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eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Você já ouviu falar em ações, não é mesmo? Deve ter sido algo do tipo: 
"ações são arriscadas"," é coisa de rico", "você vai perder tudo", "O mercado 
é manipulado".
De fato, a reputação das ações é péssima. E de fato, a maioria não ganha 
dinheiro com esse investimento. A maioria perde. Iremos te ensinar porque 
isso ocorre e o que fazer para vencer, mesmo que você não tenha nenhuma 
experiência e conhecimento.
O que são ações
Uma ação, também apelidada de "papel", é a menor parte do capital social de 
uma companhia. Quem detém uma ação é chamado de dono, sócio, ou 
acionista da empresa.
Qualquer empresa? Não.
Somente Sociedades Anônimas (S/A).
Essas sociedades obedecem à lei das S/A (No 6404/76), e o anonimato vem 
do fato de que a ação pode trocar de mãos.
Você pode comprar ou vender uma ação. Logo, o dono da companhia 
também muda. Não há o registro da empresa no nome de ninguém, ao 
contrário de uma padaria de esquina, por exemplo.
Guia Completo
Comece a investir na 
Bolsa de Valores
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Só que existem dois tipos de S.A.:
• S/A. de capital fechado
• S/A. de capital aberto
As S/A de capital fechado não permitem que o público adquira papéis.
Já as S/A de capital aberto permitem, e são fiscalizadas pela Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM). É este tipo de sociedade que nos interessa.
Ações como fatias de tortas
Caso o conceito de uma ação ainda não esteja claro para você, pense na 
empresa como se fosse uma grande torta, dividida em dez fatias. Cada fatia é 
como uma ação. Assim:
• Quem tem uma fatia (ação) tem 10% da torta (empresa).
• Duas fatias dariam direito a 20%.
• E assim por diante...
Embora esse exemplo seja fácil de entender, na prática as empresas tem 
milhões ou bilhões de ações, e a maioria dos acionistas vai ter algo como 
0,0001% de participação.
Portanto, quem tem pouca participação, também chamado de minoritário, não 
influencia em nada a condução dos negócios da sociedade.
De fato, o pequeno investidor é mais um parceiro do que sócio propriamente 
dito. E isso não é necessariamente algo ruim. Pelo contrário. As S/A possuem 
uma administração profissional, sem necessitar do envolvimento dos 
acionistas.
Além disso, vale mencionar que essas companhias geralmente são negócios 
já estabelecidos, com um faturamento na casa dos bilhões para a maioria das 
empresas. Veja alguns exemplos.
Exemplos famosos
• Petrobrás
• Itaú
• Vale
• Eletrobrás
Reconhece algum nome da lista? Tenho certeza que sim. Qualquer pessoa 
pode se tornar acionista dessas empresas.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Mas nem só de acionistas vive uma empresa. As companhias possuem 
funcionários, credores, fornecedores, despesas com luz,água, aluguel, 
equipamentos, impostos, etc...
Ou seja, na prática existem os bens e direitos da companhia (ativos) mas 
também existem as obrigações (passivos). A diferença entre os dois é o que 
chamamos de patrimônio líquido.
Patrimônio Líquido = Ativos - Passivos
Podemos dizer que o patrimônio líquido é uma medida da riqueza dos 
acionistas que está na companhia em uma determinada data.
Só que existe uma outra fonte de riqueza: A geração futura de caixa.
Toda empresa precisa gerar caixa. Uma empresa é uma entidade feita para 
dar lucro, e em última instância, conseguir cada vez mais dinheiro para os 
seus sócios. Portanto, podemos enxergar o acionista de uma outra maneira:
O acionista é alguém que participa da geração de caixa da companhia. E por 
que isso é bom para ele? Vamos ver agora.
Porque comprar uma ação
Aprendemos há pouco que o investidor que adquire papéis de determinada 
empresa se torna sócio daquele empreendimento. Dessa forma, na figura de 
sócio do negócio, passa a possuir, também, participação nos seus lucros.
