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Teoria da empresa Empresa é a atividade empresarial desenvolvida profissionalmente por uma pessoa física ou por uma pessoa jurídica, de forma economicamente organizada, voltada à produção e a circulação de produtos e serviços. É a união dos sócios que formam uma sociedade e possuem um estabelecimento. Estabelecimento: Complexo de bens incorpóreos (mobiliários, utensílios e veículos) e incorpóreos (patente, marca registrada, nome empresarial) para o exercício da empresa. Dimensão estática. Instrumento da atividade empresarial. Art. 1142: Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. Sujeito da atividade empresária: Art. 966: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. PROFISSIONAL: habitual, não esporádica. Se a atividade ocorre esporadicamente, apenas quando o sujeito quer, ele não é considerado empresário. ATIVIDADE ECONÔMICA: visa o lucro. Intuito de lucrar. Instituição beneficente não é considerada empresária, pois seu objetivo não é a obtenção de lucro. ORGANIZAÇÃO: é a reunião dos quatro fatores de produção que juntos dão ao empresário a capacidade de exercer a atividade empresária organizadamente. São eles: capital, mão de obra, matéria prima e tecnologia. PRODUÇÃO OU CIRCULAÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS, COMÉRCIO, INDÚSTRIA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: Basta que haja produção ou circulação de bem ou serviços. Princípios gerais do Direito Empresarial LIVRE INICIATIVA: Este princípio garante ao ser humano o direito de atuar livremente no segmento econômico que preferir e, ainda, assegura ao proprietário a liberdade de dispor de seus bens, da maneira que lhe agradar. Será legítima quando, ao perseguir o lucro, não esquece as regras da justiça social. Será ilegítima quando for utilizada tão somente para satisfazer os interesses egocêntricos do empresário. Sendo assim, é garantido o direito do homem para, com o seu capital, explorar atividade econômica. Porém, ele deverá desempenhar tal função em busca do bem comum e não somente com um egocentrismo exacerbado. LIVRE MOVIMENTAÇÃO DE CAPITAIS: Representa a garantia de que investimentos lícitos internos podem ser feitos e quitados livremente, sem que haja necessidade de autorização ou aprovação estatal para tanto. Este princípio tem inicio pelo direito de se locomover pelo território portando valores, desde que tenham origens e destinação lícitas. Por exemplo: operações bancárias, aplicações financeiras, transferência de valores, aquisição e resgate de quotas de fundos de investimento. LIBERDADE DE CONTRATAR: É a possibilidade que o individuo tem de contratar ou não. Capacidade de criar Ianael Schneider obrigações para si, com reflexos sobre o próprio patrimônio. REGIME JURÍDICO PRIVADO: A empresa é um fenômeno eminentemente privado da realidade econômica e jurídica. Sendo assim, serão regidas pelo regime jurídico privado, inclusive as empresas públicas. LIVRE CONCORRÊNCIA: Trata-se de uma estrutura estatal que protege o mercado, procurando, assim, garantir uma correspondente liberdade de concorrência, ou seja, buscando estabelecer um ambiente que estimule à concorrência dos agentes privados a bem do mercado. Visa prevenir abusos da livre iniciativa, proibindo a utilização incorreta dela e do poder econômico. Trata-se de uma liberdade em prol da coletividade. Pretende proteger o livre acesso ao mercado, aumentando o direito de escolha dos consumidores. E, também, é instrumento indispensável para o correto exercício da livre concorrência. Auxilia para que infrações de ordem econômica não ocorram. Como por exemplo: fraudes, dominação abusiva do mercado, exercício abusivo de posição dominante, elevação abusiva dos lucros, entre outros. FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA: Conduz ao enfoque da livre iniciativa não por sua expressão egoísta, como trabalho de um ser humano em benefício de suas próprias metas, mas como iniciativa que cumpre um papel na sociedade. Tal princípio se volta para a atividade lucrativa em si, percebendo-a como unidade de uma estrutura, um sistema no qual todas as atividades se combinam a bem da sociedade. O intuito de lucro não deve ferir os valores sociais do trabalho nem tampouco o valor moral do individuo. A empresa é também um vetor eficaz para a dignidade da pessoa humana. PRESERVAÇÃO DA EMPRESA: É preciso preservar a empresa para que ela cumpra a sua função social. Há, portanto, um interesse público na preservação da estrutura e da atividade empresarial, isto é, na continuidade das atividades de produção de riquezas pela circulação de bens ou prestação de serviços, certo que a empresa atende não apenas aos interesses de seu titular, de seus sócios e de seus parceiros negociais. Os sócios devem convergir os seus interesses em prol da sociedade. A preservação da empresa faz com que vários problemas sejam evitados. Como por exemplo: o desemprego e a perda do interesse econômico local. Ianael Schneider
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