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TCC - Home Office

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50
CENTRO PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA
TÉCNICO - Administração
Camila Cristina Orencio Barbosa
Esther Heloyse Correia Barros
Gabriella Lima de Oliveira
Kawane da Costa Valadares
Nathália Serafim Silva
 
HOME OFFICE – UMA TENDÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO
Diadema – SP
2019
Camila Cristina Orencio Barbosa
Esther Heloyse Correia Barros
Gabriella Lima de Oliveira
Kawane da Costa Valadares
Nathália Serafim Silva
 
HOME OFFICE – UMA TENDÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO
Trabalho apresentado a Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek de Oliveira, como requisito final à conclusão do curso de Técnico de Administração.
Orientador: Prof. Rodolfo Angelo Gerstenberger
Diadema – SP
2019
FOLHA DE APROVAÇÃO
Camila Cristina Orencio Barbosa
Esther Heloyse Correia Barros
Gabriella Lima de Oliveira
Kawane da Costa Valadares
Nathália Serafim Silva
HOME OFFICE – UMA TENDÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO
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DEDICATÓRIA
 
Dedicamos esse trabalho a todo aquele que está em busca de conhecer mais sobre o assunto. Dedicamos também à Deus, que iluminou nossos corações com força e coragem para superar as dificuldades, aos nossos pais que nos incentivaram e a todos os amigos queridos do curso, que nunca negaram uma palavra de apoio, que se mostraram compreensivos com os diversos momentos, através dessas ajudas possibilitou com que concluíssemos mais uma conquista. 
AGRADECIMENTOS 
Gostaríamos de agradecer ao orientador pela paciência е incentivo qυе tornaram possível а conclusão desta monografia, a todos os professores do curso, qυе foram tão importantes em nossas vidas acadêmica е no desenvolvimento desta monografia. A cada integrante do grupo que se dedicou inteiramente dando o melhor de si, com muito esforço. E por fim a cada pessoa e empresa que contribuiu respondendo ao questionário. 
RESUMO
O intuito dessa monografia é apresentar o método condicionalmente novo tanto para os trabalhadores/sociedade quanto na literatura administrativa, através de pesquisas com a população e empresas que usam esse modelo, podendo assim, analisar os seus prós e contras. Com o surgimento da internet e seus avanços, na década de 50 surge o Teletrabalho/Home Office que mais tarde se tornou uma tendência para o mercado de trabalho, devido às ferramentas de tecnologia que a internet nos proporciona e a alta inovação da mesma, para as empresas e para trabalhadores autônomos, são esses os fatores que impulsionam o uso do Home Office. Além de que, tendo presente a crise econômica no país e os desgastes no meio ambiente, vem sendo um modelo mais flexível sabendo que proporciona a redução de custos, e menor degradação ambiental, mas tendo suas desvantagens presente. Dentro dessa esfera e em meio aos novos estilos de vida e de trabalho, um vem ganhando destaques, que é o chamado “nomadismo digital”. Por ser um modelo de trabalho confortável de certa forma para os teletrabalhadores, é necessário ter um perfil adequado. Levando em consideração a jornada de trabalho prevista pela CLT, para não se desenvolver uma doença ocupacional. 
Palavras-Chaves: Teletrabalho, Home Office, qualidade de vida, tendência.
ABSTRACT
The purpose of this monograph is to present the method conditionally new both for workers/society as administrative literature, through research with the population and businesses that use this template, and thus, to analyze their pros and cons. With the emergence of the internet and its advances, in decade 50 appears Teleworking /Home Office that later became a trend for the labor market, due to the tools of technology that the internet gives us and high innovation, for the companies and self-employed workers, these are the factors that drive the use of the Home Office. Besides, tends in mind the economical crisis in the country and the environmental damages, has been a more flexible model knowing that it provides reduction of costs, and smaller environmental degradation, but have their present disadvantages. Within this sphere and in the midst of the new styles of life and work, one is gaining highlights, which is the so-called "nomadism. For being a comfortable working model of a way for teleworkers, you must have a suitable profile. Taking into account the time load provided for in CLT, for did not develop an occupational disease. 
Key words: Teleworking, Home Office, quality of life, a trend.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................9
1.1 Questão problema..................................................................................................9
1.2 Objetivo.................................................................................................................10
1.3 Justificativa...........................................................................................................10
1.4 Metodologia..........................................................................................................10 
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................12 
2.1 Home Office/ Teletrabalho....................................................................................12
2.1.1 Histórico do Home Office....................................................................................13
2.1.2 Ferramentas ......................................................................................................14
2.1.2.1 Uso da Tecnologia .........................................................................................14
2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO HOME OFFICE......................................16
2.2.1 Sociedade .........................................................................................................16
2.2.2 Socioambiental .................................................................................................17
2.2.3 Em relação empresas........................................................................................19
2.2.4 Questões econômicas .......................................................................................21
2.2.5 Em relação aos trabalhadores............................................................................23
2.3 TRABALHADORES..............................................................................................25
2.3.1 Nomadismo digital e os tipos de teletrabalhadores............................................25
2.3.2 Perfil ..................................................................................................................28
2.3.3 Rotina................................................................................................................29
2.3.4 Jornada de trabalho ..........................................................................................30
2.3.5 Doenças Ocupacionais......................................................................................32
3 PESQUISA DE CAMPO ..........................................................................................34
3.1 Analise da pesquisa de campo..............................................................................34
4 CONCLUSÃO .........................................................................................................39REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................41
ANEXO I ....................................................................................................................45
ANEXO II....................................................................................................................47
ANEXO III...................................................................................................................51
1 INTRODUÇÃO
O Home Office[footnoteRef:1], também conhecido como SOHO (small office and home office), é um método de trabalho utilizado não somente por profissionais autônomos ou que estão iniciando seu próprio negócio, pelo contrário, algumas empresas possuem este sistema de trabalho quando os funcionários não precisam ou não podem trabalhar no escritório e dessa maneira o trabalho profissional é desenvolvido em ambientes diferenciados e que compartilham a infraestrutura do ambiente doméstico, podendo também ser exercido em cafés, hotéis, aeroportos, táxis, lanchonetes, parques e em lugares calmos. [1: Home Office – escritório em casa ] 
Com o avanço da tecnologia, são poucas pessoas que não tem acesso a internet ou computador domiciliar, algumas profissões necessitam somente disso, por isso o colaborador não precisa estar presente na organização. Essa prática pode trazer muitos benefícios, mas é necessário muita disciplina e empenho. Para executar esse trabalho é importante a avaliação de diversos fatores, pois há um certo receio nessa prática, devido ainda existir uma necessidade de resolver alguns casos pessoalmente.
Considerando a potencial influência do home office no ambiente de trabalho é necessário considerar a qualidade de vida, além disso, sabe-se que pessoas satisfeitas produzem mais. Estas condições envolvem desde o bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, os relacionamentos sociais, como família e amigos, e também a saúde, a educação e outros parâmetros que afetam a vida humana. Cerca de 36% das empresas no Brasil estão adotando esse modelo de trabalho, devido ao aumento da produtividade, redução de custo e qualidade de vida, assim contribuindo para a criatividade e flexibilidade do colaborador.
Os trabalhadores apresentam um alto nível satisfação profissional, como demonstram pesquisas de RH, 80% das empresas que praticam home office no Brasil pertencem aos setores de Serviços e da Indústria de Transformação. 
1.1 Questão Problema
Quais os prós e contras do home office em uma perspectiva de qualidade de vida?
1.2 Objetivo
O objetivo do trabalho é entender como a prática de Home Office está se tornando uma tendência no mercado de trabalho, e como as empresas estão adotando essa prática.
· Avaliar o cenário das organizações que adotam esse modelo 
· Reconhecer as dificuldades desse estilo de trabalho 
· Identificar os perfis dos profissionais que trabalham com esse modelo
· Apresentar os prós e contras
	
1.3 Justificativa 	
O Home Office é um tema condicionalmente novo, tanto na prática quanto na literatura administrativa, especialmente no Brasil, e segundo o levantamento de dados do jornal Nacional de 2009, até 2015 cerca de 4,5 milhões de pessoas trabalhariam em casa. E segundo pesquisas de RH da empresa de tecnologia Citrix feita em abril de 2017, até 2020 cerca de 90% das empresas adotarão esse modelo de trabalho.
Por conta de ser um assunto muito complexo e pouco discutido, temos que ter a ciência do assunto, pois é um método novo e uma tendência para o mercado de trabalho devido à alta inovação no mesmo, que visa a melhoria da qualidade de vida tanto física quanto psicológica do colaborador, 	sendo assim, potencializando a profissionalização.
A crise econômica do país, vem sendo um dos principais fatores para esse tema estar subindo tanto, pois, com ela as empresas estão adotando métodos mais fáceis para reduzir os custos.
1.4 Metodologia 
A princípio utilizaremos de ferramentas simples, como o mapa conceitual, que será empregado com o objetivo de traçar uma linha de ideias para a realização da monografia. A partir de então, faremos uma pesquisa bibliográfica que tem por objetivo reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da investigação proposta.
