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Livro Eletrônico
Aula 03
Criminologia p/ PC-CE (Delegado) Prof. Paulo Bilynskyj
Beatriz V. P. Pestilli, Equipe Paulo Bilynskyj, Paulo Bilynskyj
98511530363 - Luiz Oliveira Cavalcante Júnior
SUMÁRIO 
Sumário ....................................................................................................................... 1 
Boas Vindas ................................................................................................................. 5 
Considerações Gerais .................................................................................................. 5 
APRESENTAÇÃO PAULO BILYNSKYJ .................................................................................... 5 
APRESENTAÇÃO BEATRIZ PESTILLI ..................................................................................... 7 
APRESENTAÇÃO DO CURSO ............................................................................................... 9 
Qual a importância da criminologia na atualidade? ........................................................................................... 9 
Metodologia de curso ...................................................................................................... 14 
.PDF ................................................................................................................................................................... 16 
VIDEOAULAS ..................................................................................................................................................... 17 
Cronograma do curso ...................................................................................................... 19 
1 に Considerações Iniciais .......................................................................................... 21 
2 に Introdução ao estudo da teorias criminológicas ................................................ 21 
1.1 に Vertentes criminológicas .................................................................................... 21 
1.2 に Classificação das Teorias Criminológicas ................................................................. 22 
1. Paradigma individual ................................................................................................ 22 
2. Paradigma Social ou macrossociológico .................................................................... 24 
Mas antes, veja como esse tema já foi explorado em provas. ......................................................................... 25 
2 に Introdução as Teorias Macrossociológicas ......................................................... 26 
2.1 に Teorias do consenso e do conflito ........................................................................... 27 
Veja como esse assunto foi cobrado em concurso. ......................................................................................... 28 
QUADRO SINÓPTICO......................................................................................................................................... 28 
Veja como o tema foi cobra na prova de investigador policial de São Paulo: .................................................. 30 
3 に Teorias Criminológicas sociológicas: do consenso .............................................. 30 
3.1 に Escola de Chicago ................................................................................................... 30 
3.1.1 に Breve Síntese ........................................................................................................................................ 30 
3.1.2 に Objetos e Métodos considerados pela Escola de Chicago.................................................................... 31 
3.1.3 に Principais Representantes da Escola de Chicago .................................................................................. 32 
3.1.4 - Teoria de William I. Tomas .................................................................................................................... 33 
3.1.5 - Teoria de Robert Park ............................................................................................................................ 33 
Beatriz V. P. Pestilli, Equipe Paulo Bilynskyj, Paulo Bilynskyj
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3.1.6 に Teoria das Zonas Concêntricas: Por Enerst Burgess ............................................................................. 33 
3.1.7 - Teoria da Desorganização Social ou Teoria Ecológica: Por Shaw e Mckay ............................................ 34 
3.1.8 - Teoria das Janelas Quebradas ou Broken Windows .............................................................................. 37 
に Estudo de Caso: Caos no Brasil! Paralisação da PMES: O que estimula o crime é a ausência de força policial.
 .......................................................................................................................................................................... 38 
3.2 に Teoria da Política de Tolerância Zero ..................................................................... 39 
3.3 に Teoria ou Movimento Lei e Ordem .......................................................................... 41 
3.4 に Teoria Espacial: Por Oscar Newman ....................................................................... 42 
3.5 に Teoria do Delito como Eleição ................................................................................. 42 
3.6 に Teorias do Controle Social Informal ......................................................................... 43 
3.6.1 - Escola ..................................................................................................................................................... 44 
3.6.2 - Família ................................................................................................................................................... 45 
3.6.3 - Igreja ...................................................................................................................................................... 45 
3.6.4 - Opinião Pública ...................................................................................................................................... 46 
3.6.5 - Teoria da contenção .............................................................................................................................. 46 
3.6.6 - Teoria da Neutralização ......................................................................................................................... 47 
3.7 に Teoria dos vínculos sociais ..................................................................................... 49 
3.8 に Teoria da Anomia .................................................................................................. 50 
3.8.1 に Conformidade ....................................................................................................................................... 50 
3.8.2 - Inovação ................................................................................................................................................ 51 
3.8.3 - Ritualismo .............................................................................................................................................. 51 
3.8.4 に Evasão ou retraimento ......................................................................................................................... 51 
3.8.5 に Rebelião ................................................................................................................................................ 52 
3.9 に Teoria da Subcultura Delinquente x Teoria da Contracultura................................. 52 
3.10 に Teoria da Associação Diferencial に Aprendizado da Delinquência ........................ 54 
3. 11 に Teoria Behaviorista ..............................................................................................56 
3.11.1 - Behaviorista Clássico ........................................................................................................................... 57 
3.11.2 - Behaviorista Metodológico ................................................................................................................. 57 
3.11.3 - Behaviorista Radical ............................................................................................................................ 57 
4 に Teorias Criminológicas sociológicas: Do Conflito Social ...................................... 57 
4.1 に Teoria do Etiquetamento に Labeling Approach ....................................................... 57 
4.1.1 - Teoria da Coculpabilidade Tradicional e Coculpabilidade às Avessas ................................................... 59 
4.1.2 に Coculpabilidade às Avessas............................................................................................................ 60 
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4.1.3 - Colarinho-Azul, Colarinho-Branco ......................................................................................................... 61 
4.1.4 - Cifras Negras e Cifras Douradas ............................................................................................................ 61 
4.2 に Criminologia Crítica に Teoria Crítica ou Radical ...................................................... 62 
4.3 に Abolicionismo ........................................................................................................ 64 
4. 4 に Realismo de Esquerda に Neorrealismo.................................................................. 65 
4.5 に Teoria do minimalismo Penal ................................................................................ 65 
5 に Questões .............................................................................................................. 66 
5.1 に Lista de Questões .................................................................................................... 66 
5.2 に Gabarito ................................................................................................................. 84 
6 に Resumo ............................................................................................................. 85 
7 に Considerações Finais ......................................................................................... 104 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 1: Brasão da Polícia Civil do Ceará 
Querido amigo e Delegado de Polícia, 
Seja bem-vindo ao nosso módulo regular de Criminologia direcionado ao cargo de Delegado 
de Polícia Civil/CE. 
Ah, quanto ao vocativo, não o estranhe. Você já é Delegado! 
Aliás, você nasceu Delegado. Eu te entendendo! 
É sobre estar sozinho na sua escolha, sobre proteger até quem não sabe que precisa de 
proteção... de proteger quem você prendeu na semana passada e hoje precisa da sua ajuda. 
Sobre abrir mão... 
Abrir mão do lazer, não conseguindo justificar para sua família que não passou tempo com 
ela para proteger outra. Eu realmente te entendo. 
Só que agora, Guerreiro, chegou a hora de viver esse sonho! 
Por isso, LUTE PARA VENCER! 
Meu desejo é que no dia da sua prova você seja o melhor colocado, porque só a vitória 
interessa a nós. Aqui, não aceitamos o médio, temos a Excelência como referencial! E você? 
Bem, você tem o selo dela e da vitória a partir de agora, pois aqui, nós só treinamos 
vencedores. 
É uma honra correr ao seu lado, eu acredito em você! 
Paulo Bilynskyj 
Delegado de Polícia de SP e Professor. 
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BOAS VINDAS 
Olá Delegado (a), 
Bem-Vindo (a) novamente! 
Hoje temos um pouco mais de Criminologia para Delegado de Polícia 
do Ceará. 
Vamos com tudo rumo a sua aprovação. 
Eu acredito em você! 
Paulo Bilynskyj 
Delegado de Polícia de SP 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
Inicialmente, queremos compartilhar nossa alegria em tê-lo conosco neste módulo. Nós, 
Profs. Paulo Bilynskyj e Beatriz Pestilli, estamos felizes pela sua escolha. É um privilégio 
acompanhá-lo nessa jornada, preparando-o para concursos jurídicos que exploram a 
disciplina de criminologia. Somos Delegados de Polícia em São Paulo e concurso público é 
um assunto que falamos com propriedade, pois já fizemos o mesmo percurso que você se 
encontra hoje. 
Por isso, parabéns pela decisão! Aqui você encontrará tudo o que precisam para a aprovação. 
Nós acreditamos em você, nós acreditamos no seu sonho! 
Nas próximas linhas, falaremos um pouco sobre e nós e, em seguida, apresentaremos o nosso 
curso e como ele se desenvolverá nos próximos dias. 
Então vamos lá. 
APRESENTAÇÃO PAULO BILYNSKYJ 
Olá Doutores (as), 
Eu sou PAULO BILYNSKYJ, Delegado de Polícia no Estado de São Paulo. Atualmente, e com 
muito orgulho, em exercício no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Titular 
do 2º Grupo Especial de Atendimento a Local de Crime. 
Beatriz V. P. Pestilli, Equipe Paulo Bilynskyj, Paulo Bilynskyj
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Sou graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba, e especialista em 
Criminologia, Segurança Pública e Política Criminal. 
Meu primeiro concurso público foi aos 12 anos, para o Colégio Militar de Curitiba. Lá tive 
a oportunidade de servir ao Exército Brasileiro e de internalizar valores como PÁTRIA, 
HONRA, DEVER e DISCIPLINA. 
Apaixonei-me pela carreira de Delegado de Polícia no terceiro período de faculdade e, logo 
que formei, iniciei minha preparação, alcançando a aprovação em meu primeiro 
concurso, em 2011, para o cargo de Delegado de Polícia do Estado de São Paulo, aos 25 
anos de idade, digo sempre: - cada minuto de estudo valeu a pena e eu faria tudo de novo. 
Dedico-me também à carreira de Professor aqui, no Estratégia Jurídico, lecionando as 
matérias de Lei (s) de Organização da Polícia Civil, Medicina Legal e Criminologia. 
Tenho também o privilégio de figurar como coautor de livros em parceria com colegas 
Doutores e amigos de caminhadas. Destaco as obras: 
 
