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Química 8ª Classe

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Ficha Técnica 
Título: Química, Programa da 8ª Classe 
Edição: ©INDE/MINED - Moçambique 
Autor: INDE/MINED – Moçambique 
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique 
Arte final: INDE/MINED - Moçambique 
Tiragem: 1500 Exemplares 
Impressão: DINAME 
Nº de Registo: INDE/MINED – 6302/RLINLD/2010 
 
 2
Prefácio 
 
Caro Professor 
 
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral. 
 
Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve a necessidade de 
reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem 
sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a ser 
desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos. 
 
As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram garantir 
compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para a vida que 
permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho numa economia 
cada vez mais moderna e competitiva. 
 
Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em 
mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de 
professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições públicas, 
empresas e organizações, que colocaram a sua experiência neste exercício de transformação 
curricular e a quem aproveito desde já, agradecer. 
 
Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas, apelo ao 
estudo permanente das sugestões que eles contêm. Para que convoquem a vossa e criatividade e 
empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que amanhã engrossarão 
o contingente nacional para o combate à pobreza. 
 
Aires Bonifácio Baptista Ali. 
 
Ministro da Educação e Cultura 
 3
1. Introdução 
 
A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se enquadra 
no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura e tem como 
objectivos: 
 
• Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos 
aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país. 
• Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, flexível e 
profissionalizante. 
• Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos estudos 
como para o mercado de trabalho e auto emprego. 
• Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social. 
 
Constituem principais documentos curriculares: 
• O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que contém os 
objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as estratégias de 
implementação; 
• Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos; 
• O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG); 
• Outros materiais de apoio. 
 
 
1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG 
 
O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que 
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que 
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida. 
 
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma 
componente pré-vocacional e por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências 
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país. 
 
As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do 
mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das 
Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre outros 
desafios. 
 
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma formação 
integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos: 
 
Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético, 
de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os 
seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de 
tomar em diversas circunstâncias da sua vida; 
 
 4
Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos 
científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a 
interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e 
naturais; 
 
Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um 
espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio 
produtivo actual, mas também às tendências de transformação no mercado; 
 
Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é, saber 
comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de 
diversas culturas, religiões, raças, entre outros. 
Agenda 2025:129 
 
Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize 
em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo, agir 
sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma responsável. 
 
Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes 
para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e como cidadãos 
responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral. 
 
1.2. Os desafios da Escola 
 
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel 
da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes 
quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se, 
assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus 
conhecimentos ao longo da vida. 
 
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida? 
 
As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é, 
conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para 
enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto 
significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas, pensar critica e 
criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto de 
conhecimentos, práticas e valores. 
 
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também à 
sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a 
realidade do país. 
 
Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as 
competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e escrita, 
matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas como 
cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar, nomeadamente: 
 5
 
a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa; 
b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de aprendizagem e 
busca metódica de informação em diferentes meios e uso de tecnologia; 
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e 
apresentação dos trabalhos; 
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica social do 
país e do mundo; 
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar 
bem com os outros; 
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos; 
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis; 
h) Adopção de comportamentosresponsáveis com relação à sua saúde e da comunidade bem 
como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas; 
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza; 
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança; 
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em grupo; 
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e crianças. 
 
Estas competências são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja preparado para 
produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis subsequentes. 
 
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a 
uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais novas 
habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na resolução de 
problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias 
ocupações ao longo da vida. 
 
1.3. A Abordagem Transversal 
 
A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista um 
desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é 
chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de situações-problema 
parecidas com as que se vão confrontar na vida. 
 
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas 
transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e nos 
temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes 
dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver 
com os outros e bem fazer. 
 
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de tal 
forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele contribuam 
para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-curriculares 
sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades, 
atitudes e valores. 
 
 6
O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo 
do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações para a sua 
abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas 
transversais. 
 
1.4 As Línguas no ESG 
 
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No 
currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas 
estrangeiras (Inglês e Francês). 
 
As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de todas as 
disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os professores 
deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar o seu discurso às 
diferentes situações de comunicação. A correcção linguística deverá ser uma exigência constante 
nas produções dos alunos em todas as disciplinas. 
 
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura 
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões para 
a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades culturais em 
datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa situação 
concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e 
seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos 
órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a 
buscar informações e a sistematizá-la. 
 
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no caso 
da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos 
constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da moçambicanidade. 
 
 
1.5. O Papel do Professor 
 
O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na 
família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho. 
 
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em 
actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno para 
a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas tenham significado para 
a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais. 
 
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido se 
estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à 
disciplina, às componentes transversais e às situações reais. 
 
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este consiga: 
 
 7
• organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus conhecimentos, 
habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de soluções; 
• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de 
competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um 
problema que os obriga a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências de outras 
áreas do saber; 
• acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-los e 
corrigi-los durante o processo de trabalho; 
• criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o mundo e 
transformá-lo; 
• avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa 
perspectiva formativa. 
 
Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à profissão, 
aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa passa pelo 
trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas. Neste sentido, 
não se pode falar em desenvolvimento de competências para vida, de interdisciplinaridade se os 
professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas próprias 
disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou da história local poderá envolver 
diferentes disciplinas. Por exemplo: 
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e 
correcção dos textos; 
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes; 
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região; 
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes. 
 
Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa, de 
análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o 
desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG. 
 
As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o 
desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é mais um 
centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para reprodução e 
memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e conhecimentos. O 
aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e pesquisa de informação, 
reflectindo criticamente sobre a sociedade. 
 
O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os recursos e 
aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma comunidade escolar 
implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, organizador democrático e gestor da 
heterogeneidade vivencial dos alunos. 
 
As metodologias de ensino devem desenvolverno aluno: a capacidade progressiva de conceber e 
utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito 
competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e debate de ideias; o interesse pela 
integração social e vocação profissional. 
 8
 
 
 
1. O Ensino e Aprendizagem na Disciplina de Química 
A Química, ciência que estuda as substâncias e suas transformações, é parte integrante das ciências 
naturais, cujo desenvolvimento é caracterizado por uma articulação entre a teoria e a prática. 
 
A parte teórica, proporcionar aos alunos conhecimentos sobre as teorias e leis fundamentais, da 
classificação dos fenómenos e substâncias, mostrando a sua diversidade. Permite que os alunos 
façam uma correcta utilização das teorias e leis na resolução dos problemas práticos e na 
explicação dos fenómenos que ocorrem na Natureza. 
A parte experimental desta disciplina tem o propósito de despertar nos alunos o interesse pelo 
estudo da mesma, através da aquisição, consolidação e aplicação de conhecimentos para o 
desenvolvimento de habilidades intelectuais e práticas, assim como de atitudes positivas. 
 
A apropriação dos conhecimentos científicos e o desenvolvimento das capacidades intelectuais e 
manuais dos alunos devem caracterizar-se pela participação destes no processo de ensino-
aprendizagem. Assim, é necessário recorrer ao trabalho prático e utilizar diferentes meios de ensino 
ao longo de todo o ciclo. As experiências químicas contribuem para o desenvolvimento de atitudes, 
tais como trabalho metódico e sistemático, utilização racional dos materiais e do tempo, trabalho 
em equipa (grupo), higiene, protecção do meio ambiente, amor e interesse pela disciplina, entre 
outras. Sempre que possível, dever-se recorrer a meios localmente disponíveis para a realização das 
experiências. 
Durante as aulas de química o professor deverá desenvolver nos alunos a cultura de aquisição de 
conhecimentos pela pesquisa. A primeira etapa da pesquisa consistiria na análise de factos e 
fenómenos de relativa simplicidade. Gradualmente poder-se-a aumentar a complexidade da 
matéria de pesquisa ao longo do ciclo. Neste sentido, pensa-se no cidadão capaz de actuar de 
forma competente a partir da prática, à medida que investiga e apreende sobre os factos reais do 
seu quotidiano social e cultural. 
O desafio da educação escolar é tornar a aprendizagem da Química relevante para o aluno. Neste 
contexto, além dos métodos tradicionais de ensino e aprendizagem, frequentemente utilizados 
pelos professores, julga-se pertinente incluir nesse processo, formas alternativas de abordagem da 
Química, as quais propiciam aos alunos, oportunidades para que possam fazer uma nova leitura do 
mundo que os rodeia, através dos Temas Geradores. 
Esses temas chamam-se geradores porque, qualquer que seja a natureza de sua compreensão, 
como a acção por eles provocada, contém em si a possibilidade de desdobrarem-se em outros que 
provocam novas tarefas que devem ser cumpridas, por exemplo a partir do tema «água» podem-se 
gerar subtemas relacionados como saneamento, agricultura, produção de energia, vias de 
comunicação, entre outros. Os temas geradores podem também emergir do levantamento dos 
principais problemas da comunidade. 
 