Já a pesquisa que será realizada para complemento do trabalho será dividida em duas etapas: 
População: Nesta aplicaremos um questionário a 220 pessoas de diferentes idades, classificado como pesquisa quali-quantitativa, de objetivo exploratório. Entende-se por pesquisa exploratória aquela que visa proporcionar maior familiaridade com o fato ou fenômeno, a fim de torná-lo mais claro. (Volkweis, 2015). Equivalente a metodologia optaremos pelo caminho indutivo em que constate a experiência das pessoas em relação ao home office. Para realizar a pesquisa será utilizado o Google Formulários, ferramenta que apresenta uma estimativa geral sobre as respostas que serão obtidas, a maior parte das perguntas elaboradas serão de múltipla escolha. As análises serão feitas através de gráficos e tabelas, para concluir a pesquisa.
A pesquisa quantitativa, que tem suas raízes no pensamento positivista lógico, tende a enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos mensuráveis da experiência humana. Por outro lado, a pesquisa qualitativa tende a salientar os aspectos dinâmicos, holísticos e individuais da experiência humana, para apreender a totalidade no contexto daqueles que estão vivenciando o fenômeno (Polit, Becker e Hungler, 2004, p. 201)
Empresas: Será empregado um outro questionário, a cinco empresas de ramos diferentes que empregam o home office nas mesmas, já este classificado como qualitativo, com objetivo exploratório, igualmente foi utilizado o método indutivo. Através de e-mails abordaremos a empresa para requisitar o auxílio ao nosso trabalho e, também, para enviar os questionários da pesquisa para que possamos obter o máximo de informações sobre o modelo de home office.
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 Home Office/ Teletrabalho 
Em meados da década de 1950 o termo teletrabalho foi mencionado em trabalhos de Wiener, considerados por muitos como pai da cibernética. Nas décadas seguintes, o trabalho realizado em casa ganhou destaque e na década de 70, formulou- se o primeiro conceito de teletrabalho.
Segundo Hernandez (2011), mesmo que a palavra teletrabalho não conste do dicionário, tanto ela como outras servem para expressar o trabalho à distância. Nos Estados Unidos, empregam-se os termos telework ou telecommuting; na Espanha, teletrabajo; na Itália telelavoro; na França teletravail e, na Alemanha telearbeit.
Para a OIT, Organização Internacional do Trabalho, o teletrabalho define-se da seguinte maneira: “A forma de trabalho efetuada em lugar distante do escritório central e/ou do centro de produção, que permita a separação física e que implique o uso de uma nova tecnologia facilitadora da comunicação. ” (Rulli e Maltinti, 2012).
Destacamos aqui que o teletrabalho não se refere somente aquele que é exercido a domicílio. Ele pode se apresentar de diversas formas. Nele estão subjacentes a ideia de flexibilidade organizacional, produtiva e contratual. Dentre as suas modalidades podemos citar: teletrabalho no “domicílio” (desenvolvido “em” e a “partir” da casa do trabalhador); “móvel” (desenvolvido conforme a função que desempenha); “deslocalizado” (realizado para várias empresas estrangeiras); “telecentro” (funcionários da mesma ou de várias empresas ocupam um escritório alugado, distante da organização principal) (Araujo e Bento, 2002, p.17 apud Barroso 2011, teletrabalho a domicílio e as transformações do trabalho, p.2). Como define Nilles (apud HARA, 2011), em seu livro (1997): “Fazendo do teletrabalho uma realidade”, onde elabora um conceito para o termo: 
Qualquer forma de substituir as viagens relacionadas com o trabalho mediante a utilização de tecnologias da informação como, telecomunicações e computadores; mover trabalho para os trabalhadores ao invés de mover os trabalhos parao trabalho (HARA, 2011, p.3).
Foi criado com objetivo de facilitar o trabalho a distância, mantendo uma boa relação do colaborador com a empresa, assim então abrangendo oportunidades de crescimento. 
Segundo Da Silva, (2017). “Home-office: um surgimento bem-sucedido da profissão pós-fordista, uma alternativa positiva para os centros urbanos." 
O modelo flexível de gestão em diversas obras sempre contempla a interação constante da evolução dos tempos com a evolução tecnológica. Como define Palmeira e Tenório em seu livro (2002): "Flexibilização Organizacional”, onde observa-se que o pós-fordismo ou modelo flexível de gestão organizacional, caracteriza-se pela diferenciação integrada da organização da produção e do trabalho sobre a trajetória de inovações tecnológicas, em direção à democratização das relações sociais nos sistemas empresa-colaboradores.
Teletrabalho não significa apenas ficar em casa, essa modalidade pode ser usada para executar algumas tarefas, para descentralização do trabalho, usando como uma forma de organização, permitindo-se ficar em casa alguns dias das semanas ou até mesmo meses. Sendo um trabalho descentralizado, sob todos os aspectos legais.
2.1.1 Histórico do Home Office
Com base nas informações de Kugelmass[footnoteRef:2] há indicadores que o teletrabalho atualmente conhecido como Home Office, surgiu nos Estados Unidos em 1857, na companhia Estrada de Ferro Penn. Nesta época, a empresa usava o seu sistema privado de telégrafo para gerenciar o pessoal que estava distante do escritório central, ao ser delegado aos funcionários o controle no uso de equipamento e na mão de obra. Em outras palavras, a organização seguia o fio do telégrafo e a empresa acabou por transformar-se num complexo de operações descentralizadas. [2: Kugelmass, Joel – Telecommuting, Lexington Books (1995)
] 
A outra experiência descreve que na Inglaterra, em 1962, foi criado por Shirley um pequeno negócio chamado Freelance Programmers, para ser gerido por ela em casa, escrevendo programas de computador para empresas. Em 1964 o Freelance Programmers já havia se tornado a F. Internacional, com mais 4 pessoas trabalhando, e em 1988 era o F.I. Group PLC, com mil e cem teletrabalhadores.
Logo, o que realmente é novidade nesta área da organização do trabalho, tanto no setor público quanto no privado, e, independentemente do tamanho da empresa, são as redes de telecomunicações, de custo razoável e com alta performance organizacional, que tornam parceiras constantes e fundamentais na gestão das organizações bem-sucedidas.
A partir do sistema de informação e de comunicação ocupando a distância física entre os funcionários de uma mesma organização e entre funcionários e cliente, verifica-se a necessidade de se identificar novas fronteiras do que se entende por local de trabalho.
No Brasil, o trabalho à distância foi recentemente reconhecido pela Lei nº 12.551/2011, que alterou o artigo 6º da CLT, prevendo a possibilidade de se trabalhar fora do escritório central da empresa, sem que seja descaracterizado o vínculo de emprego. Não havendo, todavia, lei específica normatizando a questão, são aplicáveis, por ora, as normas gerais da CLT.
2.1.2 Ferramentas 
Considerando a necessidade da infraestrutura no ramo de Home Office para diversas formas de trabalho, existem ferramentas inteligentes que auxiliam na gestão, produtividade e controle dos funcionários.
2.1.2.1 Uso da Tecnologia
O Trabalho com home office é qualquer tipo de trabalho que possa ser feito diretamente da sua casa, não precisa necessariamente o uso da tecnologia. Porém a tecnologia é de uso indispensável, e foi justamente o que permitiu o desenvolvimento de uma nova forma de organização de trabalho.
Home Office é uma forma de trabalho que engloba a flexibilidade de tempo, espaço e comunicação, sendo assim, é mais que uma questão tecnológica, se mostrando também como uma questão social e organizacional. (Silva, 2009).
Teletrabalho não significa apenas informática. O trabalhador que, em vez de trabalhar no escritório, põe os trabalhos na pasta, leva-os para casa e estuda, executa, para todos os efeitos, um trabalho à distância. Quando sente a exigência ou necessidade de consultar os chefes, colegas, ou a secretaria, pode sempre recorrer ao telefone ou à rede de telecomunicações. Quando é preciso que os trabalhos feitos em casa cheguem ao escritório, basta um e-mail. A telecomunicação é indispensável muitas vezes, não sendo mais um suporte extra a disposição do progresso tecnológico (Estrada, 2012).
Estamos vivendo a “Era digital” diz respeito a um período consolidado no fim do século XX e está associado a otimização dos fluxos informacionais no mundo. (Moreira, 2018). Essa era facilita o trabalho, com diversas plataformas e ferramentas que permitem a otimização do trabalho. São elas:
· E-mails: ou correio eletrônico, é um sistema de comunicação baseado no envio e recebimento de mensagens eletrônicas através de computadores pela Internet.
· Videoconferências: é uma das ferramentas de comunicação mais usadas pelos profissionais que precisam realizar reuniões frequentes sem perder o toque pessoal com quem está do outro lado da tela.
· Redes sociais: uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns.
· Agendas virtuais: recurso utilizado pelas pessoas para administrar suas tarefas cotidianas dentro de um tempo determinado.
Um exemplo de teletrabalho que utiliza o método e suas ferramentas ligadas a tecnologia, são as empresas de call center[footnoteRef:3] e contact center multiclientes[footnoteRef:4] atuantes no Brasil. Somente na cidade de São Paulo há cerca de 250 mil empresas de operadoras realizando esse serviço de call center. (Antunes e Salvo, 2008).O uso do call center e contact center tem sido um método de aprimorar o relacionamento entre clientes e empresas, sendo contratadas por empresas que se importam com o bom atendimento ao cliente e o feeback[footnoteRef:5]. [3: Call center – central de atendimento entre o cliente e a empresa praticam apenas contato por telefone.] [4: Contact center multiclientes – canais de interação com os clientes emaiil, chat, sms e redes sociais no geral. ] [5: Feedback – realimentar ou dar resposta a um determinado pedido ou acontecimento.] 