2017 に Editora: Questões Discursivas. Delegado de Polícia に Questões Discursivas 
e Peças Práticas Comentadas e Respondidas. 
 
2018 にEditora: Novo Século. Polícia Civil do Estado de São Paulo に Concurso - 
Agente, Escrivão, Investigador, Apostila Preparatória. 
 
Por último, mas não menos importante, sou Consultor Técnico para Cinema e Televisão. 
Como puderam perceber, entrei na esfera de concursos públicos há aproximadamente 18 
anos e, desde então, tenho auxiliado pessoas a realizar seus sonhos. 
Por isso, digo sempre: sou professor por paixão! 
Acredito sempre no melhor dos meus alunos e que a aprovação é questão de tempo, 
estratégia e disciplina. Portanto, vamos à luta! 
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei prazer em 
orientá-los da melhor forma possível nesta caminhada que estamos iniciando. 
Bons estudos. 
Paulo Bilynskyj 
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 E-mail: pbilynskyj@gmail.com 
Facebook: Paulo Bilynskyj 
Instagram: @paulobilynskyj 
Youtube: Projeto Policial 
 
APRESENTAÇÃO BEATRIZ PESTILLI 
Olá, Doutores (as) 
Meu nome é BEATRIZ PESTILLI, também sou Delegada de Polícia no Estado de São Paulo. 
Orgulhosamente, integro os quadros da Polícia Civil de São Paulo desde 1997, quando 
ingressei na carreira de Investigadora de Polícia, permanecendo até 2012, ano em que 
avancei para o atual cargo de Delegada de Polícia. Estes mais de vinte anos de experiência 
no trabalho policial me permitem falar com desenvoltura sobre a realidade da nossa 
polícia judiciária estadual. 
Nesse período, tive a oportunidade de participar de vários cursos, dentro e fora da 
instituição, mas todos relacionados com nossa atividade fim; investigação criminal, tais 
como: 
 
Cursos na Academia de Polícia de São Paulo: 
 Técnicas de Entrevista e Interrogatório; 
 Estratégias de PNL; 
 Psicologia Investigativa; 
 Gerenciamento de Crises (dentre outros). 
 
Cursos na Secretaria Nacional de Segurança Pública: 
 Investigação Criminal; 
 Psicologia das Emergências; 
 Mediação de Conflitos (dentre outros). 
 
Em 2014, fui aprovada em mais um concurso, dessa vez para Professora da ACADEMIA DE 
POLÍCIA DE SÃO PAULO に ACADEPOL. Lá tenho a honra de ministrar a disciplina 
de Perfilamento Criminal - Unidade Docente III: Criminologia, além da oportunidade de 
ministras diversas aulas e palestras sobre temas correlatos. 
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Sou GRADUADA em Direito pela UNIFIEO - Centro Universitário FIEO - em Osasco/SP 
(1999) e também em Psicologia pela UNISA - Universidade Santo Amaro - em São Paulo/SP 
(2009), sendo que ambas as graduações me acrescentaram muito conteúdo em diversas 
frentes de conhecimento. 
Possuo ainda duas pós-graduações que considero importantíssimas e pelas quais sou 
apaixonada. A primeira, Especialização latu sensu em Direito Penal (2007), que me trouxe 
a possibilidade de rever temas de direito de forma mais aprofundada. A segunda, e não 
menos importante, é a Especialização latu sensu em Psicologia Investigativa - Criminal 
Profiling (2016), que me acrescentou conhecimentos teóricos do universo da psicologia 
vinculados à prática de investigação criminal. Com certeza, esta é, na minha opinião, a área 
de conhecimento mais interessante do mundo. 
Dedico-me também à carreira de Professora aqui, no Estratégia Jurídico, lecionando a 
disciplina de Criminologia, com meu querido amigo Professor e Delegado, Paulo Bilynkyj. 
Como puderam ver, tenho enorme experiência na área policial e no ramo dos concursos. 
Acredito que nossa missão é ajudá-lo nessa caminhada. 
Acredito que este curso pode ser o melhor da sua vida, só depende de você 
Então, coloque amor, disciplina e dedicação em tudo que fizer e o resultado só pode ser a 
aprovação. 
Nós só treinamos vencedores. 
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Será um prazer 
orientá-los nesta caminhada. 
 