 9
Para além dos conteúdos definidos nos programas de ensino existem outros que pela sua natureza 
podem ser tratados em mais do que uma disciplina, são os temas transversais. Os procedimentos 
metodológicos para o seu tratamento encontram-se em cada unidade temática e dependem da 
especificidade de cada tema. 
Ao longo do programa serão tratados alguns factos históricos sobre o desenvolvimento da 
Química, descoberta de substâncias e leis, os quais serão abordados nos temas com eles 
relacionados. 
Para a sua afirmação como ciência, a Química se relaciona com as outras disciplinas. Por exemplo, 
para os cálculos estequiométricos recorre-se aos conhecimentos de Matemática; Desenho para a 
representação esquemática dos aparelhos e utensílios usados nas experiências químicas; Geografia 
na identificação e localização de jazigos, minas e indústrias químicas; História para o relato dos 
factos históricos relacionados com a Química; Biologia e Física na interpretação dos fenómenos 
naturais. 
 
A introdução da disciplina de Química faz-se na 8a classe e contribui para desenvolver nos alunos, 
a capacidade para a interpretação científica do mundo, explicando sob o ponto de vista químico. O 
professor toma em consideração os conceitos das outras disciplinas que os alunos podem aplicar 
para melhorar a compreensão desta ciência. 
Na 9a classe, os alunos aprofundam os conhecimentos sobre a estrutura das substâncias e suas 
propriedades à luz da teoria atómico-molecular estabelecendo ligação com o sistema periódico dos 
elementos. É propósito desta classe resumir os principais tipos dos compostos inorgânicos assim 
como exercitar os alunos na utilização da linguagem química. Dá-se ênfase a aplicação das 
substâncias químicas que contribuem para o desenvolvimento do país. 
 
Na 10a classe, completa-se o estudo dos compostos inorgânicos iniciado na 8ª classe e 
sistematizam-se os conhecimentos relativos à Tabela Periódica. Os alunos iniciam o estudo dos 
compostos orgânicos, ampliando deste modo o conhecimento sobre as substâncias suas 
transformações e aplicações. 
 10
 
2. Competências a desenvolver no 1º Ciclo 
 
 Relaciona a nomenclatura das substâncias químicas com a terminologia usada nas línguas 
locais e inglesa; 
 Apresenta oralmente e por escrito os resultados das experiências químicas, e trabalhos de 
investigação, comunicação sobre eventos, visitas de estudo e entrevistas usando a terminologia 
apropriada; 
 Descreve a história da descoberta das substâncias relacionando-a com outras áreas do 
conhecimento; 
 Recolhe informações diversas em diferentes meios sobre os métodos de produção de algumas 
substâncias para o melhoramento da vida na comunidade e o seu impacto no meio ambiente; 
 Interpreta e resolve problemas que envolvem cálculos químicos. 
 Resolve de forma organizada e cuidada os problemas que envolvem cálculos químicos; 
 Interpreta transformações e ligações químicas usando modelos macroscópicos; 
 Selecciona os recursos necessários para a realização de uma experiência química e aplica os 
resultados obtidos em diversos contextos; 
 Elabora os relatórios sobre as experiências químicas e visitas de estudo obedecendo a estrutura 
de um trabalho científico; 
 Identifica informações relevantes para solucionar problemas de natureza química na 
comunidade. 
 Realiza experiências químicas recorrendo a material local e/ou de fácil acesso e divulga os 
resultados obtidos na comunidade; 
 Interage com a comunidade local na solução dos problemas relacionando os conhecimentos 
químicos com os sócio-económicos e ambientais; 
 Aplica diferentes formas de recolha e tratamento selectivo do lixo. 
 Respeita a opinião dos colegas na realização de experiências químicas e outros trabalhos; 
 Explica as formas pelas quais o estudo da Química influencia as relações humanas na 
interpretação do mundo actual. 
 Relaciona as leis, regras, teorias, postulados e normas da Química com as leis sociais na 
resolução de problemas; 
 Reconhece as responsabilidades sociais decorrentes da aquisição de conhecimentos químicos na 
defesa dos direitos do consumidor. 
 Aplica as regras de conservação ambiental com vista a melhoria da qualidade de vida; 
 Apoia os colegas na realização de trabalhos em grupo; 
 Avalia a ciência e tecnologia química sob o ponto de vista ético para exercer a cidadania com 
responsabilidade, integridade e respeito; 
 Interpreta os símbolos nacionais e observa uma postura responsável. 
 Explica as consequências que podem advir do uso inadequado de substâncias químicas; 
 Utiliza substâncias químicas no tratamento de água e na higiene individual e colectiva. 
 11
 Relaciona a nomenclatura das substâncias químicascom a terminologia usada nas línguas 
locais e inglesa; 
 Apresenta oralmente e por escrito os resultados das experiências químicas, e trabalhos de 
investigação, comunicação sobre eventos, visitas de estudo e entrevistas usando a terminologia 
apropriada; 
 Descreve a história da descoberta das substâncias relacionando-a com outras áreas do 
conhecimento; 
 Recolhe informações diversas em diferentes meios sobre os métodos de produção de algumas 
substâncias para o melhoramento da vida na comunidade e o seu impacto no meio ambiente; 
 Interpreta e resolve problemas que envolvem cálculos químicos. 
 Resolve de forma organizada e cuidada os problemas que envolvem cálculos químicos; 
 Interpreta transformações e ligações químicas usando modelos macroscópicos; 
 Selecciona os recursos necessários para a realização de uma experiência química e aplica os 
resultados obtidos em diversos contextos; 
 Elabora os relatórios sobre as experiências químicas e visitas de estudo obedecendo a estrutura 
de um trabalho científico; 
 Identifica informações relevantes para solucionar problemas de natureza química na 
comunidade. 
 Realiza experiências químicas recorrendo a material local e/ou de fácil acesso e divulga os 
resultados obtidos na comunidade; 
 Interage com a comunidade local na solução dos problemas relacionando os conhecimentos 
químicos com os sócio-económicos e ambientais; 
 Aplica diferentes formas de recolha e tratamento selectivo do lixo. 
 
 12
3. Objectivos Gerais da disciplina no ESG 
Aprendizagem da Química no Ensino Secundário Geral visa: 
• Desenvolver, nos alunos, a capacidade de interpretar cientificamente omundo, explicando, 
do ponto devista químico, o movimento da matéria; 
• Proporcionar aos alunos conhecimentos sólidos e de máximo rigor cintífico sobre teorias e 
leis fundamentais, da classificação de fenómenos e substâncias,mostrando a sua 
diversidade; 
• Capacitar os alunos para a correcta utilização das teorias e leis na resolução dos problemas 
práticos e na explicação dos fenómenos que ocorrem na natureza; 
• Desenvolver habilidades que lhe permite aplicar os conhecimentos adquiridos nesta 
disciplina para a solução de diferentes problemas da vida; 
• Desenvolver habilidades práticas de manipulação de instrumentos diponíveis durante a 
realização de experiências químicas; 
• Valorizar a importancia dos avanços da disciplina e sua implicações no ambiente e na 
comunidade 
• Capacitar os alunos para a pesquisa e sistematização de informações relacionadas com a 
química em diferentes meios de comunicação e sua correcta utilização; 
 Valorizar o uso sustentável dos recursos disponíveis e sua protecção. 
 
 13
 
4. Visão Geral dos Conteúdos do 10 Ciclo 
 
4.1. Conteúdos das aulas da 8a Classe 
1ª Unidade temática: Introdução ao estudo da Química 
2ª Unidade temática: Substâncias e misturas 
3ª Unidade temática: Estrutura da matéria e reacções químicas 
4ª Unidade temática: Água 
 
4.2. Conteúdos das aulas da 9a Classe 
1ª Unidade temática: Estrutura atómica e tabela periódica 
2ª Unidade temática: Ligação química 
3ª Unidade temática: Classes principais dos compostos inorgânicos 
4ª Unidade temática: Cloro e os elementos do grupo VII 
5ª Unidade temática: Enxofre e os elementos do grupo VI 
6ª Unidade temática: Nitrogénio e os elementos do grupo V, Adubos Minerais 
 
4.3. Conteúdos das aulas da 10a Classe 
1ª Unidade temática: Carbono e os elementos do IV grupo principal 
2ª Unidade temática: Introdução ao estudo da Química Orgânica 
3ª Unidade temática: Hidrocarbonetos 
4ª Unidade temática: Álcoois e Fenóis 
5ª Unidade temática: Aldeídos e Cetonas 
6ª Unidade temática: Ácidos Monocarboxílicos 
 
