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RESPOSTA 002

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ACADEMICA: Gracieli Maria de Silvestre 02/04/2020
CURSO: Direito – 6 Semestre – Noturno 
PROFESSOR: MURILO ESTRELA MENDES
DISCIPLINA: PROCESSO CIVIL III
1- Considerando a competência do artigo 516 do novo CPC, explique o seu parágrafo único, utilizando 2 (duas) ou mais doutrinas.  Mínimo 1 (uma) lauda.
Parágrafo Único: Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Em princípio o juízo competente para cumprimento de sentença é onde ele se formou (competência absoluta). Trata-se de competência funcional, pois em tese o juízo mais aparelhado para a execução é aquele em que a sentença foi proferida. Porém, de acordo com o novo CPC/2015, os foros concorrentes podem ser divididos em 03 (três). São eles:
a) O local onde foi proferida a sentença;
b) Onde se encontram os bens sujeitos à expropriação; ou
c) O atual domicílio do executado.
De acordo com essa realidade, o parágrafo único do art. 516 do NCPC determina que o exequente poderá optar por quaisquer dos três lugares citados, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. Vale observar que a competência continua absoluta, porém o exequente possui três opções para executar a demanda. Segundo esse dispositivo, caso o credor queira optar por outro “juízo que não o atual no qual foi formado o título executivo, deverá requerer de forma fundamentada” a remessa dos autos ao novo juízo. Deverá requerer a quem? Ao novo juízo (onde estão os bens, por exemplo), ou ao juízo que formou o título (o que proferiu a sentença exequenda)? São questões interessantes, que por muitas vezes nos confundem por pensarmos que qualquer juízo é competente para tal atribuição. No caso em questão, o requerimento será apresentado ao juízo da comarca que se deseje que a execução ocorra, e não ao de origem do processo, mesmo os autos não estando presente fisicamente. Nesta situação, o juízo competente recebe o requerimento, verifica se estão presentes todos os requisitos necessários para que a execução ocorra e se inicie.
Vale lembrar que os requisitos necessários para que isso ocorra são se os bens do devedor estão ali situados ou se o devedor está atualmente ali domiciliado.
Após isto, o juízo competente solicita ao juízo de origem a remessa do processo de conhecimento e, dentro deste, inicia-se a execução, sem necessitar de um novo processo para tal.
Como fora demonstrado no artigo 516, NCPC e seus incisos, a competência é dividida conforme cada situação, e que vamos demonstrar a seguir. 
2- Utilizando (2) duas doutrinas, esclareça o entendimento legal e doutrinário da caução prevista no cumprimento provisório de sentença (Art. 520 do CPC). Mínimo em 1 (uma) lauda. 
O cumprimento provisório da sentença nada mais é do que a execução provisória. Cumprimento de sentença é o nome atribuído pelo legislador, pois pode ser cumprida inclusive decisão interlocutória.
A partir do momento em que há um título executivo judicial, há três possibilidades:
a) A decisão judicial não á recorrida (não há recurso contra a decisão) – há o trânsito em julgado e, a partir do desse momento, há o cumprimento de sentença definitiva.
b) Recurso com efeito suspensivo (ele impede que a decisão impugnada gere seus efeitos, entre ele o da executabilidade). Nessa circunstância não cabe cumprimento de sentença.
c) Recurso sem efeito suspensivo. Se o recurso não tem efeito suspensivo, esse título executivo é executável, cabendo o cumprimento de sentença. Havendo recurso pendente de julgamento, pode haver a reforma ou anulação do título executivo judicial, razão pela qual o cumprimento de sentença será provisório.
Logo, cumprimento provisório de sentença é a execução cabível na pendência de recurso sem efeito suspensivo.
É importante registrar que o artigo 587 do CPC/73 permitia que uma execução de um título executivo extrajudicial (processo de execução) poderia ser uma execução provisória. O NCPC não repete esse artigo e é justamente por isso que eles mudaram o nome. No NCPC, não existe execução provisória de título executivo extrajudicial. Todo processo de execução de título extrajudicial é definitivo, do começo ao fim. Assim, volta-se a ter vigência a Súmula 317 do STJ (os embargos de execução podem ter efeito suspensivo, suspendendo a execução. Vem a sentença, cabendo apelação e esta não tem efeito suspensivo).
 O título executivo judicial, que fundamenta o cumprimento provisório de sentença, pode ser reformado ou anulado. Caso ele seja reformado o cumprimento provisório de sentença revela-se injusto; se foi anulado o será ilegal, podendo gerar danos ao executado. Para criar uma garantia de ressarcimento desse dano, o sistema exige do exequente a prestação de caução.
 Para parcela da doutrina (Ovídio Baptista), essa caução é uma garantia legal, ou seja, a caução deve ser prestada no momento previsto pela lei. Há outra corrente (inclusive o STJ) entende que trata de caução de natureza cautelar, tendo em vista que deve haver dois requisitos: “fumus boni iuris” e “periculum in mora”.

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