Além disso, serão necessárias ferramentas para administrar os processos e uma equipe qualificada.
No mercado atual, e com o avanço da tecnologia existem uma série de ferramentas disponíveis para ajudar empresas e profissionais de diversas áreas. Porém, para o call center em home office, algumas tecnologias específicas são essenciais, como monitoramento on-line do atendimento, gravação de voz e tela, dentre outras. Algumas delas que podem ser citadas são: Nuvem[footnoteRef:6], ChatBoot[footnoteRef:7], Omnichanel[footnoteRef:8]. [6: 6 Nuvem – é um espaço online que pode armazenar os documentos e as informações necessárias para o atendimento] [7: Chatboot – esse recurso permite agilizar o atendimento do público, colocando um robô para fazer o primeiro contato. ] [8: Omnichanel – as ferramentas de atendimento omnichanel permitem que você atenda os seus consumidores por diversos canais.] 
O atendimento no modelo home office é cada vez mais comum. Isso ocorre principalmente com a cultura de maior autonomia dos profissionais das novas gerações. Portanto, é fundamental ter atenção e procurar informações de como modernizar os processos.
2.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO HOME OFFICE
Quando ouvimos falar em home office, a nossa primeira ideia é sempre que é algo confortável e que beneficia a todos. Diante dos problemas que causam a falta de tempo e flexibilidade dos trabalhadores das grandes metrópoles, o home office é uma opção que proporciona qualidade de vida, porem é necessário que as empresas e funcionários avaliem alguns prós e contras.
2.2.1 Sociedade
Ao observarmos a inserção do home office em meio a sociedade é possível analisar algumas vantagens e desvantagens que esse métodoproporciona, podemos assim citar: a redução de tráfego, o colaborador não precisa se deslocar de casa ao trabalho e nem vice-versa, causando então, a diminuição quanto a demanda por transportes públicos e transportes particulares utilizados para que o colaborador chegue até o local de trabalho. Além disso, o indivíduo acaba contribuindo na diminuição da emissão de agentes poluentes, melhorando o meio ambiente.
A inclusão social: o home office pode gerar mais empregos para pessoas portadoras de deficiência física, pois eles não precisariam mais se deslocar de casa ao local de trabalho. O que também acaba sendo benéfico para as empresas já que empresas que atuam com mais de 100 (cem) funcionários, precisam contratar determinado percentual de funcionários com necessidades especiais, conforme determina a Lei 8.213/91 (Brasil, 1991). 
O Centro de Estudos de Teletrabalho e Trabalho Flexível (CETEL), da Business School São Paulo (BSP), fizeram um estudo sobre esse modelo de trabalho, em 2012. Entre as pesquisas deles, conseguiram levantar esses dados a seguir, vendo como uma vantagem o home office para a sociedade e meio ambiente:
Diminuição do trânsito sobrecarregado das grandes cidades. De acordo com estudo da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, a cidade de São Paulo perde R$ 4,1 bilhões por ano com congestionamentos e o paulistano poderia converter em renda 30% do tempo que perde para se deslocar até o escritório. (CETEL, 2012).
Ainda segundo o CETEL, podemos citar:
· Redução das possibilidades de contaminação por doenças infectocontagiosas;
· Recuperação e fortalecimento das relações familiares e sociais;
· Fortalecimento do poder aquisitivo do trabalhador;
Sobre as desvantagens, temos:
· Complicações para o Mercado Imobiliário: aos poucos, as empresas vão parar de alugar espaços em geral, pois, não haveria mais tanta necessidade, o que mais para a frente iria trazer um certo prejuízo para o setor de construção e para o mercado imobiliário.
· Exclusão digital por parte da sociedade: que pode não conseguir absorver algumas habilidades necessárias para a execução de funções remotamente 
· Falta de compreensão da sociedade: pois, por muitos ainda não terem acesso a essa forma de trabalho, acham que trabalhar em casa não é considerado uma forma de trabalho ou que é bem mais fácil.
2.2.2 Vantagens Socioambientais
Ainda sobre a questão da redução do trafego, o método SOHO trás alguns benefícios ao meio ambiente, já que permite a redução em emissão de gases prejudiciais ao ambiente como o CO2.
O aumento do preço dos combustíveis, a melhoria e redução dos custos das comunicações de voz e dados, a necessidade de redução das emissões de poluentes atmosféricos e a própria dinâmica competitiva da globalização, têm provocado um maior interesse na possibilidade de se realizar trabalho remotamente, sem a necessidade da deslocação frequente entre casa e local de trabalho. (Vaz, 2010).
Em "O Fim da Pobreza" o economista americano Sachs comenta, que o crescimento da economia mundial dobra de tamanho a cada 14 anos, esse crescimento econômico melhora a vida das pessoas, mas tem exigido muito da Terra. “Se continuarmos a fazer negócios nos atuais moldes, o planeta não irá suportar”. Sachs também coloca, que até 2050 o planeta será habitado por cerca de 12 bilhões de pessoas, o dobro de pessoas que atualmente vivem no planeta. Além disso, o mundo caminha para um estilo de vida mais urbano, ou seja, até lá 90% das pessoas viverão em cidades.
De acordo com um estudo divulgado em 2013 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o tempo de deslocamento entre a casa e o trabalho em uma cidade como São Paulo, por exemplo, costuma ser de 42 minutos, em média. Com isso, o tráfego torna-se a principal causa da poluição. Por isso, segundo dados da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, todos os anos, cerca de 7 mil pessoas morrem prematuramente na cidade em decorrência de problemas respiratórios causados pela poluição atmosférica. Pois graças a iniciativas como o home office, é possível reduzir a quantidade de horas usadas no deslocamento até a empresa e das horas de voo associadas ao trabalho.
Os resultados obtidos indicaram a viabilidade do uso do teletrabalho no âmbito do gerenciamento da mobilidade, confirmando seu potencial para promover a redução das viagens com motivo casa-trabalho e até mesmo para reduzir o número de viagens diárias, assim como para induzir o processo de descentralização urbana. (Baggi, 2012). 
Com a diminuição da emissão de gases poluentes na atmosfera, pelo fato de não haver o deslocamento entra casa e trabalho, o que além de colaborar para desaceleração do aquecimento global, melhora também a mobilidade urbana, a diminuição do trânsito e a qualidade de vida em grandes metrópoles como São Paulo. 
Os custos com tarifas de transporte público (ônibus, trem e metrô) nas cidades brasileiras são os maiores do mundo, comparando-se ao poder aquisitivo do brasileiro. Desta forma, esta situação acaba também agravando o quadro sócio-econômico-ambiental, quando se constata, por exemplo, que os ônibus urbanos estão sempre superlotados e se deslocando em baixa velocidade, juntamente com os automóveis.
Em artigo publicado no Washington Post, em 2004, Schintler, professor de Políticas Públicas da George Mason University, estima que o tráfego em Washington, DC poderia cair 10% para cada 3% de pessoas que adotem o teletrabalho. Os custos com prestação de serviços com a infraestrutura urbana nas grandes cidades poderiam ser reduzidos. Vários outros benefícios podem ser conquistados, nas esferas pública e privada.
Trata-se de uma estratégia organizacional sustentável que além de contribuir por causas sociais, agrega benefícios à organização que ao adotar tal método, demonstra conscientização e preocupação com a conservação do meio ambiente. 
A implantação de um modelo na nuvem inclui procedimentos que são essenciais para a garantia de sustentabilidade tanto no âmbito econômico, visando redução de custos com energia elétrica consumida pelos equipamentos. (Araujo, 2011).
Outro benefício em relação ao meio ambiente em decorrência dos procedimentos utilizados no home office e o uso das tecnologias é diminuição dos custos usando menos papel e optando por recursos digitais, como o PDF e outros documentos eletrônicos. Menos uso de papel significa menos espaço de armazenamento, que também se resume à redução da necessidade de construção de outros espaços físicos para esta finalidade. As novas tecnologias de armazenamento em nuvem também servem de grande ajuda para trabalhadores com esse perfil, permitindo que reduzam suas necessidades por mais espaço.
O uso da nuvem é uma das ferramentas que podem contribuir para a diminuição de resíduos, como as empresas que adotam tal pratica de trabalho tem preferência na utilização de software, somente em casos de grande necessidade é necessário utilizar impressão em papel, pois todas as atividades exercidas chegam de forma virtual à organização (e permanecem em armazenamento virtual), descartando ainda mais o uso de recursos naturais.
O ano de 2050, quando a população mundial deverá atingir 9,6 bilhões de pessoas, está se aproximando do nosso planeta. Segundo a Unep, se continuarmos a manter os atuais padrões de produção e consumo, vamos precisar de três planetas para sustentar nosso estilo de vida. Com o home office, empresas e funcionários têm um caminho por meio do qual podem contribuir para a preservação do planeta.
2.2.3 Relação das empresas desencadeadas pela implantação do SOHO 
A empresa de pesquisas de Top Employers Institute, constatou que 15% das companhias brasileiras instituíram o home office para os colaboradores, sendo que em 2013 esse índice era de apenas 6%, sendo a média mundial de 77%. Esses índices estão crescendo cada vez mais, porém assim como todo método apresenta seus prós e contra. 
