Buscar

Erupção dentaria- Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Erupção dentaria
Introdução
· É uma das etapas de todo o fenômeno, que tem início nos primórdios da odontogênese. 
· O fenômeno de erupção foi classicamente dividido em três fases: 
· Pré-eruptiva, eruptiva e pós-eruptiva 
Entretanto, de acordo com Marks Jr. e Schroeder, o processo de erupção dentária pode ser dividido em cinco fases: movimentação pré-eruptiva, erupção intraóssea, penetração na mucosa, erupção pré-oclusal e erupção pós-oclusal.1 Katchburian e Arana adotam também essa classificação e comentam que, na fase eruptiva, podem ser diferenciados momentos nos quais ocorrem mudanças, tanto na velocidade de erupção quanto nas estruturas envolvidas no processo.
Os movimentos de erupção que caracterizam cada uma dessas fases são descritos a seguir.
Fases da erupção
FASE DE MOVIMENTAÇÃO PRÉ-ERUPTIVA 
Quando os germes dos dentes decíduos se formam, estão contidos nos maxilares, muito próximos do epitélio bucal. Maxilares crescem em todas as suas direções provocando aumento em altura e no comprimento do arco e também crescimento em largura
· MOVIMENTO DE CORPO = Para manter uma relação constante com os maxilares, os germes se movem para oclusal (compensar o aumento em altura) e para vestibular (compensar o aumento em largura). Esses movimentos são chamados de movimentos de corpo, ou seja, o germe se movimenta por completo
· MOVIMENTO EXCENTRICO= Parte do germe dentário em desenvolvimento permanece estacionário, enquanto o restante continua a crescer, levando a uma mudança em seu centro . Durante esse movimento, ocorre apenas a reabsorção óssea, o que altera a forma da cripta para acomodar o germe que está se modificando
· MOVIMENTO DENTES PERMANENTES
INCISIVOS E CANINOS: posição lingual aos germes dentários decíduos, no nível de suas superfícies oclusais e na mesma cripta óssea.
MOLARES SUPERIORES: tuberosidade da maxila; inicialmente, têm suas superfícies oclusais voltadas para distal.
MOLARES INFERIORES: superfícies oclusais inclinadas para mesial e ocupam uma posição vertical quando há espaço 
FASE DE ERUPÇÃO INTRAÓSSEA = Deslocamento do germe dentário a partir da sua posição inicial na cripta óssea até sua penetração na mucosa oral 
Como o deslocamento se realiza dentro dos ossos da maxila e da mandíbula, a formação e a reabsorção seletivas das paredes da cripta óssea constituem os principais eventos dessa fase. Por volta do início da erupção intraóssea, o folículo que rodeia o germe dentário torna-se muito denso, denominando-se, assim, folículo dentário propriamente dito.
Folículo dental denso adere ao Epitélio dental externo uma camada densa e altamente vascularizada que separa o folículo das paredes da cripta óssea Na região subjacente ao Gubernáculo (remanescente da lâmina dentária) numerosas células mononucleadas aumento no número de osteoclastos os monócitos são precursores dos osteoclastos (?)
· Os osteoclastos são células responsáveis pela reabsorção óssea da porção oclusal da cripta, estabelecendo a Via Eruptiva O gubernáculo é contituido por restos epiteliais da lâmina dentária 
· Durante essa fase, ocorrem alterações significativas de desenvolvimento, que incluem a formação das raízes, do ligamento periodontal e do epitélio juncional 
· A raiz em formação cresce primeiro em direção ao assoalho da cripta óssea e, como resultado, há reabsorção de osso nesse local para fornecer espaço para a ponta da raiz
FASE DE PENETRAÇÃO NA MUCOSA = O inicio desta fase corresponde ao término de formação da via eruptiva, ou seja, quando não há osso alveolar recobrindo as cúspides ou bordas incisais dos dentes .
A velocidade de erupção aumenta e o dente chega rápido ao epitélio da mucosa. A compressão dos vasos sanguíneos, devido à pressão exercida pelo dente em erupção, pode ocasionar prurido na região da mucosa oral antes do seu aparecimento na cavidade oral.
Observa-se discreta proliferação das células do epitélio reduzido, as quais ainda liberam algumas proteínas, entre elas quantidades variáveis de interglobulinas E (IgE) . Essa liberação de IgE pode desencadear uma reação de hipersensibilidade local que, às vezes, leve aumento de temperatura corpórea na criança
Uma vez que parte do dente emergiu na cavidade bucal, o epitélio reduzido do esmalte é conhecido como aderência epitelial, ou epitélio de união, ligando os tecidos gengivais à coroa do dente 
FASE DE ERUPÇÃO PRÉ-OCLUSAL=
Após ter penetrado na mucosa bucal, o dente continua seu movimento eruptivo deslocando-se em direção oclusal até alcançar o plano funcional. Nessa fase, fatores intrabucais, como as forças musculares (lábios, bochechas e língua principalmente), e hábitos como sucção de dedo ou objetos, protrusão da língua, além do crescimento craniofacial, interferem na direção do movimento eruptivo do dente.