Portanto, se a companhia prosperar e gerar cada vez mais lucros, o acionista 
obviamente será beneficiado.
E na prática o acionista ganha dinheiro de três maneiras:
• Recebendo proventos
• Com a valorização da ação
• Alugando suas ações
Então vamos ver agora com mais detalhes cada uma dessas maneiras de 
remunerar o acionista.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Proventos
Você está vendo o gráfico acima? Em cada ano desde 2004 até hoje, essa 
empresa vem pagando proventos crescentes aos seus acionistas. 
Por exemplo, em 2016 esse valor foi de R$ 1,6 por ação. Se tal investidor 
tivesse 100 ações, teria recebido 100*R$ 1,6=R$ 160.
De onde vem esse dinheiro? Dos lucros da sociedade.
Os proventos são uma parte desses lucros, que é distribuída aos sócios. 
Quando a empresa paga os proventos ocorre a transferência de dinheiro do 
caixa da companhia para o bolso dos seus acionistas.
Mas na verdade existem dois tipos de proventos:
1. Dividendos
2. Juros Sobre Capital Próprio (JCP)
A única diferença entre esses dois tipos é que os dividendos são isentos de 
IR para o investidor enquanto os JCP são tributados na fonte a uma alíquota 
de 15%. Por que a diferença?
É o seguinte: Os dividendos já são distribuídos diretamente do lucro da 
empresa. Portanto, os impostos já foram pagos. Já os JCP podem ser 
deduzidos para fins fiscais, e por isso, a responsabilidade pelo tributo fica por 
conta do acionista.
E como muitas empresas possuem uma alíquota de tributação maior do que 
15%, então ao pagarem JCP ocorre uma economia de impostos, o que é 
vantajoso para a empresa e por consequência, para o acionista.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Entretanto, vale ressaltar que as empresas tem um limite no montante que 
podem pagar de JCP. Além disso, quando a tributação é muito baixa nem faz 
sentido pagar JCP. Nesse caso, ocorre somente a distribuição de dividendos.
 
É costume no mercado de ações falar apenas o termo "dividendos", de onde 
se subentende que estamos tratando tanto de dividendos quanto de JCP. 
Assim, a partir de agora usaremos apenas o termo dividendos para se referir 
aos dois tipos de proventos, combinado?
O valor mínimo de dividendos
Via de regra, se a companhia der lucro o acionista terá direito a receber 
dividendos. Na prática, é extremamente raro a empresa lucrar e não distribuir 
dividendos.
Claro que se a operação der prejuízo, então não existe essa obrigação.
Quanto ao valor mínimo de dividendos obrigatórios, a legislação prevê as 
seguintes regras:
• O mínimo será o que o estatuto social definir. O estatuto é o documento que 
dita as regras básicas de funcionamento da sociedade.
• Caso o estatuto seja omisso, então o mínimo basicamente será igual a 50% 
do lucro líquido, exceto por algumas tecnicalidades contábeis e ajustes que 
não cabem explicar neste artigo introdutório.
• Por fim, se o estatuto for omisso e a assembleia geral decidir estabelecer 
um limite, então o mínimo será de 25% do lucro líquido ajustado. A 
assembleia geral é a reunião em que os acionistas votam a respeito das 
principais políticas da sociedade.
Por fim, a empresa pode dar lucro e não pagar dividendos. Mas como disse, é 
muito raro, pois devem ser cumpridas algumas exigências bem difíceis. E 
nesses casos, a empresa deve se justificar perante à CVM.
Periodicidade dos dividendos
Um outro detalhe importante é que existem datas relacionadas à distribuição 
de dividendos. Temos três datas:
1. Data de deliberação
2. Data-ex
3. Data de pagamento
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
A data de deliberação é quando a assembleia ou o conselho de administração 
anunciam ao mercado o montante de dividendos a serem distribuídos, e quais 
serão a data-ex e a data de pagamento.
