Buscar

70777767-Etica-do-profissional-de-consultoria-convertido

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

código de ética do profissional de consultoria. ética na atuação do consultor
Título - ÉTICA PARA CONSULTORIA E TREINAMENTO
L. A. Costacurta Junqueira
No Brasil, empresas que possuem um código de ética ainda são a grande maioria. Segmentando o assunto para Treinamento e Consultoria, talvez os dedos das mãos bastassem para enumerar as empresas que possuem um instrumento como este e pautam sua atuação dentro de patrões éticos acordados entre a Área de Treinamento e Desenvolvimento e a Consultoria.1
· É sempre bom lembrar que para o cliente a ética também é um dos mais importantes tópicos de avaliação dos consultores.
· Aqui vão algumas sugestões para que se possa começar a refletir sobre o assunto:
· Não falar pelo cliente sem solicitar previamente sua concordância.
· Não presumir as necessidades/expectativas do cliente e pesquisar, realmente, quais são elas.
· Ao promover programas de T&D e Consultoria, respeitar a legislação sobre o assunto, seja ele a maneira de lidar com subordinados, a ecologia, as disposições das agências reguladoras etc.
· Não utilizar a atividade de T&D e Consultoria como forma de avaliação de desenvolvimento/desempenho, de modo declarado ou velado.
· Manter a consistência entre o que foi prometido (vendido ao cliente) e o que foi entregue.
· Só vender aquilo que se tem competência para fazer.
· Respeitar os itens relativos à diversidade, sejam eles de natureza cultural, social, racial etc.
· Desenvolver comportamentos geradores de confiança em relação à clientela, como dizer o que pensa e sente, cumprir o que promete, divulgar informações de interesse mútuo, conviver com diferenças individuais etc.
· Colocar-se contra solicitações/comportamentos que afrontem a ética, moral, os direitos dos empregados etc.
· Adotar uma postura de ajuda desinteressada em relação a clientes, sem visar o reconhecimento imediato.
· Ao solicitar propostas aos fornecedores, dar sempre a todos (vencedores e perdedores) o
feedback dos resultados.
· Respeitar a legislação dos direitos autorais na preparação de materiais para programas de Treinamento e Consultoria.
· Respeitar as informações confidenciais obtidas em sala de aula ou em trabalhos de Consultoria.
· Desenvolver atividades cujos resultados tragam, equilibradamente, benefícios para a organização, seus funcionários e clientes.
· Não solicitar serviços de fornecedores senão com intenção efetiva de utilizá-los; evitar a compra disfarçada de know-how.
· Dar créditos a respectivos autores de todas as idéias, sugestões, materiais etc. utilizados na atividade de T&D e Consultoria.
· Evitar prestar consultoria simultânea a clientes concorrentes.
· Preocupar-se com o desenvolvimento das pessoas que trabalham na empresa.
· Tornar o cliente independente da consultoria.
· Na avaliação de fornecedores, não utilizar critérios parciais, como só o preço, só de uma determinada região, apenas ex-fornecedores etc.
· Ressarcir toda e qualquer perda causada à outra parte.
· Acima de tudo, falar a verdade com transparência, visando as virtudes da justiça, temperança e honestidade, visando criar um mundo melhor para as próximas gerações.
Agora, que tal analisar o seu comportamento e o da sua organização diante dos itens enumerados? São 18 tópicos; se você estiver bem em 14 ou mais, as coisas talvez não estejam tão ruins.
Consultor - L A COSTACURTA JUNQUEIRA / VICE PRESIDENTE DO INSTITUTO MVC – M. VIANNA COSTACURTA ESTRATÉGIA E HUMANISMO
http://www.institutomvc.com.br/costacurta/artla50_etica_constrein.htm
META
Apresentar ao aluno os princípios que rege a ética na atuação do consultor, as normas estabelecidas pelo código de ética da profissão e as condições para a aplicação desses princípios.
OBJETIVOS
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
1. identificar as características fundamentais para o comportamento ético;
2. verificar as obrigações éticas da empresa-cliente;
3. apresentar os aspectos primordiais do código de ética do profissional de consultoria.
Introdução
Atualmente, poucos assuntos tem tido tanta repercussão no mundo corporativo quanto a ética e essa questão tem sido uma das principais exigências dos clientes das organizações, independente de seu setor de atuação. É comum lermos nos jornais notícias de investigações acerca de fusões ou aquisições de organizações, fraudes contábeis, sonegação de impostos, enfim, atitudes antiéticas vão desde a sonegação de milhões em impostos até o vazamento de alguma informação sigilosa de uma empresa. No mundo dos negócios o lucro, o ambiente extremamente competitivo e a oportunidade para tirar proveito próprio são o estopim para uma série de atitudes antiéticas. Assim observa-se uma mudança cada vez mais intensa em direção a atitudes éticas através da transparência das atividades, concorrência leal e preocupação social-ambiental, e que se tornam vantagens competitivas das organizações atualmente.
Dessa forma empresas de consultoria, mais do que qualquer outra, também devem acompanhar essa tendência e para não serem jogadas a margem do processo. Pois assim como os clientes finais das organizações demandam ética das organizações das quais são clientes, as empresas-clientes demandam atitudes éticas por parte das empresas de consultoria. Assim como em outros ramos, a consultoria possui um órgão responsável por elaborar um código de ética para os profissionais de consultoria, esse órgão é o IBCO – Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização.
Verbete
O Instituto de Consultores de Organização profissionais é uma organização sem fins lucrativos, que tem a congrega empresas de consultoria, consultores autônomos, consultores internos e membros institucionais
2
através de adesão voluntária, possuindo núcleos ou representantes em
vários estados do Brasil. O IBCO tem como principal atividade a pesquisa acerca de técnicas, tecnologias, ética e qualidade no ramo de consultoria, bem como o apoio aos consultores associados a ela.
Fim do Verbete
Um ponto importante s ser observado aqui é que diferentemente do relacionamento organização versus cliente final, a relação consultoria versus empresa-cliente necessita de precauções por ambas as partes em termos de preocupações com a ética profissional, sejam elas em termos de pagamentos, cobranças, execução dos serviços, objetivos dos serviços, conflitos de interesse, etc.
Nessa aula estudaremos as atitudes éticas exigidas para ambas as partes: consultoria e empresa-cliente.
Inicio Box multimídia
A cerca do tema ética profissional, você pode conferir alguns dos diferentes tipos de fraudes cometidas por organizações pelos sites e links abaixo: Monitor de Fraudes - http://www.fraudes.org
Instituto ETHOS - http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/Default.aspx Código de ética dos consultores organizacional criado pelo Instituto Brasileiro de Consultores Organizacionais (IBCO) - www.ibco.org.br/codigo_port.htm
Fim do Box multimídia
A Ética do Consultor
Toda profissão possui um padrão de condutas e práticas profissionais, esses padrões tem o propósito de garantir determinadas atitudes, princípios e valores que por parte de seus profissionais, bem como o de proporcionar um relacionamento saudável, transparente e satisfatória com o cliente e partes envolvidas.
O consultor em especial, possui uma grande influência sobre a empresacliente devido ao impacto de suas ações na mesma. Como já estudamos
nas aulas anteriores. O consultor possui acesso a uma grande quantidade de informações da empresa-cliente, bem como a possibilidade de promover profundas mudanças na organização cliente, sejam elas em termos de processos, relacionamento com a sociedade, cultura organizacional, etc.
Dessa forma exige-se uma postura moral e ética impecável por parte desse profissional.
Outro ponto a ser observado sobre a ética é que ela está diretamente ligada à imagem da empresa de consultoria, pois uma atitude tida como antiética para um cliente pode futuramente fechar diversas portas para contratos de serviços, não só com o cliente em questão, mas com todo um mercado potencial,onde executivos de várias empresas estão em constante troca de informações.
3
Ao falarmos de ética no âmbito da consultoria organizacional, podemos identificar três agentes o consultor se relaciona e que deve primar por um relacionamento ético, são eles o cliente, a sociedade e a categoria profissional.
Com o cliente o consultor possui o relacionamento mais direto e constante, e aqui está a maior parte das preocupações éticas tanto por parte da consultoria quanto por parte do cliente. A sociedade possui relações com a consultoria de forma menos direta que com os demais, uma vez que na maioria das vezes essa relação ocorre através das ações da consultoria na empresa-cliente e que refletem diretamente na sociedade, trazendo benefícios e malefícios a ela. O relacionamento na categoria profissional ocorre através da preservação da imagem da mesma e do relacionamento
direto entre consultores.
O esquema abaixo exemplifica esse conjunto de interações éticas da empresa de consultoria:
Figura 12.1: Relações éticas entre Empresa de consultoria, sociedade e categoria profissional
Diagramação:
As setas simbolizam a ética (se possível inserir a palavra “ética” dentro ou ao lado das setas, ou qualquer recurso que indique seu significado). Na seta entre empresa de consultoria e cliente, inserir o texto “ética e soluções socialmente éticas”
Portanto cabe aqui um estudo das responsabilidades éticas de um consultor e a identificação dos diversos aspectos da ética a serem observados nos serviços de consultoria em geral.
1) Honestidade
Honestidade é um dos conceitos éticos mais exigidos, não só no mundo dos negócios, mas por qualquer pessoa. GREENBAUM (1991) aponta quatro Empresa de
consultoria Empresa-Cliente Sociedade Categoria profissional
4
áreas nas quais a honestidade é vital: gastos, faturamento, aptidões e conselhos.