· Desde o aparecimento do dente na cavidade bucal até chegar ao plano oclusal, à velocidade de erupção alcança uma média de 75 mm/dia.
FASE DE ERUPÇÃO PÓS-OCLUSAL= Quando o dente alcança sua posição funcional no plano oclusal, a velocidade de erupção decresce significativamente, permanecendo quase imperceptível ao longo da vida 
· MODIFICAÇÕES NAS ESTRUTURAS E SUPORTE: 
· Osso alveolar se torna mais espesso 
· Fibras do ligamento periodontal terminam sua estruturação 
· A espessura do Cemento se completa, principalmente na região apical a raiz 
· Raiz completamente formada com fechamento do ápice 
Teorias sobre os mecanismos de erupção
Os movimentos de erupção de um dente são resultantes do crescimento diferencial de dois órgãos (o dente e os ossos maxilares) relacionados topograficamente.
· Crescimento radicular
· Ligamento em rede
· Crescimento dos tecidos periapicais 
· Pressão hidrostática
· Crescimento do tecido pulpar 
· Ligamento periodontal
· Teoria de Thomas
· Remodelação da cripta óssea
· Papel do folículo dentário e do retículo estrelado 
CRESCIMENTO RADICULAR
O crescimento radicular seria a força mais óbvia da erupção, em virtude de seu crescimento longitudinal.
“À medida que a raiz cresce, provoca a erupção do dente”
Hoje, sabe-se que há controvérsias. Basta observar os acompanhamentos radiográficos e as medidas neles feitas, nos quais a erupção ocorre antes do início da formação da raiz.
Há dentes que percorrem trajetos maiores que o tamanho de suas raízes. No caso da displasia do ectoderma, o dente pode irromper quase sem raiz. Além disso, para explicar essa teoria, haveria a necessidade de uma base óssea sobre a qual o dente se apoiaria para se mover, facilitando a reabsorção do osso por pressão, sem provocar a erupção do dente.
LIGAMENTO EM REDE= O’Brien et al. acreditam que a aposição óssea é um fator passivo e que o principal fator para a erupção dentária é a proliferação do tecido conjuntivo. Outra afirmação é a de que o cemento seria responsável por parte dos movimentos de erupção, especialmente nos dentes multirradiculares, e que sua presença é fundamental, evitando a reabsorção óssea e da raiz.Esses fatos, por si só, não explicam a erupção do dente. Além disso, no caso de disostose cleidocraniana, observa-se na dentição permanente completa formação de osso, raiz e cemento e os dentes não irrompem.
CRESCIMENTO DO TECIDO PULPAR= De acordo com essa teoria, as pressões hidrostática e apical da polpa ancorada na base alveolar seriam responsáveis pela movimentação e erupção, forçariam o tecido entre a câmara pulpar e a base, expulsando o fluido de circulação para permitir o aumento do volume dos espaços tissulares .Concluindo, pode-se dizer que não há meios capazes de permitir que o tecido conjuntivo pulpar forneça força independente responsável pela erupção. Além desse aspecto, há experiências em animais que demonstram o prosseguimento da erupção após a necrose pulpar
LIGAMENTO PERIODONTAL=A maioria das evidências viáveis indica que a força para o movimento dentário eruptivo reside no ligamento periodontal. Se um dente com erupção contínua é cirurgicamente cortado na metade e se coloca uma barreira entre essas metades, o fragmento distal que tem apenas o ligamento associado a ele (sem raiz ou vascularização)irrompe.Não se sabe ao certo como essa força é produzida; sugere-se que as fibras colágenas do ligamento exerçam uma força contratil Nos casos de Osteopetrose (forma LP mas dente não erupciona) e Displasias dentárias (dente sem raiz) invalidam esta teoria
TEORIA DE THOMAS=Thomas afirmou que, durante a maturação do colágeno, há a contração das fibras colágenas, o que confere uma força (energia) que provocaria a erupção do dente.Para suportar essa teoria, ele alimentou ratos com um medicamento que impedia a maturação do colágeno e observou que a erupção dos incisivos e molares foi bastante retardada, embora o crescimento radicular continuasse normal.
 Entretanto, outros estudiosos em épocas diferentes tentaram repetir os experimentos de Thomas e não obtiveram os resultados por ele alcançados, não se podendo acreditar que essa seria a causa determinante de erupção dentária desta forma.
REMODELAÇÃO DA CRIPTA ÓSSEA=Quanto à remodelagem da cripta óssea, diversos experimentos mostraram que as regiões de formação e reabsorção ósseas ocorrem como consequência do processo eruptivo, e não o contrário. 
Regiões de leve reabsorção também são observadas no osso das paredes e da base da cripta. Assim, tudo indica que as regiões de reabsorção óssea na cripta ocorrem como consequência da pressão gerada pelo movimento do dente, e não como um mecanismo independente para determinar o caminho que o dente deve seguir para irromper na cavidade bucal.