Já a data-ex é a data a partir da qualtodo investidor que comprar a ação não 
terá direito de receber os últimos dividendos anunciados. Visto de outra 
forma, todo mundo que era acionista um dia útil antes dessa data ("dormiu" 
com ação) terá direito de receber os dividendos.
Por fim, a data de pagamento é quando a companhia efetivamente paga os 
dividendos aos seus acionistas.
 
Mas é importante lembrar que não existe um padrão na distribuição de 
dividendos .Tem empresas que pagam uma vez ao ano, outras pagam 
mensalmente, trimestralmente, ou de maneira irregular ao longo do ano. E às 
vezes a própria empresa muda o padrão de um ano pro outro.
Dessa forma, a mesma empresa pode comunicar vários anúncios diferentes 
de dividendos. Ou seja, as datas que mencionamos acima mudam a cada 
novo anúncio de dividendos.
Portanto, mesmo que você compre a ação após a data-ex, você só não 
receberá o próximo dividendo, que já foi anunciado. Quanto aos dividendos 
que virão depois desse,você irá recebê-los desde que não venda a ação.
Compreendido?
Vamos falar agora da segunda forma do acionista ganhar dinheiro.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Acima mostramos o gráfico do preço de uma ação. Ao final de 2003, o preço 
era de R$ 0,32. Já em 2017 passou de R$ 70. Em verde está o lucro da 
empresa no período.
Ou seja, ocorreu uma valorização de mais de 200 vezes ao longo desses 14 
anos. Essa é a segunda forma dos acionistas ganharem dinheiro.
E o que causa essa valorização?
Vamos voltar ao básico para entender. As ações representam negócios, 
empreendimentos, e sociedades que geram e distribuem riqueza para os 
seus acionistas.
Portanto, se essas companhias geram cada vez mais lucros, é natural que os 
investidores reconheçam esse crescimento e aceitem pagar um preço maior 
pela empresa.
Por exemplo, se tivermos duas companhias exatamente iguais, exceto que 
uma lucra o dobro da outra, então a empresa que lucra mais deveria valer o 
dobro.
 
De forma oposta, se a companhia apresentar lucros cada vez menores, então 
o preço da ação também deveria diminuir de acordo.
Mas essa lógica funciona na prática? Sim.
Existem diversos estudos que comprovam essa relação entre crescimento da 
geração de caixa e valorização da ação. A própria empresa do gráfico acima é 
um exemplo disso.
Só que há um detalhe:
Isso só é válido no longo prazo. O que é longo prazo? Estamos falando de 
anos. 3, 5, 10 ,20. Ou mesmo mais do que isso.
Warren Buffet, o maior investidor de todos os tempos, por exemplo, diz que o 
seu período preferido para ficar com uma ação é para sempre.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Ações no curto prazo - Um jogo de azar
Por outro lado, em períodos mais curtos, como meses, semanas e dias, tudo 
pode acontecer com o preço da ação. Subir, cair, andar de lado, dar pirueta, 
mortal, etc... Veja este gráfico para entender:
Esse é o mesmo gráfico do exemplo acima, mas agora mostra somente as 
cotações do último mês.
Perceba como mudou o padrão dos preços. Ao olhar períodos de anos, você 
verá uma curva suave, que segue o lucro da empresa. Já no curto prazo, a 
figura é completamente aleatória.
E ainda que existam pessoas que defendam enriquecer através de operações 
no curto prazo, acreditamos que ganhar dinheiro de forma consistente em 
períodos tão curtos é algo tão incerto quanto apostar na roleta de um cassino.
Não acreditamos nessa estratégia e nem conhecemos pessoas que tenham 
enriquecido dessa maneira.