 
5. Objectivos gerais da 8ª Classe 
Ao terminar a 8ª classe os alunos devem: 
 Conhecer a história do surgimento da Química como ciência; 
 Saber que a Química é uma ciência integrante das ciências naturais; 
 Conhecer a constituição e propriedades das substâncias; 
 Conhecer átomo, molécula, símbolos químicos, elementos, fórmulas químicas, massa 
atómica, massa molecular, massa molar e valência do elemento; 
 Relacionar a Química com outras ciências; 
 Mencionar as propriedades das substâncias; 
 Identificar as substâncias simples e compostas através dos símbolos e fórmulas químicas; 
 Estabelecer as diferenças entre: 
- Misturas homogéneas e heterogéneas; 
- Substância elementar e composta; 
- Átomo e molécula; 
- Mistura e composto químico. 
 Escrever fórmulas de compostos binários conhecendo as valências dos elementos que as 
integram; 
 Classificar as reacções químicas em: 
- Combinação e decomposição 
- Exotérmicas e endotérmicas 
 14
- Redox 
 Enunciar e aplicar a lei da conservação da massa. 
 Escrever, acertar e interpretar equações químicas; 
 Aplicar a linguagem química nos diferentes contextos da disciplina; 
 Realizar cálculos químicos; 
 Realizar experiências químicas com material localmente disponível e de fácil acesso; 
 Aplicar as regras de higiene e segurança durante as experiências químicas; 
 Escrever e redigir os relatórios das experiências químicas, visitas de estudo e de trabalhos 
de investigação; 
 Desenvolver o espírito colectivo, crítico e tolerante no relacionamento com os colegas; 
 Criar hábitos de higiene e organização no trabalho individual ou em grupo; 
 Desenvolver o espírito de protecção e conservação do meio ambiente; 
 Utilizar os conhecimentos adquiridos no desenvolvimento sócio - económico da 
comunidade e do país em geral; 
 Valorizar e usar racionalmente os recursos naturais existentes no país. 
 
6. Visão Geral dos Conteúdos da 8ª Classe 
 
TRIMESTRE UNIDADES TEMÁTICAS CARGA 
HORÁRIA
1º
Tr
im
es
tr
e 
1ª Unidade temática: Introdução ao estudo da Química 
- Conceito e objecto do estudo da Química 
- História do surgimento da Química como ciência 
- Relação da Química com outras ciências 
- Importância da Química na sociedade 
- Regras e normas de higiene e segurança durante a realização de experiências 
químicas 
- Experiências de demonstração sobre as transformações das substâncias 
- Estrutura de um relatório 
4 
2ª Unidade temática: Substâncias e Misturas 
- Matéria: Conceito, propriedades gerais, classificação, estados de agregação e m
de estado 
- Substância: Conceito, propriedades específicas e classificação 
- Misturas: Conceito e classificação; métodos de separação de misturas 
- Importância e aplicação dos métodos de separação de misturas 
- Experiências químicas sobre a separação dos componentes de uma mistura e 
propriedades específicas das substâncias. 
12 
3ª Unidade temática: Estrutura da matéria e reacções químicas 
Estrutura da matéria: 
- O átomo: Conceito. Número atómico e número de massa 
- Elemento químico: Conceito. Símbolos químicos. Classificação dos elementos 
químicos em metais e ametais. Propriedades gerais das substâncias metálicas 
e ametálicas 
- Molécula: Conceito. Classificação quanto ao número de átomos 
- Substâncias elementares e compostas. Fórmulas das substâncias. 
- Valência: Conceito. Montagem das fórmulas a partir das valências dos 
elementos; 
- Cálculo de massa molecular (MM) 
6 
 15
2º
 T
tim
es
tr
e 
3ª Unidade temática: Estrutura da matéria e reacções químicas 
(Continuação) 
Reacções químicas: 
- Fenómenos físicos e químicos: conceito de fenómeno, diferença entre 
fenómeno físico e químico; 
- A reacção química: Conceito. Condições de sua ocorrência; manifestação das 
reacções químicas 
- Equação química: Conceito. Significado qualitativo e quantitativo 
- Lei de conservação de massa e acerto de equações químicas pelo método das 
tentativas 
- Tipos de reacções químicas: Combinação e decomposição; exotérmica, 
endotérmica e redox 
Cálculos químicos: 
- Estequiometria: Conceito e cálculos estequiométricos 
- Composição percentual das substâncias 
- Conceitos: Mole, Número de Avogadro e Massa molar (M). 
- Cálculos envolvendo Mole, Número de Avogadro, Massa molar 
- Experiências químicas sobre a manifestação de fenómenos físicos e 
químicos18 
4ª Unidade temática: Água 
Água: Tema gerador 
- Ocorrência da água na natureza; 
- Propriedades físicas e importância da água; 
- Composição química da água; 
- Qualidade da água (potável, salobra, mineral: frias e termais); 
- Fontes e formas de abastecimento da água para o consumo humano; 
- Poluição: agentes poluentes da água (Substâncias químicas e 
microrganismos); 
- Tratamento e conservação da água; 
- Doenças causadas pela água contaminada; 
- Ciclo da água e sua importância. 
Água como solvente: 
- Conceitos: Solubilidade, dissolução e diluição. Solução (solvente e soluto), 
Substâncias solúveis e não solúveis; 
- Classificação das soluções quanto à concentração (solução diluída, 
concentrada, saturada e supersaturada); 
- Concentração molar e percentual de uma solução; 
Cálculos de concentração molar e percentual; 
- Experiência química sobre a Preparação de soluções. 
8 
 16
3º
 T
ri
m
es
tr
e 
4ª Unidade temática: Água (continuação) 
Hidrogénio: 
- Historia da descoberta. Ocorrência na natureza; 
- Obtenção do Hidrogénio no laboratório e na indústria, propriedades físicas e 
químicas e aplicações; 
- Experiências químicas sobre obtenção, identificação e verificação das 
propriedades de Hidrogénio. 
 
Reacções redox: 
- Processo de oxidação e redução. Agente oxidante e agente redutor. 
Importância das reacções redox na técnica para obtenção e purificação de 
metais. Produção industrial do Ferro bruto. 
 
Oxigénio: 
- Historia da descoberta. Ocorrência na natureza; 
- Obtenção do Oxigénio no laboratório e na indústria. Conceito de catalisador. 
Propriedades físicas e aplicações; 
- Composição do ar e sua importância como matéria prima, Poluição do ar; 
- Ozono (O3): Propriedades físicas do Ozono. Formação, destruição e 
importância da camada do Ozono-Tema gerador 
- Experiências química sobre a obtenção, identificação e verificação das 
propriedades do Oxigénio. 
 
Óxidos: 
- Conceito. Classificação em metálicos e ametálicos e nomenclatura; 
- Oxidação: Conceito. Oxidação lenta (oxidação do Ferro), factores que 
favorecem a oxidação lenta. Prevenção da corrosão dos metais; 
- Experiência química sobre a oxidação de metais e factores que intervêm. 
 
Combustão: 
- Conceito combustão (oxidação rápida). Condições para ocorrência da 
combustão. Oxigénio como comburente; 
- Reacções de combustão, importância das reacções de combustão. 
- Combustíveis recursos renováveis e não renováveis. Mecanismos para a 
reposição dos combustíveis renováveis. 
- Chama e sua estrutura, Incêndios: prevenção e combate; 
- Cálculos estequiométricos envolvendo o calor da reacção; 
- Experiência química sobre factores que intervêm na combustão das 
substâncias; 
24 
 
 
7. Plano Temático 
 
Unidade temática 1: Introdução ao estudo da Química 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências básicas 
O aluno: 
Carga 
horária 
- Definir a Química como ciência 
- Conhecer o objecto de estudo da química 
- Descrever a história do surgimento da Química 
como ciência; 
- Relacionar a Química com outras ciências 
- Conhecer a importância da Química na sociedade. 
- Conhecer as regras e normas de higiene e segurança 
no laboratório 
- Conhecer a Estrutura de um relatório de uma 
experiência química, de um trabalho de investigação 
e de visitas de estudo 
 