Gastos
Ao serem contratados os consultores, em geral, assinam contratos de prestação de serviços com seus clientes. Vários são os gastos considerados pelo consultor na definição desse montante – transporte, alimentação, estadias em hotéis, etc. Porém, o que pode ocorrer é a extrapolação desses valores por má-fé do consultor tanto pela utilização dos gastos para aumentar seus ganhos, quanto por diárias com gastos desnecessários.
Agora vamos a duas situações nas quais você poderá julgar qual seria a postura ética a ser tomada na situação a seguir.
Exemplo
Imagine que você é um consultor e que está levantando os gastos para determinado projeto a dois clientes distintos, ambos localizados na mesma cidade, mas em uma cidade distante da sede onde se encontra sua empresa de consultoria. Em cada orçamento está incluso as despesas com diárias e transporte. A questão relacionada à ética aqui seria:
A primeira: Cobrar os gastos com os valores integrais para cada empresa – pelo fato de serem dois serviços distintos, portanto, sendo sensata a cobrança de dois valores referentes a gastos com diárias e transporte.
Ou a segunda opção: Calcular os gastos com diárias e transportes e dividilos pelos dois clientes, dessa forma, ambos os clientes poderiam se
beneficiar de uma redução significativa no montante dos gastos. Considerando o mesmo exemplo, o que você, ao levantar os gastos, incluiria nestas diárias onde prestará a consultoria? Você viajará em um vôo na primeira classe ou veria quais as condições do vôo na classe executiva ou até cogitaria viajar em uma classe mais inferior? Em termos de hospedagem, você se hospedaria em um hotel luxuoso cinco estrelas ou em um hotel mais barato, porém aconchegante?
Eticamente falando, as atitudes corretas a serem tomadas em nosso exemplo seriam, sem sombra de dúvidas, a de dividir a diária entre os dois clientes propiciando economia para ambos, e no segundo questionamento a
de incluir somente os custos com estadia, transporte e alimentação que sejam “mais em conta”, mas que não venham a prejudicar o consultor de forma alguma.
Essas são questões que dependem da honestidade da empresa de consultoria, no que tange aos valores a serem considerado e na transparência destes cálculos, pois muitas vezes o próprio cliente não sabe que está pagando por uma estadia em um hotel cinco estrelas, uma passagem na primeira classe, ou uma garrafa de vinho de R$ 100 no jantar. Em relação ao cálculo dos gastos o consultor deve considerar somente aqueles gastos que sejam realmente necessários à prestação dos serviços de consultoria, sem exageros nem excessos nos custos.
5
Faturamentos
Os serviços de consultoria são, em geral, remunerados por dia ou hora de trabalho, que normalmente já estão definidos na assinatura do contrato de prestação de serviços. Com esse tipo de remuneração, é possível ao consultor receber por horas ou dias extras para compensar alguma falha ou algum dia pouco produtivo. Uma postura ética a ser adotadas pelos consultores nessas ocasiões é a de cobrar dos clientes tendo como base somente pelo trabalho feito, dessa forma o cliente não seria penalizado por um período improdutivo de trabalho. Segundo Greenbaum (1991), a honestidade no faturamento é uma das áreas mais importantes da relação cliente-consultor.
Aptidões
Para estudarmos esta área da honestidade imaginemos a seguinte situação: Você é um consultor, graduado em administração de empresas, que tem como especialização a área de marketing. Suponha que você é contatado por uma empresa que necessita de auxílio na formulação de uma estrutura de custos mais eficiente para o cliente em questão. É claro que a sua formação lhe proporciona o conhecimento para analisar uma estrutura de custos, porém, você não possui nenhuma experiência profissional na área em questão.
Você aceitaria o serviço? Pois afinal você é capaz de desenvolver um trabalho satisfatório a ponto do cliente nunca notar que você não possui todas as competências necessárias para o serviço? Ou você recusaria o serviço por não possuir as competências em questão?
Se você respondeu a segunda opção parabéns, mas adicionemos uma variável, e que muitas vezes é responsável por um comportamento duvidoso por parte de muitos consultores altamente éticos: Imagine que sua empresa está com o fluxo de caixa ruim e não possui nenhum serviço de consultoria sendo prestado e a situação acima ocorre com você. Ainda continua com a segunda opção?
O comportamento ético seria a recusar o serviço; uma vez que ao aceitá-lo o consultor faz com que o cliente pressuponha que ele possui as aptidões e experiências condizentes com as necessidades do serviço. Assim sendo, profissionais de consultoria que aceitam determinados compromissos sabendo que não possuem a experiência necessária para a sua execução estão assumindo uma postura altamente antiética.
Outro ponto a ser observado nesta área é que para a empresa de consultoria seria um risco a ser assumido, pois o consultor estaria prestando um serviço cuja qualidade poderia afetar sua imagem no mercado e o surgimento de futuros contratos.
Conselhos
Ao buscarem por uma empresa de consultoria, as organizações recebem
nada mais, nada menos que conselhos acerca de determinada sugestão organizacional, seja ela acerca de melhorias ou de mudanças. Muitas vezes 6
o que acontece é a apresentação de propostas que “agradem” a empresacliente, mas que muitas vezes não é a mais eficaz para a situação, porém
fazem com que a consultoria seja contratada. Em termos de conselhos a atitude ética é a de apresentar a melhor idéia mesmo que isso resulte em insatisfação ou em uma não contratação dos serviços.
2) Sigilo
O sigilo é a considerada por muitas empresas que contratam serviços de consultoria a área ética mais importante, o sigilo está relacionado tanto à informações que circulam no interior da empresa-cliente, quanto à informações de dentro para fora da organização. Assim cabe sua análise em dois âmbitos distintos: sigilo interno e sigilo externo.
a) Sigilo Interno
Ao prestar seus serviços, o consultor tem acesso a diversas informações da empresa cliente e também contato com pessoas das diversas áreas da organização. Como já foi visto anteriormente essasinformações possuem diversas fontes: arquivos, pessoas, observação, etc; e muitas delas são extremamente sigilosas até mesmo dentro da organização. Nesse ponto o consultor deve ser extremamente discreto em relação às informações coletadas, sejam elas públicas ou confidenciais, exigindo por parte do mesmo um sigilo impecável dentro da organização.
O que pode acontecer é que algumas vezes, em seus relacionamentos com
o pessoal da empresa-cliente, o consultor pode mencionar, não intencionalmente, algum fato sigiloso de um departamento a outro, até mesmo através uma conversa informal. Ou de outra forma, sigilo pode ser quebrado quando o consultor – com o intuito de demonstrar que possui informações de diversos setores da organização – propositalmente “deixa escapar” alguma informação de outro setor a um funcionário.
Cabe ao consultor tomar bastante cuidado com a disseminação de informações de qualquer origem dentro da empresa-cliente, pois os resultados de deslizes como esses podem ser desastrosos no relacionamento com o cliente, sem falar da imagem da consultoria.
b) Sigilo Externo
No relacionamento entre consultoria e empresa-cliente, há um grau de confiança muito elevado em relação ao consultor por parte do cliente, pois além das informações em poder do consultor ele é o agente que propõe melhorias que geraram certo tipo de diferencial no mercado. A confiança vem do fato de que o cliente pressupõe que as informações – acerca de estratégias, processos, tecnologia, novos produtos, etc – não irão parar em mãos de concorrentes ou de qualquer outro agente externo a organização.
Um problema que pode surgir em relação ao sigilo externo é que o
consultor pode ser contratado por uma organização concorrente de um excliente.
Nesse caso como se deve agir? Aceitar ou não o serviço? O conselho que a maioria dos consultores dá é que deve-se aceitar o trabalho desde 7
que já tenha passado um período de – no mínimo – 12 meses dos serviços prestados no ex-cliente, ou desde que haja tempo suficiente para que mudanças possam ocorrer na organização a ponto de não gerar conflitos e prejuízos para ambos os clientes.
O sigilo tanto interno quanto externo é soberano na relação consultor x cliente.
Atividade 1 (objetivo 1)
Dois consultores conversavam sobre um assunto muito importante para a profissão, ética na atuação do consultor. Um dos consultores mais experiente fez a seguinte indagação para o consultor iniciante que parecia um tanto quanto reticente sobre a importância do assunto na carreira: “Os princípios éticos fundamentais na consultoria são a honestidade e o sigilo, você saberia me informar as bases desses dois princípios?”
a) Cite e explique os tópicos nos quais o consultor deve dar atenção ao se tratar de honestidade com a empresa-cliente.
b) O sigilo das informações que o consultor recebem durante o processo de consultoria devem ser mantidas sob total sigilo do consultor através do sigilo interno e externo. Diferencie esses dois tipos de sigilo.
Como o consultor iniciante não conseguiu responder as duas questões acima, na posição do consultor mais experiente oriente seu colega informando-o quanto aos itens importantes sobre a ética na consultoria. Resposta Comentada:
a) Os tópicos nos quais o consultor deve ter atenção do consultor quanto a honestidade são:
· Honestidade de Gastos
· Honestidade de faturamentos
· Honestidade de Aptidões
· Honestidade em relação a conselhos
Honestidade de gastos: A honestidade com os gastos está relacionada a não extrapolação dos valores a serem despendidos de forma a aumentar seus ganhos ou por gastos desnecessários as custas do cliente.
Honestidade de faturamento: Este ponto estão relacionados à remuneração dos serviços de consultoria que devem ser cobrados de forma justa e de acordo com o serviço realizado, e não por hora ou dia.