Estou à disposição. 
Beatriz Pestilli 
E-mail: bmpestilli@hotmail.com 
Facebook: Bia Pestilli 
Instagram: biapestilli 
 
 
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APRESENTAÇÃO DO CURSO 
Qual a importância da criminologia na atualidade? 
A partir de agora, daremos início ao nosso curso de CRIMINOLOGIA voltado às provas 
objetivas de Delta. Inicialmente, queremos deixá-lo a par da real importância do estudo da 
disciplina e, em seguida, apresentaremos nossa metodologia de estudo. 
É que ainda hoje, muitos candidatos não sabem o porquê devem se dedicar ao estudo da 
matéria. Para muitos, a matéria não é tão atrativa quanto Direito Penal ou Processo Penal, 
por exemplo. Para outra parcela de alunos, a matéria não é tão relevante. 
Erro primário. 
Percebemos que esse tipo de pensamento ainda representa a maioria dos candidatos às 
vagas de concursos públicos, - esperamos que a partir de agora não mais -, porém, temos 
certeza que você que é nosso aluno sairá desta aula convencido da importância da disciplina 
e terá uma nova perspectiva com uma visão clara de todo conteúdo. 
Nossa proposta aqui, neste módulo, é desmistificar a dificuldade da matéria, deixá-lo apto 
a gabaritar toda e qualquer prova da disciplina e, sobretudo, fazer com que de fato se torne 
um candidato estratégico e isso acontecerá na medida em que você entender que: 
A sua prova não é um mestrado em direito penal, processo penal ou da matéria 
que você é apaixonado. A sua prova é composta por DISCIPLINAS ESTRATÉGICAS, 
com um número de QUESTÕES ESTRATÉGICAS, buscando aprovar CANDIDATOS 
ESTRATÉGICOS. 
Entender isso é integrar o ranking dos melhores rapidamente. 
Socialmente e culturalmente falando, podemos afirmar que a criminologia foi deixada de 
lado enquanto as outras ciências que, dentro das ciências criminais, ganharam força e 
destaque. 
A conclusão pode ser feita a partir de observações básicas e muito atuais. Quando 
encontramos pessoas falando de VIOLÊNCIA URBANA, APARELHAMENTO DO CRIME 
ORGANIZADO に デWマ;àケ┌WàデWマàゲキSラàSキゲI┌デキSラàWマàノ;ヴェ;àaヴWケ┌ZミIキ;àさWマàデWマヮラゲàSWàOPERAÇÃO 
LAVA-JATOざà-, crescimento desajustado da CORRUPÇÃO e tantos outros assuntos inclusos 
na atual pauta social, é possível notar que muitos manifestam, na maioria das vezes, uma 
visão crítica notadamente desprovida de informações reais ou um respaldo minimamente 
fundamentado. 
Com o crescimento e avanço da internet e, consequentemente, das redes sociais, essas 
opiniões dão às pessoas a possibilidade de emitir opinião sobre todo e qualquer tipo de 
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assunto. Discussão sobre criminalidade então, é algo que está sempre em alta. Todo o mundo 
tem opinião, a maioria das pessoas as lançam, quase sempre, nas redes sociais. O problema 
disso, como já dizia ZAFFARONI, 
Diz-se que, atualmente, todos comentam sobrem futebol e violência, existindo 
milhares de técnicos desse esporte, e, na mesma proporção, criminólogos1. 
Não é que alguém precise ser Doutor ou Mestre em qualquer tema para manifestar opinião, 
mas um mínimo de fundamento nelas é imprescindível. 
Não precisamos de uma análise profunda para perceber que a maioria das opiniões lançadas 
acerca da criminalidade, por exemplo, (ou até mesmo dos recentes casos de rebelião que 
ocorreu nos presídios Brasileiros, ou ainda, nas recentes e polêmicas decisões da Suprema 
Corte に como no caso destacado no Informativo nº 8602, m que se vedou o exercício de 
direito de greve a todos os policiais civis e aos que atuem diretamente na área de segurança 
pública), são reproduções de comentários prontos. (Vide jurisprudências sobre segurança 
pública em destaque no capítulo 5). 
P;ヴIWノ;à ノWキェ;à S;à ヮラヮ┌ノ;N?ラがà ゲキマヮノWゲマWミデWà ;IWキデ;à Wà ヴWヮヴラS┌┣à デW┝デラゲà さHラミキデラゲざがà ヮラヴYマがà
desprovidos de teorias ou conceitos científicos e que empobrecem a percepção a respeito 
das causas reais dos fenômenos delitivos, o que permite, uma fácil manipulação popular 
quando não um clamor social desfundado e midiático. 
A consequência? 
Certamente, a aprovação de medidas meramente paliativas. Aquelas que servem para 
absolutamente nada. É verdadeiramente o remédio que não cura, mas mitiga a doença. O 
resultado disso gera o que a doutrina classifica como DIREITO PENAL SIMBÓLICO. 
CLEBER MASSON3, nos explica: 
A função simbólica é inerente à todas as leis, não dizendo respeitosomente as de cunho penal. São 
aquelas que não produzem efeitos externos, mas tão somente, na mente dos governantes e dos 
cidadãos. 
 
1 ZAFFARONI, Eugênio Raúl. A Questão Criminal; Rio de Janeiro: Revan, 2013. 
2 Info 860: Policiais são proibidos de fazer greve. O exercício do direito de greve, sob 
qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que 
atuem diretamente na área de segurança pública. É obrigatória a participação do Poder Público 
em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos 
do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE 654432/GO, 
Rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017 - 
repercussão geral. 
3 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Rio 
de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 10. 
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É que no primeiro caso, acarreta aos governantes a sensação de terem feito algo para a 
proteção da paz social. No outro, proporciona a falsa impressão de que a criminalidade está 
sob controle. 
Masson, 4 ainda revela que, no âmbito penal, o simbolismo manifesta-se de forma comum, 
no que ele chama de direito penal do terror que se verifica com a inflação legislativa do 
Direito Penal de Emergência, criando-se exageradamente figuras penais desnecessárias, ou 
então, aumento desproporcional e injustificado das penas em casos pontuais に Hipertrofia 
do Direito Penal. 
A título de exemplo, podemos citamos a criação da Lei 8.072/90 に Lei de Crimes Hediondos. 
Eà;ケà┗ラIZàテ=àゲ;HWがàエ=à┌マàヴラノàデ;┝;デキ┗ラàSWàIヴキマWゲàケ┌Wàゲ?ラàヮ┌ミキSラゲàIラマàさMUITOざàラ┌àIラマàさMáI“à
‘IGO‘ざàケ┌WàラゲàIヴキマWゲà;ノキàミ?ラàヮヴW┗キゲデラゲくàOàLWェキゲノ;SラヴàHヴ;ゲキノWキヴラàS;àSYI;S;àSWàΓヰがàデラマ;Sラàヮラヴà
uma ideia de Direito Penal Máximo5, Movimento Lei e Ordem6 (Law and Order), bem como 
a Teoria das Janelas quebradas7 (Broken Windowns Theory), implantou um movimento de 
política criminal bastante severo como forma de tentar diminuir a criminalidade. Para isso, 
criou tipos penais, aumentou penas para alguns crimes e etc.8 
 