- Conceito e objecto de estudo da Química 
- Historia do surgimento da Química como 
ciência; 
- Relação da Química com outras ciências 
- Importância da Química na sociedade 
- Regras e normas de higiene e segurança 
durante a realização das experiências químicas 
no laboratório ou noutro local 
- Estrutura de um relatório 
- Descreve e interpreta os factos da história da 
Química 
- Reconhece o papel da Química no sistema 
produtivo industrial e rural 
- Explica a relação da química com outras ciências 
- Respeita as regras e normas de higiene e segurança 
usadas no laboratório ou durante a realização das 
experiências e relaciona-as com o quotidiano. 
4 aulas 
Sugestões metodológicas da primeira unidade temática 
Para iniciar o estudo da Química, o professor explica que a disciplina de Química é parte integrante das 
Ciências Naturais, cujo estudo teve início no Ensino Básico, onde foram abordados, de forma integrada, os 
conteúdos de Biologia, Física, Química e Geografia. 
A seguir, o professor define a Química como ciência que estuda as substâncias e suas transformações. O 
historial do surgimento da Química poderá ser relatado destacando o seu desenvolvimento a partir da 
Alquimia à Química moderna, ilustrando os factos e os feitos ocorridos através de fotografias, desenhos e 
outras ilustrações. 
O propósito desta unidade é despertar o interesse dos alunos mostrando as perspectivas da Química como 
ciência que é fruto de construção humana e, por isso, constitui parte integrante da nossa cultura. O professor 
pode mencionar exemplos práticos da aplicação desta ciência no dia a dia como, por exemplo, em casa 
(preparação e conservação dos alimentos, higiene individual e colectiva, etc.), na medicina (uso de 
medicamentos), na agricultura (aplicação de adubos e pesticidas), na indústria (fabrico de medicamentos, de 
adubos, transformação de produtos alimentares, bebidas, purificação da água, fabrico de óleos, sabões e 
detergentes). Desta forma, é possível relacionar a ciência química com outras ciências. 
O professor apresenta aos alunos um conjunto de amostras de substâncias para explicar que o objecto do 
estudo da Química são as substâncias e as suas transformações. Seguidamente, apresenta as regras básicas de 
higiene e segurança no laboratório ou outro local durante a realização de experiências químicas. Para concluir 
esta abordagem, pode-se realizar algumas experiências de demonstração das transformações de substâncias 
onde se podem observar as manifestações das reacções químicas tais como: mudança da cor, libertação de um 
gás ou de energia, efeverescência, entre outros, que ajudem o aluno a despertar o interesse pela disciplina de 
Química. 
Nesta unidade o professor apresenta a estrutura de um relatório (ver no capítulo nos anexos as diferentes 
estruturas de relatórios). 
 
Indicadores de desempenho 
- Explica a história do surgimento da Química como ciência e a sua contribuição para o desenvolvimento da 
humanidade 
- Demonstra a importância da Química na sociedade 
- Emprega as regras de higiene e segurança durante a realização das experiências químicas no laboratório 
ou fora do laboratório 
 
 
Unidade temática 2: Substâncias e misturas 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências básicas: 
O aluno: 
Carga 
horária 
- Explicar o sistema de classificação da 
matéria 
- Definir os conceitos: matéria, 
substância, corpo; 
- Mencionar as propriedades específicas 
das substâncias 
- Diferenciar substância elementar da 
composta 
- Definir os conceitos: substâncias 
puras, misturas e soluções; 
- Distingir as misturas homogéneas das 
heterogéneas; 
- Descrever os métodos de separação 
das misturas relacionando-as com as 
suas propriedades; 
- Manipular diferentes materiais e 
substâncias químicas tendo em 
consideração as regras de higiene e 
segurança. 
 
Matéria: 
- Conceito. Propriedades gerais. Classificação. Estados de 
agregação e mudanças de estado; 
- Substância: Conceito, propriedades específicas e 
classificação (elementar e composta); 
- Misturas: Conceito e classificação (misturas homogéneas e 
heterogéneas); 
- Métodos de separação de misturas:, evaporação, 
cristalização, destilação simples, cromatografia de papel; 
Catação, peneiração, decantação, filtração, separação 
magnética; 
- Importância e aplicação dos métodos de separação 
de misturas; 
Tema gerador: 
- Importância dos produtos resultantes da separação de 
misturas através da peneiração, catação, destilação simples e 
filtração; 
- Impacto económico e social dos produtos da destilação 
simples (água e álcool). 
- Experiências químicas sobre a separação dos componentesde uma mistura e propriedades específicas das substâncias. 
 
 
 
- Aplica os métodos de 
separação de misturas para a 
obtenção de substâncias úteis 
no quotidiano (sal de cozinha, 
água destilada, álcool entre 
outros); 
- Realiza experiências 
químicas recorrendo ao 
material localmente 
disponível 
- Respeita as diferentes 
opiniões dos colegas 
- Redige textos com rigor e 
clareza e apresenta os 
resultados das experiências 
químicas 
12 aulas 
 
Sugestões metodológicas da segunda unidade temática 
Para introduzir esta unidade o professor baseia-se no seguinte esquema de classificação da matéria: 
Elementar Composta
Substância pura
Homogéneas Heterogéneas
Misturas
Matéria
 
A partir dos pré-conhecimentos dos alunos o professor desenvolve os conceitos de matéria, corpo, 
substância e mistura. Caracteriza a matéria como sendo tudo aquilo que tem massa e ocupa um lugar no 
espaço. Ainda sobre a matéria, refere-se às seguintes propriedades gerais: massa, volume, 
impenetrabilidade, divisibilidade, elasticidade e compressibilidade. Em relação às propriedades específicas 
das substâncias, a abordagem deve cingir-se nas seguintes: Ponto de fusão (P.F.); ponto de ebulição (P.E.), 
densidade, estados de agregação, cor, cheiro e sabor. Em relação às substâncias elementares e compostas, o 
professor tratará em pormenor na 3a unidade temática. 
Para introduzir o tema sobre misturas, o professor pede aos alunos para dar vários exemplos de misturas do 
dia a dia, e, em seguida, explica que uma mistura homogénea é uma solução, por exemplo, sumos, chá, 
refrescos, água açucarada, etc. 
Para explicar os métodos de separação das misturas é necessário realçar que os métodos utilizados 
dependem das propriedades específicas das substâncias envolvidas. 
Para melhor percepção, os métodos de separação de misturas devem ser agrupados segundo o seu tipo: em 
métodos de separação para misturas homogéneas que são evaporação, cristalização, destilação simples e 
cromatografia de papel; e métodos de separação de misturas heterogéneas, nomeadamente, catação ou 
triagem, peneiração, filtração, decantação e separação magnética. 
A evaporação é tratada como um processo natural e espontâneo, por exemplo, a evaporação da água dos 
rios, lagoas, mares. Ao falar da cristalização o professor deve frisar apenas a formação de cristais que ocorre 
após a evaporação Deve usar como exemplo, o processo de obtenção de sal da cozinha a partir da água do 
mar. Como exemplo da separação magnética, refere-se à separação da mistura entre areia ou Enxofre com a 
limalha de Ferro e como exemplo da destilação simples, a preparação de aguardente e a obtenção da água 
destilada. 
Os alunos explicam que os produtos resultantes da separação de misturas têm uma aplicação importante na 
vida quotidiana, como por exemplo, a utilização do álcool como desinfectante e do sal de cozinha como 
condimento nos alimentos. 
 
Relativamente ao tema importância dos produtos resultantes da separação separação de misturas através da 
peneiração, catação, destilação simples e filtração e o impacto económico e social dos produtos da 
destilação simples (água e álcool), o professor recomendará aos alunos um trabalho de investigação, onde 
estes irão consultar as várias fontes de informação. 
Nesta unidade recomenda-se a realização experiências químicas sobre a separação dos componentes de uma mistura 
e propriedades específicas das substâncias. 
 
 
 22
 
 
Indicadores de desempenho 
- Enuncia a definição científica de: matéria, substância e mistura; 
- Interpreta o esquema de classificação da matéria; 
- Lista as propriedades específicas de matéria; 
- Identifica os estados de agregação da matéria; 
- Descreve os diferentes métodos de separação de misturas; 
- Emprega os métodos de separação de misturas ; 
- Selecciona e decide sobre os materiais necessários e adequados para separar misturar; 
- Redige os relatórios das experiências realizadas. 
 
Unidade temática 3: Estrutura da matéria e reacções químicas 
 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências básicas 
O aluno: 
Carga 
horária 
- Definir os conceitos: átomo, molécula, elemento 
químico, símbolo químico, mole, valência, 
substâncias simples e compostas; 
- Estabelecer a diferença entre: 
- Átomo e molécula, 
- Mistura e substância pura, 
- Escrever os nomes e símbolos dos primeiros 20 
elementos químicos do Sistema Periódico e 
também dos elementos Al, Pb, Cu, Zn, Ag, Au, Fe 
e Hg; 
- Realizar cálculos químicos relacionados com a 
determinação da massa molecular, a lei da 
conservação da massa, mole e Nº de Avogadro; 
- Explicar o significado qualitativo e quantitativo 
das fórmulas e equações químicas; 
- Montar a fórmula química de um composto 
binário conhecendo a valência dos elementos 
químicos constituintes; 
- Escrever a equação química conhecendo as 
fórmulas das substâncias reagentes e produtos de 
uma reacção química; 
- Aplicar a Lei da conservação de massa no acerto 
das equações químicas; 
- Distinguir uma reacção de combinação e de 
decomposição; 
- Identificar as manifestações de uma reacção 
químicas; 
- Manipular diferentes materiais e substâncias 
químicas tendo em consideração as regras de 
higiene e segurança. 
Estrutura da matéria: 
- O átomo: conceito. Número atómico e número de massa; 
- Elemento químico: Conceito. Símbolos químicos. Classificação 
dos elementos em metais e não metais. Propriedades das substâncias 
metálicas e não metálicas; 
- Moléculas: Conceito e classificação quanto ao número de átomos; 
- Classificação das substâncias em elementares e compostas; 
- Fórmulas das substâncias; 
- Valência: Conceito. Composição das fórmulas segundo as 
valências dos elementos; 
- Cálculo de massa molecular (MM). 
 