Em primeiro lugar a empresa deve ter toda uma preparação para implementação desse sistema, é necessário muito planejamento, alguns passos sãoessenciais a serem seguidos para que seja montado um programa de trabalho remoto adequado. O Santander publicou em 26-11-2015 alguns desses passos, vejamos:
I.. Diagnostico: é necessário observar se a empresa possibilite que seus funcionários desenvolvam suas funções remotamente (diferentemente de uma indústria, no setor de produção). Traçar objetivos do programa na empresa.
II. Analisar e selecionar os participantes: pessoas que tenham esse perfil, que apresentem flexibilidade, disciplina, organização. 
III. Analisar os ambientes de trabalho remoto: mesmo que o colaborador esteja fora das dependências da empresa é preciso zelar por sua saúde, conforto e segurança. 
IV. Analise o perfil dos gestores: os lideres tem de saber lidar com o seu pessoal à distância. 
V. Planejar as características do programa: Ou seja, criação de uma boa política de funcionamento, bem detalhada para evitar problemas. 
VI.	 Lançamento do programa e ajustes: não é necessário implanta-lo de vez, mas começar com alguns testes.
Em média e bem superficialmente são essas etapas que as empresas utilizam para implementarem o home office em sua instituição. O livro “trabalho portátil” de Brik e Sell detalha bem mais precisamente sobre como formalizar um programa de trabalho remoto, como selecionar as pessoas certas e as atividades adequadas. E afirma:
Após decidir quais são só parâmetros do teletrabalho, selecionar quem participa, planejar, formalizar as decisões em documentos e capacitar os funcionários e gerentes, finalmente o programa pode ser iniciado. Porém, o trabalho de gerenciamento está só começando. Com a rotina diária é que todo o planejamento será colocado a prova e que poderão surgir alguns desafios. (Brik, 2013).
 A introdução do home office é um processo bem trabalhoso e necessita de colaboração de todos, mas com uma boa organização. Gerando algumas alterações na cultura organizacional, cujo sua transmissão não é feita por escrito, mas por pequenas interações dos funcionários, que se limita a teleconferências, trazendo assim algumas desvantagens.
Segundo Mena, jornalista da Folha de São Paulo (2018), a ausência de corpo parece uma metáfora para a falta de materialidade das relações da nossa civilização pós-moderna em que o contato corpo a corpo foi substituído por essa interação virtual, além de não se aproveitar ao máximo o conhecimento dos funcionários, o que não está contido em documentos escritos, a troca de ideias não ocorre a distância.
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia, apontam que quem trabalha em casa tem menos chance de ser promovido, já que o colaborador não é observado, dificultando a avaliação perante ao diretor.
As tecnologias estão aproximando as pessoas, ao mesmo tempo em que o trânsito e os custos de locomoção dificultam os trajetos das pessoas. Assim as empresas estão encontrando meios de seguirem produzindo, mantendo o colaborador ativo e alinhado a companhia. (Panaro, 2014).
Em relação as vantagens podemos citar a economia com empregados e em cargos sociais; oferecimento de produtos e serviços melhores, com custos menores- já que os gastos com água e luz serão reduzidos, cerca de 11 mil dólares por ano, por cada funcionário. E a otimização das atividades, ou seja, com desenvolvimento de técnicas para selecionar as melhores alternativas para se atingir os objetivos determinados.
2.2.4 Questões econômicas
Como as alterações trazidas pelo home office nas empresas alavanca uma serie de fatores, mexendo principalmente em questões econômicas, acarretando algumas vantagens, sendo necessário aborda-las separadamente. Vejamos:
Com a variabilidade no mercado de trabalho, avanço da tecnologia e comunicação e aumento da qualidade de vida, são fatores que impulsionam o uso do home office, tanto em empresas como em trabalhadores autônomos. Eliminar a necessidade de um espaço físico ajuda a reduzir esses gastos do dia a dia, uma forma de permitir que o funcionário trabalhe remotamente tem sido uma alternativa para as empresas que precisam reduzir custos, como o de transporte.  
Além disso, a economia é gerada também ao eliminar o deslocamento do profissional da casa para o trabalho e do trabalho para casa. A outra razão é a tecnológica. Cada vez mais o desenvolvimento dos meios de comunicação faz com que as atividades presenciais sejam substituídas pelas virtuais. Nesse contexto, estudos mostram que 37% das corporações no País já utilizam o home office como uma de suas formas de trabalho. Pesquisas também revelam que muitas empresas ampliaram, nesses últimos anos, a adoção do trabalho a distância para um maior número de profissionais. Além disso, a questão jurídica, desde 2011, já deixou de ser um entrave à prática do home office no Brasil. (Costa, 2016).
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt), Mello, estima que no Brasil existam cerca de 12 milhões dos chamados teletrabalhadores e que a expectativa é de um aumento de 30% ao ano no número de empresas que adotam a prática. 
O teletrabalho é visto como uma forma das empresas economizarem custos do escritório, estacionamento para os colaboradores, locomoção e tempo. Algumas empresas permitem que os funcionários desempenhem em casa até dois dias de jornada semanal de trabalho. 
A edição de 2016 da pesquisa Home Office Brasil dá indícios desse novo comportamento corporativo. Feita com 325 empresas de diferentes segmentos e portes, de diversas regiões do país, mostra um aumento de 50% no número de empresas que estão implantando a prática, 15% de aumento no número de empresas que estão estudando a implantação e 28% de aumento na formalização da medida. O estudo foi conduzido pela SAP Consultoria e teve o apoio institucional da Sobratt e o patrocínio da Gcontt (Grupo de Consultoria em Teletrabalho).
No Brasil, 68% das empresas adotam alguma a prática de teletrabalho, sendo 55% a modalidade de home office. Dentre as empresas participantes da pesquisa, cinco em cada treze adotam a prática, e um em cada treze funcionários trabalham nessa modalidade. Além disso, 93% das empresas consultadas eram do setor privado, 85% delas localizadas na região Sudeste. Conforme indicado pela pesquisa, os cinco principais objetivos das empresas que adotam políticas de home office estão ligados ao bem-estar dos funcionários, à mobilidade e à produtividade:
· Ajuda os empregados a atingir um melhor equilíbrio entre vida e trabalho (67%);
· Promover a flexibilidade no ambiente de trabalho (66%);
· Resolução de problemas com tempo de locomoção até o trabalho (58%);
· Mobilidade urbana (53%);
· Estimular a ênfase na gestão por resultados (48%).
Além disso, gera em cerca uma economia de 17% para as empresas.
Segundo Pimentel (2018), os colaboradores tendem a ficar mais motivados e menos cansados e ocorro o aumento de produtividade. A medida torna-se também um ótimo benefícios para contratar ou reter talentos porque diminui o índice de turnover[footnoteRef:9]. E, para a empresa, ainda gera economia com otimização de espaços e diminuição dos custos fixos, gera acessibilidade e aumenta a sustentabilidade. Um exemplo prático e positivo sobre a prática do home office. [9: Turnover – Virada Na área de RH, o cálculo de turnover tem a função de determinar a percentagem de substituições de funcionários antigos por novos e, consequentemente, analisar a capacidade da empresa em manter os seus colaboradores.] 
O ZAP está aumentando o quadro funcional sem precisar investir em um novo escritório. Se tivesse que alugar mais um andar ou mudar para outro escritório maior, o valor poderia ser muito alto. Com o home office parcial, as pessoas trabalhando duas vezes por semana em casa, o escritório pode ser otimizado em até 40%. (Pimentel, 2018)
Segundo a revista Exame (2015), o Banco do Brasil também implantou o trabalho remoto em parte de sua equipe e concluiu que cada funcionário em home office aumentou a produtividade em 15%, e reduzindo os gastos em 17% por cada funcionário. Além do Banco do Brasil, a fabricante de eletrônicosPhilips no Brasil adotou o modelo de trabalho remoto com o objetivo de aumentar o engajamento e a produtividade de seus funcionários, seguindo a direção da matriz na Holanda. Acabou por reduzir também custos com energia e aluguel.
 2.2.5 Em relação aos trabalhadores 
Segundo a pesquisa realizada, no Instituto Serzedelo Corrêa (ISC, 2013). No geral, a percepção de qualidade de vida do trabalhador é mais positiva, estando relacionada a vantagens proporcionadas pelo teletrabalho. Dentre elas estão:
· Redução de deslocamentos: Um fator importante na melhoria das condições de trabalho, especialmente nas grandes metrópoles. Dados do Censo 2010 (IBGE, 2012) corroboram esta visão, ao ressaltar que “nas Unidade da Federação com a presença de grandes manchas urbanas contínuas e densamente ocupadas, o tempo de deslocamento para o trabalho superior a uma hora acontecia, principalmente, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, atingindo um total de 2,5 milhões e 1,2 milhão trabalhadores, respectivamente. Em termos proporcionais, verifica-se que no Estado do Rio de Janeiro esse número representava 23,1% e, em São Paulo, 16,8% da população que se deslocava para trabalhar”. 