4 MASSON, Cleber. Direito Penal - parte geral. 11ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Rio 
de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017. Pg. 10. 
5 O Direito Penal Máximo constitui justamente o oposto do Direito Penal Mínimo, e traz em si 
a ideia de que o Direito Penal é a solução para todos os problemas existentes na sociedade. Por 
tal movimento, o Direito Penal é o meio de controle social mais eficaz a restringir o direito à 
liberdade do ser humano, devendo, portanto, ser a solução adotada em primeiro lugar. HABIB, 
Gabriel. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: Editora 
JusPodivm,2018. Pg. 470. 
6 Movimento Lei e Ordem6 (Law and Order): movimento idealizado por Ralf Dahrendorf, que 
surgiu como uma reação ao crescimento dos índices de criminalidade. Tal movimento baseia-se 
na ideia da repressão, para o qual a pena se justifica por meio das ideias de retribuição e castigo. 
Os adeptos desse movimento pregam que somente as leis severas, que imponham lingas penas 
privativas de liberdade ou até mesmo a pena de morte, têm o condão de controlar e inibur a 
prática de delitos. Dessa forma, os crimes de maior gravidade devem ser punidos com penas 
longas e severas, a serem cumpridas em estabelecimentos prisionais de segurança máxima. Leis 
Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: Editora 
JusPodivm,2018. Pg. 470. 
7 Teoria das Janelas quebradas7 (Broken Windowns Theory): Em 1982, o cientista político 
James Q. Wilson e o psicólogo criminologista Geroge Kelling, ambos norte-americanos, criaram a 
The Broken Windowns Theory, denominada no Brasil TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS. (...) 
essa teoria ganhou esse nome em razão de seus autores utilizarem a imagem das janelas 
quebradas para explicá-la, estabelecendo relação de causalidade entre a desordem e a 
criminalidade. Segundos tais autores, se apenas uma janela de um prédio fosse quebrada, e não 
fosse imediatamente consertada, as pessoas que passassem no local e vissem que a janela não 
havia sido consertada concluiriam que ninguém se importava com isso, e em curto espaço de 
tempo todas as demais janelas também estariam quebradas. Uma janela quebrada, mas que não 
é consertada, é sinal de que ninguém cuida e, portanto, não custa quebrar mais janela. 
8 HABIB, Gabriel. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: 
Editora JusPodivm,2018. Pg. 470. 
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O Direito Penal Máximo constitui justamente o oposto do Direito Penal Mínimo, e traz em si 
a ideia de que o Direito Penal é a solução para todos os problemas existentes na sociedade. 
Por tal movimento, o Direito Penal é o meio de controle social mais eficaz a restringir o direito 
à liberdade do ser humano, devendo, portanto, ser a solução adotada em primeiro lugar.9 
Movimento Lei e Ordem (Law and Order): movimento idealizado por Ralf Dahrendorf, que 
surgiu como uma reação ao crescimento dos índices de criminalidade. Tal movimento baseia-
se na ideia da repressão, para o qual a pena se justifica por meio das ideias de retribuição e 
castigo. Os adeptos desse movimento pregam que somente as leis severas, que imponham 
lingas penas privativas de liberdade ou até mesmo a pena de morte, têm o condão de 
controlar e inibir a prática de delitos. Dessa forma, os crimes de maior gravidade devem ser 
punidos com penas longas e severas, a serem cumpridas em estabelecimentos prisionais de 
segurança máxima. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. 
Salvador: Editora JusPodivm,2018. Pg. 470. 
Trabalharemos de forma aprofundada todas essas teorias ao longo do curso, por ora, a título 
de exemplo, citamos o crime de porte ou a posse de arma de fogo de uso restrito (art. 1º, 
Parágrafo único, Lei 8072/90),. Quem porta ou mantém em sua posse armas, cujo uso é 
restrito do EB, terá sua pena fixada em patamar mais alto que quem porta ou tem a posse 
de arma cujo uso não é restrito.10 Além disso, para que esse indivíduo alcance eventual 
progressão de regime, deverá cumprir 2/5 da pena, se réu primário e 3/5 se reincidente. 
 
Agora, te fazemos um convite a reflexão: Pense 
conosco! 
Indivíduos que portam fuzis ou que desfilam com 
armamentos de última geração, com tecnologia 
israelense, de fato estão preocupados com o rigor ou 
com a aplicabilidade da lei 8.072/90? 
Acaso, deixariam de portar seus instrumentos utilizados para enfrentar o sistema de 
Segurança Pública e causar guerra entre as favelas do Rio de Janeiro, por exemplo? 
Deixariam também utilizar esse tipo de armamento para assegurar que a lei não seja 
cumprida e que a Polícia さWゲデラ┌ヴWざàI;デキ┗WキヴラゲàキミデWヴヴラマヮ;àラàデヴ=aキIラàSWàSヴラェ;ゲàミ;ゲàa;┗Wノ;ゲàBヴ;ゲキノà
a fora? 
 
9 HABIB, Gabriel. Leis Penais Especiais. 10ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: 
Editora JusPodivm, 2018. Pg. 470. 
10 Art. 16 do R-105 – define as armas de uso restrito. 
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Aliás, qual a relevância ou impacto da 8.072, para a decisão do assassino que matou 
integrantesdos órgãos de segurança11 pública, em razão da função exercida, ou seus 
familiares? Acaso ele deixou de cometer o assassinato porque lei previu punição que sua 
progressão de regime será de 2/5 e não de 1/6? 
Entendemos que não. Para nós, os efeitos e reflexos legislativos nesses casos, são muito 
mais no sentido de satisfazer um clamor público que pede por uma solução, - o que, na 
maioria das vezes, se traduz no encarceramento do indivíduo delinquente como a mais 
eficaz solução para a violência ou crimes que acometem a sociedade, に do que, de fato, 
atingir o cerne do problema com soluções reais. 
Como defendido por Ney Moura Teles12: 
Querer combater a criminalid;SW Iラマ ラ DキヴWキデラ PWミ;ノ Y ケ┌WヴWヴ Wノキマキミ;ヴ ; キミaWIN?ラ Iラマ ;ミ;ノェYゲキIラざ 
É que o crime só pode ser combatido por instrumentos que possibilitam a apuração da visão 
crítica e científica dos que se propõe a analisar o problema da delinquência, Doutores, . 
E é por isso que o estudo da criminologia é tão importante, além de necessário. 
Nos posicionamos com a melhor doutrina, no sentido de que o desenvolvimento desses 
fenômenos criminais, como ampliação dos crimes de colarinhos brancos, a violência urbana, 
crescimento da população carcerária, caos nos estabelecimentos penais, aumento nos 
índices de prisões de mulheres, crimes de cunho sexuais, grande incidência de crimes contra 
saúde pública entre outros, são motivos que justificam o destaque da criminologia, como 
ciência que pode dar respostas detalhadas a esses problemas, é ela que analisa os fatores 
que justificam o cenário atual. 
No entanto, não se pode confundir, já que a linha é tênue. 
A criminologia não se propõe a punir o transgressor, isso cumpre ao Direito Penal. Tampouco 
se destina a definir os procedimentos acertados de persecução penal durante fases, seja de 
investigação, seja na ação processual, para isso, temos o Processo Penal. À criminologia 
deixamos a o diagnóstico de entender o contexto da prática delituosa, analisando o 
contexto social de justiça criminal, a pessoa do delinquente, a vítima, o controle social e 
até mesmo o reflexo da lei penal na sociedade. 
Bem, como perceberam, a matéria é extremamente relevante. E é com subsídio nestas razões 
que a matéria tem sido tão cobrada em concursos públicos. Extrair a visão crítico-jurídica 
 
