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Projeto de Gest?o em Seguran?a da Informa??o/684-1-871811Marcio_Alexandre_Diniz_AD1 - Copia.docx 7 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA UNIDADE ACADÊMICA DE ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA – EaD UNISUL VIRTUAL CURSO DE Pós-Graduação Lato Sensu em gestão de segurança da informação MARCIO ALEXANDRE DINIZ A SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES EM AMBIENTES Cloud Computing: Comment by Renê Oliveira: Não há necessidade de itálico no título QUAIS PROCEDIMENTOs ADOTAR PARA CERTIFICAR A SEGURANÇA Das informaçõesE NOS SISTEMAS ERP EM AMBIENTES cloud computing SISTEMAS ERP NESSE AMBIENTE Comment by Renê Oliveira: Retirar itálico Comment by Renê Oliveira: Em qual ambiente, ficou estranha essa frase. Porto Alegre 2020 sumário 1 RESUMO 2 2 INTRODUÇÃO 3 3 OBJETIVOS 4 3.1 OBJETIVO GERAL 4 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4 4 JUSTIFICATIVA 5 5 PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS 6 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES 7 6.1 TÍTULO DA SEÇÃO SECUNDÁRIA 1 7 6.2 TÍTULO DA SEÇÃO SECUNDÁRIA 2 7 6.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 7 REFERÊNCIAS 8 1 RESUMO Texto do resumo em no máximo 150 palavras. Ao final, acrescente de 3 a 5 palavras-chave.Texto do resumo em no máximo 150 palavras. Ao final, acrescente de 3 a 5 palavras-chave. Texto do resumo em no máximo 150 palavras. Ao final, acrescente de 3 a 5 palavras-chave. Palavras-chave: Palavra-chave 1. Palavra-chave 2. Palavra-Chave 3. INTRODUÇÃO Atualmente novas tecnologias estão conjugando o mundo real com o virtual e a informação é a base dessas novas tecnologias. TNa era digital em que vivemos, conhecida como 4ª Revolução – ARevolução Digital, onde novas tecnologias estão conjugando o mundo real com o virtual em uma velocidade espantosa, a informação é a base dessas novas tecnologias. Nunca se teve acesso a tantas informações, em um espaço curto de tempo, como nos dias atuais. Ouvimos falar emecnologias como Machine Learning, Inteligência Artificial IA, IoTInternet da Coisas, Fintech, Big Date, entre outras tecnologias foram desenvolvidas nos últimos anos abrangendo vários segmentos em diversas áreas (SCHWAB – 2016),. Entre as tecnologias atuais está a e entre elas está a Cloud Computing. Muitas organizações estão migrando seu ambiente computacional corporativo para esse novo formato, a Cloud Computing, e essa mudança está sendo uma tendência por vários motivos, que veremos ao longo desse artigo. Comment by Renê Oliveira: Que autor usa o termo 4ª revolução? Referencie. Diga de qual documento tirou isso. Comment by Renê Oliveira: Na qual Comment by Renê Oliveira: Em artigos em PTBR, não usamos termos no pessoal. Comment by Renê Oliveira: Reescreva esse inicio. Comment by Renê Oliveira: Entre as tecnologias atuais está a... Comment by Renê Oliveira: Que serão apresentados Cloud Computing, ouO ambiente Cloud Computing tem sua base de criação em operar/tratar dados e informações e disponibilizar serviços e/ou produtos em um ambiente computacional, muitas vezes no formato de um Data Center, externo ao das organizações e isso nos leva a refletir quais os procedimentos ou métodos a adotarmos paracertificarmos asegurança em uma plataforma que não podemos controlar diretamente e quenão está em nosso domínio físico e operacional? computação em nuvem, são serviços computacionais como hardware, software, plataforma de desenvolvimento e serviços, disponibilizado de forma virtualizada onde o acesso a esses recursos se dá via internet (VERAS – 2012).Como estudante do curso de Pós-graduação emGestão de Segurança da Informação, o fator de disponibilizar informações estratégicas de uma organização em mãos de terceiros, foi o motivador a me questionar como se dá a segurança das informações nesses ambientes/plataformas. Comment by Renê Oliveira: Reescrever, está confuso e longo. Também deve referenciar as informações contidas no parágrafo. Comment by Renê Oliveira: evitar Nesse projeto de estudos e pesquisa acadêmica, para conclusão do curso de Gestão de Segurança da Informação, será visto de que forma ocorre a segurança da informação nesses ambientes de forma geral e especificamente como é tratado a segurança de sistemas ERP, uma vez que esse tipo de sistema opera com dados e informações estratégicas de uma organização.Empresas têm migrado seus sistemas de gestão ERP - Enterprise Resource Planning para o ambiente cloud computing. A empresa americana de desenvolvimento de software Salesforce e a nacional Betha Sistemas são exemplos de empresa que fizeram a migração de seu ERP para a nuvem. Podemos definir o sistema ERP como sendo basicamente composto de módulos que geram informação para apoio à tomada de decisão de outros setores que não apenas aqueles ligados à manufatura: distribuição física, custos, recebimento fiscal, faturamento, recursos humanos, finanças, contabilidade, entre outros, todos integrados entre si e com os módulos de manufatura, a partir de uma base de dados única e não redundante (CORRÊA, GIANESI e CAON – 1999). Comment by Renê Oliveira: quais ambientes, definir. Perceba que é outro parágrafo. A partir da definição acima, podemos concluir que o sistema ERP é um sistema que contém e gera informações estratégicas de uma empresa e por isso a preocupação a segurança de um sistema ERP é prioridade. Quando uma empresa migra seu sistema ERP para uma plataforma cloud computing, a preocupação da alta direção e dos gestores das empresas é com a segurança das informações contidas e geradas pelo ERP. Por esse motivo será desenvolvido um estudo a respeito de quais procedimentos adotar para certificar a segurança das informações nos sistemas ERP em ambientes cloud computing. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Texto.Identificar os mecanismos e procedimentos que possam garantir a segurança da informação dos sistemas ERP - Enterprise Resource Planning Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto.que são executados em ambientes cloud computing. OBJETIVOS ESPECÍFICOS · TVerificar o nível de segurança da informação do sistema de gestão de segurança da informação - SGSI, que a empresa responsável pelo ambiente cloud computing oferece.exto objetivo 1. · Comprovar se a empresa a qual irá oferecer o serviço de cloud computing possuí certificado homologado válidos em segurança de informação digital. Texto objetivo 2. · TConfirmar a idoneidade da empresa que irá prestar o serviço de cloud computing a fim de atestar que a empresa é competente e qualificada no segmento que atua, no caso como serviço de cloud computing e se cumpre as normas e legislação de segurança em sistemas de informação. · Obter informações com clientes da empresa que usam o serviço de cloud computing sobre o nível de satisfação de serviço prestado. · Verificar se a empresa fornecedora do serviço de computação em nuvem está em conformidade com a norma técnica ABNT NBR ISO/IEC 27002:2013(Esta Norma fornece diretrizes para práticas de gestão de segurança da informação e normas de segurança da informação para as organizações, incluindo a seleção, a implementação e o gerenciamento de controles, levando em consideração os ambientes de risco da segurança da informação da organização.).exto objetivo 3 · ... JUSTIFICATIVA A informação juntamente com os recursos tecnológicos é uma necessidade para o funcionamento tático, estratégico e operacional de uma organização. A informação sempre foi considerada importante em ambientes corporativos. Conforme Pacheco e Valentim (2010) as empresas devem dar atenção para a importância da informação como sendo um recurso gerencial estratégico, identificando as fontes de informação. Hoje essa informação já faz parte do nosso dia a dia nas empresas, e a dependência da informação tem aumentado cada vez mais. Por isso a segurança dessas informações é tão importante quanto a própria informação. Há vários tipos de classificação para tratarmos as informações. Um dos mais importantes desse tipo é a informação estratégica das organizações. Elas são geradas por sistemas de informações dos mais variados tipos de sistemas, aplicativos ou