Aluguel
Enquanto o investidor permanecer com seus papéis, ele poderá disponibilizá-
los para aluguel. Esse é um procedimento sem risco, e o investidor continua 
recebendo os dividendos normalmente. Mas na prática, esse tipo de 
remuneração é desprezível em comparação aos dividendos e à valorização 
da ação.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
E agora que você já sabe como ganhar dinheiro com ações, vamos ver o 
caso do Luiz Barsi, grande mentor e investidor brasileiro.
Luiz Barsi - o Rei dos dividendos
A ideia do Luiz Barsi quando começou a investir nunca foi de virar bilionário 
(apesar de ter conseguido), mas sim, construir uma carteira previdenciária, 
como ele costuma dizer.
O que é a carteira previdenciária ? É uma carteira de ações que proporciona 
uma renda de dividendos para aposentadoria.
Desde quando começou, na década de 60, Barsi já percebia a necessidade 
de investir no mercado acionário para poder se aposentar dignamente.
Ele concluiu que as demais opções , como previdência pública, fundos de 
pensão, e renda fixa, não lhe dariam o conforto desejado.
E para demonstrar como as ações poderiam ser excelentes alternativas para 
aposentadoria, ele publicou um estudo na década de 70 . Recomendo que 
leiam.
É uma excelente demonstração de como o efeito multiplicador dos 
dividendos, especialmente o reinvestimento desses proventos, pode criar um 
fluxo de renda incrível no futuro.
O caso do Barsi é emblemático, pois mesmo há mais de 40 anos ele já previa 
que a previdência pública era insustentável e então começou a criar a sua 
própria previdência através do mercado acionário.
Previdência hoje
Hoje em dia a situação é infinitamente pior. A pirâmide etária está invertendo, 
o rombo da previdência é enorme, e as aposentadorias atuais não 
proporcionam mais o mesmo padrão de vida que proporcionavam 
antigamente.
Além disso, vários fundos de pensão quebraram, outros irão quebrar, e 
diversos escândalos já foram descobertos (procure Operação Greenfield).
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Já os planos de previdência privada, como VGBL e PGBL também não são 
boas opções. A maioria não consegue superar o índice da renda fixa, o CDI.
E falando da Renda Fixa, Barsi deu o apelido carinhoso de "Perda Fixa". 
O fato é que os juros no Brasil vem diminuindo consistentemente, mesmo 
quando descontamos a inflação. No Brasil se criou a cultura da agiotagem, do 
rentismo, pois os juros eram bem elevados.
Acreditamos que esses dias fazem parte do passado. Se você quiser se 
aposentar bem, terá que começar a explorar a renda variável. E a melhor 
opção para o longo prazo costuma ser as ações.
Existem diversos estudos que comprovam isso. E no mundo todo. Aqui no 
Brasil, a média de retorno foi de 7,5% acima da inflação nos últimos 50 anos.
Mas isso é somente o retorno médio, considerando empresas boas e ruins. 
Tenho certeza de que o Barsi conseguiu muito mais, pois sabia selecionar 
excelentes empresas e esperar as oportunidades. Vamos falar disso mais 
adiante.
Agora iremos estudar os diferentes tipos de ações. Sim, existem mais de 
uma. Ação Ordinária, Preferencial e Units
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Até agora nos referimos às ações como se fossem uma categoria única. Na 
verdade, existem três tipos:
1. Ação Ordinária (ON)
2. Ação Preferencial (PN)
3. Units ("pacote" de ON e PN)
 
A ação ON é aquela que possui direito a voto em assembleias gerais. Ou 
seja, quem detém 50% + 1 ação ON, de fato controla a companhia. Na 
prática, existem alguns grupos de acionistas relevantes que de fato, 
influenciam no rumo dos negócios. Como falamos antes, esse benefício do 
voto é praticamente nulo para o minoritário.
Mas a ON tem direito a um Tag Along mínimo de 80%. Exemplo: se o controle 
da empresa for vendido por um preço de 10 reais, o acionista ON poderá 
vender sua ação por 80% de R$ 10, ou R$ 8 ao novo controlador.