11 13.142/2015 alterou o Código Penal e a Lei de Crimes Hediondos: O homicídio cometido contra 
integrantes dos órgãos de segurança pública, ou contra seus familiares, passa a ser considerado 
como homicídio qualificado, se o delito tiver relação com a função exercida. 
12 TELES, Ney Moura. Direito Penal – parte geral. São Paulo: Atlas, 2004. V. 1, p.46. 
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dos candidatos, a partir de noções gerais da disciplina, de suas 
potencialidades e ferramentas conceituais, exigindo deles a 
diferenciação entre conhecimento técnico e científico, é, sem 
dúvida, muito inteligente e estratégico. Nesse caso, integra o 
pódio aqueles que estão minimamente preparados. 
É por essas razões que desenvolvemos este CURSO DE CRIMINOLOGIA. Um curso teórico 
com esquemas, doutrinas, jurisprudências e destaques para polêmicas ações judiciais que 
envolvem temas relevantes e que, atualmente, tramitam no Supremo Tribunal Federal, e 
que, nos últimos anos, têm sido cobradas como jurisprudência na maioria das provas. 
Além disso, atenção especial será destinada às tendências das bancas, aos assuntos mais 
cobrados e mais CAUSAM CONFUSÕES quando o assunto é EVOLUÇÃO DAS IDEIAS 
CRIMINOLÓGICAS, ESCOLAS PENAIS, dentre outros. Por essa razão, também destacaremos 
os posicionamentos doutrinários divergentes, bem como as teorias e sucessivas revogações 
e alterações legislativas que, certamente, serão cobradas em provas futuras. 
Dentro dessa proposta metodológica, também observaremos, de forma concomitante, 
conceitos indispensáveis fornecidos por outros ramos do direito, a exemplo, pelo Direito 
Constitucional, Direito Processual, Direito Penal, Legislação Especial, enfim, utilizaremos 
todas as legislações pertinentes e disponíveis à nós. 
Por fim, é importante destacar que, todos os assuntos aqui abordados, serão tratados para 
atender tanto àquele que está iniciando os estudos como àquele que está estudando há mais 
tempo. 
Sendo assim, apresentamos a você os aspectos gerais da matéria e os impactos em provas de 
concursos. 
 
METODOLOGIA DE CURSO 
O que nossas aulas abordarão? 
Doutores (as), 
Nossas aulas foram elaboradas com informações que entendemos ser a mais apropriada para 
a preparação de concursos públicos. Nesse contexto, nossas aulas levarão em consideração 
;ゲàゲWェ┌キミデWゲàさaラミデWゲざがàラ┌àゲWテ;がàゲ┌HゲケSキラゲà;àヮ;ヴデキヴàSラゲàケ┌;キゲàラàミラゲゲラàI┌ヴゲラàゲWヴ=àWゲデヴ┌デ┌ヴ;Sラがà;à
partir do seguinte alvo sinóptico da aprovação: 
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Alvo Sinóptico da Aprovação 
 
 
Questões 
Diante de toda essa estrutura, é indispensável, para que nosso estudo seja completo e eficaz, 
a resolução de questões. 
Essa faceta proporciona um mapeamento quanto ao grau de 
dificuldade de cada tema, além de revelar as possibilidades de 
cobrança sobre os temas. Assim, a fim de prosseguir com um 
estudo eficaz e sólido, resolveremos questões de TODOS os 
níveis, explorando, principalmente, as bancas que já abordaram 
o assunto, como por exemplo, CEBRASPE (CESPE), Fundação 
Aroeira e outras. Além disso, usaremos também, todo nosso BANCO DE QUESTÕES 
ESTRATÉGICAS de que dispomos. 
 
Destaques a Legislação e Jurisprudência 
Em todas as aulas destinamos capítulo especifico para destacar todos os dispositivos 
legislativos e jurisprudenciais tratados no decorrer de cada aula. Nesse capítulo, compilamos 
as legislações trabalhadas inclusive informativos e súmulas pertinentes ao conteúdo. 
Doutrina Otimizada
Informativos com posicionamento 
dos Tribunais Superiores
Súmulas 
Questões de provas anteriores no 
decorrer dos textos
Palavras chaves em destaque 
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A leitura e revisão desse capítulo, especificamente, é imprescindível na sua aprovação. 
 
Resumos 
Ao final de cada aula também disponibilizamos um resumo dos principais aspectos estudados 
ao longo da aula. Nossa sugestão é que esse resumo seja estudado sempre previamente ao 
キミケIキラàS;à;┌ノ;àゲWェ┌キミデWがàIラマラàaラヴマ;àSWàさヴWaヴWゲI;ヴざà;àマWマルヴキ;くà 
Além disso, é fundamental, a cada ciclo de estudos retomar esses resumos. Caso encontrem 
dificuldade em compreender alguma informação, não deixem de retornar à aula. 
 
Quais serão os formatos utilizados? 
Destacamos que ao criar nossa proposta metodológica, não nos preocupamos apenas em 
estabelecer a metodologia que entendemos a mais apropriada para a sua preparação, mas 
foi importante também definir o formato de disponibilização mais adequado para o nosso 
curso. 
Nesse contexto, destacamos que nossos cursos possuem formato: PDF além das Videoaulas. 
.PDF 
Nossas aulas em .pdf têm por característica essencial a didática. Ao contrário do que 
encontraremos na Lei Seca ou nos manuais doutrinários. Por esta razão, nosso curso todo se 
desenvolverá com uma leitura de fácil compreensão e assimilação. 
Atenção, isso não significa que o módulo será abordado com superficialidade. Ao contrário, 
desenvolveremos mapas mentais, macetes, esquemas, gráficos, resumo, questões e tudo 
quefor necessário para dar destaque à Lei Seca e a Doutrina de forma otimizada, 
evidenciando sempre, diferenças tênues entre conceitos que podem gerar confusão entre os 
candidatos e que são, exaustivamente, cobrados em provas de concursos públicos. 
 