softwares. Entre os sistemas de informações que geram informações estratégicas para uma organização, está o sistema de gestão ERP - Enterprise Resource Planning. A tendência das organizações em migrarem para ambientes cloud computing seus sistemas de informação ERP - Enterprise Resource Planning, que geram informações estratégicas, é o principal motivo para verificar e questionar o quanto esse ambiente virtualizado de cloud computing é seguro. PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS O estudo foi desenvolvido com base no método revisão teórica, utilizando-se a pesquisa bibliográfico-documental. RESULTADOS E DISCUSSÕES Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. TÍTULO DA SEÇÃO SECUNDÁRIA 1 Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. TÍTULO DA SEÇÃO SECUNDÁRIA 2 Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. CONSIDERAÇÕES FINAIS Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto REFERÊNCIAS Machado, Leandro de Carvalho; Araújo, Marco Antônio Pereira. Segurança em Cloud Computing. Devmedia, 2013. Disponível em: https://www.devmedia.com.br/seguranca-em-cloud-computing/29121. Acesso em: 18 de mar. de 2020. Cunha, Carolina. Tecnologia - o que é a 4ª revolução industrial?. UOL, 2017. Disponível em: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/tecnologia-o-que-e-a-4-revolucao-industrial.htm. Acesso em: 19 de mar. de 2020. Segurança em Cloud Computing: 5 erros para evitar. SantoDigital, 12 de dezembro, 2017. Disponível em: https://www.santodigital.com.br/seguranca-em-cloud-computing-5-erros-para-evitar/. Acesso em 21 de mar. de 2020. O guia para iniciantes em segurança na nuvem. AWS c2020. Disponível em: https://aws.amazon.com/pt/security/introduction-to-cloud-security/. Acesso em 23 de mar. de 2020.Referência 1. Referência 2. ABNT Catálogo – ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT c2019. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=306582. Acesso em 04 de abr. de 2020. Schwab, Klaus. A Quarta Revolução Industrial [livro eletrônico]. 1ª Edição. São Paulo Editora - Edipro, 2019. VERAS, Manoel. Cloud Computing – Nova Arquitetura de TI [livro eletrônico]. Rio de Janeiro. Editora – Brasport, 2012. CORRÊA, Henrique L.; GIANESI, Irineu G.N.; CAON, Mauro. Planejamento, programação e controle da produção: MRP II/ERP: conceitos, uso e implantação. 2. ed., São Paulo: Atlas, 1999. Referência 3. JUNIOR, Cícero Caiçara. Sistemas Integrados de Gestão ERP – Uma abordagem Gerencial. 3. ed. rev e atul., Curitiba: Ibpex, 2008. Projeto de Gest?o em Seguran?a da Informa??o/684-1-871811Marcio_Alexandre_Diniz_AD1.docx 7 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA UNIDADE ACADÊMICA DE ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA – EaD UNISUL VIRTUAL CURSO DE Pós-Graduação Lato Sensu em gestão de segurança da informação MARCIO ALEXANDRE DINIZ A SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES EM AMBIENTES Cloud Computing: Comment by Renê Oliveira: Não há necessidade de itálico no título QUAIS PROCEDIMENTOs ADOTAR PARA CERTIFICAR A SEGURANÇA Das informaçõesE NOS SISTEMAS ERP EM AMBIENTES cloud computing SISTEMAS ERP NESSE AMBIENTE Comment by Renê Oliveira: Retirar itálico Comment by Renê Oliveira: Em qual ambiente, ficou estranha essa frase. Porto Alegre 2020 sumário 1 RESUMO 2 2 INTRODUÇÃO 3 3 OBJETIVOS 4 3.1 OBJETIVO GERAL 4 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4 4 JUSTIFICATIVA 5 5 PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS 6 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES 7 6.1 TÍTULO DA SEÇÃO SECUNDÁRIA 1 7 6.2 TÍTULO DA SEÇÃO SECUNDÁRIA 2 7 6.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 7 REFERÊNCIAS 8 1 RESUMO Texto do resumo em no máximo 150 palavras. Ao final, acrescente de 3 a 5 palavras-chave.Texto do resumo em no máximo 150 palavras. Ao final, acrescente de 3 a 5 palavras-chave. Texto do resumo em no máximo 150 palavras. Ao final, acrescente de 3 a 5 palavras-chave. Palavras-chave: Palavra-chave 1. Palavra-chave 2. Palavra-Chave 3. INTRODUÇÃO Atualmente novas tecnologias estão conjugando o mundo real com o virtual e a informação é a base dessas novas tecnologias. TNa era digital em que vivemos, conhecida como 4ª Revolução – ARevolução Digital, onde novas tecnologias estão conjugando o mundo real com o virtual em uma velocidade espantosa, a informação é a base dessas novas tecnologias. Nunca se teve acesso a tantas informações, em um espaço curto de tempo, como nos dias atuais. Ouvimos falar emecnologias como Machine Learning, Inteligência Artificial IA, IoTInternet da Coisas, Fintech, Big Date, entre outras tecnologias foram desenvolvidas nos últimos anos abrangendo vários segmentos em diversas áreas (SCHWAB – 2016),. Entre as tecnologias atuais está a e entre elas está a Cloud Computing. Muitas organizações estão migrando seu ambiente computacional corporativo para esse novo formato, a Cloud Computing, e essa mudança está sendo uma tendência por vários motivos, que veremos ao longo desse artigo. Comment by Renê Oliveira: Que autor usa o termo 4ª revolução? Referencie. Diga de qual documento tirou isso. Comment by Renê Oliveira: Na qual Comment by Renê Oliveira: Em artigos em PTBR, não usamos termos no pessoal. Comment by Renê Oliveira: Reescreva esse inicio. Comment by Renê Oliveira: Entre as tecnologias atuais está a... Comment by Renê Oliveira: Que serão apresentados Cloud Computing, ouO ambiente Cloud Computing tem sua base de criação em operar/tratar dados e informações e disponibilizar serviços e/ou produtos em um ambiente computacional, muitas vezes no formato de um Data Center, externo ao das organizações e isso nos leva a refletir quais os procedimentos ou métodos a adotarmos paracertificarmos asegurança em uma plataforma que não podemos controlar diretamente e quenão está em nosso domínio físico e operacional? computação em nuvem, são serviços computacionais como hardware, software, plataforma de desenvolvimento e serviços, disponibilizado de forma virtualizada onde o acesso a esses recursos se dá via internet (VERAS – 2012).Como estudante do curso de Pós-graduação emGestão de Segurança da Informação, o fator de disponibilizar informações estratégicas de uma organização em mãos de terceiros, foi o motivador a me questionar como se dá a segurança das informações nesses ambientes/plataformas. Comment by Renê Oliveira: Reescrever, está confuso e longo. Também deve referenciar as informações contidas no parágrafo. Comment by Renê Oliveira: evitar Nesse projeto de estudos e pesquisa acadêmica, para conclusão do curso de Gestão de Segurança da Informação, será visto de que forma ocorre a segurança da informação nesses ambientes de forma geral e especificamente como é tratado a segurança de sistemas ERP, uma vez que esse tipo de sistema opera com dados e informações estratégicas de uma organização.Empresas têm migrado seus sistemas de gestão ERP - Enterprise Resource Planning para o ambiente cloud computing. A empresa americana de desenvolvimento de software Salesforce e a nacional Betha Sistemas são exemplos de empresa que fizeram a migração de seu ERP para a nuvem. Podemos definir o sistema ERP como sendo basicamente composto de módulos que geram informação para apoio à tomada de decisão de outros setores que não apenas aqueles ligados à manufatura: distribuição física, custos, recebimento fiscal, faturamento, recursos humanos, finanças, contabilidade, entre outros, todos integrados entre si e com os módulos de manufatura, a partir de uma base de dados única e não redundante (CORRÊA, GIANESI e CAON – 1999). Comment by Renê Oliveira: quais ambientes, definir. Perceba que é outro parágrafo. A partir da definição acima, podemos concluir que o sistema ERP é um sistema que contém e gera informações estratégicas de uma empresa e por isso a preocupação a segurança de um sistema ERP é prioridade. Quando uma empresa migra seu sistema ERP para uma plataforma cloud computing, a preocupação da alta direção e dos gestores das empresas é com a segurança das informações contidas e geradas pelo ERP. Por esse motivo será desenvolvido um estudo a respeito de quais procedimentos adotar para certificar a segurança das informações nos sistemas ERP em ambientes cloud computing. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Texto.Identificar os mecanismos e procedimentos que possam garantir a segurança da informação dos sistemas ERP - Enterprise Resource Planning Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto.que são executados em ambientes cloud computing. OBJETIVOS ESPECÍFICOS · TVerificar o nível de segurança da informação do sistema de gestão de segurança da informação - SGSI, que a empresa responsável pelo ambiente cloud computing oferece.exto objetivo 1. · Comprovar se a empresa a qual irá oferecer o serviço de cloud computing possuí certificado homologado válidos em segurança de informação digital. Texto objetivo 2. · TConfirmar a idoneidade da empresa que irá prestar o serviço de cloud computing a fim de atestar que a empresa é competente e qualificada no segmento que atua, no caso como serviço de cloud computing e se cumpre as normas e legislação de segurança em sistemas de informação. · Obter informações com clientes da empresa que usam o serviço de cloud computing sobre o nível de satisfação de serviço prestado. · Verificar se a empresa fornecedora do serviço de computação em nuvem está em conformidade com a norma técnica ABNT NBR ISO/IEC 27002:2013(Esta Norma fornece diretrizes para práticas de gestão de segurança da informação e normas de segurança da informação para as organizações, incluindo a seleção, a implementação e o gerenciamento de controles, levando em consideração os ambientes de risco da segurança da informação da organização.).exto objetivo 3 · ... JUSTIFICATIVA A informação juntamente com os recursos tecnológicos é uma necessidade para o funcionamento tático, estratégico e operacional de uma organização. A informação sempre foi considerada importante em ambientes corporativos. Conforme Pacheco e Valentim (2010) as empresas devem dar atenção para a importância da informação como sendo um recurso gerencial estratégico, identificando as fontes de informação. Hoje essa informação já faz parte do nosso dia a dia nas empresas, e a dependência da informação tem aumentado cada vez mais. Por isso a segurança dessas informações é tão importante quanto a própria informação. Há vários tipos de classificação para tratarmos as informações. Um dos mais importantes desse tipo é a informação estratégica das organizações. Elas são geradas por sistemas de informações dos mais variados tipos de sistemas, aplicativos ou softwares. Entre os sistemas de informações que geram informações estratégicas para uma organização, está o sistema de gestão ERP - Enterprise Resource Planning. A tendência das organizações em migrarem para ambientes cloud computing seus sistemas de informação ERP - Enterprise Resource Planning, que geram informações estratégicas, é o principal motivo para verificar e questionar o quanto esse ambiente virtualizado de cloud computing é seguro. PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS O estudo foi desenvolvido com base no método revisão teórica, utilizando-se a pesquisa bibliográfico-documental. RESULTADOS E DISCUSSÕES Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. TÍTULO DA SEÇÃO SECUNDÁRIA 1 Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. TÍTULO DA SEÇÃO SECUNDÁRIA 2 Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. CONSIDERAÇÕES FINAIS Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto. Texto REFERÊNCIAS Machado, Leandro de Carvalho; Araújo, Marco Antônio Pereira. Segurança em Cloud Computing. Devmedia, 2013. Disponível em: https://www.devmedia.com.br/seguranca-em-cloud-computing/29121. Acesso em: 18 de mar. de 2020. Cunha, Carolina. Tecnologia - o que é a 4ª revolução industrial?. UOL, 2017. Disponível em: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/tecnologia-o-que-e-a-4-revolucao-industrial.htm. Acesso em: 19 de mar. de 2020. Segurança em Cloud Computing: 5 erros para evitar. SantoDigital, 12 de dezembro, 2017. Disponível em: https://www.santodigital.com.br/seguranca-em-cloud-computing-5-erros-para-evitar/. Acesso em 21 de mar. de 2020. O guia para iniciantes em segurança na nuvem. AWS c2020. Disponível em: https://aws.amazon.com/pt/security/introduction-to-cloud-security/. Acesso em 23 de mar. de 2020.Referência 1. Referência 2. ABNT Catálogo – ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT c2019. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=306582. Acesso em 04 de abr. de 2020. Schwab, Klaus. A Quarta Revolução Industrial [livro eletrônico]. 1ª Edição. São Paulo Editora - Edipro, 2019. VERAS, Manoel. Cloud Computing – Nova Arquitetura de TI [livro eletrônico]. Rio de Janeiro. Editora – Brasport, 2012. CORRÊA, Henrique L.; GIANESI, Irineu G.N.; CAON, Mauro. Planejamento, programação e controle da produção: MRP II/ERP: conceitos, uso e implantação. 2. ed., São Paulo: Atlas, 1999. Referência 3. JUNIOR, Cícero Caiçara. Sistemas Integrados de Gestão ERP – Uma abordagem Gerencial. 3. ed. rev e atul., Curitiba: Ibpex, 2008. Projeto de Gest?o em Seguran?a da Informa??o/A produ??o acad?mica sobre a imagem do negro no livro did?tico.pdf 1 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE A IMAGEM DO NEGRO NO LIVRO DIDÁTICO: ESTADO DO CONHECIMENTO (2003-2013) Tânia Mara Pedroso Müller – UFF/USP Instituição Financiadora: PROPPI/UFF Resumo Este texto apresenta os resultados da pesquisa que objetivou mapear a produção acadêmica brasileira sobre Imagem do Negro no Livro Didático, Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado produzidas entre os anos de 2003 e 2013, disponibilizadas nos bancos de dados de Teses da Capes, da BDTD, e do Domínio Público. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com uso de procedimentos quantitativos. Realizamos um levantamento bibliográfico, organização e classificação dos resultados com bases nas técnicas dos estudos do tipo “Estado do Conhecimento”. Evidenciamos o quantitativo; os contextos; a frequência regional e temporal; áreas de conhecimento; universo e objetivos; principais metodologias; e síntese das e conclusões. E constatamos importante aumento de pesquisas sobre a temática no período por influência da Lei nº 10.639/2003. Do mesmo modo, a referida Lei impactou a organização dos livros didáticos, escolhas de conteúdo e imagem, os autores e os editais do Programa Nacional do Livro Didático – PNLD. No entanto, ainda persiste o uso de imagem estereotipada do negro e da África. Palavras-chave: Livro Didático – Imagem – Negro – Estado do Conhecimento – Teses e Dissertações. A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE A IMAGEM DO NEGRO NO LIVRO DIDÁTICO: ESTADO DO CONHECIMENTO (2003-2013) A produção acadêmica amplia-se a cada ano com a abertura de novos cursos de pós- graduação. Somente em 2012 foram defendidas 6.186 teses e dissertações (TDs) na área da Educação, “totalizando aproximadamente 60.000 estudos realizados ao longo das quase cinco décadas da existência desses programas”, segundo Vosgerau e Romanowski (2014, p.167). Este valor traz implícito a expansão qualitativa das pesquisas decorrente da formação permanente dos docentes e pesquisadores. Nessa grande produção, 2 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis incluem-se os estudos que visam mapeamentos e cartografias para análise de temas, de procedimentos metodológicos, de referenciais teóricos e de tendências de investigação privilegiadas, desvelando também lacunas em um campo de conhecimento. No atual cenário de excesso e rapidez de informações, Coelho e Silva (2013) destacam que as revisões de literatura, por seu aspecto sumarizador, tornam-se muito mais eficazes para conhecimento de um objeto e evitam o desperdício de tempo que se consome na tentativa de identificar se determinado estudo já foi realizado anteriormente, podendo se dedicar especificamente ao objeto de estudo de fato. Os trabalhos de revisão são definidos como investigações que analisam a produção bibliográfica de determinada área temática, dentro de um recorte de tempo, que fornece uma visão geral ou um relatório de “estado da arte” sobre um tópico específico, evidenciando novas ideias, métodos, subtemas, marcos temporais, de acordo com Noronha e Ferreira (2000, p. 191). Pesquisadoras como André e Romanowski (1999, 2002) definem revisão de literatura como estudos do tipo “estado da arte”, ou “estado do conhecimento”, que conciliam integrativamente diferentes pesquisas de um mesmo tema, indiferentemente do campo teórico. Esses estudos consistiriam na realização de um balanço do conhecimento, baseado na análise comparativa de vários trabalhos sobre uma dada temática. Para tanto, implica numa atividade de garimpagem na qual o pesquisador tem que “colher tudo o que está ao seu alcance”, a fim de contribuir nas identificações das produções do campo. Baseados nessas referências, definimos como objetivo da pesquisa o mapeamento da produção acadêmica sobre a imagem do negro no livro didático (LD) nos últimos 10 anos (TDs defendidas no período entre 2003 e 2013). A intenção deste texto é apresentar os resultados da pesquisa realizada ao longo do ano de 2014, que previa realizar a identificação, mapeamento e síntese da produção acadêmica sobre a imagem do negro no LD. Esperamos, com esta análise, verificar o quantitativo da produção e se houve maior implicação acadêmica nos estudos sobre o negro no LD após a promulgação da lei nº 10.639/2003, que determinou a inclusão da história do negro e da África no currículo e em todo o sistema de ensino. Mas a lei estabelece também – na perspectiva de fortalecer a identidade e direitos dos negros – que deve haver uma preocupação em romper “com imagens negativas forjadas por diferentes meios de comunicação contra os negros” (BRASIL, 2003, p. 10). É preciso destacar que entendemos “imagem” conforme a definição de Emanuel Araújo (1986, p. 443): “qualquer figura, desenho, ilustração, gráfico, texto ou reprodução visível ao olho 3 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis humano que retrata o original”, uma linguagem que se constitui como texto ou o complementa, e, por isso, a relevância do estudo. Adotamos a concepção de “negro” como todas as pessoas que são descendentes de africanos trazidos para o Brasil, os descendentes de pessoas negras, nascidos no país, e aqueles que se autodeclarem como pertencentes ao espectro de cor de pele negra, nem sempre constituído em termos de fenótipo (MUNANGA, 1996). Esse conceito se coaduna com o pensamento do Movimento Negro, que considera que sua relevância está em “dar uma ressignificação ao papel do negro na construção do processo histórico” (GOMES, 2005, p. 46). É a partir dessa compreensão que tanto a lei nº 10.639/2003, como as Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CP n° 01/2004), estabelecidas para o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e para a Educação das Relações Étnico- Raciais (DCNRER) estão referenciadas. A pesquisa: o “estado do conhecimento” sobre imagem do negro no livro didático A lei nº 10.639, promulgada no ano de 2003, completou dez anos de existência em 2013, quando foram organizadas diversas mesas-redondas, seminários, encontros, lançamento de publicações e apresentações de pesquisas com vistas à realização de um “balanço dos dez anos da lei” (REVISTA DA ABPN, 2013; REVISTA TEIAS, 2013). Ao demarcarmos este período para mapeamento da pesquisa tínhamos como intenção também verificar se a lei produziu alguma mudança nas universidades, uma vez que elas são responsáveis pela produção e análise dos impactos de novos conhecimentos, pela formação de docentes, e particularmente na Educação, pela efetividade do sistema educacional. Assim, a produção acadêmica pode servir de valioso instrumento de referência para avaliar o processo de implantação e implementação da lei. Quanto ao LD, estamos nos baseando nos estudos de Rosemberg, Bazilli e Silva, desenvolvidos em 2003, sobre o estado da arte sobre racismo no LD. Os autores analisaram as pesquisas registradas na base de dados da Associação Nacional de Pós- Graduação em Educação (ANPEd) sobre teses e dissertações defendidas em programas de pós-graduação a ela filiados, no período 1981-1998. Eles constataram que “a produção brasileira de pesquisas sobre livros didáticos em geral [...], e sobre racismo em livros didáticos, em especial, é reduzida e incipiente [...].” Além disso, entre 114 títulos sobre o tema nos livros didáticos selecionados pelos autores, apenas quatro abordavam o racismo (estereótipo, preconceito ou discriminação). 4 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis Silva (2005, p.45) constatou a existência de 44 referências sobre racismo em livros didáticos, publicadas no período 1987-2000, pesquisando 24 bases de dados nacionais, “sendo que muitas delas constituem textos diversos produzidos a partir de uma mesma pesquisa básica.” E em outro estudo (ALMEIDA, 2013) que apurou-se a produção de apenas quatro dissertações e uma tese na área de língua portuguesa, cadastrada no banco de dados de Teses da Capes, no período de 1987 a 2009. Desde a década de 1980, há uma crescente preocupação com a diversidade étnico-racial no âmbito da academia. Nessa linha, é possível identificar estudos que visavam desvendar as ideologias subjacentes na literatura didática e paradidática, e as repercussões de tais enfoques sobre os alunos negros. Algumas pesquisas merecem destaque, tais como as de: Maria Filomena Rego (1981), Maria de Lourdes Chagas Deiró Nosella (1978), Fulvia Rosemberg (1980), e Regina Pahim Pinto (1998). Rego e Nosella analisaram textos de leitura de Comunicação e Expressão do ensino primário. Rosemberg estudou os modelos culturais veiculados pela literatura infanto-juvenil brasileira. Pinto pesquisou sobre as representações sociais na literatura didática. Na avaliação de Biesiegel (2001, p. 28), esses trabalhos visibilizaram que nos livros didáticos “o preconceito não é transmitido explicitamente, mas através dos tipos sociais construídos no texto e nas ilustrações.” Mais recentemente, encontramos teses, dissertações e artigos resultantes de pesquisas desenvolvidas sobre a temática, tais como: Desconstruindo a discriminação do negro no livro didático (1999) e A discriminação do negro no livro didático, de Silva (2005); O negro no livro didático de língua portuguesa: imagens e percepções de alunos e professores, de Costa (2005); e Racismo em livros didáticos, de Silva (2008). Este último autor concluiu que apesar do tema fazer parte das agendas de políticas educacionais brasileiras, “o livro didático continua produzindo e veiculando um discurso racista, ajustado à época atual” (p. 39). Para além das perspectivas esperadas por essa abordagem metodológica, entendemos que as análises das pesquisas acadêmicas podem servir também como denúncia e instrumento de resistência ao modelo hegemônico de sociedade e de conhecimento. No que tange ao LD, Choppin (2004) assegura que ainda são raros os países que possuem um inventário sobre o que foi publicado a respeito da pesquisa sobre LD e destaca com ênfase os estudos “estado da arte”, pois “evitariam que pesquisadores e estudantes tivessem de desenvolver trabalhos redundantes” (p. 566). 