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Instalações Hidráulicas Prediais - Águas Pluviais (Teoria)

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► INTRODUÇÃO 
A palavra “pluvial” vem do latim “pluvium”, que significa chuva. Portanto, águas pluviais 
são as águas da chuva. Essas águas que escoam sobre a superfície do solo e telhados precisam ser 
captadas e conduzidas de forma controlada por sistemas de captação e drenagem pluvial. 
Sistemas de drenagem de águas pluviais são destinados à coletar as águas provenientes das 
chuvas em determinadas áreas da edificação, como, telhados, coberturas, pátios, terraços e lajes. A 
principal função de um sistema como este é conduzir as águas provenientes das chuvas para que não 
ocorram infiltrações ou qualquer desconforto relacionado. 
Este sistema é fundamental, pois evita alagamentos, diminui a erosão do solo e protege as 
edificações da umidade excessiva. O sistema de água pluvial também pode servir para coleta e 
armazenamento da água da chuva para ser mais tarde reaproveitada para lavagem de pisos, carros, 
irrigação de jardins ou na descarga dos vasos sanitários. 
 Existe a parte do sistema de captação de água pluvial que fica nas ruas das cidades (sarjetas, 
bueiros, tubos das redes públicas de coleta e canalização de córregos urbanos) e a parte dentro dos 
terrenos das casas e edifícios (calhas, condutores, caixas, tubos e coletores). Trataremos nesta 
Unidade da parte do sistema que fica nas edificações, e que é regulamentado pela NBR 10844 
(Instalações Prediais de Águas Pluviais). 
O estudo será dividido em duas Unidades de Aprendizagem. Nesta Unidade veremos 
somente da parte teórica do conteúdo. Conceitos básicos, materiais utilizados e recomendações da 
norma. A Unidade 2 será sobre o dimensionamento da instalação, que é a parte prática do conteúdo e 
que envolve cálculos. 
► TÓPICO 1 – CONCEITOS BÁSICOS 
A instalação de água pluvial é formada pelo conjunto de calhas, condutores, grelhas, caixas 
de passagem e demais dispositivos que são responsáveis por captar águas da chuva e conduzir a um 
destino adequado. Através da Figura 1, conheça os componentes do sistema de coleta de água pluvial. 
 
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Figura 1- Sistema de Água Pluvial 
 Fonte: Manual Técnico Tigre (2013) 
 
1) Calhas de beiral: Tubulação em formato de meia lua ou outro, instalada nos beirais dos 
telhados, com a finalidade de coletar a água da chuva proveniente dos telhados, 
encaminhando-a a um condutor vertical. 
2) Condutor Vertical: Tubo de descida que conduz a água do bocal da calha até o piso, ou 
até a tubulação subterrânea que coleta as águas da chuva. 
3) Caixas de Areia: Caixa enterrada utilizada para recolher detritos contidos nas tubulações 
de águas pluviais, além de permitir a inspeção do sistema. Esses detritos ficam 
depositados no fundo da caixa, o que permite a sua retirada periodicamente. Esta caixa 
pode possuir uma grelha para também coletar as águas do piso. 
4) Calha de Piso: Canal que coleta água e outros líquidos que escoam dos pisos dos pátios, 
jardins, estacionamentos, garagens, praças, piscinas e indústrias, conduzindo a um 
destino final. 
5) Tubos para Drenagem: Tubo perfurado e enterrado que capta a umidade, excessiva do 
solo, conduzindo a um destino final. 
 
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6) Caixa de Passagem: Caixa normalmente enterrada que serve somente para interligar as 
tubulações subterrâneas do sistema de águas pluviais, permitindo inspeção do sistema. 
7) Válvula de Retenção: Conexão que impede o retorno das águas pluviais em situações, 
como, inundações, enchentes, refluxo de marés, entupimentos, vazões elevadas em 
períodos de chuva. 
Um ponto importante de ser ressaltado é que a NBR 10844 estabelece que o sistema de 
tubulações de coleta de águas pluviais não deve ser conectado ao sistema de esgoto sanitário. Desta 
forma, evitam-se transtornos como o retorno de mau cheiro. 
As calhas podem ser produzidas em chapas de ferro galvanizada (zinco) ou podem ser 
plásticas (material com grande aceitação atualmente). Calhas em chapas de cobre e de alumínio são 
menos utilizadas devido ao alto custo. Além da calha de beiral mostrada na Figura 1, a calha também 
pode ser de platibanda ou de água furtada (quando capta faz a captação de duas águas de telhado). A 
NBR 10844 estabelece que a inclinação das calhas, tanto de beiral, como de platibanda, seja uniforme 
com valor mínimo de 0,5%. Veja na Figura 2 exemplos de formatos de calhas e na Figura 3 os tipos 
de calhas. 
 