Logo, repetimos: os assuntos serão aprofundados! 
Nossa pretensão YàさIエ;マ;ヴà;à;デWミN?ラざàヮ;ヴ;à;ゲàキミaラヴマ;NロWゲàケ┌WàヴW;ノマWミデWàキマヮラヴデ;マくàCラマà
essa estrutura e proposta, pretendemos conferir segurança e tranquilidade para uma 
preparação completa, SEM NECESSIDADE DE RECURSO A OUTROS MATERIAIS DIDÁTICOS. 
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Finalmente, vale dizer que um dos instrumentos mais relevantes para o estudo em .pdf é o 
contato direto e pessoal com o Professor. Por isso, além do 
nosso fórum de dúvidas, estamos disponíveis por e-mail e, 
eventualmente, pelo Instagram e Facebook. 
Não é demais repetir que nossas redes sociais já foram 
disponibilizadas nas primeiras páginas deste material. 
Aluno nosso não vai para a prova com dúvida! 
É importante compreender que, por vezes, ao ler o material surgem incompreensões, 
dúvidas, curiosidade, nesses casos basta nos escrever. Assim que possível, responderemos a 
todas as dúvidas. É notável a evolução dos alunos que levam a sério nossa metodologia. 
VIDEOAULAS 
Merecem menção nossas videoaulas! 
Essas aulas destinam-se a complementar a preparação quando estiver cansado do estudo 
ativo (leitura e resolução de questões) ou até mesmo para fazer a revisão. Por isso, você 
disporá de um conjunto de vídeos para assistir como quiser, podendo assistir on-line ou 
baixar os arquivos. 
Com outra didática, você disporá de um conteúdo complementar para a sua preparação. Ao 
contrário do PDF, evidentemente, AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS 
QUE VAMOS ANALISAR NOS PDFS, NOSSOS MANUAIS ELETRÔNICOS. 
Por vezes, haverá aulas com vários vídeos; outras que terão videoaulas apenas em parte do 
conteúdo; e outras, ainda, que não conterão vídeos. Nosso foco é, sempre, o estudo ativo! 
Não obstante, será o material mais completo em PDF e vídeo do mercado. 
Ainda no que se refere aos vídeos, serão disponibilizados os QRCODE. Ao longo da aula você 
encontrará alguns códigos para acessar pequenos vídeos exclusivos que versam de alguns 
pontos da matéria. Vamos tratar de pontos difíceis, complexos, que geram dúvidas ao longo 
do estudo teórico da disciplina. Com isso, você terá à disposição mais um instrumento para 
que a sua preparação seja a mais completa! Acredito que você irá gostar! 
Vamos fazer um teste?! 
CONHEÇA O QRCODE 
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De forma resumida, significa dizer que nosso módulo será estruturado da seguinte forma: 
 
 
 
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Agora, vamos à nossa proposta de cronograma. 
Prof. Paulo Bilynskyj e Profa. Beatriz Pestilli 
 
 
CRONOGRAMA DO CURSO 
Doutores, 
A fim de atender ao proposto acima, apresentamos o cronograma de aulas referente ao 
nosso estudo de criminologia: 
 
 
Aula 00 O conceito, método, objeto, 
sistema e funções da Criminologia. 
25.02.2019 
Parte 
teórica
Disponibilização 
de artigos
Súmulas e 
jurisprudência 
relevantes, 
quando 
houver.
Questões 
Resumo dos 
principais 
tópicos da 
matéria.
Vídeoaulas 
complementares 
sobre 
determinados 
pontos da matéria
APROVAÇÃO!
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A Criminologia como ciência e a 
interdisciplinaridade. Conceitos de 
crime, de criminoso e de pena nas 
diversas correntes do pensamento 
criminológico (nas Escolas 
Clássica, Positiva e Técnico-
Jurídica e na Criminologia Crítica). 
Criminologia e Política Criminal. 
Criminologia e Ciência Criminais. 
Aula 01 Vitimologia. 11.03.2019 
Aula 03 Teorias. Criminologia científica e os 
seus modelos teóricos. 
O homem delinquente. Teorias 
bioantropológicas, psicodinâmicas e 
psicopsicológicas. 
A sociedade criminógena. Sociologia 
Criminal e Desorganização Social. 
Teorias da subcultura delinquente e 
da anomia. A perspectiva 
interacionista. 
26.03.2019 
Aula 04 A criminologia no Estado 
Democrático de Direito. 
A Criminologia e o Paradigma da 
Reação Social. 
Criminologia na América Latina e as 
agências de controle. 
Criminologia e o Sistema de Justiça 
Criminal. 
Criminologia e o papel da Polícia 
Judiciária. 
 
15.04.2019 
Cumpre alertar que, eventuais ajustes poderão ocorrer, especialmente por questões 
didáticas. De todo modo, sempre que houver alterações no cronograma acima, vocês 
serão informados. 
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1 に CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Nosso estudo de hoje refere-se às teorias criminológicas sociológicas e, ao longo desta aula, 
utilizaremos inúmeras citações de doutrinadores consagrados. Dentre eles, destacamos em 
especial as bibliografias do Mestre e Prof. Eduardo Viana e também do Mestre José Cesar 
Naves de Lima Júnior. Nos apoiaremos também em doutrina mais resumidas como a dos 
Professores Eduardo Fontes, Henrique Hoffmann, Natacha Alves de Oliveira, além da 
clássica e moderna doutrina escrita por Christiano Gonzaga, entre outros doutrinadores. 
Isso é feito com proposito único: trazer a vocês as diversas correntes existentes além do 
posicionamento adotado pela Banca Examinadora (que podem ser divergentes). O estudo 
dessa parte é totalmente teórico e conceitual, afinal, são diversas as correntes de 
pensamentos que, ao longo da História, moldaram a criminologia e o próprio direito. 
Portanto, aproveite o curso e atente-se aos destaques. As provas de Carreiras Jurídicas 
cobram exaustivamente posicionamentos doutrinários. 
2 に INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA TEORIAS CRIMINOLÓGICAS 
1.1 に VERTENTES CRIMINOLÓGICAS 
Fala-se que a criminologia enquanto ciência tem como finalidade compreender, explicar e 
prevenir o crime valorando os diversos modelos de reação social, e intervenção na pessoa 
do delinquente. 
 
 Criminologia 
 
 
 
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Por esta razão e na tentativa de proporcionar o cumprimento deste objetivo, surgem 
inúmeras teorias que se propõem a esse fim. 
Com objetivo de fornecer retornos ao que se propõem, respostas racionais vão sendo 
ofertadas pelas teorias e, nesse ponto específico, prevalecem as explicações de cunho 
WデキラノルェキIラがàラ┌àゲWテ;がà;ゲàさI;┌ゲ;ゲざàIラマラàaラヴマ;àSWàヴWゲヮラゲデ;à;ラàaWミレマWミラàIヴキマキミ;ノくà 
Evidentemente, são levantadas vertentes intermediárias e até mesmo, posicionamentos que 
negam qualquer possibilidade de justificativa ou explicativa acerca do tema, fazendo com 
que isso torne numeroso e heterogêneo o tema de classificações das teorias criminológicas. 
Levando em consideração as inúmeras vertentes criminológicas, nesta aula, destacaremosos 
dois paradigmas mais comuns utilizados como forma de se classificar as teorias, o individual 
e o sociológico. 
 