· A diminuição do tempo de deslocamento e do estresse provocado pelos frequentes congestionamentos e pela falta de comodidade das viagens diárias, o tempo economizado pode ser utilizado por outros afazeres, por exemplo seu próprio trabalho que será realizado. Nilles (1997) alerta sobre a necessidade de mudança de prioridades como uma das questões centrais do gerenciamento do teletrabalho. O foco deixa de ser o número de horas trabalhadas e passa a ser necessário dar maior atenção às questões ligadas ao desempenho percebido através do resultado e da qualidade do trabalho. 
· Redução de custos: o fato de um funcionário viver no mesmo local onde ele trabalha lhe permite reduzir os custos gastos com deslocamento até a sua empresa (transportes, combustíveis e até estacionamento no caso em quem vai ao trabalho com o próprio veiculo). Também passa a economizar com o vestuário e até com alimentação diária.
· Ritmo individual: a possibilidade de gestão individual do tempo de trabalho facilita a diminuição de horas desperdiçadas e dos intervalos no horário de trabalho, pode reduzir o número e a frequência de interrupções e perturbações da sequência do trabalho.
Dessa forma, é possível, por exemplo, trabalhar no seu momento mais produtivo ou lidar com imprevistos do cotidiano sem que atrapalhe o trabalho.
· Harmonia entre a vida familiar e profissional: com tempo ganho na diminuição dos deslocamentos o trabalhador pode conciliar de forma mais harmoniosa a vida profissional e familiar e dispor de mais tempo para o lazer e para a família. Pelo fato do trabalhador poder organizar o ambiente como desejar, seu escritório poderá ser bem mais aconchegante e atrativo no dia a dia.
· Melhor qualidade de vida: a diminuição do estresse por conta do trânsito, a flexibilidade no horário de trabalho e alimentação mais saudável – visto que não seria necessário almoçar diariamente nos restaurantes por quilo, onde geralmente eles fazem as escolhas mais saborosas ao invés de saudáveis – constituem fatores de peso para melhoria de qualidade de vida. Com isso acontece também elevação da satisfação e motivação com o trabalho, pois em alguns casos o profissional passa a contar com uma maior autonomia e flexibilidade no emprego, refletindo no aumento da autoestima e sentimento de auto realização.
Após uma revisão de diversas pesquisas desenvolvidas em diferentes países, descreveu as consequências na saúde e na segurança dos trabalhadores decorrentes das mudanças que ocorrem no mundo do trabalho. (Theorell apud Niosh, 1999).
· Aumento das oportunidades de trabalho: uma vez que o trabalhador pode realizar suas tarefas para empresas localizadas em qualquer lugar do mundo, quebrando as barreiras regionais.
A forma de dependência das pessoas foi alterada nas atividades, porém continua sendo tão fundamental quanto no início da era industrial. Além disso, o trabalho, nas condições do presente momento histórico, produz novos problemas, como a solidão do teletrabalho, a não-legitimação do trabalho autônomo como forma digna de emprego, e as patologias promovidas pelo forte envolvimento com a lógica binária do contexto criado pelo computado. (Malvezzi, 2004, p 15)
Devido à ausência ou diminuição do contato presencial com colegas de trabalho, que pode trazer impactos psicológicos, como:
· Depressão ou dificuldades de relacionamento social.
· Stress e problemas físicos em decorrência de alimentação inadequada ou vícios como tabaco e álcool, uma vez que o isolamento pode contribuir para adoção de hábitos menos aceitos em ambientes corporativos.
O estresse no teletrabalho tem se tornado (e cada vez mais) uma séria carga para a saúde e para a economia dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Inúmeras pesquisas passam a ser desenvolvidas buscando uma maior compreensão do impacto dessas mudanças no adoecimento do trabalhador. Busca-se entender como essas condições contribuem para o estresse e para o surgimento de transtornos mentais e de doenças (Areias e Comandule, 2004).
Dada a ausência de legislação específica aplicável a esta modalidade de trabalho, o trabalhador poderá ser prejudicado ou mesmo explorado. Os contratos de trabalho, o trabalhador subordinado ou de prestação de serviços atuais não referem aspectos relacionados com o Home Office e sua cessação, podendo citar: 
· Seguro de saúde, remuneração e reembolso de despesas adicionais; fornecimento de equipamentos, higiene e segurança do trabalho.
· Possíveis riscos ergométricos e de segurança no ambiente de trabalho, uma vez que as instalações domésticas podem não estar adequadas no que tange a conforto (temperatura, ventilação, nível de ruídos e iluminação) e eventualmente mobiliário inadequado (estação de trabalho, cadeira e demais acessórios), podendo vir a causar desconforto, fadiga e lesões por esforço repetitivo.
· A falta de contato com outros funcionários pode interferir no desenvolvimento profissional e pessoa com isso acarretando a redução das oportunidades profissionais, uma vez que em alguns ambientes o trabalhador remoto pode ter menor visibilidade que seus colegas presentes na empresa.
· Conflitos familiares, pois muitas vezes os parentes encaram essa modalidade como uma invasão do espaço familiar pelo trabalho ou acabam interrompendo o profissional durante o período de trabalho, impactando inclusive na produtividade;
· Extensão da jornada de trabalho, visto que muitas vezes a economia de tempo em deslocamentos, ao invés de se converter em tempo livre, acaba aumentando a jornada de trabalho.
2.3 TRABALHADORES 
Como esse método é totalmente voltado aos colaboradores, devemos assim abordar seus aspectos já que são bem característicos, e que mudam totalmente sua rotina e seu modo de trabalhar.
2.3.1 Nomadismo digital e os tipos de teletrabalhadores  
 
Dentro da esfera do home office e em meio aos novos estilos de vida e de trabalho, um vem ganhando destaques, é o chamado “nomadismo digital”. Termo que é usado para se referir a pessoas que viajam enquanto trabalham remotamente. 
Com a evolução da era digital e das tecnologias móveis, cada dia mais pessoas começam a perceber que os limites geográficos não são mais precisos. Se você pode trabalhar de casa, usando a tecnologia, você pode trabalhar de qualquer lugar do mundo. E esse é o novo “Sonho Americano” pra muita gente e os personagens dessa nova história ganharam o nome de “Nômades Digitais”. (BARBOSA, J.; VIEGAS, E. Manifesto Nômades Digitais)  
 
Eles podem realizar suas tarefas de diferentes localidades como em outras cidades e países, ou também em suas moradias, lanchonetes, cafés, praias, parques, bibliotecas e meios de transportes. Há uma infinidade de possibilidades, porem por ainda estar em processo de construção digamos que a definição não está totalmente clara. 
Essa pratica vem ganhando força principalmente nos meios digitais como sites, comunidadese redes sociais, chamam bastante atenção por sua ideologia que questionam os empregos tradicionais com sua falta de liberdade e propõem a ideologia do trabalho “nômade” como uma opção mais livre. 
Um dos livros pioneiros a usar o termo foi “Digital Nomad”, de Tsugio Makimoto e David Manners, publicado em 1997. 
Digital Nomad nos conta como as possibilidades tecnológicas atuais e futuras, combinadas ao nosso desejo natural de viajar, irão permitir, mais uma vez, que a humanidade viva, trabalhe e exista em movimento. Isso é o que alguns líderes de grandes empresas e pensadores estão dizendo sobre nomadismo digital. (Matos, 2018) 
 
O “nomadismo digital” é considerado uma forma de teletrabalho, entretanto este fenômeno concilia o trabalho digital, mobilidade e viagem, enquanto a atribuição como uma forma de estilo de vida, é relativamente recente. Eles trabalham em cima do trinômio: “web, work, travel” (rede, trabalho, viagem). 
Segundo o sociólogo italiano Domenico De Mais (2000), desde muito tempo já percebia que o percurso de distâncias seria cada vez mais presente e simplificado na vida dos indivíduos.Devido a TICs (tecnologia da informação e comunicação) desenvolvidas a partir da década de 1970 há uma possibilidade de execução de diferentes atividades a qualquer hora e lugar. Seu uso causaria uma elevação nas mudanças de cidades, países e continentes. Os deslocamentos de curtas distâncias diminuiriam, mas haveria o aumento de grandes deslocamentos, um movimento do tipo nômade. 
Um estudo feito pela European Telework Online, em 1998, (apud STEIL; BARCIA, 2001, p. 76) apontou quatro tipos de teletrabalhadores (home office). Essa classificação é aplicável ao objeto desta pesquisa, são eles: 
• Teletrabalhadores empregados - são funcionários de uma organização cujo contrato de trabalho inclui, também, o domicílio como local de trabalho.  
• Teletrabalhadores informais - ocorre quando o funcionário e o seu supervisor imediato percebem os benefícios do teletrabalho e adotam essa prática sem aprovação oficial ou mesmo em oposição a políticas organizacionais contrárias ao teletrabalho. 
 • Teletrabalhadores autônomos ou freelancers - nesse caso o profissional escolhe ou prefere trabalhar em casa. Geralmente, esses profissionais seguem o mercado - se o contratante exigir a presença dele em seu escritório, o trabalhador assim o faz. 
 • Teletrabalhadores empreendedores - são os empreendedores que rejeitam a ideia de um escritório formal em alguma zona comercial e desenvolvem sua empresa em forma de rede, com os funcionários trabalhando da maneira que melhor se ajuste às suas necessidades pessoais. 