Honestidade de aptidões: A honestidade com aptidões seguem a postura ética de que o consultor deve aceitar somente os serviços que possui aptidões e experiência necessárias para o serviço em questão.
Honestidade em relação a conselhos: Esse tipo de honestidade diz respeito a apresentação de conselhos e alternativas para os problemas. Esses devem 8
ter como objetivo a melhor opção para a solução das disfunções devem ser apresentadas ao cliente, por mais contrarias que sejam ao cliente.
b) No sigilo interno o consultor deve ser extremamente discreto em relação às informações coletadas – públicas ou confidenciais – dentro da própria empresa-cliente, de forma que não transmita esse tipo informações de uma área a outra da organização.
O sigilo externo diz respeito ao não vazamento de informações da empresacliente para agentes externos a ela, sejam eles clientes fornecedores e,
principalmente, concorrentes. Fim da atividade 1
Ainda existem dois outros princípios acessórios para o comportamento ético do consultor seria o gerenciamento de conflitos e a contratação de pessoal da empresa-cliente.
3) Gerenciamento de Conflitos
Os conflitos possuem pontos em comum com o sigilo, este ponto surge quando o consultor presta seus serviços para duas empresas que concorrem entre si.
Uma analogia que se pode utilizar é que o consultor está jogando xadrez contra si próprio, ou seja, ele sabe todos os movimentos de seu “adversário” e seu “adversário” sabe de todos os seus movimentos. O conflito surge com a seguinte pergunta: Neste caso, qual é o adversário do
consultor, se ambos são seus clientes e eticamente ele deve fazer com seu cliente tenha vantagem sobre seu concorrente?
O importante é que o consultor deixe claro a um cliente potencial que não poderá prestar serviços a ele enquanto existir um conflito competitivo.
GREENBAUM (1991) define esse conflito competitivo como sendo aquela situação em que o empenho do consultor em uma organização venha a causar impacto negativo em outra.
Assim sendo, a postura ética aqui é jamais aceitar um serviço quando esse conflito competitivo ocorrer, e para fins de esclarecimentos e até mesmo para fortalecer a imagem da consultoria deve-se informar ao cliente em questão o porquê da recusa de prestação do serviço.
4) Contratação de Pessoal da Empresa-cliente
Através do relacionamento com a empresa-cliente é comum que o consultor encontre profissionais altamente capacitados e que possuam as características exigidas na empresa de consultoria e seria uma ótima opção de contratação. Porém, seria uma péssima idéia a tentativa de contratar um funcionário da empresa-cliente. Uma atitude como essa pode não só acabar com o relacionamento com a empresa-cliente, mas com a reputação da consultoria no mercado, uma vez que uma empresa de consultoria com a reputação de aliciar funcionários das empresas-clientes seria uma péssima escolha para qualquer empresa.
9
Como vimos até agora a ética por parte da empresa de consultoria garante não só a satisfação do cliente e a execução de um serviço de qualidade, mas também uma imagem positiva da empresa fortalecendo-a perante o mercado.
A ética e a Empresa-cliente
Assim como a ética por parte da empresa de consultoria é essencial, a empresa-cliente também possui seu papel ético nessa relação, pois de nada adianta uma postura ética impecável por parte do consultor se seu cliente deixar a desejar neste quesito. Essa parte do estudo serve para os futuros consultores para a avaliação da postura apresentada pelas empresas que irão contratar seus serviços e identificar o bom do mau cliente. Alguns pontos que iremos abordar aqui são referentes ao pagamento e assistências requisitadas.
Primeiramente falemos acerca dos pagamentos referentes aos serviços de consultoria prestados. O pagamento das faturas corretamente representa não só uma questão ética neste relacionamento, mas também uma questão essencial para o fluxo de caixa da empresa de consultoria. Em geral, as empresas de consultoria são organizações de menor porte quando comparadas à empresa-cliente, dessa forma um montante X representa um percentual bem maior no fluxo de caixa da consultoria do que no de uma empresa de um porte maior. Logo, o montante X pagocom atraso de 30 ou 60 dias tem um impacto muito maior no fluxo de caixa da empresa de consultoria do que no da empresa-cliente, e isso pode vir a prejudicar as operações da consultoria. Assim sendo, o cliente deve ter a consciência ética e financeira da importância do pagamento correto dos montantes referente ao serviço de consultoria.
Outro ponto é acerca de falsas intenções de firmar contratos por parte de cliente potencial. Muitas organizações entram em contato com as empresas de consultoria e com a desculpa de que está avaliando propostas as usam como assistência gratuita, ou até mesmo fazem contato, já possuindo uma consultoria previamente definida para prestar os serviços. O que essas empresas fazem posteriormente é copiar as propostas apresentadas,
fazendo com que a outra consultoria a execute com custo mais baixo. Ao assinar o contrato de prestação de serviços o consultor se propõe a executar o serviço especificado e deve desempenhar suas atividades
exclusivamente para ele. O que muitas empresas fazem é constantemente solicitar que o consultor preste alguma “pequena” assistência em uma área diferente daquela definida no contrato desviando o consultor gratuitamente avaliar outra parte da organização.
Assim sendo um bom cliente deve solicitar uma proposta somente quando estiver disposto a considerá-la, ou estiver disposto a pagar se deseja algum tipo de trabalho extra.
Ao longo da disciplina temos constantemente mencionado a importância da informação nos serviços de consultoria, mas nem sempre obter essas
10
informações é fácil uma vez que o consultor pode encontrar barreiras que impeçam uma coleta eficiente. Dentre as barreiras encontradas estão aquelas que vão desde resistências por parte de determinados funcionários ou setores, até a falta de disponibilidade do pessoal para ceder o suporte necessário devido às atividades da empresa-cliente. O que muitas vezes pode ocorrer é que não haja alguém da organização responsável exclusivamente a assistir o consultor quando necessário, isso torna o a coleta de informações extremamente trabalhosa para o consultor, além de causar atrasos no cronograma definido.
Portanto vemos que o cliente também possui uma série de posturas éticas a ser seguida, fazendo assim sua parte para um relacionamento ético e saudável entre ele a empresa de consultoria.
Atividade 2 (objetivo 2)
UMA EMPRESA QUE DESAFIA QUALQUER PRINCÍPIO ÉTICO
A EDUARF Ltda, não é um exemplo de empresa que é regida por princípios éticos. Por muito tempo suas operações foram rentáveis não pela excelência, mas por atividades escusas e que na maioria das vezes lesavam os seus clientes.
Contudo, essa atividade pouco exemplar passou a trazer prejuízos para a EDUARF, que passou a perder mercado para sua principal concorrente, a ACITE Ltda que selava pelo bom relacionamento com os clientes e pela qualidade de suas operações.
Assim a EDUARF convidou a empresa CSA consultoria para a elaboração de serviços, sabendo que a ACITE era uma de suas clientes. A solicitação inicial da EDUARF era realizar um benchmarking sobre a ACITE, mas não foi aceita por uma questão de sigilosidade e conflito de interesses.
Insistindo muito o diretor da EDUARF propôs um estudo de mercado, a CSA consultoria aceitando a sugestão elaborou um diagnóstico preliminar com a proposta e seus valores.
A EDUARF pediu uma semana para analisar a proposta. Nesse período a CSA foi contatada por uma empresa concorrente, que não era especializada em estudos de mercado, com a proposta de parceria para um serviço semelhante.
Suspeitando que a EDUARF estivesse usando sua proposta para conseguir um preço mais baixo com outra consultoria, a CSA seguiu com a negociação. No final do processo foi confirmada a suspeita de envolvimento da EDUARF e que o valor acordado estava 30% abaixo da proposta da CSA. Como resultado a CSA não aceitou a proposta de parceria da empresa rival e quando procurada novamente pela EDUARF sobre o fechamento do contrato, ela agradeceu e informou que não iria realizar o serviço.
De posse das informações do caso acima, responda as seguintes questões:
1) Um dos motivos para a CSA não aceita a realização do benchmarking da ACITE foi a alegação de conflito de interesses. Evitar conflitos entre os interesses de clientes distintos é uma das preocupações éticas no ramo de 11
consultoria. Porém definir quando existe é uma tarefa difícil. Assim sendo, a partir de qual momento a CSA pôde definir a existência de um conflito.
2) Qual foi o principal desvio ético realizado pela EDUARF apresentado no caso? Utilize as passagens do caso para justificar a sua resposta. Resposta Comentada:
1) O conflito pôde ser observado no momento em que a CSA verificou que uma ação de benchmarking afetaria o desempenho de da ACITE, empresa para o qual ela prestava consultoria. Sempre que esse tipo de conflito acontecer, o consultor deve recusar o serviço e informar ao cliente em questão o porquê da recusa de prestação desse serviço.
2) O principal desvio ético foi o uso da proposta para orçamento em outras empresas. O fato de a EDUARF entrar em contato com outra empresa de consultoria e com a desculpa de que está avaliando propostas e a usando como assistência gratuita, ou até mesmo fazem contato, já possuindo uma consultoria previamente definida para prestar os serviços.
Basta lembrar da passagem: “A EDUARF pediu uma semana para analisar a proposta. Nesse período a CSA foi contatada por uma empresa concorrente, que não era especializada em estudos de mercado, com a proposta de parceria para um serviço semelhante”.
Fim da Atividade 2
O Código de Ética do Consultor
Existem varias outras questões acerca da ética em consultoria além das citadas até agora. Para esclarecer questões acerca deste assunto foi redigido o código de ética do consultor, elaborado pelo IBCO. Em termos gerais o código abrange temas acerca da relação com o cliente da consultoria, relações com a sociedade, e relações com a categoria profissional.