1.2 に CLASSIFICAÇÃO DAS TEORIAS CRIMINOLÓGICAS 
Conforme explicamos, a classificação das teorias criminológicas é super numerosa, por esta 
razão, nosso curso adotará o modelo mais simplificado e também o mais adotado pelas 
bancas. Estudaremos o tema de classificação das teorias criminológicas a partir de dois 
paradigmas (vertentes), quais sejam: individual e o sociológico. 
Vamos a análise. 
1. PARADIGMA INDIVIDUAL 
No paradigma individual, as teorias visam fornecer uma explicação sobre as causas 
individuais do crime に o homem criminoso. 
As teorias de níveis individuais dividem-se em dois grupos principais, vejamos: 
Explicar 
Prevenir 
Compreender 
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 Teorias Biológicas ou Bioantropológicas. 
Tentam localizar e identificar em alguma parte ou funcionamento do organismo do criminoso 
o fator diferencial que explica a conduta criminosa, enquanto consequência patológica ou 
disfuncional13. Para estes que adotam o modelo individual como parâmetro de respostas, a 
prática do crime está diretamente associada às variáveis congênitas do indivíduo, ou melhor, 
a sua própria estrutura orgânica. Assim, entende-ゲWà ケ┌Wà ラà さo delinquente é um ser 
organicamente distinto dos demais cidadãos14ざ 
 
 Teorias Psicológicas. 
Justificam o comportamento criminoso através do mundo anímico, dos processos psíquicos 
ou na vivencias subconscientes do criminoso, bem como nos seus processos de aprendizagem 
e socialização.15 Noutras palavras, significa dizer que essas teorias fundamentam suas 
respostas às causas do fenômeno criminológico a partir do estado anímico do indivíduo, de 
suas vivências, subconsciente, levando em consideração, inclusive os processos de 
aprendizagem e socialização. 
Nasce a partir das teorias psicológicas (gênero), a espécie teorias psicodinâmicas. 
Estas não partir do pressuposto que o delinquente é um ser diferente do cidadão não 
criminoso, cujas causas da prática de um crime estão em falhas no processo de aprendizado 
 
13 PELUSO, Vinícius de Toledo Piza. Introdução às Ciências Criminais. Salvador: Editora 
Juspodivm, 2015, p.112 
14 LIMA JÚNIOR, José Cesar Naves. Manual de Criminologia. Salvador: Editora Juspodivm, 
2015, p.122 
15 PELUSO, Vinícius de Toledo Piza. Ibid. 
O homem 
Delinquente
Teorias individuais
Biológicas 
(Bioantropológicas) 
Psicológicas Teorias Psicodinâmicas 
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e socialização. Por isso, elas investigam o porquê da maioria das pessoas não praticarem 
crimes. 
 
2. PARADIGMA SOCIAL OU MACROSSOCIOLÓGICO 
Sentido diverso ao paradigma individual que se fundamentam nas causas individuais do 
crime, o paradigma social volta-se à análise social. 
É que, se de um lado a análise é feita cobre aspectos individuais do crime, de outro, falta 
analisar o contexto social que o crime se encontra, daí porque o paradigma social. 
Fala-se então que no paradigma social o que se busca é entender a criminalidade como um 
fenômeno social, ou seja a sociedade criminógena. Noutras palavras, tentam compreender 
e explicar a criminalidade como um fenômeno social nas perspectivas de causas ou de 
reações sociais, ou seja, etiológicos ou interacionistas. 
 
Dentro dessa moldura sociológica, é possível extrair duas espécies. Vejamos: 
 
 
Essa dicotomia é formada a partir das perguntas que vão surgindo sobre o significado dos 
valores sociais e o papel que eles influenciam na sociedade. 
 
 Teoria do consenso, funcionalista ou de interação. 
De cunho funcionalista, centram sua análise nas consequências do delito e defendem que a 
finalidade da sociedade é atingida quando as pessoas partilham objetos comuns e aceitam as 
normas vigentes na sociedade, havendo o perfeito funcionamento das instituições. Em 
Sociedade elevada 
ao fator 
criminógeno.
Teorias sociológicas
Consenso
Conflito
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outros termos, por meio do consenso, a sociedade se estrutura em elementos integrados, 
funcionais ou perenes, que asseguram a harmonia social. (Paulo Sumariva. 2017. p.65) 
Noutras palavras, a sociedade se mantém, graças ao consenso de todos os membros acerca 
de determinados valores comuns. 
Nesse quadro, se encaixam as teorias esculpidas pela Escola de Chicago, Associação 
Diferencial, Teoria da Subcultura, Teoria da Anomia e outras. 
 
 Teoria do conflito social 
De cunho argumentativo, sustentam que a sociedade está sujeita a mudanças contínuas, pois 
seus elementos cooperam para a dissolução, de modo que caberá ao controle social a partir 
da força e da coerção, e não da voluntariedade dos personagens, promover a harmonização 
social. Com a imposição da ordem e da coesão social, garante-se o poder vigente e 
estabelecem-se relações de dominação e sujeição. (Paulo Sumariva. 2017. p.65) 
Nラ┌デヴ;ゲà ヮ;ノ;┗ヴ;ゲがà ;à IラWゲ?ラà Wà ラヴSWマà ゲ?ラà ラゲà a┌ミS;マWミデラゲくà “キェミキaキI;à Sキ┣Wヴà ケ┌Wà さtoda a 
sociedade se mantém graças à coação que alguns de seus membros exercem sobre outros.16ざ 
Considerações pertinentes destacadas, passaremos nas próximas linhas à análise das teorias 
sociológicas. 
Mas antes, veja como esse tema já foi explorado em provas. 
 
(VUNESP/PCSP Papiloscopista Policial に 2013) De acordo com a Sociologia 
Criminal, pode-se citar como exemplo da Teoria de Consenso: 
a. Teoria Crítica 
b. Teoria Radicial 
c. Teoria das Janelas quebradas 
d. Teoria da Associação Diferencial 
e. Teoria do Conflito 
Gabarito: D 
 
16 VIANA, Eduardo. Criminologia. 6ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: Editora 
JusPodivm,2018. Pg. 210. 
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105 
 
E ainda... 
 
(MPE/Goiás Promotor de Justiça - 2014) A teoria da Anomia, Teoria da Associação 
diferencial e a escola de Chicago são consideradas teorias do consenso. 
Comentários: Exato. Não apenas elas, mas também a Teoria da Subcultura e Teoria 
da Anomia são principais destaques ligados às teorias do consenso. 
Gabarito: Certo 
 
2 に INTRODUÇÃO AS TEORIAS MACROSSOCIOLÓGICAS 
Guerreiros, 
Conforme já destacamos o caminho para explicar racionalmente o crime é, sem dúvidas, 
incerto, embora seja essa inexatidão que promova a criminologia ao patamar da ciência. 
Consequentemente, diversas teorias se debruçam sobre a realidade do crime sob o viés social 
ou ainda macrossociológico. 
Nos capítulos anteriores, abordamos as teorias que justificavam o crime a partir de um ponto 
de vista individual, ou seja, do homem à delinquência. Hoje, faremos um recorte para abordar 
as principais teorias que justificam o crime sob outro ponto de vista, significa dizer: as 
explicações criminológicas a partir das relações do homem com a sociedade. 
Noutras palavras, veremos a partir de agora as teorias que elevam a sociedade ao patamar 
de fator criminógeno17. 
Famosos doutrinadores, como Baratta por exemplo, referem-se as Teoria de Cunho 
sociológicos como aquelas cujo padrão foi ditado por uma VIRADA SOCIOLÓGICA.Isso faz 
sentido, já que essas teorias justificam o fenômeno criminalidade a partir de fatores que não 
se englobam em fundamentos biológicos do indivíduo criminoso, (ao contrário do que 
propõem as teorias de cunho etiológico), daí porque, só podem ser sociológicas. Nas palavras 
do Mestre, Eduardo Viana: さSão sociológicas todas aquelas estruturações que não têm 
cラマラ ヮ;ヴ;Sキェマ; WデキラノルェキIラ a;デラヴWゲ ヮ;デラノルェキIラゲ キミSキ┗キS┌;キゲざ. 
A partir desse caminho, embora não se possa precisar uma classificação teórica exata, é 
pacífico que dentro da moldura sociológica aparecem dois subgrupos que se formaram de 
 
17 Op. cit. 
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105 
acordo e a partir de questionamentos relacionados aos valores sociais e o papel que esses 
desempenham socialmente. 
Nessa oportunidade, surge então os subgrupos de teorias, a saber: teorias do consenso e 
teorias do conflito. 
 