PAPEL DO FOLÍCULO DENTÁRIO=Há vários anos, tem sido atribuído ao folículo dentário um papel no início da reabsorção óssea associado à erupção dentária.O estabelecimento de um canal contendo restos da lâmina dentária, bem como o tecido conjuntivo, no qual o tecido ósseo não está presente, constitui a estrutura denominada gubernáculo na região oclusal da cripta. Acredita-se, por isso, que a presença do gubernáculo facilita, de alguma maneira, o processo irruptivo 
TEORIAS DO CRESCIMENTO= Todas as teorias, por si só, não são suficientes para explicar esse fenômeno: 
· Os dentes se movem em três dimensões, não apenas no seu longo eixo
· Os dentes irrompem com diferentes características e velocidades específicas em cada fase
· Os dentes atingem uma posição funcional que é herdada geneticamente.
· Atualmente, as teorias mais aceitas para explicar o mecanismo de erupção dentária são: crescimento radicular, formação do ligamento periodontal, remodelagem da cripta óssea e ação conjunta do folículo dentário com o retículo estrelado do órgão do esmalte 
Cronologia e sequência de erupção
Influência da genético, sexo, fatores sistêmicos e ambientais.Aproximadamente, a partir do 6º mês, inicia-se a erupção dos dentes, que ocorre na seguinte ordem para ambos os arcos:
· Incisivos centrais 
· Incisivos laterais 
· Primeiros molares 
· Caninos 
· Segundos molares 
			A proposta por Kronfeld e Shour tem sido aceita desde 1939 : 
· 
· Incisivo central inferior, 
· Incisivo central superior, 
· Lateral superior, 
· Lateral inferior, 
· Primeiro molar superior, 
· Primeiro molar inferior,
· Canino superior, 
· Canino inferior 
· Segundo molar inferior 
· Segundo molar superior 
DENTES PERMANENTES-Gênero masculino 
· 
· Primeiro molar inferior, primeiro molar superior e incisivo central inferior
· Incisivo lateral inferior, incisivo central superior
· Incisivo lateral superior
· Primeiro pré-molar superior
· Primeiro pré-molar inferior 
· Canino inferior
· Segundo pré-molar superior
· Segundo pré-molar inferior
· Canino superior, segundo molar inferior
· Segundo molar superior
· 
Gênero feminino
· 
· Incisivo central inferior 
· Primeiro molar inferior 
· Primeiro molar superior 
· Incisivo central superior 
· Incisivo lateral inferior 
· Incisivo lateral superior 
· Primeiro pré-molar superior, canino inferior 
· Primeiro pré-molar inferior 
· Segundo pré-molar superior 
· Segundo pré-molar inferior, canino superior 
· Segundo molar inferior 
· Segundo molar superior 
Sofrem mais influência do que as dos decíduos, a avaliação do desenvolvimento dentário individual, que geralmente pode ser feita por meio de radiografias. 
ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO DE NOLLA- DENTES PERMANENTES
VARIAÇÕES DA CRONOLOGIA
Fatores Relacionados ao Indivíduo e ao Ambiente = Fatores genéticos; Sexo dentição decídua dentição permanente; Ambiente Zona rural e urbana; Temperatura; Região litorânea. 
Fatores Sistêmicos que Afetam a Erupção = Problemas endócrinos: hipotireoidismo retarda distúrbio por excesso de funcionamento dessas glândulas provoca erupção precoce ; Retardo da puberdade em geral provoca atraso ; Desnutrição: atraso na erupção dos primeiros dentes decíduos; Dentes natais e neonatais ; Síndrome de Down: atrasos ; Na disostose cleidocraniana- decíduos e permanentes
Fatores Locais que Afetam a Erupção = 
· HEMATOMA DE ERUPÇÃO:Dentição decídua;Molares superiores ;Traumático 
· ANQUILOSE: Continuidade do ligamento periodontal comprometida ; O dente fica abaixo da linha de oclusão e estático; Segundo molar decíduo 
· DENTES IMPACTADOS: Dentes inclusos; Apinhamento no arco dentário, Perda precoce de dentes decíduos impactação parcial ou total , terceiros molares inferiores e superiores, caninos superiores e pré-molares supranumerários.
SINTOMATOLOGIA ERUPÇÃO 
· Aumento da salivação
· Irritabilidade
· Diarreia leve
· Febre leve***
· Sono agitado 
· Falta de apetite
· Erupção cutânea
· Coriza 
SINTOMATOLOGIA RELACIONADA COM ERUPÇÃO DE DENTES DECÍDUOS 
Algumas proteínas são liberadas, entre elas, quantidades variáveis de interglobulinas E (IgE), que podem desencadear uma reação de hipersensibilidade local e leve aumento na temperatura
Para aliviar o desconforto da criança, pode-se orientar o uso de mordedores limpos e resfriados que provocariam isquemia na gengiva e acelerariam o processo eruptivo. Os pais podem utilizar dedeiras ou acessórios para estimular a área. Em alguns casos específicos, pode ser indicado o uso de: 
· Anestésico local 
· Analgésicos para aliviar a sintomatologia

Outros materiais