O código é dividido em três partes acerca da ética da consultoria
Parte I – Relação com o cliente
A primeira parte do código enumera atitudes a serem tomadas pelos consultores/consultoria na relação com o cliente de consultoria. Serão citados alguns dos pontos referentes a essa relação de forma resumida. O código apresenta atitudes acerca de temas já citados nesta aula como:
transparência, honestidade, consciência nos gastos, conflitos competitivos, sigilo, aptidões, etc. Porém alguns outros pontos são mencionados.
Um ponto ainda não abordado nesta aula existente no código relaciona-se à retenção de conhecimento, em sua redação o código apresenta que as atividades do consultor devem ser realizadas visando à introdução de
12
inovações que melhorem o desempenho do cliente e que a consultoria deve transmitir ao cliente todo o conhecimento necessário para a continuidade do serviço implementado. Essa redação garante que o cliente possa “caminhar com suas próprias pernas” após o termino de seus serviços, isso faz co que o cliente adquira conhecimentos acerca da inovação que o torne independente em relação à consultoria.
Outro ponto a ser estudado e presente no código é em relação a indicações feitas pelo consultor/consultoria. A consultoria pode indicar outros profissionais ou equipamentos ao cliente, porém essa indicação deve ter como objetivo exclusivo a escolha da melhor solução para o cliente, independente do relacionamento entre a consultoria e o fornecedor
indicado.
Para exemplificar esse ponto vamos imaginar a seguinte situação: Você foi contratado para prestar consultoria na área de logística de uma empresa, especificamente na parte de movimentação e armazenagem. Na sua avaliação você define que seria necessário implementar um novo modelo para armazenagem que por conseqüência demandaria a utilização de empilhadeiras que alcançassem pontos mais altos. O cliente está de acordo, mas não possui o conhecimento necessário para efetuar a compra do equipamento. Você, por acaso, possui um amigo de muitos anos que é dono, ou trabalha em uma empresaque fabrica empilhadeiras de um modelo que atendem a necessidade do cliente, mas não possuem a mesma qualidade de outro fornecedor – com o qual você não possui vínculo nenhum – e os preços são relativamente os mesmos. Qual fornecedor você indicaria? De acordo com o código do IBCO, a opção seria a segunda, por se tratar de um equipamento que proporcionaria a melhor solução para o cliente, independente de seu vínculo com o outro fornecedor. O código vai mais além e diz o seguinte em sua redação:
”O cliente deve ser comunicado sobre a existência de laços de interesses que possam influir em decisões relativas à contratação de serviços ou equipamentos. Quando o consultor de organização atuar de forma consorciada com outros profissionais ou fornecedores, esta ligação deve ser de conhecimento prévio do cliente”.
(Código de Ética do Consultor – IBCO)
Por último, temos como tópico o respeito aos valores, cultura, políticas, normas e convicções, do consultor e da empresa-cliente. O código orienta que o consultor deve avaliar a filosofia e os padrões culturais e políticos da organização e interromper o contrato todas as vezes que os mesmos contrariem seus princípios éticos, tanto profissionais, quanto pessoais. Da mesma forma o consultor não deve impor suas próprias convicções ao cliente, mas sim buscar o desenvolvimento deste a partir dos objetivos e da cultura organizacional existentes.
13
Parte II – Relações com a Comunidade
O Código de Ética do IBCO inclui em nossa aula um novo agente – a comunidade – com que ela se relaciona através dos serviços que presta à empresa-cliente.
Em termos de ética no relacionamento com a sociedade o código faz menção ao cumprimento às leis e regulamentos vigentes na condução de suas atividades, assim sendo todas suas atividades, bem como as mudanças implementadas na empresa-cliente, devem estar de acordo com todas as leis e regulamentos vigentes, sejam eles ambientais, fiscais, trabalhistas, etc.
Em termos de relacionamento direto, a sociedade possui a expectativa que as empresas de consultoria possuem a capacidade de promover mudanças e melhorias, e através delas desenvolver empreendimentos que respeitem a natureza, as pessoas e princípios de cidadania. Assim sendo, a empresa de consultoria deve sempre considerar essa responsabilidade que possui perante a sociedade na execução de suas atividades, sempre pensando em possíveis benefícios sociais que suas ações possam trazer.
Essa responsabilidade é maior quando se trata de serviços públicos, uma vez que os recursos utilizados provêm da própria sociedade. Nessa situação surge uma responsabilidade adicional, devendo aqui atender o cliente ao mesmo tempo que atende os interesses da sociedade.
Parte III - Relações com a Categoria Profissional
Essa é a terceira e última parte do código e descreve aspectos da relação a imagem da categoria profissional e o relacionamento com demais consultores. Ela é composta por quatro tópicos, que discorrem sobre atividades paralelas e posturas públicas do consultor que possam significar conflitos de interessas ou afetar a imagem de toda a categoria profissional. A divulgação também tem orientações éticas, o código orienta que qualquer forma de divulgação dos serviços de consultoria que suscite a oferta de benefícios duvidosos a quaisquer, ou que transmita a idéia de oferecimento de benefícios é considerada estritamente antiética. O principal critério deste ponto é a imagem da própria consultoria, bem como de toda a categoria.
Em termos de relacionamento entre consultores, assim define-se como um comportamento ético a menção do autor de determinada idéia, esquema, conhecimento desenvolvido; devendo o consultor deixar sempre claro a origem e os créditos, nunca deixando para o cliente a impressão de que ele foi o autor dos mesmos. Continuando o relacionamento entre consultores, temos o caso em que dois consultores de empresas diferentes estão atuando no mesmo cliente, assim ambos devem tomar cuidado para evitar possíveis conflitos de interesse e interferências. Neste caso uma solução proposta pelo IBCO seria um trabalho conjunto entre consultores e empresa-cliente a fim de coordenar as atividades dos dois consultores e evitar possíveis problemas.
14
Atividade 3 (objetivo 3)
Avaliando sua postura ética nos serviços de consultoria
Num exame para certificação de consultores organizacionais o IBCO apresentou uma série de afirmações para verificar o nível de compreensão dos consultores acerca da atuação ética na profissão.
Cada alternativa identificada corretamente vale 12,5 pontos. Identifique se as afirmações estão Corretas (C) ou Erradas (E) de acordo com os princípios éticos do ramo de consultoria.
Após obtenção dos resultados verifique o seu grau de postura ética.
1. ( ) As atividades do consultor devem ser realizadas visando à introdução de inovações que melhorem o desempenho do cliente, e este último fica responsável pelo desenvolvimento de melhorias e técnicas para garantir a sustentabilidade da mudança implementada pela consultoria.
2. ( ) O consultor pode indicar outros profissionais ou equipamentos ao cliente, porém essa indicação deve ter como objetivo exclusivo a escolha da melhor solução para o cliente.
3. ( ) Um consultor deve na medida do possível impor suas próprias convicções ao cliente, buscando o desenvolvimento deste a partir dos objetivos e da cultura organizacional a serem apresentados.
4. ( ) O consultor deve inicialmente atender ás necessidades do cliente, que deve adaptar as propostas do consultor para proporcionar benefícios a sociedade.
5. ( ) Dentre os pontos éticos exigidos para a empresa-cliente estão: pagamento correto das faturas, transparência nas intenções, disponibilidade de apoio ao consultor para que sejam dadas as informações necessárias.
6. ( ) A divulgação dos serviços de consultoria que suscite a oferta de benefícios duvidosos a quaisquer é considerada antiética a partir do momento que envolve conhecidos da própria consultoria.
7. ( ) Acerca de métodos, ferramentas, esquemas, desenvolvidos por outras pessoas, cabem ao consultor sempre mencionar a origem e os créditos do desenvolvedor, nunca assumindo os créditos para ele próprio.
8. ( ) Contratar algum funcionário de um cliente mostra que a consultoria
está sempre contratando pessoal capacitado, o que é positivo para a imagem da empresa.
Resposta Comentada:
Seqüência correta: 1- E; 2- C; 3- E; 4- E; 5- C; 6- E; 7- C; 8- E.
15
1. Errado, pois a consultoria, e não o próprio cliente, é responsável pelo desenvolvimento de melhorias e técnicas para garantir a sustentabilidade da mudança implementada pela consultoria.
2. Correto
3. Errado. Toda mudança a ser implementada na empresa-cliente deve respeitar e ir ao encontro das políticas, valores e convicções da mesma. Devendo o consultor jamais interferir nesses aspectos.
4. Errado. O consultor devido a expectativa gerada em cima dele e pela capacidade que possui, assume a responsabilidade de desenvolver soluções que garantam o resultado econômico-financeiro ao cliente ao mesmo tempo que garantam benefícios a sociedade.
5. Correto.
6. Errado. A divulgação dos serviços de consultoria que suscite a oferta de benefícios duvidosos a quaisquer é considerada antiética sob qualquer circunstância, não devendo o consultor promovê-la sob quaisquer pretextos.
7. Correto
8. Errado. Contratar funcionários da empresa-cliente é extremamente prejudicial a imagem da empresa-cliente, pois seus clientes podem passar a vê-la como concorrente em termos de recursos humanos.
Perfil ético:
Perfil 1) 0 a 25 pontos = Rever os princípios éticos
São consultores que não se preocupam com os princípios éticos nos serviços de consultoria. É indicado que aprofundem urgentemente seus conhecimentos quanto aos princípios éticos da profissão.
Perfil 2) 37 a 62,5 pontos = Consultores que precisam melhorar a compreensão sobre ética.