Reacções químicas: 
- Fenómenos físicos e fenómenos químicos: Conceito do fenómeno; 
diferenças entre fenómeno físico e químico; 
- A reacção química: Conceito. Condições de sua ocorrência. 
Manifestação das reacções químicas; 
- Equação química: Conceito. Significado qualitativo e quantitativo; 
- Lei de conservação da massa (Lei de Lavoisier) e acerto de 
equações químicas pelo método das tentativas; 
- Tipos de reacções químicas: Combinação, decomposição; 
exotérmica, endotérmica e redox. 
 
Cálculos químicos: 
- Estequiometria: Conceito e Cálculos estequiométricos; 
- Composição percentual das substâncias; 
- Conceitos: Mole, Número de Avogadro e Massa molar (M); 
Cálculos envolvendo mole, Número de Avogadro e Massa molar 
(M); 
- Experiência sobre manifestação de um fenómeno físico e de 
fenómeno químico (reacção química). 
- Representa os símbolos 
químicos dos primeiros 
20 elementos e dos 
metais úteis no 
quotidiano; 
 
- Interpreta dados 
quantitativos quanto à 
estimativas e medidas e 
quanto às relações 
proporcionais presentes 
na Química e aplica-as 
no quotidiano. 
 
- Realiza experiências 
químicas recorrendo ao 
material localmente 
disponível 
 
- Redige textos com 
rigor e clareza e 
apresenta os resultados 
das experiências 
químicas 
 
- Reconhece os limites 
éticos e morais que 
podem estar envolvidos 
com o processo de 
transformação das 
substâncias químicas 
 
24 aulas 
Sugestões metodológicas da terceira unidade temática 
Estrutura da matéria 
O átomo é definido como partícula mais pequena e fundamental da matéria, constituído por protões, 
neutrões e electrões. Nesta classe não é aconselhável a representação esquemática da estrutura do átomo. 
Depois do átomo deve seguir-se o estudo do elemento químico, onde se faz uma abordagem simples sobre o 
conceito e suas características. O elemento químico é definido como conjunto de átomos com o mesmo 
número atómico. O átomo apresenta uma massa atómica (A) e um número atómico (Z). A massa atómica é 
a soma dos números de protões (P) e de neutrões (N), enquanto que o número atómico representa a 
quantidade de protões nele existentes. Referir que o átomo é uma partícula electricamente neutra e que o 
número de protões é igualao número de electrões (e). 
Em relação aos símbolos químicos faz-se alusão ao historial da simbologia química destacando as ideias de 
Berzelius sobre as regras de escrita e leitura dos mesmos. Pode mencionar que os símbolos químicos já 
existiam no tempo da Alquimia. 
O estudo dos símbolos químicos é de grande importância para o posterior estudo da nomenclatura química. 
A partir deste momento, o professor deve encontrar formas para que os alunos memorizem os símbolos 
químicos até número atómico vinte (Z = 20) e dos metais nobres (Cobre, Prata, Ouro) e os de uso 
quotidiano como os casos de Alumínio, Ferro, Zinco, Chumbo, Estanho e Mercúrio. 
Quanto à classificação dos elementos químicos em Metais e Ametais, o professor dá exemplos dos da série 
de um a vinte e os metais de uso quotidiano, como, Alumínio, Ferro, Cobre, Prata, Ouro, Zinco e Mercúrio. 
O professor explica que nem tudo que é metal é Ferro, sublinhando as características que diferenciam os 
metais dos ametais. Os exemplos dos ametais devem ser extraídos da série de um até vinte, nomeadamente: 
H, C, N, O, P, F, S e Cl; e o Iodo devido ao uso como desinfectante de feridas e sua importância na 
iodização do sal de cozinha. Numa abordagem transversal, fala das doenças causadas pelo consumo do sal 
não iodado. Ao se referir das propriedades metálicas, explica os processos de forja, soldadura, mistura para 
obtenção de ligas, o trabalho com fresas (cortador de metal) ou brocas, etc., com base nas propriedades 
metálicas para explicar, por exemplo, a produção de um balde a partir de uma “chapa de Zinco”, o gripar de 
um motor e outros. 
Sobre as moléculas pode-se explicar que o cheiro que se sente do perfume, do peixe a fritar ou do frango a 
assar e de outras substâncias, deve-se à difusão das suas moléculas no ar. A partir de uma experiência 
química é possível observar o fenómeno de difusão e o movimento das moléculas. Nesta experiência pode 
se utilizar um copo de Becker ou uma garrafa plástica cheia de água, em cujas paredes encontra-se em 
suspensão um pedaço de algodão contendo pequenos cristais de Permanganato de potássio ou um corante 
(tinta de caneta) de forma que ao ficar submersa pode-se observar a difusão desta substância em água. 
Concluída a experiência, estabelece-se um diálogo com os alunos de forma que as opiniões permitam 
concluir que as substâncias são formadas por moléculas em contínuo movimento e que interagem entre si. A 
seguir pode se definir e classificar as moléculas em monoatómicas (He, Ar e Kr), diatómicas (Cl2, H2, N2 e 
O2) e poliatómicas (O3, P4 e S8). 
As substâncias podem ser classificadas em elementares, as constituídas por átomos de um só elemento 
químico, e as compostas constituídas por átomos de elementos diferentes e pede aos alunos para dar 
exemplos. Em seguida, faz a montagem de fórmulas de compostos binários com base nas valências dos 
elementos químicos constituintes, explicando que a valência de um elemento é a capacidade de combinação 
entre os átomos dos elementos químicos para a formação de um composto. 
 25
Durante o desenvolvimento destes conteúdos, o aluno inicia a sua primeira actividade em cálculos químicos 
baseados na interpretação das fórmulas químicas utilizando os valores das massas atómicas (MA) dos 
elementos químicos, já tabelados. 
Nessa abordagem o professor começa por calcular a massa molecular (MM) que é igual à soma das massas 
atómicas (MA) dos átomos dos elementos que formam a molécula, multiplicadas pelos seus índices, 
expressa em unidades de massa atómica (u.m.a.). 
Fórmula para calcular a massa molecular: niMAiMAiMAMM +++= L21 
Onde: 
MA1, MA2 ... MAn são as massas atómicas dos elementos 1, 2, ... n 
 i representa os índices dos elementos 1, 2, ... n na fórmula. 
Exemplo: MM (H2O)= 2 x MA(H) + 1 x MA(O) 
 MM (H2O) =2 x 1+ 1 x 16= 18 u.m.a 
Reacções químicas 
Na abordagem do tema reacção química e suas manifestações, como a libertação de gases, mudança de cor e 
aspecto, formação de um precipitado, alteração de energia (p.e. na combustão), alteração do cheiro, entre 
outros, o professor pode conduzir os alunos a consolidarem os conhecimentos sobre o fenómeno químico 
dando exemplos de fenómenos comuns do quotidiano, por exemplo, a combustão de papel, carvão ou lenha, 
processo de fermentação, corrosão de metais, apodrecimento do ovo e outros alimentos. 
A equação química é tratada como sendo a representação de uma reacção química onde estão presentes os 
reagentes e os produtos. A reacção química é representada por palavras e por símbolos e fórmulas químicas. 
A seguir o professor demonstra como se escreve uma equação através de um exemplo indicando todos os 
componentes, estados físicos das substâncias, significado da seta da reacção. Na equação química o 
professor sublinha que as substâncias que se encontram à esquerda da seta são os reagentes e à direita da 
seta são os produtos. E, para concluir, menciona o significado qualitativo e quantitativo de uma equação 
química. 
A Lei de conservação de massa, é dada destacando-se o trabalho de Lavoisier na descoberta da mesma. O 
professor realça que a Lei é valida quando a reacção decorre num sistema fechado, o qual não permite troca 
de substâncias com o ambiente. Esta lei pode ser demonstrada através de cálculos de massas dos reagentes e 
dos produtos na equação química, as quais devem ser iguais. Porém, para que as massas sejam iguais é 
necessário que a equação esteja acertada (o número de átomos dos reagentes deve ser igual ao número de 
átomos dos produtos). Explica também quais as consequências que podem advir, em relação à comprovação 
da Lei, se as condições experimentais criadas alterarem. 
O acerto de equações químicas é relacionado com a Lei de conservação de massa e deve ser explicado pelo 
método de m.m.c e pelo método de tentativas. 
Relativamente aos tipos de reacções químicas serão mencionadas as reacções de combinação ou síntese, de 
composição ou análise, exotérmica, endotérmica e a redox e os respectivos conceitos respeitando o nível 
dos alunos. Aqui, ao dar exemplos dos tipos de reacções químicas, o professor aproveita exercitar e 
consolidar o acerto de equações de reacções. 
A reacção redox deve ser referida como sendo aquela que ocorre com o ganho ou perda de Oxigénio e 
colocar, por exemplo, o esquema abaixo. O tratamento mais detalhado deve ser deixado para o capítulo 
 26
sobre o Hidrogénio. 
 