 
Dentre as tendências do mercado, estão as novas maneiras de realização do trabalho, que fogem do tradicional são as mais comuns entre os nômades digitais, que costumam atuar como feelancers ou empreendedores. 
De acordo com o Business Dictionary (2017, tradução nossa), Freelance é definido como: 
 Modalidade na qual o trabalhador presta seus serviços para várias empresas, diferente do modelo tradicional no qual o vínculo empregatício é realizado com apenas uma empresa. Desse modo, os freelancers (nome dado às pessoas que trabalham dessa forma) são considerados empregados independentes, já que contam com a liberdade de escolher em qual projeto e/ou empresa desejam estar associados.  
 
Apesar de ser um tipo de trabalho novo, a origem da palavra “freelance” existe desde o século XIX. Teve sua origem atribuída a Sir Walter Scott, que a usou em seu livro Invanhoé em 1819, em um trecho em que um dos personagens oferece a outro seu serviço de “lanceiros livres” — ou, no original em inglês, “free lances”.1 
O Trabalho como freelancer era visto como uma fonte de renda extra, mas vem se mostrando como uma opção para quem deseja um emprego dinâmico, pois o trabalhador além de ser favorecido por questões tributárias, ele tem a facilidade de conseguir trabalhos no mercado digital. 
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que o número de freelancers está crescendo rapidamente; atingiu 55 milhões no ano de 2016, representando 35% da mão de obra americana nesse ano”. (Forbes apud Ursulla Nogueira, at all- 2016). 
Tem também aqueles que optam por virar empreendedores, que por definição são: aqueles que tomam a iniciativa de empreender, de ter um negócio próprio. É aquele que sabe identificar as oportunidades e transformá-las em uma organização lucrativa. Porem se diferem dos demais empreendedores por ser um negócio digital, que possibilita a pessoa a pessoa viver o “nomadismo” ou o “home office”. 
Apesar do entusiasmo com esse estilo de trabalho flexível, é também necessário desmistificar esse modelo. Em uma pesquisa feita em 2016 para uma tese na Fundação Getúlio Vargas que estuda o caso, uma das entrevistadas disse o seguinte:  
As pessoas atrelam muito ele [o “nomadismo digital”] à viagem, pensam em nômades que ficam o tempo inteiro viajando, mas eu acho que na verdade não é necessariamente “viagem”. Eu acho que nomadismo digital é simplesmente pessoas que trabalham independentemente de uma estrutura física e têm a liberdade de poder ir onde quiserem, na hora que quiserem e não têm nenhuma amarra. Eu acho que a diferença entre o nômade digital para qualquer outra pessoa é que o nômade não tem que se programar por um ano para viajar no outro ano. 
Segundo Freud em seu livro “O mal-estar na civilização”, a sociedade moderna o homem ganha segurança (ordem), porem perde sua liberdade, então a era pós-moderna pode ser definida pela busca do indivíduo pela liberdade em detrimento da segurança. Muitos sacrifícios e renúncias precisam ser feitos, abre-se mão de carreira e status, família, amigos e segurança social, em troca da liberdade desejada. 
2.3.2 Perfil 
De certo modo não há um perfil que seja ideal, mas sim características que se adequam mais a esse tipo de trabalho, que facilitam adaptação de alguns colaboradores que conseguem otimizar sua produtividade, já outros possuem uma certa resistência. “O que acontece é que alguns vão precisar desenvolver as habilidades necessárias para isso” diz Pimentel (2014).
A revista Época Negócios (2018), aponta as principais características que os profissionais devem ter para que o home office funcione: organização, foco, comprometimento e disciplina, (auto)controle de qualidade e visão integrada de seu trabalho com os demais profissionais e áreas da empresa.
Discorreremos sobre cada um separadamente, começando com organização, que tem a função de controlar o andamento das tarefas e saber utilizar o tempo. O foco exige concentração nas tarefas, sempre mantendo a atenção. Comprometimento e disciplina, ou seja, é a capacidade da pessoa de independência sem precisar ser cobrado para executar suas funções. Já o (auto)controle de qualidade é saber se autopoliciar, e não se contentar com resultados mais ou menos, e sim somente com resultados excelentes. E por fim o profissional deve apresentar uma visão integrada de seu trabalho, mesmo que esteja trabalhando longe na empresa, o colaborador deve ter a consciência de que faz parte de um todo. 
É relevante ressaltar que as características citadas não são para excluir as pessoas desse ofício, porem são importantes de analisar antes de passar o cargo; afinal não é um cargo que todos se adaptam de primeira. Segundo Dias (2017), “É fundamental ter a consciência de que se está em casa, mas a rotina de trabalho e tudo o que a envolve, como prazos, horários e prioridades, devem permanecer”. 
 2.3.3 Rotina
Afinal, quando se opta a trabalhar em home-office são eliminados uma série problemas que estão presentes na rotina de pessoas que não trabalham com o esse modelo, como: horas no trânsito, estresse, chefe reclamando, entre outros. Mas também tem problemas, como ter ao alcance a tv, a geladeira, cama, sofá, ou até mesmo a internet. É necessário estabelecer limites de tempo a tudo que será feito, para que o que foi planejado possa ser realizado, no dia ou ao decorrer da semana.
Como todas as pessoas são diferentes, cada uma deve adotar o estilode gerenciamento de tempo que seja mais adequado às suas próprias necessidades. Alguns princípios até se aplicam à maioria de nós (como estabelecer prioridades, planejar com antecedência, delegar responsabilidades), mas outros precisam ser adaptados, levando em consideração as demandas individuais (Mancini, 2007, p.19).
Fatores de extrema relevância são: o ambiente em que se trabalha e as tecnologias que o teletrabalhador utiliza para o auxílio de suas atividades. Quando o trabalhador tem escritório em sua casa ou um ambiente mais “profissional” ou calmo se torna mais fácil e produtivo suas atividades como explica Mancini (2007p.72) “seu ambiente de trabalho é importante na administração do tempo. Se ele for eficiente e confortável, você poderá ser mais produtivo; caso contrário, pode roubar-lhe precisas horas”.
Já no fator das tecnologias utilizadas para o auxílio, quanto maior as ferramentas tecnológicas utilizadas pelo profissional, maior será seu desempenho.
 As tecnologias potencializam a forma de controle sobre as atividades executadas pelos profissionais em qualquer ambiente que eles estejam tornando-se possível consequentemente, tanto o profissional que possui ligação a uma organização externa a trabalhar em casa, quanto um indivíduo que trabalha como autônomo, gerir suas funções em qualquer lugar que achar necessário. (Menna, 2008).
Não podemos deixar de citar também que o fato do teletrabalhador conseguir separar a vida pessoal da profissional é de fundamental importância para o equilíbrio e para sua qualidade de vida. Trabalhando em um ambiente fora ou dentro de casa, é prioritário que o colaborador saiba dividir aspectos relevantes ao âmbito profissional e ao pessoal, separando um do outro, pois existirá um momento certo para cada um.
De acordo com Andrade e Tiago (apud Reis 2006, p. 26), “o sucesso profissional está alinhavado com o sucesso pessoal”.
2.3.4 Jornada de trabalho 
A jornada de trabalho é o período estabelecido no contrato da empresa que deve ser cumprido pelo empregado. A CLT prevê a quantidade máxima de 8 horas diárias, um total de 44 horas semanais, desde que não seja definido outro horário específico. No entanto o teletrabalho é um trabalho à distância, sendo assim, fugindo do controle e fazendo com o que o colaborador acabe ultrapassando as 08 horas permitidas de trabalho diário, obtendo gastos que não é de sua responsabilidade, entre outras coisas. 
Entretanto, até pouco tempo não existia nenhuma segurança jurídica para o empreendedor que quisesse contratar desta forma, o que vinha prejudicando empregados e empregadores que pretendiam adotar esta forma de trabalho. Até então, a única lei que tratava da modalidade de trabalho era de 2011, sancionada pela então presidente Dilma Rousseff, que previa os mesmos direitos da CLT para quem exercia o home office. Ela não definia, no entanto, as condições para a sua execução. 
Com a aprovação da Reforma Trabalhista em 2017, esse regime de trabalho passa a possuir regulamentação própria que dá maior segurança a empregados e empregadores e permite que seja mais utilizado. A Reforma utiliza a nomenclatura teletrabalho para se referir ao home office, e define o modelo de trabalho da seguinte forma:
A prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo (art. 75-B)
Portanto, teletrabalho e trabalho externo não se confundem, este é aquele também realizado fora das dependências do empregador porque sua própria natureza o obriga, por exemplo: instaladores de antenas de TV, leitores de relógios de energia, etc. Já o teletrabalho, embora pudesse ser realizado na empresa, por opção de empregado e empregador, passa a ser realizado de fora das suas dependências. 
Um dos pontos principais da Reforma Trabalhista foi a jornada de trabalho, pois suas regras não estavam sendo aplicadas de forma correta no regime de teletrabalho, o empregado não estaria sujeito ao controle de ponto, acabando não recebendo o adicional por horas extras, por outro, não haveria mais que se falar em descontos, advertências ou suspensões por atrasos, no regime de teletrabalho, por não ter um horário e nem supervisão especifica. 