Trata-se de consultores com uma compreensão mediana do código de ética da profissão, por isso precisam reforçar seus conhecimentos, para aperfeiçoarem seu comportamento ético.Perfil 3) 75 a 100 pontos = Consultores com atuação ética
São consultores com uma compreensão superior quanto aos princípios éticos envolvidos nos serviços de consultoria organizacional. Esse grupo pode ser considerado referência para dos demais profissionais.
Fim da atividade 3
Conclusão
Podemos considerar que a postura ética dos consultores organizacionais é essencial para o sucesso na profissão. Ao falarmos de ética no âmbito da consultoria organizacional, podemos identificar três agentes o consultor se 16
relaciona e que deve primar por um relacionamento ético, são eles o cliente, a sociedade e a categoria profissional.
Nesse sentido os princípios fundamentais que norteiam a atuação do consultor são a Honestidade e o Sigilo. Entretanto não é apenas o consultor que deve se preocupar com aspectos éticos, ele também deve-se preocupar com a conduta ética da Empresa-cliente, pois assim como a ética por parte da empresa de consultoria é essencial, a empresa-cliente também possui seu papel ético nessa relação, pois de nada adianta uma postura ética impecável por parte do consultor se seu cliente.
Para nortear a conduta dos profissionais de consultoria existe o Código de Ética do Consultor que apresenta atitudes acerca de temas já citados nesta
aula como: transparência, honestidade, consciência nos gastos, conflitos competitivos, sigilo, aptidões, entre outros.
Atividade Final (objetivos 1, 2 e 3)
O conflito ético na Martec
A Consultoria de Engenharia Naval Martec está prestando assessoria para o desenvolvendo de um projeto piloto para a produção de equipamento de perfuração de petróleo no mar em conjunto com uma tradicional fabricante do setor, a SEATEC que pretende colocá-lo à venda. O projeto é conhecido como Perfuradora Marítima e é extremamente importante para o crescimento da empresa a longo prazo. Se a Martec conseguir obter de um de seus clientes, a PROFUNDEZAS S.A, o pedido do equipamento, seu faturamento será acrescido de 200 milhões de reais ao longo de cinco anos.
O projeto Perfuradora Marítima esta sendo desenvolvido por três empresas. Cada uma trabalha várias fases e depois passa a etapa inteira à seção seguinte, em uma seqüência lógica. O trabalho completo de uma empresa é o ponto de partida para a seguinte. Ocorre que o trabalho de uma empresa nunca está completo, pois os gerentes de projetos estão continuamente verificando e reavaliando suas contribuições ao projeto.
Contudo a Martec vem sofrendo pressões de outros clientes que sabendo dos benefícios promovidos pela nova tecnologia poderia trazer melhorias operacionais e financeiras. Apesar das pressões a Martec vem se precavendo em relação às informações coletadas, sejam elas públicas ou confidenciais, bem como promovendo a exclusividade dos consultores envolvidos no projeto da perfuradora marítima.
O mais interessante é que a própria cliente, a PRONFUNDEZAS S.A vem se aproveitando do projeto para solicitar da Martec estudos de viabilidade técnica e econômica que não estavam definidos no contrato, a alegação é que os resultados podem trazer economias ao projeto central.
Outro problema identificado pela Martec que envolve a PRONFUNDEZAS
S.A durante os levantamentos de informações trata de descumprimentos de leis ambientais quanto a proteção da fauna e flora marinhas, essa situação forçou a Martec a analisar o código de ética do consultor para balizar sua decisão, que foi a de comunicar empresa-cliente do descumprimento legal sob pena de rompimento do contrato.
17
Apesar de todos esses percalços o projeto piloto da perfuradora marítima vem sendo concluído e tudo indica que será finalizado dentro do prazo estimado.
Com as informações do caso descrito responda as questões.
1) Dentre os princípios éticos fundamentais para a atuação do consultor, identifique no texto qual princípio pautou o comportamento dos consultores da Martec no que se refere ao assédio de outras empresas?
2) A PROFUNDEZAS S.A feriu qual dos padrões éticos de uma empresacliente? Justifique sua resposta.
3) Tomando como base o código de ética do consultor, qual parte foi utilizada para a questão do descumprimento das leis ambientais? Justifique sua resposta.
DIAGRAMAÇÃO: DEIXAR ESPAÇO PARA RESPOSTA.
Reposta Comentada:
1) A Martec, quanto ao assédio de outras empresas-clientes, baseou-se o seu comportamento no princípio do sigilo que está relacionado tanto à informações que circulam no interior da empresa-cliente, quanto à informações de dentro para fora da organização.
2) A PROFUNDEZAS. S. A apresentou desvios éticos ao solicitar outros serviços que não constavam no contrato, pois ao assinar o contrato de prestação de serviços o consultor se propõe a executar o serviço nele especificado e deve desempenhar suas atividades exclusivamente para ele. O que a empresa-cliente em questão fez, foi constantemente solicitar que a consultoria prestasse alguma assistência em uma área diferente daquela definida no contrato desviando o consultor gratuitamente avaliar outra parte da organização.
3) Quanto ao descumprimento das leis ambientais por parte da PROFUNDEZAS S.A, a Martec apoiou-se na Parte II do código de ética do consultor que trata das Relações com a Comunidade.
Em termos de ética no relacionamento com a sociedade o código faz menção ao cumprimento às leis e regulamentos vigentes na condução de suas atividades, assim sendo todas suas atividades, bem como as mudanças implementadas na empresa-cliente, devem estar de acordo com todas as leis e regulamentos vigentes, sejam eles ambientais, fiscais, trabalhistas, etc.
Se preocupando com o relacionamento direto, a sociedade possui a expectativa que as empresas de consultoria possuem a capacidade de promover mudanças e melhorias, e através delas desenvolver
18
empreendimentos que respeitem a natureza, as pessoas e princípios de cidadania.
Fim da Atividade Final
Resumo
Nessa aula foi possível identificar as características fundamentais para o comportamento ético e as obrigações éticas da empresa-cliente, para tanto foi apresentado os aspectos primordiais do código de ética do profissional de consultoria.
Como o consultor em especial, possui uma grande influência sobre a empresa-cliente devido ao impacto de suas ações na mesma. Coube analisar as responsabilidades éticas de um consultor e a identificação dos diversos aspectos da ética a serem observados nos serviços de consultoria em geral. Entre eles destacam como fundamentais a Honestidade e o Sigilo que pode ser interno (em relação às informações coletadas, sejam elas públicas ou confidenciais) e externo (quando o consultor é contratado por uma organização concorrente de um ex-cliente). Outros princípios também destacados foram o Gerenciamento de Conflitos e a Contratação de Pessoal da Empresa-cliente.
Também consideraram nessa aula os padrões éticos da empresa-cliente, pois de nada adianta uma postura ética impecável por parte do consultor se seu cliente deixar a desejar neste quesito.
O Código de Ética do Consultor foi outro destaque, onde se abordou a relação com o cliente, as relações com a comunidade e as relações com a categoria profissional.
Referências
IBCO – Instituto Brasileiro de Consultores de Organizações. Código de Ética do Profissional de Consultoria. Disponível em
<http://www.ibco.org.br>. Acesso em 15 de maio de 2009.
GREENBAUM, Thomas L. Manual do consultor: guia completo para a prática de consultoria. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1991.
http://xa.yimg.com/kq/groups/27448414/1128453336/name/39722_20090910- 172107_aula_12	etica_de_atuacao_do_consultor_vp.pdf
27 de Agosto de 2008
A IMPORTÂNCIA DA CONSULTORIA ORGANIZACIONAL, PARA A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS
PASCHOALETTO, Alberto. C.
Promover a consultoria organizacional, como atividade relevante para o desenvolvimento do Brasil, consiste na premissa maior deste artigo. Busco sensibilizar a comunidade empresarial, público acadêmico e executivo e, divulgar informações "relevantes" aos clientes de consultoria e sociedade, em geral. Assim, necessário consolidar a posição do Consultor, comoaquele que consulta, diagnosticando eventuais inconsistências, dando pareceres acerca da área de sua especialidade. Destaco a importância dos trabalhos da consultoria organizacional no mercado brasileiro, visto que, contratado especialmente para a prestação de serviços de orientação empresarial, com diversos tipos de especializações. Neste caso, o destaque é para a Consultoria em Gestão Estratégica de Pessoas, com a excelente matéria da REVISTA EXAME, da Editora ABRIL, Edição 804/2003 - "O que faz seu RH? A moda agora é RH estratégico, seja lá o que isso signifique", por Daniela Diniz.
Não obstante aos diversos tipos de especializações em Consultoria de Recursos Humanos, concentraremos o foco em Gestão Estratégica de Recursos Humanos, até porque nos dias atuais a grande mídia divulga, abundantemente, matérias e artigos sobre o assunto, e, apresentar sua consistência ao público da área, é o desafio deste artigo... Afinal, o que esperar de uma Consultoria em Recursos Humanos, neste enfoque?
Primeiramente, eu diria que precisamos divulgar para o grande público de profissionais da área, que compete a todo profissional de consciência ética, exercendo as atividades de Consultoria,	o	seguinte:
Desenvolver uma visão abrangente sobre como promover a Consultoria Organizacional, com ênfase em Recursos Humanos, como atividade relevante para o desenvolvimento das Pessoas, na ótica das Novas Relações de Trabalho, no Brasil, contribuindo para o aprimoramento das relações	entre	capital	e	trabalho.