5 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis Em “„Estado da arte‟ e coletivos de pensamento da pesquisa sobre o livro didático no Brasil”, Emmel (2011) analisou trabalhos sobre os LDs publicados em artigos registrados na base de dados de revistas indexadas no Scielo e de eventos, como: Endipe, Enpec e ANPEd, de 1999 a 2010. Pela importância da sistemática e permanência desse tipo de revisão, visto contribuir para a construção de novas pesquisas, a autora concluiu que o “estado da arte” permitiu apontar novas perspectivas, que vislumbra a “formação de professores capazes de ressignificar o livro didático, e fomentar os saberes e os fazeres dos sujeitos que fazem uso deste recurso” (p. 34). Para Vosgerau e Romanowski (2014) não existe consenso nas especificações metodológicas para estudos do tipo “estado da arte” ou “estado do conhecimento”, e mesmo alguns autores sugerem tratamentos diferenciados para a abordagem, coleta e análise de um mesmo objeto. No entanto, eles justificam sua validade e empregabilidade como método científico eficaz para realização de um inventário temático (FREITAG; MOTTA; COSTA, 1987; CHOPPIN, 2004; COELHO; SILVA, 2013). A investigação do corpus da pesquisa constituiu a sua base de estudo, ou seja, teses e dissertações (TDs) que tinham como foco a imagem do negro no LD, produzidas entre o período de 2003 até 2013. As bases de dados de referência para a coleta de fontes foram: Banco de TDs da Capes/MEC – reúne informações sobre TDs de programas de pós-graduação do país e faz parte do Portal de Periódicos; Biblioteca Digital Brasileira de Teses (BDBT) – integra os sistemas de informação de TDs existentes nas instituições de ensino e pesquisa brasileiras; Banco de Teses do Portal Domínio Público – esse portal propõe o compartilhamento das mais de 8.300 TDs publicadas no Brasil; Ferramentas de busca na internet, como o Google, Google Acadêmico, entre outras. A partir dos dados observados e reflexões apresentadas nos estudos sobre a temática negra, particularmente sobre a imagem do negro no LD, visávamos responder às seguintes questões norteadoras, que serviram de diretrizes para nossa investigação: quantas TDs sobre o tema em análise foram produzidas no período de 2003 a 2013? Como se deu a distribuição temporal dessas publicações? Essa temática é específica da área de educação ou envolve outros campos de conhecimento? Quais as principais universidades que produziram TDs sobre esse tema? Existe uma concentração regional 6 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis e/ou temporal dos estudos? Quais os universos priorizados? Como foram tratados os dados? Quais os procedimentos metodológicos empregados? Quais os objetivos das pesquisas? Quais as contribuições destas produções? A seleção de TDs ocorreu pelo uso das palavras África, africano, afrodescendente, afro- brasileiro, discriminação, preconceito, escravo, escravidão, racismo, negro, raça/etnia, relações étnico-raciais, representação, iconografia e imagem, juntamente com o termo livro didático. De acordo com estudos da área de Biblioteconomia, a forma mais adequada de fazer uma busca em banco de dados é com o auxílio da “lógica booleana”. Para Ferreira et al (1997), a recuperação da informação é possível por índice de termos indexados ou formulário de pesquisa utilizando-se lógica booleana em campos de autoria, título, assunto, data e língua. Com as palavras-chave já determinadas (que, no caso, representam a indexação do documento), utilizamos os conectivos booleanos E (AND), OU (OR) E NÃO (NOT) para a formulação das expressões booleanas. Separamos os termos da seguinte forma: (LD). E. (Negro. OU. Racismo. OU. África. OU. Escravidão). Dessa maneira, os resultados obtidos são evidenciados, excluindo os títulos não desejáveis. Prosseguindo, definimos as palavras-chave que comporiam as seguintes categorias: Relações étnico-raciais: estudos que têm como foco a diversidade étnico-racial e suas interfaces relacionadas ao LD; Racismo: todos os temas trabalhados sobre racismo no LD que tenham por objetivo a sua denúncia ou superação; Escravidão: estudos, avanços ou controvérsias sobre a escravidão no LD e cotidiano escolar; Negro: estudos sobre histórias, denúncias, revisões, avanços, visibilidade e invisibilidade do negro, africanos e afrodescendentes no LD; África: estudos que abordaram a África e sua representação no LD; Representação: estudos relacionados ou que tenham por referência investigar as ideias e conceitos explícitos ou implícitos sobre o negro no LD; Imagem: estudos que tenham foco específico na análise iconográfica do negro no LD. Apesar de terem sido listadas várias TDs, ao tomarmos como referência apenas o termo LD, constatamos que nem todas traziam o LD em seus títulos. Sobre esse aspecto, Severino (2007, p. 129) afirma que: “O título deve expressar, fundamentalmente o 7 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis conteúdo temático do trabalho” e “Poderá, eventualmente, ser metafórico, mas, nesses casos, dever-se-á acrescentar um subtítulo tematicamente expressivo”. Com isso, deduzimos que o LD não era o principal objeto de estudo dessas pesquisas. A despeito das orientações fornecidas pelo autor, nem sempre encontramos essa sistematização. Há uma grande variedade e criatividade na formulação dos títulos, com diferentes possibilidades de enquadramento. Os títulos podem ou não anunciar o objeto principal do trabalho ou indicar os elementos que caracterizam o seu conteúdo. As pesquisas do tipo “estado do conhecimento” orientam que se considere no mapeamento os trabalhos que elencarem a temática no título, palavras-chave ou resumos. Ferreira (2002, p. 262) destaca que “não bastam apenas apresentar as referências limitadas ao registro dos principais dados, mas evidenciar o resumo como um meio de divulgação de modo abrangente dos trabalhos produzidos na esfera acadêmica.” Isto permite responder “o quê” e “como” foram produzidas as pesquisas. Após leitura, análise, seleção e classificação dos dados encontrados, 41 TDs compuseram o universo de pesquisa. A quantidade do que apuramos de TDs foi a seguinte: 4 sobre Racismo no LD; 4 com o termo África no LD; 5 com Escravidão no LD; 7 com os termos Raça/etnia no LD; 11 com foco nas Relações Étnico-raciais no LD; 10 com o termo Negro no LD. Constata-se que as temáticas Relações Étnico-raciais (11) e Negro (10) apresentam maior número e constância de produção. Ao nos concentrarmos nos campos de conhecimento, privilegiamos especificamente as áreas obrigatórias de ensino sobre História, Cultura Negra e da África, de acordo com a lei nº 10.639/2003: Letras (incluindo Língua Portuguesa, Linguística, Linguística Aplicada Psicolinguística e Literatura Brasileira), História (incluindo Sociais e Humanidades) e Artes (incluindo Educação Artística). A área da Educação foi priorizada por ser a área de formação e de estudos sobre o LD (Ensino-Aprendizagem, Educação de Adultos, Planejamento Educacional, Ensino, Ensino de Ciências e Matemática). 8 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis Em seguida, agrupamos as TDs pelas palavras-chave definidas pelos autores, superando o mapeamento das TDs por título. A análise das palavras-chave produziu um mosaico de termos. Isso nos permitiu estabelecer um outro ajuntamento por aproximação em novas categorias. Nota-se que alguns conceitos frequentes estão correlacionados, de modo que fazem parte das discussões travadas e debatidas pelos autores em suas pesquisas, tais como: negro e discriminação; e relações étnico-raciais e ensino. Formamos grandes categorias, apenas para fins metodológicos e melhor visualização da frequência: Escravidão: abolição, escravidão, escravo negro, pós-abolição; África: continente africano, África, arte africana, colonialidade; Discriminação: discriminação racial, discurso racista, racismo, etnia negra; Educação: cotidiano escolar, currículo, currículo de biologia, discurso pedagógico, educação, história da educação, educação das relações étnico- raciais, relações raciais, EJA, leitura, linguagem e línguas, estudo e ensino, lei nº 10.639/2003, professor como leitor do livro didático, formação de professores, ensino, ensino de ciências, ensino de geografia, ensino de história, ensino religioso, discurso pedagógico, ideologia, análise do discurso narrativo, estratégias ideológicas, políticas públicas educacionais, colonialidade; História: história, história da educação, história do negro, historiografia, ressignificação da história; Nação: governamentabilidade, nação, identidade nacional, identidade, ideologia, políticas públicas educacionais, biopoder e geografia; Imagem: imagem, imagens escolares, representação do negro, representação, representações dos negros; Negro: raça, raças humanas, etnia negra, negro, negros, população negra; Livro didático: literatura, livro didático de história, livro didático negro, livro didático público/pr, livro didático, livros didáticos de geografia, livros didáticos, livros escolares, Manuel Bonfim, material didático, Olavo Bilac, PNLD. Isto posto, observamos que as palavras-chave privilegiadas para estudos contemplam principalmente as questões: livro didático, negro, nação, imagem, história, educação, escravidão, África e discriminação. 