O Ministério Público do Trabalho, contudo, já se posicionou contrário a essa regulamentação, afirma que na prática isto pode representar a exploração máxima do empregado por não limitar em nenhum aspecto a jornada de trabalho. Por isso o MPT defende uma interpretação mais restritiva neste ponto, afirma que com os atuais meios tecnológicos disponíveis é possível controlar o ponto do empregado, mesmo à distância, e por isso entende que deve valer a regulamentação geral da jornada, ou seja, 12 horas por dia (em escala 12 x 36) ou 220 horas por mês. Com isso é bastante provável que esse ponto da lei seja questionado judicialmente e possa ser revisto. 
Assim como qualquer outro regime de trabalho o teletrabalho requer a anotação da Carteira de Trabalho do empregado. É importante estabelecer uma relação entre o empregado e o empregador, desenvolvendo um Contrato de Trabalho, assim constituindo as diversas variações em relação ao trabalho. Por exemplo, o Contrato de Trabalho quem vai definir se o trabalho será exercido integralmente, fora das dependências do empregador ou se haverá a necessidade de o empregado ir até a empresa em alguns momentos para exercer alguma atividade específica como treinamentos ou reuniões, sem que isto descaracterize o regime de teletrabalho, o contrato de trabalho irá também estabelecer o seu período de trabalho e o seu descanso semanal remunerado, e toda responsabilidade do empregador com o empregado. 
Antes da reforma não havia uma regulamentação legal do home office, apenas à previsão de sua equiparação aos trabalhos prestados nas dependências do empregador (art. 6º da CLT). Dessa forma, aplicavam-se as regras dos contratos gerais, como o limite de 44 horas semanais de trabalho e horas extras, porém, não haviam especificações a respeito do controle de jornada, eventuais responsabilidades decorrentes dessa contratação e outras normas que seriam fundamentais para que o home office fosse implantado sem gerar dúvidas para as partes.
2.3.5 Doenças Ocupacionais 
A modalidade de trabalho SOHO apesar de se tratar de atividades exercidas em ambiente doméstico, onde não é exposto à tantos riscos, pode causar doenças ocupacionais devido a monitoramento por parte da empresa ou empregador.
Segundo Oliveira (2013), as doenças ocupacionais são estados patológicos ou mórbidos, ou seja, de perturbação da saúde do trabalhador, que normalmente vai se instalando insidiosamente e se manifesta internamente, com tendência de agravamento.
As doenças ocupacionais são desenvolvidas devido à fatores relacionados as atividades trabalho, e pode se manifestar devido a diversas situações. Para quem pratica o trabalho remoto, as doenças ocupacionais mais comuns de se desenvolver decorrem de práticas inadequadas como má postura, esforços repetitivos e até mesmo pelo ambiente de trabalho e convívio social (ou falta dele), que consistem em problemas físicos e psicológicos. Se destacam como principais doenças ocupacionais causadas à trabalhadores remotos: LER (Lesão por Esforço Repetitivo); DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho); Problemas de Visão; Doenças Psicossociais.
O fato de o empregado trabalhar em domicílio não constitui, por si só, motivo para eximir o empregador da observância das normas de segurança e medicina do trabalho, colocando o trabalhador à margem da proteção legal que deve abranger 'todos os locais de trabalho', sem distinção (artigo 154 da CLT). (Castro, 2016).
Em relação as doenças ocupacionais, a empresa ou empregador é responsável pela prevenção contra essas doenças, medidas que podem ser adotadas para evitá-las por exemplo são:
· Utilizar os canais de comunicação interna, visando conscientizar e alertar seus colaboradores quanto aos riscos e às ações de prevenção,para evitar doenças ocupacionais e acidentes no ambiente de trabalho.
· Promover as palestras e os treinamentos específicos, ministrados por profissionais capacitados, que abordem temas relacionados às regras de proteção, à saúde e às boas condutas no ambiente laboral.
· Estimular a prática diária de exercícios específicos para evitar, por exemplo, lesões corporais por movimentos repetitivos. Para que essas práticas sejam sempre eficientes é fundamental contar com a orientação de profissionais capacitados e especialistas em ergonomia.
· Adotar programação de descanso entre as ocupações do dia e não delegar tarefas em que os colaboradores sejam submetidos a uma mesma atividade em tempo integral.
· Informar aos trabalhadores os resultados dos exames médicos e dos exames complementares realizados, com o intuito de conscientizá-los sobre os diagnósticos obtidos e os cuidados com a saúde.
· Divulgar e treinar os trabalhadores, quanto aos procedimentos corretos e imediatos que devem ser adotados em caso de acidentes.
Segundo Siqueira e Padovan (2008), o bem-estar no trabalho se relaciona à satisfação com as atividades realizadas, com o envolvimento com as tarefas e as demandas, e com o compromisso afetivo com a Organização, sendo necessária a interação entre estes três fatores para promover um nível elevado de bem-estar.
Para evitar tais problemas nesta modalidade de trabalho, é necessária uma certa comodidade com suas tarefas, manter um relacionamento agradável com a empresa de forma que estimule o desempenho, o que depende muito do órgão empregador, que tem como responsabilidade praticar continuamente atividades com intuito de motivar funcionários, e aos que trabalham em Home Office não é diferente, também necessitam de atenção para que o desenvolvimento profissional seja próspero.
3 PESQUISA DE CAMPO
Abordaremos sobre as ferramentas e os métodos utilizadas para composição deste trabalho.
O caminho em direção a um objetivo; metodologia é o estudo do método, ou seja, é o corpo de regras e procedimentos estabelecidos para realizar uma pesquisa; científica deriva de ciência, a qual compreende o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber. (Gerhardt 2009).
Sendo assim, indicaremos a escolha teórica realizada para pesquisar de modo a ancorar o objeto de estudo, caracterizando uma pesquisa básica. 
3.1 Análise da pesquisa de campo 
· POPULAÇÃO: 
O questionário aplicado constituído de 11 questões, sendo de grande maioria múltipla escolha, com ele visamos conhecer o contato que as pessoas tiveram com a modalidade de home office e entender de forma breve a relação dos mesmos inseridos nesse contexto. Mais de 220 pessoas responderam ao nosso questionário o que possibilitou que tivéssemos um vasto público para entender nosso objeto de estudo e obtivéssemos uma ampla quantidade de dados brutos à seres analisados.
A grande maioria dos entrevistados já está inseridos no mercado de trabalho, sendo que 27% já tem o ensino superior completo e 26% ainda estão cursando o ensino médio. Desses dados pode-se observar que atingimos a PEA (população economicamente ativa), que são as pessoas que já trabalham e aquelas que estão prestes a inserir-se no mercado, e que se tornam pretendentes à serem incorporados a nova era de relação empresa-empregado.
Mesmo o objeto de estudo ser relativamente novo grande parte já conhecia a pratica de home office, porém ainda receosos por não terem muito conhecimento sobre o assunto, 63% ficaram indecisos quando questionados se aceitariam se tornar teletrabalhadores e 10% responderam negativamente sobre a possibilidade. Mostraram-se cientes também de que essa modalidade é uma tendência mercadológica de trabalho e de que nem todas as profissões se encaixariam nesse modelo.
Como confirmação ao nosso processo de pesquisa os principais motivos que levam as pessoas a querer trabalhar remotamente são a flexibilidade em horários, a diminuição de gastos com locomoção e a melhor qualidade de vida. Já em relação a desvantagem, ou seja, o que elas consideravam mais prejudicial no home office seria a falta de foco (56%) e a movimentação de familiares (45%).
Por fim a partir da única pergunta dissertativa do questionário podemos analisar que muitas respostas foram parecidas com relação a produtividade, separando -se em dois grupos o da falta de foco e indisciplina; e o grupo das pessoas centradas e compromissadas que sabem separar horário de lazer com expediente de trabalho. Dando assim ênfase a afirmação já contida na monografia de Dias (2017), “É fundamental ter a consciência de que se está em casa, mas a rotina de trabalho e tudo o que a envolve, como prazos, horários e prioridades, devem permanecer”. 
Conclui-se, portanto, que por conta de não estarem acostumadas, e de ser um modelo diferente em que elas ainda não estão acostumadas a trabalhar, exija um treinamento e uma capacitação para adequar as pessoas a esse formato, já que elas se mostram abertas e intrigadas a descobrirem uma forma inovadora que os libertariam do modelo sistemático imposto que os deixam presos na rotina estressante do cotidiano. 
· EMPRESAS:
O questionário foi composto por 11 questões abertas, aplicado á 6 empresas que adotaram o método do Home Office por diversos motivos que serão explorados mais à frente. Chamaremos de empresas A, B, C, D, E e F, onde todas estão localizadas na região de São Paulo e Minas Gerais. O questionário foi feito visando entendermos a versão da empresa: de como foi a implantação, as dificuldades e ainda a seletividade para escolher quem estaria adepto a trabalhar com este método. As empresas responderam-nos de forma dissertativa, onde obtivemos um olhar mais amplo de como elas operam tanto de forma distinta quanto em alguns casos, similares.