Divulgar informações Institucionais da CONSULTORIA ORGANIZACIONAL, pela visão das empresas clientes de consultoria, e sociedade em geral. ao público corporativo, acadêmico e profissional - "formadores de opinião pública"!
Consolidar e fornecer conhecimentos às empresas e profissionais, para viabilizar o exercício da Consultoria, tanto na ótica realizada por empregados, internamente, à organização, como a exercida na forma de atividade profissional autônoma em outras organizações e destacando a
importância	dos	trabalhos	da	consultoria	organizacional	no	mercado	brasileiro. Assim, se uma organização necessita reinventar o trabalho, destruir a burocracia, tirar seus colaboradores da Zona de Conforto, RECRIE SUA EMPRESA...
Assim, se você caríssimo leitor, empresário ou profissional, que este artigo tenha sensibilizado, busque um profissional para abordar os seguintes aspectos da Consultoria, aplicados à área de Recursos Humanos: Conceito de Consultoria; Tipos de Consultoria; o Papel, a Vocação e as Características do Consultor; Fatores de Sucesso na Consultoria; Metodologia, de Desenvolvimento e Implementação dos Serviços de Consultoria; Interação da Consultoria com a Empresa-Cliente; Elaboração dos Projetos de Consultoria; Acompanhamento e Avaliação dos Serviços de Consultoria; Divulgação dos Serviços de Consultoria; Ética de Atuação do Consultor; Aplicação da Consultoria em diferentes tipos de empresas, e acredite, por mais crítico que seja o seu momento, existe uma solução...
Pense Nisso!!!
e-mail do autor: alberto.paschoaletto@uol.com.br> http://www.qualidade.com.br/artigos/artigo.php?idArt=33
Dicas para contratar uma consultoria
Publicado na mídia
Estas dicas fazem parte de um artigo publicado no Jornal Profissional & Negócios, escrito pela jornalista Carolina Cruz, da equipe do Portal Consultores.com.br
Contratar uma consultoria pode dar um “upgrade” ao negócio, mas é preciso ter alguns cuidados para que as mudanças realmente sejam para a melhor:
1) Contrate uma consultoria que tenha a ver com sua empresa. Isso evita possíveis choques culturais e torna a linguagem muito mais próxima.
2) Conheça a consultoria. Faça uma pesquisa sobre a história fiscal e jurídica. Isso evita problemas futuros que podem fazer sua empresa co-responsável.
3) Procure conhecer o trabalho da consultoria, questione sobre clientes anteriores e resultados obtidos.
4) Analise se sua própria empresa não dispõe de pessoas capacitadas, tempo, informações e recursos para resolver o problema.
5) Levante as necessidades. Esteja seguro de que você precisa realmente deste serviço, a necessidade não deve ser só da sua área, mas deve estar alinhada a toda organização.
6) Defina o escopo. O projeto deve ter começo, meio e fim, isso evita que se perca o objetivo inicial, frustrando todos os envolvidos.
7) Negocie o preço. Consulte sempre várias empresas, pois há muita diferença no valor que, às vezes, é injustificável.
8) Nunca contrate só você a consultoria. Contratar uma consultoria deve ser uma decisão de toda a organização.
9) Apenas contrate uma consultoria se a empresa tiver com um real desejo de mudança, disposta a ouvir o que ela tem a dizer.
10) Não imagine que a consultoria é a solução para todos os problemas da sua emrpesa !
http://silviachadi.blogspot.com/
Extremamente marcante é a afirmativa de Holtz (1997, p. 22):
[...] a consultoria não é uma profissão em si mesma, mas uma maneira de exercer uma profissão. O engenheiro que dá consultoria permanece, em primeiro lugar, um engenheiro e, só depois disto, um consultor. O médico que dá consultoria não desiste de ser, em primeiro lugar, um médico, e nem qualquer uma das outras pessoas que se voltam para a consultoria muda a sua profissão. Elas simplesmente modificam a maneira e, muitas vezes, o tipo de indivíduos e de organizações aos quais prestam os seus serviços.
Importante salientar a abordagem qualitativa que faz Parreira (1997) ao indicar que a consultoria tem por objetivo ser não apenas eficiente, como também eficaz.
Nesta seara, utiliza-se da comparação elaborada por W. J. Reddin moldando-a para
o tema:
Eficácia em Consultoria Eficiência em Consultoria Fazer as coisas certas além de
fazer as coisas de modo certo. Produzir alternativas criativas
além de
resolver problemas. Otimizar o uso de recursos além de
poupar recursos. Compreender os objetivos além de
cumprir deveres.
Aumentar o lucro do cliente além de
baixar os custos.
Para atender estes objetivos, deve o profissional da consultoria estar bem preparado tanto no sentido técnico quanto no sentido de relacionamentos. Esta preparação será objeto de considerações no decorrer do presente trabalho.
2.3 O CONSULTOR
Oliveira (2001, p. 145) define o consultor empresarial como “o agente de mudanças externo à empresa-cliente que assume a responsabilidade de auxiliar seus executivos e profissionais no processo decisório, não tendo, entretanto, o controle direto da situação”.
Ao avaliar a questão da vocação do consultor, considerando a vocação como escolha, tendência, inclinação e predileção, mas também pendor e talento, propõe que a sustentação da vocação de consultor deve ser efetuada por um tripé:
a) A integridade que o profissional para atuar como consultor;
b) O valor que o profissional da consultoria proporciona para a empresa-cliente;
c) A felicidade que o consultor tem e expressa por sua atuação profissional.
Vale aqui uma advertência quanto à figura do contratante dos serviços do consultor. Tão importante quanto a competência de quem dá a consultoria, ou aconselhamento, é a
2.6 ÉTICA NA CONSULTORIA
Partindo de uma definição ampla de consultoria, como sendo um processo de ajuda, onde um agente externo utiliza seus conhecimentos habilidade para orientar uma empresa- cliente, urge ser avaliada a postura que este profissional deverá adotar.
Neste contexto, uma atitude ética passa a ser uma exigência do mercado.
Antes de ser
uma concessão, é uma exigência.
Em seu livro Ecologia Empresarial, Marinuzzi e Fajardo (1994, p. 142), abordam o resgate da ética, afirmando que a visão empresarial, baseada em pesquisas de cientistas do comportamento e dos teóricos da administração, percebe com clareza o que já era apregoado pelos antigos filósofos e pela mera decência: que a integridade é um dos maiores investimentos organizacionais e que o resgate da ética pode ser considerado um dos aspectos mais importantes e urgentes da humanidade. Afirmam ainda que: “O lastro moral começa a ser percebido como um dos fatoresmais fortes de sucesso, pois apenas ele pode garantir a confiança de clientes e fornecedores.”
Especificamente para o consultor empresarial, não existe um código de ética universalmente aceito, existem sim algumas propostas e recomendações. Como propõe Oliveira (2001), por ter uma responsabilidade profissional e social, fruto de sua atuação e influência na empresa-cliente, o consultor empresarial precisa adotar
seu código de ética.
Como exemplo de um código de ética recomendado, apresenta-se a seguir uma
proposta de Block (2001):
•
Não fazer promessas extravagantes, nem verbalmente, nem por correspondência,
nem em sua literatura, que você não estaria disposto ou não seria possível cumprir;
•
Não reter fatos importantes nem fazer declarações evasivas nas quais você não esta, tecnicamente, dizendo inverdades ou exagerando a verdade, mas está deliberadamente enganando o cliente ou o cliente em potencial e induzindo-o a
acreditar em algo que você não disse explicitamente;
•
Ser escrupuloso no que se refere à confidencialidade de todas as informações
privilegiadas do cliente e às suas relações empresariais com os clientes;
•
Fazer uma contabilidade estritamente honesta das horas quando o contrato o
determinar e, de qualquer modo, negociar francamente com todos os clientes e clientes em perspectiva;
•
Não envenenar o poço de todos os consultores; abster-se cuidadosamente de
censurar, condenar ou desmerecer os concorrentes, seja genérica ou especificamente;
•
Ter uma política firme de entregar tudo aquilo que prometer ao cliente.
http://pt.scribd.com/doc/925722/CONSULTORIA-EMPRESARIAL
73
profissionais de consultoria, o consultor que não pautar suas ações dentro de uma postura ética adequada está fadado ao insucesso e a tornar-se um profissional com pouco crédito e conseqüentemente encontrará muitas dificuldades em manter seus serviços no mercado.
Com esta reflexão encerra-se a revisão bibliográfica e pode-se passar para a
pesquisa de campo, que servirá de subsídio para a formatação de procedimentos para a consultoria nas MPEs.
74
3
PESQUISA DE CAMPO
Neste capítulo são apresentadas as pesquisa realizadas, bem como os critérios
utilizados em sua elaboração e aplicação.
Conforme a metodologia apresentada no item 1.4, e adaptando o material disponibilizado no Manual CNI para os objetivos desta pesquisa, apresenta-se:
Etapas da pesquisa:
As quatro etapas da pesquisa propostas são: preparação do projeto, obtenção de dados, análise e interpretação dos resultados e relatório. Neste capítulo serão apresentados o projeto de pesquisa e a fase de coleta dos dados, sendo que sua
análise e as recomendações serão tratadas no capítulo 4.
Preparo do projeto
Na definição do projeto de pesquisa devem ser observadas as seguintes questões: definição do problema; elaboração das hipóteses; escolha do método e
definição da amostragem.