Figura 2 – Formatos de Calhas 
 Fonte: www.aegrupo.com.br 
http://www.aegrupo.com.br/
 
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Figura 3 – Tipos de Calhas 
 Fonte: www.aegrupo.com.br 
 
O tubo de drenagem (ponto 5 da Figura 1) não é tão comum em residências. É utilizado 
quando a água preenche toda a porosidade de um solo deixando-o saturado e com dificuldade de 
escoar naturalmente. A drenagem permite o escoamento do excesso de água do solo através de um 
sistema de tubulações perfuradas colocadas a uma certa profundidade. O sistema de drenagem do solo 
é utilizado em muros de arrimo, para evitar acúmulo de água infiltrada, em gramados e campos 
esportivos, para evitar empoçamento, em aeroportos, rodovias e ferrovias, em áreas públicas urbanas, 
dentre outros. 
Um componente do sistema de água pluvial não mencionado na Figura 1, são os rufos. Rufos 
são chapas de zinco com uma pequena dobra em uma das suas laterais, fixados na parede sobre o 
telhado para evitar que a água da chuva escorra pela parece ocasionando goteiras na edificação. 
Também podem ser utilizados nas platibandas, acompanhados de uma pingadeira, para evitar água 
diretamente na parede. Na Figura 4 estão os exemplos de como os rufos são utilizados. 
Os condutores verticais, e também os horizontais, que são os tubos por onde a água captada 
pelas calhas vai escoar, podem ser feitos de PVC, chapa de aço galvanizado ou fibrocimento. O 
material mais utilizado é o PVC, por ser de qualidade e com custo relativamente baixo. 
http://www.aegrupo.com.br/
 
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Figura 4 – Rufos 
 Fonte: www.viasulcalhas.com.br 
 
O destino das águas pluviais, após a instalação predial, pode ser o escoamento superficial, 
infiltração no solo por meio de poço absorvente, disposição na sarjeta da rua ou por tubulação 
enterrada no passeio (pelo sistema público de captação de águas pluviais, a água chega a um córrego 
ou rio), cisterna (reservatório inferior) de acumulação de água para uso posterior (reaproveitamento). 
 
► TÓPICO 2 – RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS DA NORMA 
A NBR 10844 fixa as exigências pelas quais devem ser projetadas e executadas as 
instalações prediais de águas pluviais, atendendo às condições técnicas mínimas de higiene, 
segurança, durabilidade, economia e conforto aos usuários. As principais recomendações estão 
descritas a seguir em tópicos. 
➢ Recolher e conduzir a vazão de projeto até locais permitidos pelos dispositivos legais 
(sarjetas, por exemplo); 
➢ Ser estanques; 
➢ Permitir a limpeza e desobstrução de qualquer ponto no interior da instalação; 
➢ Não provocar ruídos excessivos; 
➢ Não devem ser lançadas em redes de esgoto usadas apenas para águas residuárias; 
 
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➢ A instalação predial de águas pluviais se destina exclusivamente ao recolhimento e 
condução das águas pluviais, não se admitindo quaisquer interligações com outras 
instalações prediais; 
➢ Os tubos de PVC a serem adotados devem ser de boa qualidade, e atender a NBR 
5688 (Sistemas Prediais de Água Pluvial, Esgoto Sanitário e Ventilação – Requisitos 
para Tubos e Conexões), para que tenham boa resistência às subpressões que podem 
ocorrer nestas instalações; 
➢ A ligação entre os condutores verticais e horizontais deve ser feita com curva de raio 
longo, com caixa de inspeção ou caixa de areia, estando o condutor horizontal 
aparente ou enterrado; 
➢ O diâmetro mínimo dos condutores verticais é de DN 75mm; 
➢ A inclinação das calhas de platibanda e beiral deve ser uniforme, com valor mínimo 
de 0,5%. Ou seja, em cada 1 metro de tubo na horizonta,teremos 5mm de desnível 
na vertical. 
 
► TÓPICO 3 – ADVERSIDADES QUE PODEM OCORRER NO SISTEMA 
A experiência prática mostra que nos tubos com maior altura, destinados a conduzir águas 
pluviais, pode ocorrer um fenômeno como pressões negativas em seu interior, ou seja, vácuo. Este 
fenômeno é nocivo para as instalações, pois causa rompimento na tubulação. 
O vácuo ocorre quando os tubos de queda são mal dimensionados em relação aos diâmetros, 
como também em número de condutores, provocando, no caso de chuvas mais fortes, o acúmulo 
excessivo de água no interior das calhas. Por este motivo, a entrada no tubo vertical permanece 
afogada, ou seja, não passa ar juntamente com a água para dentro do tubo. Nesses casos, ocorrerá a 
pressão negativa. Quando maior a altura da edificação, maior será essa pressão negativa. 
 