Isso ocorre pois quem compra o controle da companhia deve 
obrigatoriamente fazer uma oferta pública de aquisição (OPA) para adquirir a 
participação dos outros acionistas.
Dependendo da empresa , o Tag Along poderá ser de 100%.
Já a ação PN não tem direito a voto. Por outro lado, essa ação pode ter 
direitoa um dividendo maior que o da ON, ou mesmo preferência para 
recebê-lo antes, ou então prioridade no reembolso de capital (em caso de 
liquidação da companhia). A PN ainda pode ter mais de uma classe como 
A,B,C, com direitos diferentes.
Por fim, a Unit representa uma cesta de ON e PN. Por exemplo, 1ON + 2PN, 
1ON + 4PN, 2ON + 3PN, e assim por diante.
A Unit garante aos portadores os mesmos direitos que correspondem aos 
papéis em sua composição.
Maioria é ON
Apesar de existirem esses 3 tipos de papéis, Dependendo do nível de 
governança corporativa, a companhia deverá obedecer algumas regras, por 
exemplo:
• Empresas do Novo Mercado e Bovespa Mais só podem emitir ON com Tag 
Along de 100%.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
• Empresas do Nível II e Bovespa Mais nível II devem estender o Tag Along
de 100% para a PN.
Eu fiz um estudo há pouco e mais de 64% das empresas só tinham ON. Do 
restante de 36%, a maioria das PN praticamente não eram negociadas ou 
então possuíam Tag Along de 100%.
E mesmo as PN que não possuíam Tag Along e tinham um bom volume de 
negociação, muitas eram de empresas de capital misto (controladas pelo 
estado). Nesse caso, a venda de controle é mais difícil de ocorrer.
Ou seja, na prática, selecionar a PN ou Unit ao invés da ON é basicamente 
uma questão de avaliar o preço (em função dos dividendos) e o fato de que, 
em alguns casos, a ON tem muito menos negócios e volume (chamamos de 
liquidez) . É o caso das empresas Grazziotin, Taesa, AES Tiete e Itaúsa, por 
exemplo.
Mas mais importante que saber escolher entre ON, PN e Unit, é conseguir 
selecionar a empresa certa para investir. Isso é o que veremos agora.
Como escolher qual ação comprar
Você já aprendeu que para ganhar dinheiro com ações você precisa receber 
dividendos e ver a sua ação valorizar no longo prazo. No curto prazo, é 
praticamente impossível enriquecer constantemente.
E como explicamos, essas duas origens de remuneração estão ligadas à 
capacidade da empresa gerar lucros no futuros.
Logo, você deve selecionar as empresas que possuam um futuro promissor. 
Geralmente, esses negócios possuem alta rentabilidade, endividamento 
controlado, geração de caixa previsível, e várias vantagens competitivas, 
como:
• Escala
• Alta fidelização dos seus clientes
• Custo alto para novos competidores entrarem
Enfim. Esse processo de analisar a companhia em si, tanto passado, 
presente e futuro, é chamado de análise fundamentalista.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
E é claro que você não irá escolher apenas uma única empresa. O ideal é 
possuir um portfólio de companhias diferentes.
 
Algumas empresas são mais arriscadas do que outras. Alguns setores são 
mais imprevisíveis que outros.
Então você deve encontrar o "mix" ideal para o seu perfil. Caso você ainda 
não saiba como fazer esse tipo de análise, possuímos muito conteúdo 
gratuito e recomendações de investimentos para lhe ajudar.
Quando comprar
Você deve comprar uma ação quando ela está sendo vendida com muito 
desconto. O que é desconto? É quando o preço da ação é menor do que o 
valor dessa ação.
Essa é a ideia por trás do Value Investing, ou investimento em valor. Comprar 
algo por bem menos do que o seu valor.