Aplicando ao objeto deste estudo as orientações acima, obtêm-se:
a) Definição do problema:
Apresenta-se como problema de pesquisa: como orientar os consultores das micro e
pequenas empresas para atender as necessidades específicas deste segmento.
b) Escolha do método:
Segundo Tagliacarne (1974), os métodos de pesquisa externa que podem ser empregados são: a mala direta; a consulta telefônica; a entrevista individual; a visita pessoal; a experimentação; as lojas de controle; o painel dos consumidores e o inventário das lojas.
Pela peculiaridade deste estudo e buscando a melhor relação custo x benefício, o método escolhido foi o questionário a ser aplicado em entrevista individual, a ser efetuada em visita às empresas, diretamente com o empresário, e
com os consultores, gerentes de bancos e contadores.
75
c) Definição da amostragem
Na definição de um tamanho de amostra, Tagliacarne (1974), chama a atenção para a teoria das amostras que indica que um número “suficientemente grande” de casos sorteados para um universo apresenta, quase certamente, os
mesmos caracteres do universo.
O desafio é determinar que número é este, uma vez que quanto maior a amostra, maior
a quantidade de recursos necessários para dar consecução à pesquisa.
Na definição do tamanho da amostra desta pesquisa utilizou-se um critério aleatório, flexibilidade possível por tratar-se de uma pesquisa exploratória, que segundo Denker e Da Via (2001) apresentam métodos de coleta de dados bastante variados, não necessitando de amostragem. Foram ouvidos cinqüenta e seis (56) empresários de MPE e dezessete (17) profissionais relacionados ao segmento: consultores empresariais, gerentes de bancos e contadores.
A escolha das empresas participantes foi aleatória a partir dos diversos
bancos de dados disponíveis: lista telefônica, classificados de jornais e banco de dados de associações comerciais e industriais.
Os profissionais relacionados também foram escolhidos aleatoriamente, tendo como
condição atuar diretamente neste segmento. Obtenção dos dados
A escolha do questionário a ser aplicado em entrevista pessoal ocorreu visando obter respostas com qualidade e confiabilidade, visto que o nível de entendimento do público alvo é limitado e, limitada também é sua disponibilidade de tempo para responder uma mala direta, por exemplo. Assim, pela prática junto a empresários deste segmento, entendeu o pesquisador, ser necessário estar presente e com possibilidade de “explicar” a proposta e os objetivos para obter sua
concordância em participar do processo, bem como o conteúdo da pergunta, que por vezes não é assimilado, mesmo com o cuidado que se tem ao formulá-las.
Decidido o método a utilizar como a entrevista pessoal, foram elaboradas 21
perguntas, sendo 19 objetivas e 02 subjetivas. I.
Iniciou-se um pré-teste, com cinco empresas escolhidas aleatoriamente, onde foi possível observar-se alguns entraves, com questões que dificultavam a mensuração e tornavam a entrevista mais longa e com momentos de hesitação e
falta de entendimento por
76
parte do entrevistado. Corrigidos estes dificultadores apontados no pré- teste, obteve-se então a
versão final da entrevista.
Quanto aos profissionais relacionados, foi elaborada uma questão única, onde é solicitado seu opinamento sobre as três principais causas do insucesso empresarial, sem necessidade de explicações adicionais, visto que esta pesquisa servirá para fazer um ponto de batimento com a visão que o empresário tem de seu
negócio, que é a informação principal a ser trabalhada.
3.1 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS NAS PESQUISAS
Apresenta-se a seguir os principais dados obtidos nas pesquisas de campo realizadas
junto a empresários e profissionais que atuam no segmento da MPE.
Faz-se necessário, no entanto, resgatar alguns elementos apontados na revisão da bibliografia e apresentar dados obtidos junto a entidades de apoio à MPE, para promover um estudo comparativo das diversas visões sobre o dia-a-dia do segmento,buscando obter-se subsídios que propiciem a elaboração de orientações
que sejam relevantes para a atuação dos consultores nas MPEs.
3.1.1 PESQUISA EM FONTES SECUNDÁRIAS:
As fontes secundárias utilizadas foram livros relacionados à consultoria e a MPE, estatísticas oficiais obtidas através do site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pesquisas em sites de entidades relacionadas com a MPE, com destaque para o SEBRAE, além de consulta a diversos periódicos, que mesmo não sendo citados diretamente no presente trabalho, certamente colaboraram para um melhor entendimento global do tema.
Apresenta-se a seguir os principais dados obtidos nestas pesquisas, bem
como uma rápida análise dos mesmos, para posterior correlação com os resultados das pesquisas de campo.
77
Levantamento bibliográfico:
Do levantamento bibliográfico realizado para fundamentar o presente trabalho, muito já foi explorado no capítulo 3, sendo que a seguir apresenta-se uma avaliação pontual acerca de dificultadores que impactam nas condições de sobrevivência das MPE.
Resnik (1990) apresenta as manifestações de condutas inadequadas à eficaz administração dos negócios, adotadas por seus fundadores,motivadas, via de regra, por suas características de destemor e otimismo, características estas bastante positivas, pois sem elas não haveria empreendimento, porém devendo ser controladas, evitando-se a gestão temerária do negócio. O autor chama atenção
para as seguintes manifestações:
•
Auto-congratulações involuntárias;
•
Desprezo por áreas de experiência gerencial limitada;
•
Rejeição de assistência;
•
Resistência a delegar trabalho;
•
Aversão a ferramentas básicas de administração e ao processo de administrar;
•
Tédio após a instalação da empresa, quando está em operação.
Das observações acima, chama a atenção o comportamento do fundador da empresa, que muitas vezes, por temperamento tem dificuldade em adaptar-se às rotinas que surgem quando a empresa deixa de ser um projeto e passa a ser uma realidade. O empreendedor visionário precisa aos poucos dar lugar ao empresário, administrador, e este é, muitas vezes, o momento mais delicado para a sobrevivência da empresa.
Esta situação também é abordada por Buchele (1976), em seu livro
Diagnóstico de Empresas em Crescimento, onde apresenta uma série de crises pelas quais as MPE normalmente passam.
Descreve o autor, sete crises básicas:
•
Crise inicial: falta experiência administrativa e controle dos números da empresa,
onde o capital necessário é, via de regra, subestimado;
CONSULTORIA EMPRESARIAL
Baixar este documento gratuitamenteImprimirCelularColeçõesDenunciar documento Este documento é particular.
Informações e classificação
Business
edicarla
Compartilhar e integrar
Documentos relacionados
AnteriorPróximo 1.
p.
p.
p.
2.
p.
p.
p.
3.
p.
p.
p.
4.
p.
p.
p.
5.
 p.
p.
p.
6.
p.
p.
p.
7.
p.
p.
p.
8.
p.
p.
p.
9.
p.
p.
p.
10.
p.
p.
p.
11.
p.
p.
p.
12.
p.
p.
p.
13.
p.
p.
p.
14.
p.
p.
p.
15.
p.
p.
p.
16.
p.
p.
p.
17.
p.
p.
p.
18.
p.
p.
p.
19.
p.
p.
p.
Mais coisas deste usuário
AnteriorPróximo 1.
85 p.
458 p.
167 p.
2.
89 p.
89 p.
139 p.
Readcasters recentes
Adicionar comentário	
Enviar
compartilhar:
Caracteres: 400	
Totoh O Cachorro deixou um comentário Este scribd é uma porcaria!
09 / 17 / 2011
Responder Relatório
Yuri Lima deixou um comentário
"Consultoria é vista como um dos meios que os empresários podem utilizar para obterem a melhoria dos processos, a diminuição de custos e as alternativas de otimização dos recursos materiais e humanos"
05 / 17 / 2011
Responder Relatório
Flávio De Sá deixou um comentário
Boa noite. Gostaria de trocar Algumas idéias com o Paulo Ricardo. Estou fazendo um TCC para MBA Gestão de Negócios no UNI-bh em Bhte e gostaria de citá-lo. Meu Tema: A importância da consultoria empresarial na organização e saúde de uma empresa.
03 / 11 / 2011
Responder Relatório
fzanati deixou um comentário
zanati@ig.com.br 08 / 31 / 2010
Responder Relatório
180726 deixou um comentário
consultoria 03 / 16 / 2010
Responder Relatório
http://pt.scribd.com/doc/925722/CONSULTORIA-EMPRESARIAL
Nota: Para outros significados, veja Ética (desambiguação).
Ética é o nome geralmente dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra "ética" é derivada do grego ἠθικός, e significa aquilo que pertence ao ἦθος, ao caráter.[1]
Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano. [2][3].
Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral (entendida como "costume", ou "hábito", do latim mos, mores), mas buscava a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na vida privada quanto em público. A ética incluia a maioria dos campos de conhecimento que não eram abrangidos na física, metafísica, estética, na lógica, na dialética e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que atualmente são denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, às vezes política, e até mesmo educação física e dietética, em suma, campos direta ou indiretamente ligados ao que influi na maneira de viver ou estilo de vida. Um exemplo desta visão clássica da ética pode ser encontrado na obra Ética, de Espinoza.
Porém, com a crescente profissionalização e especialização do conhecimento que se seguiu à revolução industrial, a maioria dos campos que eram objeto de estudo da filosofia, particularmente da ética, foram estabelecidos como disciplinas científicas independentes.
Assim, é comum que atualmente a ética seja definida como "a área da filosofia que se ocupa do estudo das normas morais nas sociedades humanas" [4] e busca explicar e justificar os costumes de um determinado agrupamento humano, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Neste sentido, ética pode ser definida como a ciência que estuda a conduta humana e a moral é a qualidade desta conduta, quando julga-se do ponto de vista do Bem e do Mal.
A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.