 
Figura 4 –Escoamento nos tubos verticais 
 Fonte: Manual Técnico Tigre (2013) 
 
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Quando existe acúmulo de folhas ou outros materiais na entrada do bocal, também ocorre o 
afogamento e impedem que o ar passe juntamente com a água pela tubulação. O que ocasionará 
pressões negativas. Como estas situações acidentais são praticamente impossíveis de se prever e, para 
evitar maiores danos nas tubulações, podem ser utilizados tubos especiais, como o PVC Rígido. 
Manter uma frequência de manutenção e executar um dimensionamento preciso também auxiliam na 
redução dos problemas. 
 
► TÓPICO 4 – TERMINOLOGIA 
A seguir serão apresentadas definições necessárias para o dimensionamento da instalação de 
água pluvial, associadas aos conceitos de hidrologia e hidráulica. 
Altura Pluviométrica: Volume de água precipitada (em mm) por unidade de área. Altura de água de 
chuva que se acumula, após um certo tempo, sobre uma superfície horizontal impermeável e 
confinada lateralmente (calhas), desconsiderando a evaporação. 
Intensidade Pluviométrica: razão entre a altura pluviométrica precipitada e seu respectivo intervalo 
de tempo (mm/h). 
Tempo de Concentração: Intervalo de tempo decorrido entre o início da chuva e o momento em que 
toda a área de contribuição passa a contribuir para determinada seção transversal de um condutor ou 
calha. 
Área de Contribuição: Soma das áreas superficiais que recebem e conduzem as águas para 
determinado ponto da instalação. No caso de calhas, a área do telhado. Para grelhas no piso, a área 
do piso. 
 
Figura 5 – Área de Contribuição 
 Fonte: www.guiadaengenharia.com.br 
http://www.guiadaengenharia.com.br/
 
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Diâmetro nominal: número que serve para classificar os elementos de tubulações e que corresponde 
aproximadamente ao diâmetro interno da tubulação em milímetros. É o diâmetro comercial, pelo qual 
os tubos são vendidos, não servindo para fins de cálculos. 
Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junto às paredes e ao fundo do condutor ou 
calha (perímetro da área compreendida pela água). 
Área molhada: área útil de escoamento em uma seção transversal de um condutor ou calha. 
Raio hidráulico: razão entre a área molhada e o perímetro molhado. 
 
Figura 6 – Área molhada e perímetro molhado 
 Fonte: www.guiadaengenharia.com.br 
Vazão de projeto: vazão de referência para o dimensionamento de condutores e calhas. 
► QUESTÕES DE RECAPITULAÇÃO 
Questão 01: 
Quais são as partes constituintes de um sistema predial de água pluvial e quais são os objetivos 
específicos destas instalações, segundo a NBR 20844? 
Questão 02: 
Após passar pelo sistema predial, qual pode ser o destino da água das chuvas? 
► RECAPITULAÇÃO DA UNIDADE 
• Sistemas de drenagem de águas pluviais são destinados à coletar as águas provenientes das 
chuvas e incidentes em telhados, coberturas, pátios, terraços e lajes. 
http://www.guiadaengenharia.com.br/
 
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• As instalações de água pluvial devem ser projetadas de modo a ser estanques, permitir 
limpeza, possuírem materiais resistentes, não provocar ruídos excessivos, resistir às pressões 
que podem estar sujeitas e ser fixadas de maneira a assegurar resistência e durabilidade. 
• A principal função deste sistema é conduzir a água da chuva para evitar infiltrações, que 
danificam estruturas e pinturas, desconforto, águas que molham o interior da edificação, e 
evitar que águas alaguem o entorno da edificação impedindo acesso e tráfego no local. 
• A instalação pluvial se destina exclusivamente ao recolhimento e condução das águas das 
chuvas, não se admitindo quaisquer interligações com outras instalações prediais. 
• O destino das águas pluviais pode ser escoamento superficial, infiltração no solo, disposição 
na sarjeta ou reservatório inferior. 
• O sistema de água pluvial é composto, resumidamente, de: calhas, rufos, condutores e caixas 
de passagem. 
 
► REFERÊNCIAS 
Manual Técnico Tigre: Orientações técnicas sobre instalações hidráulicas prediais. Tigre S. A. – Joinville: 
Tigre, 5ª ed., 2013. 
BOTELHO, M. H. C. Instalações hidráulicas prediais: usando tubos de PVC e PPR. São Paulo: 
Edgard Blucher, 2006. 
MACINTYRE, A. J. Instalações hidráulicas prediais e industriais. Rio de Janeiro: LTC, c1996. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10844: Instalações prediais de 
águas pluviais. Rio de Janeiro, p. 13. 1989.

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