 
 
Cálculos químicos: 
A aplicação dos conceitos mole (unidade de quantidade de substância), o número de Avogadro (unidade de 
substância existentes em 1mol de substância, partículasN A
231002,6 ×= ) e a massa molar de uma 
substância (massa de uma mole de substância), permitirá que os alunos adquiram habilidades sobre a 
resolução de problemas aplicando a regra de «três simples», aproveitando a relação que existe entre a 
Química e a Matemática, com o uso da fórmula 
n
mM m = . 
A massa molar (Mm) também é tratada como a massa de uma mole de partículas (átomos, moléculas, iões, 
etc.) de uma dada substância e expressa-se em g/mol. A massa de uma mole de substância é numericamente 
igual à massa atómica ou à massa molecular. O professor faz analogia com outras unidades de medição, por 
exemplo, uma dúzia de ovos ou um litro de óleo, portanto, mole é a «dúzia», o «quilograma» ou o «litro» 
dos químicos, isto é, unidade que mede a quantidade de substância. Mole é unidade ou medida padrão em 
Química. 
Nesta unidade recomenda-se a realização de experiências químicas sobre manifestação de um fenómeno físico 
e de um fenómeno químico (reacção química). 
 
Indicadores de desempenho 
- Agrupa os elementos em metais e ametais segundo as suas propriedades; 
- Reconhece a aplicação dos metais na produção de objectos/utensílios do quotidiano; 
- Representa os símbolos e os nomes dos primeiros vinte elementos incluindo metais nobres; 
- Monta fórmulas de compostos a partir das valências dos elementos; 
- Determina a massa molecular de um compostoa partir das massas atómicas dos elementos; 
- Interpreta fenómenos físicos e químicos 
- Representa e interpreta uma equação química; 
- Aplica a Lei de conservação de massa no acerto de equação química; 
- Aplica os cálculos estequiométricos para determinar massas das substâncias nas reacções químicas e na 
preparação de soluções; 
- Realiza experiências sobre as manifestações de um fenómeno físico e de um fenómeno químico. 
 
perda de Oxigénio 
Ganho de Oxigénio
CuO + H2 Cu + H2O 
Unidade temática 4: Água 
 
Objectivos específicos 
O aluno deve ser capaz de: 
Conteúdos Competências básicas 
O aluno:
Carga 
horária 
- Conhecer os estados de ocorrência da água na 
natureza; 
- Conhecer as propriedades físicas e a 
importância da água; 
- Explicar as diferentes formas de contaminação 
da água; 
- Mencionar as doenças causas pela água 
contaminada; 
- Aplicar os métodos de purificação da água; 
- Identificar os agentes poluentes de água; 
- Definir os conceitos: solução, substâncias 
solúveis e não solúveis, soluto e solvente, 
diluição e dissolução; 
- Classificar as soluções quanto à 
concentração; 
- Resolver problemas de cálculos de 
concentração molar e percentual; 
- Realizar experiências químicas sobre a 
preparação de soluções; 
- Descrever a história da descoberta do 
Hidrogénio; 
- Definir as reacções redox como um processo 
que ocorre com ganho ou perda do Oxigénio; 
- Identificar nas reacções redox, os processos de 
oxidação e redução, o agente oxidante e o 
agente redutor; 
- Realizar experiência química de obtenção de 
Hidrogénio e sua identificação; 
- Descrever a história da descoberta do 
Oxigénio; 
- Identificar na base das fórmulas moleculares o 
Oxigénio e o Ozono; 
- Conhecer a importância da camada de Ozono 
na protecção do ambiente; 
- Conhecer a importância do ar no quotidiano; 
- Realizar experiência química de obtenção de 
Oxigénio e sua identificação; 
- Classificar os óxidos em metálicos e 
Água: Tema gerador 
- Ocorrência da água na natureza; 
- Propriedades físicas e importância da água; 
- Composição química da água; 
- Qualidade da água (potável, salobra, mineral: frias e termais); 
- Fontes e formas de abastecimento da água para o consumo 
humano; 
- Poluição: agentes poluentes da água (Substâncias químicas e 
microrganismos); 
- Tratamento e conservação da água; 
- Doenças causadas pela água contaminada; 
- Ciclo da água e sua importância. 
Água como solvente: 
- Conceitos: Solubilidade, dissolução e diluição. Solução 
(solvente e soluto), Substâncias solúveis e não solúveis; 
- Classificação das soluções quanto à concentração (solução 
diluída, concentrada, saturada e supersaturada); 
- Concentração molar e percentual de uma solução; 
Cálculos de concentração molar e percentual; 
- Experiência química sobre a Preparação de soluções. 
Hidrogénio: 
- Historia da descoberta. Ocorrência na natureza; 
- Obtenção do Hidrogénio no laboratório e na indústria, 
propriedades físicas e químicas e aplicações; 
- Experiências químicas sobre obtenção, identificação e 
verificação das propriedades de Hidrogénio. 
Reacções redox: 
- Processo de oxidação e redução. Agente oxidante e agente 
redutor. Importância das reacções redox na técnica para 
obtenção e purificação de metais. Produção industrial do Ferro 
bruto. 
Oxigénio: 
- Historia da descoberta. Ocorrência na natureza; 
- Obtenção do Oxigénio no laboratório e na indústria. Conceito 
de catalisador. Propriedades físicas e aplicações; 
- Composição do ar e sua importância como matéria prima, 
Poluição do ar; 
- Ozono (O3): Propriedades físicas do Ozono. Formação, 
- Aplica os métodos de 
tratamento e conservação da 
água no quotidiano; 
 
- Intervém na dinamização 
de actividades ligadas aos 
problemas ambientais da 
comunidade, como a 
poluição do ar e da água, 
errosão dos metais e do solo, 
combate aos incêndios,; 
 
- Aplica os conhecimentos 
sobre solubilidade, 
dissolução e diluição na 
preparação de soluções 
usadas no quotidiano; 
 
- Explica a importância das 
reacções de combustão para 
a vida; 
 
- Realiza experiências 
químicas recorrendo ao 
material localmente 
disponível; 
 
- Redige textos com rigor e 
clareza e apresenta os 
resultados das experiências 
químicas e outros trabalhos 
 
- Relaciona as regras e normas 
de higiene e segurança usadas 
no laboratório ou durante a 
realização das experiências 
com as do quotidiano; 
 
- Revela atitude positiva em 
30 aulas 
 29
ametálicos; 
- Explicar o processo da oxidação dos metais; 
- Mencionar os factores que favorecem a 
oxidação dos metais; 
- Realizar experiência química de oxidação de 
metais; 
- Conhecer a importância das reacções de 
combustão no quotidiano; 
- Distinguir entre combustível e comburente; 
- Conhecer as vantagens e desvantagens do uso 
de combustíveis renováveis no quotidiano; 
- Conhecer as formas de combate e prevenção 
dos incêndios; 
- Resolver cálculos químicos que envolvem 
calor de reacção. 
 
destruição e importância da camada do Ozono - Tema 
Gerador 
- Experiências químicas: Obtenção, identificação e verificação 
das propriedades do Oxigénio. 
 
Óxidos: 
- Conceito. Classificação em metálicos e ametálicos e 
nomenclatura; 
- Oxidação: Conceito. Oxidação lenta (oxidação do Ferro), 
factores que favorecem a oxidação lenta. Prevenção da 
corrosão dos metais; 
- Experiência química sobre a oxidação de metais e factores 
que intervêm. 
 
Combustão: 
- Conceito combustão (oxidação rápida). Condições para 
ocorrência da combustão. Oxigénio como comburente; 
- Reacções de combustão, importância das reacções de 
combustão. 
- Combustíveis recursos renováveis e não renováveis. 
Mecanismos para a reposição dos combustíveis renováveis. 
- Chama e sua estrutura. Incêndios: prevenção e combate; 
- Cálculos estequiométricos envolvendo o calor da reacção; 
- Experiência química sobre factores que intervêm na 
combustão das substâncias. 
relação ao uso dos recursos 
disponíveis na comunidade; 
 
- Interpreta dados 
quantitativos quanto à 
estimativas e medidas e 
quanto às relações 
proporcionais presentes na 
Química e aplica-as no 
quotidiano. 
 