Índice
· 1 Definição e objeto de estudo
· 2 Evolução histórica
· 2.1 Éticas grega e greco-romana
· 2.1.1 A era dos sofistas
· 2.1.2 Sócrates e seus discípulos
· 2.2 Ética na Idade Média, no Renascimento e no Iluminismo
· 3 Comportamento ético
· 4 Visão
· 5 Ética nas ciências
· 6 Referências
· 7 Ver também
· 8 Ligações externas
[editar] Definição e objeto de estudo
Em seu sentido mais abrangente, o termo "ética" implicaria um exame dos hábitos da espécie humana e do seu caráter em geral, e envolveria até mesmo uma descrição ou história dos hábitos humanos em sociedades específicas e em diferentes épocas. Um campo de estudos assim seria obviamente muito vasto para poder ser investigado por qualquer ciência ou filosofia particular. Além disso, porções desse campo já são ocupadas pela história, pela antropologia e por algumas ciências naturais particulares (como, p. ex., a fisiologia, a anatomia e a biologia), uma vez que os hábitos e o caráter dos homens dependem dos processos materiais que essas ciências examinam. Até mesmo áreas da filosofia como a lógica e a estética seriam necessárias em tal investigação, se considerarmos que o pensamento e a realização artística são hábitos humanos normais e elementos de seu caráter. No entanto, a ética, propriamente dita, restringe-se ao campo particular do caráter e da conduta humana à medida que esses estão relacionados a certos princípios – comumente chamados de "princípios morais". As pessoas geralmente caracterizam a própria conduta e a de outras pessoas empregando adjetivos como "bom", "mau", "certo" e "errado". A ética investiga justamente o significado e escopo desses adjetivos tanto em relação à conduta humana como em seu sentido fundamental e absoluto.[1] Os Sofistas pregavam a priori, quando o assunto se tratava de ética/moral, que todo princípio de ambos seria mera convenção desprovida de significantes, e ou significados. Enquanto Sócrates defendia a ideia de que basta o sujeito ter noção do bem para praticá-lo. Existindo assim na teoria a respeito da nocão de ética concebida por Sócrates, duas especificidades: a primeira é que se constituia deum lado a ética prática e singular e do outro lado o homem, e que bastava a ele seguir os princípio da ética para alcançar a felicidade [5]
Já houve quem definisse a ética como a "ciência da conduta". Essa definição é imprecisa por várias razões. (1) As ciências são descritivas ou experimentais, mas uma descrição exaustiva de quais ações ou quais finalidades são ou foram chamadas, no presente e no passado, de "boas" ou "más" encontra-se obviamente além das capacidades humanas. E os experimentos em questões morais (sem considerar as consequências práticas inconvenientes que provavelmente propiciariam) são inúteis para os propósitos da ética, pois a consciência moral seria instantaneamente chamada para a elaboração do experimento e para fornecer o tema de que trata o experimento. (2) A ética é uma filosofia, não uma ciência. A filosofia é um
processo de reflexão sobre os pressupostos subjacentes ao pensamento irrefletido. Na lógica e na metafísica ela investiga, respectivamente, os próprios processos de raciocínio e as concepções de causa, substância, espaço e tempo que a consciência científica ordinária não tematiza nem critica. No campo da ética, a filosofia investiga a consciência moral, que desde sempre pronuncia juízos morais sem hesitação, e reivindica autoridade para submeter a críticas contínuas as instituições e formas de vida social que ela mesma ajudou a criar.[1]
Quando começa a especulação ética, concepções como as de dever, responsabilidade e vontade – tomadas como objetos últimos de aprovação e desaprovação moral – já estão dadas e já se encontram há muito tempo em operação. A filosofia moral, em certo sentido, não acrescenta nada a essas concepções, embora as apresente sob uma luz mais clara. Os problemas da consciência moral, no instante em que essa pela primeira vez se torna reflexiva não se apresentam, estritamente falando, como problemas filosóficos.[1]
Ela se ocupa dessas questões justamente porque cada indivíduo que deseja agir corretamente é constantemente chamado a responder questões como, por exemplo, "Que ação particular atenderá os critérios de justiça sob tais e tais circunstâncias?" ou "Que grau de ignorância permitirá que esta pessoa particular, nesse caso particular, exima-se de responsabilidade?" A consciência moral tenta obter um conhecimento tão completo quanto possível das circunstâncias em que a ação considerada deverá ser executada, do caráter dos indivíduos que poderão ser afetados, e das consequências (à medida que possam ser previstas) que a ação produzirá, para então, em virtude de sua própria capacidade de discriminação moral, pronunciar um juízo.[1]
O problema recorrente da consciência moral, "O que devo fazer?", é um problema que recebe uma resposta mais clara e definitiva à medida que os indivíduos se tornam mais aptos a aplicar, no curso de suas experiências morais, aqueles princípios da consciência moral que, desde o princípio, já eram aplicados naquelas experiências. Entretanto, há um sentido em que se pode dizer que a filosofia moral tem origem em dificuldades inerentes à natureza da própria moralidade, embora permaneça verdade que as questões que a ética procura responder não são questões com as quais a própria consciência moral jamais tenha se confrontado.[1]
O fato de que os seres humanos dão respostas diferentes a problemas morais que pareçam semelhantes ou mesmo o simples fato de que as pessoas desconsideram, quando agem imoralmente, os preceitos e princípios implícitos da consciência moral produzirão certamente, cedo ou tarde, o desejo de, por um lado, justificar a ação imoral e pôr em dúvida a autoridade da consciência moral e a validade de seus princípios; ou de, por outro lado, justificar juízos morais particulares, seja por uma análise dos princípios morais envolvidos no juízo e por uma demonstração de sua aceitação universal, seja por alguma tentativa de provar que se chega ao juízo moral particular por um processo de inferência a partir de alguma concepção universal do Supremo Bem ou do Fim Último do qual se podem deduzir todos os deveres ou virtudes particulares.[1]
Pode ser que a crítica da moralidade tenha início com uma argumentação contra as instituições morais e os códigos de ética existentes; tal argumentação pode se originar da atividade espontânea da própria consciência moral. Mas quando essa argumentação torna-se uma tentativa de encontrar um critério universal de moralidade – sendo que essa tentativa começa a ser, com efeito, um esforço de tornar a moralidade uma disciplina científica – e especialmente quando a tentativa é vista, tal como deve ser vista afinal, como fadada ao fracasso (dado que a consciência moral supera todos os padrões de moralidade e realiza-se
inteiramente nos juízos particulares), pode-se dizer então que tem início a ética como um processo de reflexão sobre a natureza da consciência moral.[1]
Se isso for verdade, segue-se que uma das funções principais da ética deve ser a crítica de tentativas equivocadas de encontrar um critério de moralidade superior aos pronunciamentos da própria consciência moral. A superioridade última da consciência moral sobre todos os demais padrões é reconhecida inclusive por aqueles que contestam a sua autoridade sempre que alegam que todos deveriam reconhecer o valor superior dos padrões que eles mesmos pretendem estabelecer em substituição aos atuais. Analogamente, seus oponentes refutam seus argumentos mostrando que se baseiam, em última instância, no reconhecimento de certas distinções que são distinções morais (i. é, implicam uma consciência moral capaz de discriminar o certo e o errado em casos particulares), e que essas distinções morais estão em conflito com as conclusões que buscam estabelecer.[1]
Isso se pode ilustrar brevemente por meio de referências a algumas das grandes controvérsias fundamentais da ética. Nenhuma dessas controvérsias originou-se de pronunciamentos conflitantes da consciência moral, isto é, não há contradição fundamental na própria moralidade. Ninguém nunca assimilou o conceito de prazer ao conceito de Bem ou considerou que as reivindicações do interesse próprio fossem idênticas às do dever. Mas a controvérsia entre hedonistas e anti-hedonistas tem origem no momento em que se considera que um bem que não seja "meu", em algum sentido, não é um bem de maneira nenhuma, ou que um ato não pode ser moral a não ser que possa também satisfazer a "mim". A reflexão de que a marca ou sinal da perfeita execução de um ato virtuoso particular é a presença de um prazer característico que sempre o acompanha opõe-se à reflexão de que é uma marca da moralidade suprema nunca estar satisfeita. Desses dois pronunciamentos da consciência moral, aparentemente contraditórios, pode surgir uma variedade de controvérsias concernentes ao prazer e o dever ou concernentes aos conceitos ainda mais difíceis e complexos de mérito e aperfeiçoamento ou à natureza do Supremo Bem e do Fim Último.[1]
É impossível prever como e quando surgirão novas controvérsias na ética. Às vezes o predomínio de uma ciência particular ou área de estudos oferece a ocasião para que uma tentativa de aplicar à ética ideias emprestadas dessa ciência. Falsas analogias feitas entre a ética e a matemática ou entre a moralidade e a percepção da beleza têm engendrado muita confusão tanto na ética antiga como na moderna. A influência de ideias oriundas da biologia está em toda a parte manifesta nas especulações éticas dos tempos modernos. Às vezes formulam-se teorias inteiras de ética que podem ser vistas como esforços de subordinar concepções morais a concepções pertencentes a instituições ou departamentos do pensamento e atividades humanas que a própria consciência moral engendrou.[1]
O direito, por exemplo, depende, ou ao menos deveria depender da necessidade e consciência humana de justiça. E instituições como a família e o Estado foram criados pela consciência social, que é um aspecto da consciência moral. No entanto, a moralidade tem sido subordinada a sanções legais e sociais, e o avanço moral

Outros materiais