As empresas que adotaram esse método, nos relataram suas maiores dificuldades no processo de implantação do Home Office, a empresa A, por exemplo, disse que sua maior dificuldade foi a disponibilidade de um local na residência de seu funcionário que seja adequado para o respectivo funcionário exercer suas funções com o mesmo desempenho ou até melhor do que ele realizaria na empresa, as empresas B e D, nos relataram suas dificuldades semelhantes que tiveram para encontrar um funcionário com responsabilidade para executar as tarefas em seu prazo determinado, como se estivesse realizando-as no escritório. No caso da empresa C, pode nos relatar sobre sua insegurança de suas vendas não serem tão vantajosas quanto seriam no escritório, por problemas internos e pessoais. O caso da empresa E, eles já trabalhavam com o Home Office sem perceber, pois, era algo necessário. A empresa F, não encontrou grandes dificuldades na implantação, pelo fato de utilizarem a mais de 10 anos e ter sua própria maneira de organização e se comunicação.
As empresas se dividem em opiniões diferentes quando se é questionado se o Home Office pode ser considerado uma solução devido as crises no mercado de trabalho, as empresas A, C e E consideram uma boa alternativa tendo em vista de que é um método inteligente e flexível, já o restante, as empresas B, D e F, defende a ideia de que o método não pode ser considerado uma solução. A empresa A visou ambos os lados de empresa e funcionário, vendo justamente a flexibilidade. A empresa C visa a economia da empresa, onde gastos como vale transporte não são necessários, podendo ser revertido para outros fins, porém, a empresa D, defende a ideia de que não seja a solução para a crise no mercado de trabalho, mas que traz uma economia significativa para a empresa. A empresa E focou nos funcionários, avaliando a flexibilidade na locomoção e na qualidade de vida dos mesmos. A empresa B por exemplo, diz que é algo necessário tanto para a empresa e seus setores quanto para o funcionário, mas que não pode ser considerado uma solução para a crise do mercado de trabalho, a empresa F, tem esse mesmo pensamento, acreditando que não seja uma solução.
Apesar de que para muitos, esse conceitode Home Office ser considerado novo, algumas empresas adotaram esse método a um bom tempo, as empresas B e F já são veteranas nesse segmento, onde a B já está trabalhando com esse método a pelo menos 6 anos e a adaptação foi desgastante, pois tiveram que realizar alterações em algumas áreas para que o trabalhador remoto conseguisse realizar suas funções e atender exigências da empresa, semelhantemente como a afirmação de Pimentel 2014, onde diz a seguinte frase: “O que acontece é que alguns vão precisar desenvolver as habilidades necessárias para isso”. A empresa F trabalha com esse segmento a 10 anos, e a adaptação foi normal pois os trabalhadores remotos foram os programadores, e não encontraram muita dificuldade. A empresa A adotou o método em 2016, onde começou a ser desenvolvido por cargos gerenciais e presidenciais, e logo começou a ser implantado em outras áreas necessárias dentro da empresa. O restante das empresas C e D, adotaram esse método recentemente, em 2018, onde consideraram fácil e vantajosa a adoção do Home Office. A empresa E, diz que a adaptação foi algo natural pois havia a necessidade desse método ser implantado.
Todas as empresas relatam os casos que levaram-nas a implantar o Home Office, logo de cara, diz que é por conta da ausência dos funcionários por motivos pessoais, como relatou a empresa A e semelhantemente também a empresa B, a distância e a dificuldade do funcionário se locomover de casa para a empresa e vice-versa, como disse a empresa C e a empresa F, a empresa D adotou pois após um estudo de redução de custos e qualidade de vida dos funcionários, viu o quão benéfico seria para a adaptação do mesmo no mercado
Ao se questionar como é feito o recrutamento do pessoal que usa o modelo, as instituições A,B,C,D e E se assemelham entre si por fazerem a seleção internamente, escolhendo assim pessoas de confiança e que tenham um bom desempenho na sua área de atuação. Já a empresa F só realizam o recrutamento se haver necessidade de algum colaborador trabalhar com o método.
Questionando a visão das empresas a qualidade de vida trazida pelo Home Office, todas elas concordam com afirmação que o método melhora a qualidade de vida por não saírem do conforto de suas casas, economizam tempo por não ficarem no congestionamento, além de que isso acaba sendo bom para o meio ambiente e para a empresa em si, pelo fato de que cortam gastos desnecessários.
Em relação aos objetivos da implantação do Home Office, a empresa A, adotou para evitar atrasos de entrega por conta da ausência dos funcionários por motivos pessoais, já as demais empresas adotaram esse método visando o conforto e desempenho de seus colaboradores, cortando gastos pelo fato desse método ser mais econômico.
Quando se trata de comunicação, todas as empresas usufruem da facilidade que a tecnologia nos traz cada vez mais para nossa sociedade, todas relatam seus meios de comunicação sendo plataformas e ferramentas on-line, principalmente, e-mails, WhatsApp, Skype, algumas usam até mesmo ligações.
Novamente as empresas se dividem quanto a questão de o salário ser igual ou mais elevado dos funcionários atuantes dentro da empresa, as empresas A, B, D e F nos dizem que não há distinção quanto ao salário, sendo o mesmo para ambos. A empresa B, apesar de não existir distinção, os trabalhadores remotos têm um benefício a mais, pois recebem vale-refeição e os trabalhadores internos tem a refeição no local que trabalha, diferentemente da empresa F que não há distinção nem benefício a mais aos trabalhadores remotos. A empresa C, não pagam o mesmo salário, os trabalhadores remotos são mais remunerados. Exceto a empresa E, que recebe por comissão, pois o mesmo é vendedor.
Questionamos a visão da empresa para com o funcionário, de qual foi a maior dificuldade encontrada para eles, as empresas A e F, levaram em consideração a adaptação do dia a dia e a mudança de rotina que seus funcionários tiveram que fazer para realizar as atividades designadas da empresa para eles, as empresas C e E observaram a maior dificuldade sendo á comunicação, pois todos estavam mais acostumados com contato presencial e tiveram de se adaptar. A empresa B, encontrou dificuldades com o sistema e as habilidades dos funcionários para operar o mesmo. A empresa D não encontrou grandes dificuldades.
Por último, questionamos se há algum tipo de estimulo para os trabalhadores fixos passarem a adotar o modelo remoto, e todas nos disseram que não há nenhum estimulo, e justificaram, dizendo que implantam apenas se estiverem precisando mesmo.
4 CONCLUSÃO
Com o avanço tecnológico possibilitando a integração entre pessoas e o amplo acesso à informação tornou-se possível mover o ambiente de trabalho para a própria casa ou para qualquer outro ambiente, o home office é uma modalidade que possui o objetivo de facilitar a rotina de empresas e trabalhadores com a alternativa de modificar o local de exercício de função, para se adequar da melhor forma para ambos. Apesar deste objetivo, esta modalidade também possui certos malefícios analisados no desenvolvimento da pesquisa, como as dificuldades para o mercado imobiliário conseguir manter-se tendo em vista o aumento constante de empresas trabalhando com home office, dificuldades de integração da sociedade pela exclusão digital e até mesmo pela falta de compreensão por considerar o teletrabalho como um exercício informal. 
As empresas que trabalham com esse método também precisam lidar com certas adversidades e dentre elas se destaca a restrição ao monitoramento das comodidades, rotina, jornada de trabalho, dentre outros fatores que possam comprometer a saúde do empregado e acarretar em problemas como impactos psicológicos (depressão, stress, etc.), causados pela ausência ou diminuição do contato com colegas de trabalho, ou adoção de hábitos menos aceitos no ambiente coorporativo como os vícios (álcool, tabaco, etc.). Aos trabalhadores, além das consequências vindas da falta de monitoramento de seus superiores destacam-se também obstáculos ocasionados devido à falta de legislação específica à essa modalidade, como seguro de saúde, possíveis riscos ergométricos e de segurança no ambiente de trabalho, despesas adicionais, dificuldades no desenvolvimento profissional decorrente de pouco contato com o ambiente coorporativo, e até mesmo conflitos familiares. De outro modo, para que o teletrabalho seja consolidado nas organizações, diversas formas de simplificar a aplicação foram desenvolvidas, assim como as ferramentas tecnológicas que permitem cada vez mais o vínculo entre os funcionários e a prática da função em um ambiente alternativo, e assim consequentemente ter disponibilidade de tempo para lazer e descanso (que colabora para que o trabalhador seja mais produtivo), no que se refere à tornar-se desnecessária a locomoção, um dos fatores que trazem mais benefícios a esse modelo, causando a diminuição de gastos relacionados a transportes, diminuição da emissão de gases poluentes e até mesmo a facilidade da mobilidade urbana, ou seja, favorecendo tanto a organização quanto o colaborador. Essas características podem ainda promover uma vida mais saudável ao funcionário devido à diminuição do stress por ter a opção de trabalhar em um ambiente gratificante para o mesmo e por ter a possibilidade de estar mais tempo em família, praticar exercícios físicos e manter uma alimentação saudável. Com essa flexibilidade é possível manter um melhor desempenho profissional, e também a saúde física, mental e social.
Analisando os elementos que são relevantes para obter qualidade de vida com as condições em que se pratica o Home Office, concluímos que há características em comum que podem ser uma vantagem ou desvantagem para esta atividade, mas todas possuem interferência direta do trabalhador que executa, ou da empresa que estabelece, demonstrando assim que para obter resultados positivos na realização, provém de uma organização que selecione um profissional que esteja de acordo com as características necessárias para trabalhar nesta

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