Como diz Warren Buffet:
" Preço é o que você paga, valor é o que você leva".
Uma Ferrari 0 km por R$ 100.000 é um bom negócio. Mas por R$ 10 milhões 
não é.
Enquanto o preço é algo dado pelo mercado, o valor é algo que o próprio 
investidor deve estimar.
E para fazer isso, deverá aprender a fazer Valuation, que é o cálculo do valor 
ou preço justo de uma ação.
Quando vender
Saber quando vender uma ação também é importante, abaixo transcrevemos 
um vídeo sobre o tema preparado pelo CEO e fundador da Suno, Tiago Reis. 
A transcrição está logo abaixo.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
1º caso: valorização excessiva
[ Eu acredito que o investidor deve considerar vender sus ações em apenas 
três circunstâncias.
A primeira é quando o papel passa por um processo de valorização excessivo 
em bolsa. Por exemplo:
O Warren Buffet. Ele comprou papéis da coca-cola em 1987. Em 1997, dez 
anos depois, o papel tinha se valorizado de maneira brutal, fazendo com que 
a ação fosse negociadas por 50 vezes lucro, que era um múltiplo muito acima 
da média do mercado americano, e também, muito acima da média histórica 
da coca-cola.
E o que aconteceu? Desde então, praticamente as a ação da coca-cola está 
no mesmo patamar. A melhor coisa que o investidor podia ter feito em 1997, 
era ter vendido a ação daquela empresa.]
2º caso: outras oportunidades
[A segunda circunstância que o investidor deveria considerar vender a ação é 
quando surge uma oportunidade melhor no mercado.
Como vocês sabem, o mercado é volátil. Oportunidades surgem de tempos 
em tempos. Em alguma nova ação, que não está no seu portfólio.
Então, o que o investidor deveria considerar: é que caso surja uma 
oportunidade muito grande em um papel que ainda não está em carteira, ou 
mesmo um papel que está em carteira mas numa posição menor, você 
deveria vender um papel que você já tem em carteira, e comprar uma 
oportunidade nova, essa oportunidade que tem um potencial de valorização 
maior do que o papel que você tem atualmente em carteira.]
3º caso: deterioração da empresa
[A terceira circunstância que o investidor deveria considerar vender sua ação, 
é quando ocorre uma deterioração da empresa investida.
Geralmente, quando ocorre isso, o investidor terá que vender a ação com um 
pequeno prejuízo. Faz parte. Não se acerta todas.
Mas é mais fácil você reconhecer um prejuízo inicial e usar esse recurso para 
comprar uma nova oportunidade, do que ficar embarcado num barco que vai 
afundar.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
É importante lembrar que o investidor pode vender até 20 mil reais por mês, 
em ações, isento de imposto.
Se você considerar que o trabalhador médio que ganha 20 mil reais, paga 
quase que tarifa cheia de imposto de renda, é uma grande generosidade que 
o governo brasileira dá para o investidor do mercado acionário.
Portanto, essas são as três circunstâncias que eu acredito que o investidor 
deveria considerar vender as suas ações.]
Como comprar uma ação
A ação é comprada e vendida através da bolsa de valores. A bolsa é uma 
empresa brasileira, chamada de B3.
Antigamente, as negociações ocorriam em um local físico. Mas hoje em dia é 
tudo feito pela internet. Mas há um detalhe:
Não é possível compradores e vendedores negociarem diretamente entre si.
Você precisa abrir uma conta junto à uma corretora de valores, que irá lhe 
representar perante à B3.
E sempre que você comprar ou vender uma ação, você irá pagar uma 
corretagem para a corretora, além de taxas para a própria B3. Cada corretora 
possui um sistema de negociação diferente, que chamamos de Home Broker.
Então, para comprar ou vender a ação, basta acessar à sua conta e entrar no 
Home Broker.
E é nessa mesma conta que você irá receber os dividendos e fazer 
transferências e retiradas.