 
 31
Sugestões metodológicas da quarta unidade temática 
 
Água 
Relativamente ao tema sobre água, nomeadamente, ocorrência na natureza, importância, ciclo da água, 
poluição, tratamento e conservação, doenças causadas pela água contaminada, fontes e formas de 
abastecimento de água, qualidade de água (potável; salobra; minerais frias e termais) o professor dividirá os 
conteúdos em tópicos e recomendará aos alunos um trabalho de investigação, onde estes irão consultar as 
várias fontes de informação. 
Após a apresentação destes temas, faz-se uma síntese e, de forma transversal, aprofundam-se os 
conhecimentos sobre as regras de higiene pessoal e colectiva como pressuposto para um bem estar pessoal e 
colectivo, assim como as formas de prevenção e combate de algumas doenças como malária, cólera, 
filaríase, bilharzioze e outras. Explica que água é um meio para o desenvolvimento de micróbios que 
provocam estas doenças (relação com Biologia). Pode-se, ainda, abordar a importância da água como 
solvente universal e como via de comunicação (relação com Geografia). Também podem ser clarificados os 
conceitos de água potável (aquela que é própria para beber: deve ser incolor, inodora, fresca, de sabor 
agradável, fazer abundante espuma com sabão, isenta de bactérias ou outros microrganismos patogénicos), 
salobra (aquela que contém quantidade excessiva de substâncias dissolvidas - sais de Cálcio e de Magnésio, 
é imprópria para o consumo humano, industrial e agrícola) e mineral (a que contém pequenas quantidades 
de sais minerais dissolvidos; esta água pode ser fria quando brota de nascentes a temperaturas até 25ºC e 
termal quando brota a temperaturas superiores a 25ºC). 
Conclui-se este tema com a abordagem da “Química da água” (composição química, propriedades físicas e 
fórmula molecular). 
Neste nível, o conceito de solubilidade deve-se cingir apenasà capacidade do solvente dissolver o soluto. O 
professor pede aos alunos para mencionarem exemplos de substâncias solúveis e insolúveis em água. 
A dissolução é tratada como a desagregação das partículas do soluto, por interacção com as partículas do 
solvente, distribuindo-se nos espaços vazios deste. 
Com base nos exemplos da vida quotidiana, faz-se a classificação das soluções quanto à concentração em: 
diluída e concentrada, insaturada, saturada e supersaturada. A aula prática deve também incluir a preparação 
destas soluções pelos alunos. 
Para terminar este tema serão realizados alguns cálculos de concentração molar e percentual de uma 
solução. 
O conceito concentração é apresentado como sendo a relação entre a quantidade de soluto dissolvido (em 
moles) de a quantidade da solução: (em litros ou decímetro cúbico). 
soluçãodaQuantidade
solutodeQuantidadeãoConcentraç = . O símbolo geral para concentração é C. 
Para expressar a concentração molar ou molaridade (M) o professor deve utilizar a seguinte relação: 
)(
)(
3dmV
molnM = , quer dizer o número de moles do soluto dissolvido por cada decímetro cúbico de solução. 
A concentração percentual de uma solução, pode ser tratada como sendo a quantidade de soluto expressa em 
gramas dissolvidos em 100 gramas de solução. 
 32
%100
)(
)(% 1 ⋅=
soluçãodemassam
solutodemassamC 
O conceito diluição é definido como sendo um processo que consiste no acréscimo do solvente á solução 
inicial. Na diluição, a quantidade de soluto permanece constante mas, a concentração da solução altera-se. 
 
Hidrogénio 
O estudo do Hidrogénio deve ser iniciado com o relato do historial da sua descoberta destacando-se o papel 
histórico dos Cientistas Henry Cavendish e Lavoisier. 
Sobre ocorrência do Hidrogénio refere-se que pode ser encontrado no estado livre sob forma de moléculas 
diatómicas e no estado combinado, por exemplo na molécula de água. 
No estudo das propriedades químicas do Hidrogénio sugere-se que haja uma discussão sobre a reacção deste 
com o Oxigénio para a formação de água e o seu papel redutor nas reacções químicas. 
Reacção redox 
A reacção redox já foi introduzida aquando do tratamento dos tipos de reacções química como sendo aquela 
que ocorre com o ganho ou perda de Oxigénio. Assim, a perda de Oxigénio deve ser definida como redução 
e o seu ganho, como oxidação. Os processos de oxidação e redução ocorrem em simultâneo, e o seu 
conjunto, denomina-se reacção redox. A seguir, o professor pode ilustrar os dois processos, com base no 
exemplo da reacção do Óxido de cobre (II) com o Hidrogénio. 
Sobre a importância das reacções redox na técnica, pode-se explicar os processos de produção e a 
purificação dos metais, tomando como exemplo a produção do Ferro-bruto. 
Oxigénio 
Para o estudo do Oxigénio, o professor pode recorrer aos conhecimentos dos alunos adquiridos no Ensino 
Básico nas Ciências Naturais para mostrar a sua importância. 
De seguida, o professor desenvolve o historial da descoberta do Oxigénio, destacando o cientista e químico 
inglês Joseph Priestley, que em 1774 obteve este gás mediante o aquecimento do Óxido de mercúrio (II). 
O conceito de catalisador é associado aos métodos de obtenção laboratorial do Oxigénio a partir da 
decomposição catalítica do Peróxido de hidrogénio. O catalisador pode ser definido como substância que 
altera a rapidez de uma reacção química. Pode destacar como exemplos o fermento (usado no fabrico do 
pão, bolos e outros) e batata-doce ou açúcar (na produção de “maheu”). 
O estudo das aplicações do Oxigénio permitirá vincular o ensino da Química com a vida quotidiana. 
Relativamente ao Ozono, deve ser tratado transversalmente como um tema do ambiente que preocupa o 
mundo. Deve ser indicada a importância da camada de Ozono como protectora da superfície terrestre, assim 
como os factores que levam a sua destruição. 
 
 
 
 
 33
Óxidos e combustão 
Sobre aos óxidos e sua nomenclatura, deve-se classificar os óxidos em metálicos e ametálicos, nomear os 
óxidos dos seguintes metais: Ca, Ba, K, Na, Al, Fe, Cu e Zn e dos seguintes ametais: C, S, N, H e P. Deve-se 
salientar que a água é um óxido ametálico do Hidrogénio (Monóxido de dihidrogénio). 
A partir de exemplos do quotidiano, como enferrujamento de metais, digestão dos alimentos, queima de 
papel e outros são analisados os conceitos de oxidação lenta e oxidação rápida (combustão) os quais se 
diferenciam na velocidade em que ocorrem. 
Em relação à corrosão explica-se que é um processo que ocorre com a destruição dos metais em 
consequência da acção química do meio ambiente (ar, chuva, humidade e outros). Explica ainda que a 
corrosão dos metais produz grandes perdas económicas pelo que é necessário evitá-la. 
Na combustão, o Oxigénio é tratado como comburente (substância que alimenta a combustão), o qual reage 
com o combustível libertando óxidos dos elementos que constituem o combustível, calor com luz ou chama 
e até som. Pode-se referir ao aspecto da chama do gás de cozinha que é azul e o da vela que é amarela para 
mostrar a diferença entre elas que esta relacionada com a quantidade de oxigénio em contacto com o 
combustível. Para terminar são discutidos os efeitos prejudiciais das queimadas descontroladas e a forma de 
evitá-las e de combatê-las. 
Aplicando o princípio da interdisciplinaridade com a Geografia e a Biologia é discutido o tema sobre os 
combustíveis e sua selecção, sublinhando-se que para a selecção de um combustível devem ser tomados em 
consideração os factores a seguir indicados: o factor ambiental e suas consequências (nível de poluição, 
desmatamento ou desertificação), recurso renovável ou não (se for, propor medidas para a sua reposição); 
factor económico e valor energético. 
Ainda neste tema, o professor pode recomendar aos alunos, a realização de uma pesquisa na comunidade 
sobre a produção de carvão vegetal e outros tipos de recursos combustíveis disponíveis na comunidade. 
Sobre a importância das reacções de combustão, os alunos desenvolvem conhecimentos sobre as 
transformações energéticas que ocorrem em reacções químicas. Eles devem entender que durante uma 
reacção química as transformações das substâncias estão ligadas às transformações de energia. Os alunos 
deverão se recordar de alguns conceitos aprendidos no ensino básico, tais como calor, temperatura e 
energia. 
Através de experiências recomendadas e utilizando exemplos de processos que os alunos conhecem do seu 
quotidiano aprofundam-se e consolidam-se os conhecimentos sobre reacções exotérmicas e endotérmicas. 
Em relação à importância destes processos que consomem muita energia, na indústria (Reacção 
endotérmica) tomam-se como exemplos as fábricas existentes na zona e/ou no país como as fábricas de 
cimento, tijolos, Alumínio, padarias, bem como a produção de carvão vegetal. 
Na abordagem do tema sobre o calor liberto ou absorvido numa reacção química, é necessário discutir o 
valor energético dos alimentos necessários para a manutenção da vida bem como as consequências que 
podem advir de uma má nutrição. Esta é uma forma de interdisciplinaridade com a Biologia. Nas reacções 
exotérmicas poder-se-á falar da importância destas para a vida como, por exemplo, a utilidade do calor 
liberto na combustão do carvão para engomar a roupa (no ferro a carvão), cozer alimentos, aquecer o 
ambiente, ferver água, etc. 
O tema sobre combustão pode ser relacionado com o funcionamento do alto forno no processo técnico de 
produção de ferro bruto. Desta forma consolidam se as reacções redox. 
 34
Os conteúdos sobre a poluição do ar e incêndios, sendo assuntos transversais relacionados com o meio 
ambiente, durante a sua leccionação o professor recomenda uma pesquisa sobre os mesmos e destaca a 
relação do Homem com o ambiente que o rodeia, referindo-se das consequências da má gestão do mesmo. 
Nesta unidade o professor orientará os alunos na resolução de problemas envolvendo o calor da reacção. 
Para esta classe a energia ganhaou liberta durante a reacção representa-se pelo símbolo Q (calor da 
reacção): Q = EP-ER. 
Nesta unidade recomenda-se a realização das experiências sobre: 
 Preparação de soluções; 
 Obtenção, identificação e verificação das propriedades do Hidrogénio e do Oxigénio; 
 Oxidação de metais e factores que intervêm; 
 Factores que intervêm na combustão das substâncias. 
 