9 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis Prosseguimos na organização e apuração dos dados investigados a partir da leitura dos resumos, uma vez que nem todas as TDs citavam os termos no título ou nas palavras- chave. A análise dos resumos ocorreu com base nas orientações que determinam que este deve conter: o objeto principal de investigação, metodologia/procedimentos utilizados na abordagem do problema proposto, técnicas, sujeitos e universo da pesquisa, resultados, conclusões e/ou considerações finais (FERREIRA, 2002; SEVERINO, 2007). Um resumo é um objeto cultural, e serve para uma finalidade específica, para uma certa comunidade de leitores (CHARTIER, 1990). Por isso, ele nem sempre se comporá do mesmo modo, embora tenha sido produzido para visibilização num tipo de suporte e universo de produção de conhecimento. Após a apuração dos títulos, palavras-chave e a leitura dos resumos, decidimos pela leitura na íntegra das TDs. A leitura permitiria afirmar que o principal foco das pesquisas estaria em verificar como historicamente o país vem tratando a população negra, como ela é narrada e que imagem a representa no LD. Além disso, as investigações poderiam contemplar as percepções de professores e alunos sobre a imagem usada no LD, por entenderem sua concretude na escolarização de crianças e jovens e no cotidiano escolar. Observamos que os autores partem do entendimento de que uma educação eurocêntrica – que desvaloriza os conhecimentos e saberes de negros e negras – resulta na produção de baixo autoestima de sujeitos e, consequentemente, no abandono da escola precocemente por se sentirem desprestigiados, excluídos e por não se reconhecerem no espaço escolar, como vários estudos comprovaram (MUNANGA, 1996; COSTA, 2005). E, assim, os estudos visavam ao final denunciar o racismo e propor uma educação antirracista. Entre as TDs selecionadas estabelecemos um novo critério para análise. Iniciamos pela seleção de trabalhos que enfocavam especificamente a temática Imagem do Negro no LD. Para uma análise descritiva, organizamos as TDs em cinco categorias: 1. TDS com inclusão de Imagem do Negro no LD no título; 2. TDs que trazem a expressão Representação do Negro no título, mas que não trabalham com Imagem; 3. TDs que trabalham com Imagem, mas com LD anteriores a 2003; 10 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis 4. TDs que não trazem Imagem do Negro nem no título nem nas palavras-chave, apenas encontradas após a leitura; 5. TDs que trabalham com a temática Negro no LD, mas apenas com análise de texto (análise do discurso, análise de conteúdo, entre outros) e não com imagem. A organização das TDs nessas categorias permitiu apurar o seguinte resultado quantitativo: Categoria 1: classificação de 7 TDS com inclusão de Imagem do Negro no LD no título; Categoria 2: 4 TDs que trazem a palavra Representação do Negro no título, mas que não trabalham com Imagem; Categoria 3: 10 TDs que trabalham com Imagem, mas com LDs anteriores a 2003; Categoria 4: 11 TDs que não trazem Imagem do Negro nem no título nem nas palavras-chave, apenas encontradas após leitura; Categoria 5: 9 TDs que trabalham com a temática Negro no LD, mas apenas com análise de texto (análise do discurso, análise de conteúdo, entre outros) e não com imagem. Do total inicial de 41 TDs de nosso universo de pesquisa, resultaram apenas 15 que visavam analisar a Imagem do Negro no LD, como entendíamos. As demais (26) trabalharam apenas com análises de textos (conteúdos, discursos etc.) ou com LDs anteriores a 2003, ou seja, antes da promulgação da Lei. A partir desse quantitativo, conseguimos evidenciar os estudos realizados no período, destacando: os assuntos priorizados; a frequência regional, temporal, territorial e de gênero de realização; objetivos dos estudos; preferência do universo das pesquisas; principais procedimentos metodológicos adotados; e a sistematização das implicações, conclusões e propostas apontadas nos trabalhos. A leitura na íntegra dos estudos descritos permitiu-nos compreendê-los em profundidade e destacar todos esses itens. Das 15 TDs, 2 são teses de doutorado e 13 dissertações de mestrado. Constatamos que a Educação é a área de conhecimento de predomínio das pesquisas, num total de 12 TDs; além dessa área há 1 da área de Letras, 1 de História e 1 de Psicologia Social. Ou seja, a maior concentração de TDs encontradas foi na área da Educação. 11 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis Em relação a universidades onde ocorreram os estudos, averiguamos que 12 se deram em Instituição de Ensino Superior (IES) pública, e em IES privadas ocorreram 3 pesquisas, especificamente na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Observa-se uma concentração da produção nas regiões Sudeste e Sul, sendo: 7 na região Sudeste; 7 na região Sul; 2 no Nordeste; 1 no Centro-Oeste; e nenhuma na região Norte. Quanto ao gênero dos pesquisadores, apuramos uma quase equivalência no resultado, com 8 homens e 7 mulheres. Os objetivos das pesquisas eram semelhantes, ou seja, analisar a imagem do negro no livro didático da educação básica após promulgação da lei nº 10.639/2003 para destacar mudanças e permanências nos LDs. Após a sistematização das informações, verificamos que algumas TDs utilizaram duas abordagens ou procedimentos metodológicos. Esta conjugação de informações, no entanto, permitiu que verificássemos que a metodologia privilegiada foi a Análise de Conteúdo, de Lawrence Bardin (10). Isso pode se explicar pelo fato de que o método permite uma vasta adaptação e adequação dos procedimentos em conformidade com os objetivos e documentos de análise ou suporte (linguístico, icônico, outros códigos semióticos), o que facilita seu uso em pesquisas de natureza quantitativa ou qualitativa (BARDIN, 2011). Houve concentração nas seguintes disciplinas dos LDs analisados nas pesquisas: 6 em História; 3 em Língua Portuguesa; e 3 em Geografia. As duas primeiras são disciplinas obrigatórias, estabelecidas pela lei nº 10.639/2003, para ensino na História e Cultura Negra, assim, é natural que haja estudos específicos sobre elas. Talvez a inclusão de investigações na área da Geografia se viabiliza, uma vez que, esta hoje é entendida como a disciplina capaz de “revelar como o espaço produzido pelas sociedades materializa projetos econômicos, estratégias políticas e identidades culturais”, e por estar preocupada com as ocorrências mundiais e, portanto, deve estar “comprometida com a promoção da igualdade racial” (SANTOS, 2009, p. 23). Há uma maior ocorrência de estudos no segundo segmento da educação básica (9), talvez por ser o momento em que há inserção de professores de diversas disciplinas, diferente do que ocorre no primeiro segmento, quando as disciplinas são ministradas, em sua grande maioria, pelo mesmo professor, e muitas vezes sem formação superior. Assim, temos 9 TDs que analisaram a imagem do negro nos LDs do segundo segmento do ensino fundamental; 2 do primeiro segmento e 4 do ensino médio da educação básica. 12 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis Esses dados revelam que houve uma ampliação no campo de análise de LDs no ensino fundamental e a inclusão de estudos sobre LDs do ensino médio. Podemos considerar como um avanço, pois de acordo com Rosemberg et al (2003), até 2003 não havia pesquisas sobre LDs para além do primeiro segmento do ensino fundamental. Ao final, constatamos que as principais motivações para os estudos podem ser assim sintetizados: a percepção da invisibilidade do negro no LD; a população negra apresentada em situação subalternizada ou vitimizada; o LD como reprodutor do racismo, preconceito e discriminação; a desvinculação ou inexistência dos conteúdos com a formação de identidades e os contextos sócio-históricos dos alunos; a importância de apresentar no LD a população negra como construtora das identidades nacionais; a veiculação de visão negativa e inferiorizada do negro; e o interesse por avaliar a aplicação da lei nº 10.639/2003, com vistas a garantir seu cumprimento e/ou propor novas abordagens e recomendações para uma educação antirracista. Resultados e considerações finais A metodologia empregada de “estado do conhecimento” forneceu dados quantitativos e qualitativos sobre a produção. A categorização das TDs passou por quatro