Existem corretoras mais baratas que outras. Algumas com atendimento 
melhor. Outras com maior reputação e solidez financeira.
As corretoras dos bancos grandes costumam ser as mais caras, enquanto as 
corretoras independentes são mais acessíveis.
Enfim, é preciso avaliar os prós e contras e escolher a melhor corretora para 
você. 
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Riscos de investir em uma ação
Até agora falamos apenas das vantagens de comprar ações. É óbvio que 
existem riscos também. Todo investimento tem risco.
Ação tem risco no curto prazo e no longo prazo.
Mas sobre o curto prazo já falamos.É extremamente perigoso comprar 
alguma ação para especular.
Mas mesmo no longo prazo os riscos existem. E quando falamos de períodos 
longos, o principal risco é a deterioração da empresa investida.
Caso a empresa comece a dar prejuízos sucessivos, o acionista não receberá 
dividendos e a cotação inevitavelmente cairá.
Portanto, se a deterioração persistir, a perda de capital pode ser permanente.
É claro que se você monta um portifólio diversificado de boas companhias e 
possui um horizonte longo de investimentos, a chance de você perder 
dinheiro é baixa.
Isso costuma ser verdade pois uma ação só pode cair a zero. Mas distribui 
dividendos. Ou seja, a partir de um certo ano, você já terá todo o seu capital 
devolvido sob a forma de proventos.
Mas existem outros riscos, como inflação e o custo de oportunidade.
Se a inflação for de 10%, mas o investidor só conseguiu 9%, ficou 1% mais 
pobre.
Por outro lado, o custo de oportunidade é um assunto que vamos deixar para 
outra hora. Mas para um entendimento inicial, pense no retorno da renda fixa, 
como do Tesouro Direto, por exemplo.
Se a renda fixa te render 8%, mas as suas ações só derem 7%, então você 
investiu mal, pois poderia estar ganhando 1% a mais na renda fixa correndo 
riscos menores.
eBook Gratuito: Como começar a investir na Bolsa de Valores | Suno Research
Avaliando os fundos imobiliários
Quando falamos de fundos imobiliários de tijolo, por exemplo, é importante 
revisar o portfólio de imóveis dos fundos.
Ou seja, você deve se perguntar coisas do tipo:
• Como está a região dos imóveis?
• Qual a vacância projetada?
• Existe uma pulverização de inquilinos?
• Há a possibilidade de revisionais negativas?
O setor imobiliário é bastante cíclico, e muitas vezes o ciclo em SP, por 
exemplo, pode estar em outro estágio se comparado ao ciclo no RJ.
De fato, é isso que vimos em 2017 e 2018. No Rio de Janeiro, a situação dos 
fundos imobiliários ainda era muito mais delicada do que em SP, que já vinha 
apresentando uma modesta retomada.
Outro detalhe importante é verificar se algum fundo da carteira ainda está 
distribuindo a Renda Mínima Garantida (RMG).
Nesses casos, você deverá sempre consultar a renda real, e assim evitar 
surpresas desagradáveis. É o caso do FIGS11, que possui RMG até abril de 
2019.
 
As suas cotas vêm caindo recentemente, pois o fundo vinha pagando um 
yield acima da sua capacidade, fruto da garantia da RMG. Obviamente, 
quanto mais próximo da RMG, maior deve ser a convergência do yield do 
fundo à média do mercado de shoppings.
Muita atenção também deve ser dada aos fundos de "papéis", que investem 
grande parte dos seus recursos em CRI e CRA.
Você deve verificar se as operações possuem garantias adequadas e se 
também são de alta qualidade.
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Avaliando ações
Você também deve regularmente avaliar as ações que possui em carteira.
Uma sugestão é fazer esse tipo de análise trimestralmente, que é quando as 
empresas divulgam suas demonstrações financeiras.