Indicadores de desempenho 
- Representa a fórmula molecular e descreve a composição química da Água; 
- Discute e argumenta sobre a importância, fontes e qualidade da água para a comunidade; 
- Lista as doenças provocadas pela água contaminada; 
- Discute os processos de tratamento e conservação da água; 
- Explica a importância do ciclo da água; 
- Aplica os conceitos solubilidade, dissolução e diluição na preparação de soluções; 
- Aplica os cálculos de concentração molar e percentual para determinar massas das substâncias na 
preparação de soluções; 
- Selecciona os materiais necessários para a preparação de uma solução; 
- Identifica os processos de oxidação redução numa reacção redox; 
- Explica formas de preservação da camada do ozono; 
- Reconhece a importância do Oxigénio na ocorrência dos processos vitais; 
- Reconhece os agentes poluentes do ar e da água; 
- Demonstra atitudes correctas na preservação do meio ambiente limpo e sadio; 
- Seleciona e sugere estratégias adequadas para a utilização e reposição de um combustível renovável; 
- Explica as medidas de prevenção e combate aos incêndios; 
- Aplica cálculos envolvendo o calor da reacção para decidir sobre quantidade de calor absorvida ou 
libertada numa reacção; 
- Redige e apresenta os relatórios de um trabalho de investigação e de experiências químicas. 
 35
8. Avaliação 
A avaliação da aprendizagem é uma componente curricular, presente em todo o processo de ensino-
aprendizagem, através da qual se obtêm dados e informações que possibilitam a tomada de decisões, 
visando assegurar a aprendizagem, garantir a identificação e o desenvolvimento de potencialidades assim 
como a formação integral do indivíduo, com vista à melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem e o 
sucesso escolar. 
A avaliação permite obter informações sobre o desempenho do professor, do aluno, da direcção da escola e 
do envolvimento dos pais e encarregados de educação no processo de ensino-aprendizagem. 
Na disciplina de Química a avaliação está presente em todos os momentos do processo de ensino-
aprendizagem. Esta será continua e direccionada a medir conhecimentos, habilidades, atitudes e valores 
especificados nas competências básicas definidas no programa. 
As formas de avaliação a serem aplicadas consistem na observação de pequenos trabalhos individuais ou em 
grupo, perguntas orais, relatório de experiências químicas e de trabalhos de investigação ou visitas de 
estudo, resolução de exercícios ou correcção do TPC e as planificadas e periódicas (A.C.S., A.C.P/A.C.F). 
Para isso, serão tomados em consideração os seguintes tipos de avaliação diagnostica, formativa e sumativa, 
dependendo dos objectivos a serem alcançados. 
 
A avaliação diagnostica destina-se a saber até que ponto os alunos dominam uma série de conhecimentos, 
habilidades e atitudes sobre um determinado tema, para permitir ao professor buscar uma estratégia 
adequada de ensino que possibilite atingir os objectivos definidos no programa. Esta avaliação pode ser 
realizada no inicio do ano lectivo, semestre, unidade temática ou aula. 
A avaliação formativa, ajuda ao professor a fazer um controle permanente sobre o processo de ensino e 
aprendizagem, a cerca de um assunto ou tema, assim como ajuda a buscar soluções ou uma estratégia 
adequada para a resolução dos problemas encontrados. 
Nesta disciplina, os aspectos a serem avaliados podem ser, trabalhos de pesquisa ou de recolha de 
informações, os relatórios sobre as experiências químicas e visitas de estudo às instituições e comunidades, 
os exercícios, os TPC´s, também são, objectos de avaliação. Estes trabalhos devem ser corrigidos e 
atribuídos um valor qualitativo (Sf, Bom, Mbom) ou quantitativo (de 0-5, 0-10, 0-20 valores); sugere-se que 
não se devem ser atribuídas às qualificações mau, medíocre ou zero, porque irão desmotivar o aluno. As 
notas atribuídas devem fazer parte da avaliação final do aluno. 
Em relação aos relatórios das experiências químicas, relatórios de visitas de estudo e os textos dos trabalhos 
de investigação individuais ou em grupo, devem ser objectos de avaliação os itens constantes da estrutura 
dos respectivos modelos de relatório, incluindo aspectos gerais de comunicação (linguagem escrita - língua 
portuguesa). 
A avaliação sumativa, permite testar os conhecimentos no fim de cada assunto ou tema num trimestre ou 
ano lectivo. 
Os métodos de avaliação a serem aplicados consistem na observância de pequenos trabalhos individuais ou 
em grupo, perguntas orais, experiências químicas, resolução de exercícios\ ou correcção do TPC e testes 
escritos (ACS`s e ACP´s). 
 36
No fim de cada avaliação, o professor deverá garantir uma recolha de resultados fiáveis para que a avaliação 
escolar seja verdadeira e justa, onde serão incluídos para alem dos aspectos da avaliação sumativa, também 
os da avaliação diagnostica e formativa. 
 
Avaliação do Caderno Escolar 
A avaliação do caderno escolar tem como objectivo, desenvolver nos alunos o rigor, persistência e 
qualidade na apresentação dos trabalhos, assim como a representação gráfica da linguagem química. 
Para avaliar o caderno, o professor pode basear-se nos aspectos a seguir indicados e, para uma melhor 
recolha de dados, aconselha-se a elaborar uma grelha onde irão ser incluídos os seguintes itens e a 
respectiva pontuação: 
Aspectos a avaliar Critério de avaliação 
Organização do caderno Sumários, títulos, subtítulos, figuras 
Linguagem química Escrita dos símbolos, fórmulas, equações químicas, expressões químicas 
Aspectos gerais da comunicação e escrita Erros ortográficos, e de pontuação, construção frásica; 
Assiduidade Registo dos apontamentos 
Desempenho do aluno no estudo individual Resolução dos exercícios de consolidação, TPC e registo das correcções das ACS e ACP 
 
 37
9. Bibliografia 
 
CAMUENDO, Ana Paula et. all. Módulo de experiências químicas da 8ª classe – Material para professor. 
Universidade Pedagógica, Maputo, 2006. 
Ciências da Natureza , Matemática e suas Tecnologias. / Secretaria de Educação Média e Tecnológica – 
Brasília: MEC; SEMTEC, 2002. 
Falta referenciar Paulo Freire Pedagogia do Oprimido 
GIL, Victor M. S Química 11º ano-1ª edição-Plátano: Lisboa, 1995. 
GIL, Victor M. S. Química 11º ano - caderno de laboratório,1ª ed. Plátano Editora: Lisboa, 1995. 
Interacções e Transformações I, II e III: Química – Ensino Médio: A Química e a Sobrevivência/Atmosfera 
– Fonte de Materiais/GEPEQ. São Paulo: Editora da Universidade de SãoPaulo,1998. 
MACHADO, Andréa H. et all. Pressupostos Gerais e Objectivos da Proposta Curricular de Química – 
projecto de reformulação curricular e de capacitação de professores do ensino médio da rede estadual de 
Minas Gerais . s.d. Minas Gerais, Brasil. 
NOVAIS, Vera Lúcia D. de. Química, vol. 1, 2 e 3. São Paulo: Atual, 2000. 
PERUZZO, Francisco M. e CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do cotidiano Vol. 1- 
Moderna: São Paulo, Brasil, 1998. 
PERUZZO, Francisco M. e CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do cotidiano Vol. 2-
Moderna: São Paulo, Brasil, 1998. 
Plano Curricular do Ensino Secundário Geral (PCESG), MEC – INDE, Maputo, Moçambique, 2007. 
Programas Intermédios de Química da 8ª e 9ª classes, MEC – INDE, Maputo, Moçambique, 2006 – 2007. 
Programas Intermédios de Química da 8ª e 9ª classes, MINED/DINESG, Maputo,Moçambique,2007. 
Relatórios de Capacitação e Monitoria dos Programas Intermédios da 8ªe 9ª classes. 
ROEGIER, Xavier. et . all. Uma pedagogia da integração (Competências e aquisições no ensino).2ª ed. 
Artmed: São Paulo, 2004. 
SANTOS, Wildson, et all. Química e

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