momentos distintos, inicialmente pela análise dos títulos, depois pela conjugação das palavras- chave, pelo mapeamento dos resumos e, finalmente, pela leitura na íntegra das TDs. Ao final do processo de levantamento, revisão, sistematização e catalogação, a partir de buscas no banco de dados de Teses da Capes, BDTD, e Domínio Público, a pesquisa identificou 41 TDs relacionadas à Imagem do Negro no LD nos 10 anos após a promulgação da lei nº 10.639/2003. Desse universo, 15 TDs tiveram como foco especificamente a Imagem do Negro no LD. Tais estudos se restringiram principalmente às disciplinas de História, Língua Portuguesa e Geografia. O segundo segmento do ensino fundamental teve privilégio nos estudos e as produções se concentraram nas regiões Sudeste e Sul e foram majoritariamente conduzidas em IES públicas. O LD foi tomado como objeto de pesquisa por ser considerado: um instrumento importante no contexto da educação brasileira; um dos principais, senão o único, recurso didático dos professores da educação básica das escolas públicas; pelo alto investimento financeiro do governo; por ser objeto de políticas públicas; além do expressivo interesse para o mercado editorial. As pesquisas revelaram que os LDs, em sua maioria, quando tratam da África continuam a privilegiar os aspectos recorrentes sobre fome, doenças, guerras e conflitos 13 37ª Reunião Nacional da ANPEd – 04 a 08 de outubro de 2015, UFSC – Florianópolis políticos, a precariedade de vida das populações africanas, no período imperialista e pouco se enfatiza sobre o legado cultural da África, seus países e suas populações. Em geral, os pesquisadores afirmam que os LDs restringem a presença negra como mão de obra escrava e no momento da abolição da escravatura. O Quilombo dos Palmares, invariavelmente, é apresentado como lugar de agrupamento dos escravos contra o cativeiro, omitindo seu caráter alternativo de organização política, social, cultural e econômica e de luta e resistência. Há, ainda pouca representatividade textual e imagética da população negra que se expresse em situações de relevância histórica, cultural, social e cotidiana, e persiste a imagem do negro de modo subalternizado ou mesmo invisibilizado. Outra observação que devemos apontar, trata-se da crítica sobre a quantidade de imagens encontradas nos LDs. A imagem do negro no LD apresenta-se, muitas vezes, apenas com a finalidade de ilustrar e não para acrescentar informação e conhecimento, ou compreendida como uma linguagem. Ressaltamos que a imagem pode permitir outros olhares sobre perspectivas da história, cultura negra, ainda pouco trabalhados nos LDs. Dessa maneira, pode-se afirmar que a promulgação da lei nº 10.639/03 trouxe algumas mudanças de caráter quantitativo para o ensino da História do negro e da África nos conteúdos escolares e no LD, porém estas ainda não podem ser consideradas mudanças significativas na cultura escolar (JULIA, 2001), pois apenas atendem adequadamente a demanda legal. O objetivo de mapear a produção acadêmica de 2003 a 2013 foi atingido e esperamos que o resultado possa contribuir para novos trabalhos de pesquisa, ao facilitar a visualização dos estudos sobre o tema, identificando de modo sumarizado as produções correlatas, por entendermos ser uma temática relevante para a população negra. Era nossa intenção desinvisibilizar o negro na história e no cotidiano e os estudos sobre a imagem do negro do livro Didático em busca da superação eurocêntrica na escola. Referências Fontes Primárias - Teses e Dissertações BOULOS JÚNIOR, A. 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Acesso em: 4 maio 2014. http://www.periodicos.proped.pro.br/index.php/revistateias/issue/view/68 Projeto de Gest?o em Seguran?a da Informa??o/Artigo Formatado.pdf Gamificação e Crowdsourcing no Combate Sustentável ao Aedes aegypti Ruan Pierre Oliveira1, J. Antão B. Moura 1, Marcelo A. de Barros 1, Ana Carolina Policarpo Cavalcante 2, Francisco Barbosa Jr 1 1Departamento de Computação – Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) CP 10.106 – CEP 58109-900 – Campina Grande – PB – Brasil 2Departamento de Enfermagem – Universidade Estadual de Paraíba (UEPB) Caixa Postal 58429-500 – Campina Grande – PB – Brasil {ruan.pierre.oliveira, carolina.policarpo.cavalcante, jrbarbosa.ufcg} @gmail.com, {antao, mbarros }@dsc.ufcg.edu.br Abstract.The Aedes aegypti mosquito transmits the zika, chikungunya, dengue and yellow fever diseases. The mosquito evolves from eggs that hatch in water pooling anywhere. To fight the mosquito effectively, the population must be educated in its biology, health threats and countermeasures and actively engage in reporting hatcheries to sanitary authorities. This paper proposes an IT system to support such education and combat efforts in a sustainable way. The system incorporates concepts from games, crowdsourcing, georeferenced information systems, computer-based education, mobile computing and entrepreneurship. Preliminary validation studies indicate the system to be an efficient and sustainable training and combat tool against Aedes aegytpi. Resumo. O mosquito Aedes aegypti é o vetor para a zika, chikungunya, dengue e febre amarela. O mosquito evolui a partir de ovos em água parada. O combate ao mosquito seria mais eficaz se a população fosse educada em sua biologia, ameaças à saúde e medidas de prevenção correspondentes e se engajasse em relatar criadouros às autoridades sanitárias. Este artigo propõe um sistema de TI para suportar tal educação e esforços de combate de modo sustentável. O sistema incorpora conceitos de jogos, crowdsourcing, computação móvel e georreferenciada, treinamento por computador e empreendedorismo. Estudos preliminares de validação indicam que o sistema é uma ferramenta eficiente e sustentável para treinamento e combate ao Aedes aegypti. 1. Introdução O mosquito Aedes aegypti é o vetor para transmissão de doenças que representam um problema recorrente de saúde pública com alternância de surto e epidemias de difícil combate: dengue, febres amarela, chikungunya e o zika Vírus, esse último relacionado com a síndrome de Guillain Barré e a microcefalia em bebês (KIKUTE, 2015). Além de seríssimos problemas de saúde (com risco de morte), o Aedes traz prejuízos econômicos consideráveis à população, em custos de tratamento das doenças, campanhas de prevenção e combate ao mosquito e dos dias parados ou perda de produtividade dos doentes e seus familiares (OLIVEIRA, 2015). De janeiro de 2015 à DOI: 10.5753/cbie.sbie.2016.390 390 Anais do XXVII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE 2016) V Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE 2016) 18 de abril de 2016 foram confirmados mais de 740 mil casos de dengue e 4.180 casos suspeitos de microcefalia no Brasil. Apesar desses números alarmantes estudos comprovam uma baixa notificação de focos do mosquito. Isto porque os atuais canais de denúncia de focos - a exemplo do Disk Dengue e Dengue Zap, no caso de Campina Grande, PB que possuem horário de funcionamento restrito, estão sujeitos a erros ou extravio das informações, e apresentam elevado tempo entre a denúncia e ação do agente de campo (BRASIL, 2016). O combate ao Aedes é uma tarefa difícil. Dessa maneira, parece razoável que o governo se alie à população uma vez que é esta última que tem melhores condições para apontar de forma mais rápida e precisa, focos do mosquito. A prática de utilizar a inteligência coletiva de voluntários colaboradores em uma solução é conhecida por “crowdsourcing” em computação (MARTINS, 2015). Este trabalho trata da aplicação do conceito de crowdsourcing para construção de um sistema de TI para uso no ensino sobre e no combate ao Aedes aegypti. Por outro lado, uma limitação de crowdsourcing é o engajamento dos usuários. Na tentativa de tratar esta limitação, tem-se associado o uso de crowdsourcing à gamificação, utilizando recursos de jogos para engajar colaboradores em ações que tragam benefícios para uma organização (KIKUTE, 2015). É importante notar que, esses conceitos de crowdsourcing e de gamificação vêm sendo amplamente difundidos também com fins educativos, dirigidos com sucesso a um público-alvo na chamada