E se quiser acompanhar mais de perto, pode se cadastrar no mailing dos 
sites de relações com investidores. Assim, receberá em sua caixa postal os 
fatos relevantes, comunicados ao mercado, avisos aos acionistas, etc.
Você precisa avaliar, dentre outros fatores:
• Ambiente competitivo
• Barreiras de entrada
• Endividamento da companhia
• Lucratividade
• Evolução das margens
Ou seja, é sempre importante ficar atento às empresas investidas, pois os 
negócios são dinâmicos e as vantagens competitivas podem diminuir com o 
tempo.
Exemplos não faltam.
É o caso da Eternit, que perdeu suas vantagens competitivas de forma 
praticamente definitiva.
Outro caso é o da Cielo, que vem perdendo suas margens em um cenário 
competitivo que se acirrou bastante nos últimos anos.
Mais recentemente, muitos investidores também estão colocando em dúvidas 
a sustentabilidade do modelo de negócios da Ultrapar, empresa com um 
histórico bastante longo de geração de valor aos seus acionistas.
Além disso, cada vez mais se fala em disrupção tecnológica, em que 
negócios já consolidados podem perder seus pilares rapidamente.
Nos EUA, a Kodak e Blockbuster faliram por não acompanharem as 
mudanças nos campos de fotografia e vídeo, respectivamente.
 
Na terra do Tio Sam, a Amazon já foi responsável pelo fechamento de 
milhares de lojas físicas e de diversos shopping centers.
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Esses tipos de mudanças abruptas nas perspectivas de negócios de uma 
determinada empresa fazem parte do dia a dia das companhias.
E para evitar ficar em um "barco furado", você deve vender ativos 
problemáticos e alocar em novas oportunidades, aquelas que você acredita 
terem ainda um bom potencial pela frente.
Diversificação
Um outro aspecto que costuma ser ignorado pelos iniciantes é a importância 
da diversificação. Toda decisão de investimento depende de resultados 
futuros que podem ou não se comprovar.
Por isso, é fundamental você não expor uma parcela muito relevante do seu 
patrimônio em poucos ativos específicos.
Dessa forma, qualquer perda decorrente de uma má alocação de capital 
tende a ser compensada pela performance das outras posições do portfólio.
Diversificando a carteira de fundos imobiliários.
Para que você levante seus investimentos em FIIs, você precisa montar um 
portfólio suficientemente diversificado.
Por exemplo, você pode comprar lajes corporativas, galpões logísticos, 
shopping centers, fundos de CRI, entre outros tipos disponíveis.
Mas você também deve avaliar a diversificação de cada fundo em relação à 
quantidade de ativos na carteira e o número de inquilinos. Fundos menos 
arriscados costumam ser multi-ativos e multi-inquilinos.
Para conseguir uma diversificação extra, é interessante buscar ainda fundos 
que tenha imóveis em diferentes regiões do país, apesar dos imóveis ainda 
estarem muito concentrados em SP e RJ.
É o caso de:
• OI,
• Forjas Taurus,
• OGX
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Entre outras..
Por esses motivos, a diversificação é ainda mais importante quando falamos 
deste tipo de ativo.
Para que você levante seus investimentos no longo prazo, é comum se 
deparar com algumas ações que passam por períodos difíceis.
As vezes são temporários e outras vezes são definitivos.
O acionista que estava excessivamente concentrado na Eternit ou 
Blockbuster, por exemplo, sofreu perdas de capital irreversíveis.
 
Conclusão sobre ações
Ações não são a oitava maravilha do mundo, não fazem milagres e também 
não resolvem todos os problemas da humanidade. Apesar disso, para 
aquelas pessoas que desejam garantir uma aposentadoria digna, esse 
investimento é uma das melhores opções. 
Especialmente nos dias de hoje. A estratégia de ser parceiro de boas 
empresas para o longo prazo gerou excelentes frutos para diversos 
investidores. E acreditamos que possa gerar para você também.

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