremos mais à frente.
Entretanto, nem sempre uma nação equivale a um Estado, ou a um país ou, até mesmo, a um território, havendo, dessa forma, muitas nações sem território e sem uma soberania territorial constituída, como é o caso do povo curdo, que habita o território denominado Curdistão, que está localizado dentro de outros países.
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Por sua vez, a Espanha é um exemplo clássico de Estado multinacional, ou seja, com um grande número de nações vivendo em seu território. Existem os espanhóis, mas também existem os catalães, bascos, navarros e alguns outros. A maior parte dessas nações reivindica, inclusive,a criação de seus Estados independentes, com a delimitação de seus respectivos territórios, algo que ainda não foi conseguido.
Muitos Estados, para garantirem o exercício de suas soberanias em seus territórios, tentam criar entre os seus habitantes um sentimento nacional, ou seja, a ideia de que aquele país equivale a uma nação geral, o que costuma ser chamado de nacionalismo. É o caso do novo presidente norte-americano Donald Trump - que criou a marca "America First" - que traz embutido uma mensagem patriótica contra os povos que migraram para os Estados Unidos. 
Esse assunto já está preocupando o mundo inteiro. O estímulo ao nacionalismo é visto com bons olhos por muitas pessoas no sentido de essas valorizarem os seus territórios e suas populações, mas é preciso ter cuidado, pois os fatos históricos já demonstraram que um nacionalismo extremo pode provocar uma onda de fascismo (ou nazismo). Nesse caso, o governo e até as pessoas passam a considerar que a sua nação (ou “raça”) é naturalmente superior às demais, justificando ações bélicas e formas de preconceito diversas, tal qual foi o caso do Nazismo na Alemanha em meados do século XX.
Outras instituições envolvidas na geopolítica
Como não existe um chefe ou um presidente do planeta, são criadas instituições para coordenar as ações dos diversos atores, visando principalmente a paz entre os povos. Essas ações dizem respeito aos acordos de comércio internacional, regras para o sistema financeiro global, respeito aos direitos humanos dos povos em situação de risco, preservação do meio ambiente, enfim, estabelecer princípios e metas de convivência entre os povos para os assuntos que vão além das fronteiras dos países.
Essas organizações são criadas pelas mais importantes nações do mundo para estabelecer metas de desenvolvimento de atividades políticas, econômicas, de saúde, segurança, financeira, entre outros assuntos.
Elas têm como objetivo criar uma sociedade entre Estados-Nação, por meio de acordos e tratados, para incentivar a cooperação entre seus membros. Elas se orientam para adotar normas comuns de comportamento político e social; planejar soluções de crises e conflitos nacionais e internacionais, como catástrofes, guerras, entre outros; realizar pesquisas conjuntas em áreas afins e prestar serviços de cooperação na cultura e na saúde, entre outros.
As principais são: Organização das Nações Unidas (ONU) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Essas organizações se subdividem em outras e cada uma delas cuida de um tema, sempre a partir de políticas combinadas entre os países.
Periodicamente são formados alguns grupos, como por exemplo, G7 (grupo dos 7) ou G20 (grupo dos vinte), dentre outros, para reuniões mundiais a fim de discutir assuntos que dizem respeito aos 187 países. 
Uma ação importante da ONU diz respeito à sustentabilidade do planeta - Agenda 2030, em que contém com os princípios que devem nortear os países nas questões de sustentabilidade.
Soberania e Cidadania
Cidadania (do latim, civitas,"cidade"), é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. O conceito de cidadania sempre esteve associado à noção de direitos e deveres políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos governos, participando na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a cargo público (indireto).
Soberania relaciona-se ao poder, autoridade suprema, independência (geralmente do Estado). É o direito exclusivo de uma autoridade suprema sobre uma área geográfica ou grupo de pessoas. A soberania sobre uma nação é geralmente atributo de um governo ou de outra agência de controle político; apesar de que existem casos em que esta soberania é atribuída a um indivíduo (como na monarquia, na qual o líder é chamado genericamente de soberano).
Sociedade, Estado, Território e Poder
Esse é uma relação muito delicada, pois, dependendo da atuação da sociedade na constituição dos governos e nas suas decisões, ela poderá ser mais ou menos beneficiada nesse jogo de poder. 
Essa é uma relação difícil de entender pois envolve muitos fatores.
Em tese, as sociedades que se formam nos espaços geográficos deveriam participar da formação dos governos para que eles representassem as pessoas de acordo com o desejo da sociedade. 
Assim, o poder sobre os espaços se consolidaria em torno dos interesses da sociedade, porém, nem sempre é isso o que acontece.
Final da 2

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