geração gamer (BRASIL, BARQUE, 2015). De fato, jogos de realidade alternada (KIM et al, 2009), no qual o jogador ora está imerso em um universo virtual (“imaginário”) da narrativa (estória do jogo), ora realizando uma missão, como parte do jogo, no mundo real, podem servir para ensinar assuntos ao jogador, em preparação para tarefas no mundo real, e então, retornar para o jogo para obter os resultados da realização da tarefa. Neste contexto de jogo de realidade alternada e crowdsourcing (aqui, “sistema colaborativo” em tradução livre), o presente artigo propõe uma aplicação móvel, o “AedesBusters”, na qual os usuários podem realizar denúncias de focos de Aedes, casos de doenças e agendar visita dos órgãos responsáveis, a um imóvel fechado. A aplicação foi desenvolvida a partir de requisitos dos processos de negócio das Vigilâncias Ambiental e Epidemiológica (VA/VE) de Campina Grande, PB, visando facilitar denúncias através de uma maior conscientização da população por meio de educação continuada, maior adesão de jogadores e eficácia nos processos. Resultados preliminares do uso do AedesBusters oferecem indícios promissores sobre sua eficácia tanto nos aspectos educativos quanto para os indicadores de sucesso das VA/VE e do interesse do mercado em sustentar o jogo. O restante do conteúdo é organizado em cinco seções. Na seção 2, discutem-se trabalhos relacionados. A seção 3 apresenta a metodologia usada na pesquisa. A seção 4 introduz as funcionalidades do AedesBusters. A seção 5 traz resultados preliminares de estudos de validação. A seção 6 conclui o artigo e comenta sobre trabalhos futuros. 2. Trabalhos Relacionados O uso de crowdsourcing, inteligência e conhecimentos coletivos (de multidões) para resolver problemas em geral e de interesse público, tem sido alvo de artigos científicos e de serviços diversos (OLIVEIRA, 2015). No combate ao Aedes aegypti, podem ser 391 Anais do XXVII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE 2016) V Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE 2016) citados como exemplos o “Observatório da Dengue” da UFRN, “SC contra a Dengue” da Game Developers de SC, o DengueMap da Ecovec de BH e o “DeuZikaChico” onde se pode informar focos de Aedes, georreferenciados e agendar visitas de agentes. Nas Filipinas, foi lançado um outro website para vigilância do vetor, com ligações nas escolas públicas do país. O programa inclui um ambiente que atrai os mosquitos para depositarem seus ovos, e no qual uma solução é usada para matar os ovos/larvas. O processo será observado por alunos e professores. Entretanto, há falhas no repasse dos dados, uma vez que os relatórios não são em tempo real, o que pode atrasar decisões (GERONIMO, 2013). As soluções acima são sites Web, alguns com mapas georreferenciados, mas não, um jogo interativo. Um site Web é um instrumento útil para combate ao mosquito e educação relacionada, mas diferentemente do jogo AedesBusters, fazem coleta passiva de informações, não motivando a multidão tipicamente, através de recompensas a contribuir para solução do problema (KOSONEN, 2014). Os usuários apenas inserem informações no site. Experimentos como aqueles do programa filipino ou o exame de conteúdos em outros sites podem ser uma atividade no mundo real (nas escolas, p.ex.), para educação de jogadores do AedesBusters. A realização destas tarefas educativas pode receber recompensa na forma de pontos ou mudança de nível no jogo. Assim, o sistema proposto nesse trabalho, pode ser visto como uma evolução ou complementação de sistemas de apoio ao combate do mosquito descrito na literatura. 3. Metodologia A pesquisa para o AedesBusters é um estudo quantitativo de abordagem exploratória no qual foi utilizado o procedimento técnico de pesquisa-ação. Segundo Gil (2008) esse estudo é adequado quando há pouco conhecimento sobre a temática a ser abordada e se deseja conhecer, com maior profundidade, o assunto, de modo a torná-lo mais claro. A pesquisa envolveu estudos exploratórios nas etapas: 1) Pesquisa de campo para conhecer os processos das VA/VE; 2) Identificação e adesão a princípios éticos e legais relativos à pesquisa, além de entrevista semiestruturada com membros das VA/VE para identificar os pontos críticos nos processos de combate ao mosquito; 3) Entrevista com usuários do Disk Dengue; 4) Definição de indicadores de sucesso em parceria com as VA/VE; 5) Definição da arquitetura e apresentação dos screenshots dos componentes móvel e Web do AedesBusters para validação pelas VA/VE e potenciais jogadores; 6) Apresentação da proposta de protótipo para as VA/VE e priorização das funcionalidades; 7) Implementação das funcionalidades priorizadas para o protótipo; 8) Teste-piloto e estudos de validação de face; e, 9) Analise dos dados. As etapas 4 a 7 têm natureza iterativa, nas quais se apresentam decisões críticas do projeto AedesBusters para aprovação pelos principais stakeholders, profissionais das VA/VE, e representantes de jogadores. A rigor, a saída da Etapa 9 realimentaria a entrada da Etapa 1, para outros ciclos de ajustes no AedesBusters e nos processos de negócios das VA/VE e mais estudos de validação, além daqueles discutidos neste artigo. Esta retroalimentação, em andamento, mas ainda sem resultados, pode levar vários meses e até anos. Por isto, não é discutida nesse trabalho. 392 Anais do XXVII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE 2016) V Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE 2016) As fases 1 a 4 permitiram conhecer os principais problemas enfrentados pelas VA/VE no combate ao mosquito. Os indicadores de sucesso foram assim, identificados e priorizados como: i) aumentar o número de notificações; ii) reduzir o número de imóveis fechados; iii) diminuir o tempo de decisão para ação das VA/VE; iv) melhorar a integração entre essas agências; e, v) aumentar os recursos alocados ao combate. 4 O sistema AedesBusters O AedesBusters é um conjunto de ferramentas para intermediar a interação entre a população em geral e agentes das VA/VE e, assim, facilitar o combate ao Aedes. O AedesBusters é essencialmente um Sistema de Informações Georrereferenciadas (GIS) na Web alimentado por um jogo em um dispositivo móvel (Figura 1). Figura 1. Módulos Arquiteturais e Esquema de Acesso ao AedesBusters O sistema Web suporta decisões pelas VA/VE. O GIS guarda informações sobre focos do mosquito, imóveis fechados, agendamento de ações ou “missões” (inclusive educativas) atribuídas aos jogadores por agentes das VA/VE ou por eles indicados, como professores, escoteiros, etc. Relatórios gerenciais são produzidos a partir do GIS para apoio a decisões. A alimentação do GIS é feita pelos jogadores seguindo regras e condições no gameplay que roda no equipamento móvel, o qual é mais atraente para alunos e professores em ambientes educacionais (BRASIL, BARQUE, 2015). Denúncias são comprovadas por fotos ou vídeos carregados no GIS a partir do dispositivo móvel do jogador ou por verificação de agentes próprios ou indicados das VA/VE. A denúncia pode ser feita independente de georreferência (GPS): caso o jogador esteja sem acesso à internet, poderá reportar o foco quando tiver acesso à mesma, localizando o endereço no mapa do aplicativo móvel e confirmando a denúncia. Todas as ações realizadas pelo jogador são passíveis de validação pelas VA/VE antes da atribuição de recompensas correspondentes. O agendamento de casas fechadas é uma funcionalidade na qual o jogador poderá agendar uma visita de agentes das VA/VE a um imóvel normalmente inacessível para inspeção. O AedesBusters engloba incentivos intrínsecos e extrínsecos para atrair e manter jogadores. Os intrínsecos incluem motivações pessoais básicas e comunitárias (sentir-se bem ao contribuir para o bem comum) que podem melhorar a patente do jogador ou recompensar conquistas. As extrínsecas, de motivação social como prestígio e status, através do ranking e reconhecimento público, centram-se na estratégia de construir reputação. Outra estratégia é o recrutamento de novos usuários para baixarem e difundirem o aplicativo. Martins (2015) indica que para obter êxito em aplicações de
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