2.1 に TEORIAS DO CONSENSO E DO CONFLITO 
A dicotomia formada dentro da corrente sociológica leva em consideração pontos polêmicos 
e divergentes, por isso, em apertada síntese é o que consideramos relevante sobre cada uma 
delas. 
 
 
1) Teoria do consenso 
As teorias do consenso ou funcionalistas ou de 
interação como prefere chamar alguns 
doutrinadores, pertence a uma criminologia 
tradicional. 
A perspectiva adotada por esta corrente parte da 
さE┝キゲデZミIキ; SW ┌マ; IラミゲデWノ;N?ラ SW ┗;ノラヴWゲ 
fundamentais, comuns a todos os membros da 
sociedade, em que a ordem social se baseia e por 
I┌テ; ヮヴラマラN?ラ ゲW ラヴキWミデ;ざ (Eduado Viana, 
Criminologia 2018, pg. 2010). 
São esses valores que definem a identidade do sistema e asseguram, em última instancia, 
uma coesão social. É que, entende-se que a sociedade é concebida em termos de se excluir 
a hipótese de conflito estruturalmente gerado. 
Noutras palavras, a partir da teoria do consenso, pode-se afirmar que existe um senso 
comum entre as pessoas no sentido de aceitar as regras e normas de convivência social, a 
fim de que convivam de maneira harmoniosa18. 
 
 
18 FONTES, Eduardo & HOFFAMANN Henrique. Criminologia. 1ª. Edição. 2ª. tir.:ago/2018. 
Salvador: Editora JusPodivm, 2018. p. 114. 
Sociedade 
elevada ao fator 
criminógeno.
Teorias
sociológicas
Consenso
Conflito
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Veja como esse assunto foi cobrado em concurso. 
 
(CESPE / DPF Delegado Federal に 2013) julgue o item a seguir, relacionados aos 
modelos teóricos da criminologia. 
O surgimento das teorias sociológicas em criminologia marca o fim da pesquisa 
etiológica, própria da escola ou do modelo positivista. 
Gabarito: Errado 
 
2. Teoria do conflito social. 
De outro lado, temos as teorias do conflito social fundada sob as palavras: coesão, ordem e 
força. Como explica, Eduardo Viana: 
A coesão e ordem, são fundadas na força, toda a sociedade se mantém graças a coação que alguns de 
seus membros exercem sobre outros. Em linhas gerais, este sistema conflitual determina, em sede de 
Direito Penal, um planejamento de produção de normas (criminalização primária) voltado para 
assegurar o triunfo da classe dominadora. A histórica preferência da programação criminalizante pelas 
classes inferiores seria uma comprovação da essência conflitual, a exemplo do que postulam os teóricos 
da reação social ou crítica. 
Perceba que se trata de um discurso argumentativo, pautado na ideia de que os objetivos da 
sociedade só podem ser alcançados através de uma força e de uma coação, ainda que 
indireta, como a s sobreposição de uns sobre os outros enquanto sociedade. 
Assim, podemos concluir que, no tocante às teorias criminológicas de ordem sociológicas, a 
visão bipartida do pensamento criminológico é representada, de um lado, por um cunho 
funcionalista, daí fala-se em teorias do conflito, e de outro, por um cunho argumentativo に 
teorias do conflito. 
Em apertada síntese: 
QUADRO SINÓPTICO 
Teorias Sociológicas 
São teorias que fazem parte da chamada VIRADA SOCIOLÓGICA. Tentam explicar o crime 
através de fatores alheios às questões biológicas; não em paradigmas etiológicos baseados 
na patologia individual. 
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A moldura sociológica se apresenta a partir de dois subgrupros, quais sejam: teorias do 
consenso e teorias do conflito social. 
TEORIAS DO CONSENSO TEORIAS DO CONFLITO SOCIAL 
 
Parte da ideia de um conjunto de valores, 
ideias comuns a todos os membros da 
sociedade, que baseia e fundamenta a 
ordem social19. 
A coesão se funda na coação que alguns 
membros exercem sobre os outros. Com 
isto se determina por meio de normas 
penais, a criação de dispositivos que 
asseguram tal ordem e, por conseguinte, o 
triunfo da classe dominante20. 
Cunho: Funcionalista Cunho: Argumentativo 
Exemplos das Principais Teorias Criminológicas 
 Escola de Chicago; 
 Teoria da Desorganização social; 
 Teoria do Espaço (espacial); 
 Teoria das janelas quebradas; 
 Teoria da Tolerância Zero; 
 Teoria do delito como eleição; 
 Teoria do Controle Social Informal; 
 Teoria dos vínculos sociais; 
 Teoria da Anomia; 
 Teoria da Subcultura Delinquente; 
 Teoria das predisposições 
agressivas; 
 Teoria Behaviorista etc. 
 Teoria do etiquetamento; 
 Teoria crítica; 
 Abolicionismo; 
 Realismo de esqueda; 
 Criminologia do minimalismo 
 
 
 
 
19 VIANA, Eduardo. Criminologia. 6ª. Edição. Revista atualizada e ampliada. Salvador: Editora 
JusPodivm,2018. Pg. 210. 
20 Op. cit. 
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Veja como o tema foi cobra na prova de investigador policial de São Paulo: 
 
(VUNESP/SP Investigador Policial に 2013) São teorias do conflito as teorias: 
a. Das áreas criminais, da identificação diferencial e da criminologia crítica. 
b. Da desorganização social, da neutralização e das áreas criminais. 
c. Do conflito cultura, do etiquetamento e da associação diferencial. 
d. Da Subcultura, Associação diferencial e do estrutural-funcionalismo. 
e. Da Criminologia crítica, da rotulação e da criminologia radical. 
Gabarito: E 
 
3 に TEORIAS CRIMINOLÓGICAS SOCIOLÓGICAS: DO CONSENSO 
3.1 に ESCOLA DE CHICAGO 
3.1.1 に Breve Síntese 
A doutrina considera a Escola de Chicago um dos focos de expansão mais poderosos e 
influentes da Sociologia criminal. 
Nas palavras Eduardo Viana, a razão para a denominação Escola de Chicago, e não ecologia 
criminal é dupla, por um lado, deriva da explosão urbana na cidade de Chicago, por outro, 
da criação do primeiro departamento de sociologia do mundo na Universidade de Chicago. 
(Criminologia. p. 213) 
Daí porque, renomados doutrinadores consideram a Escola um dos focos de expansão mais 
poderosos e influentes da Sociologia criminal. 
No tocante a explosão urbana na cidade Chicago, destaca-se Park, um dos principais teóricos 
da escola. 
 
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Park era jornalista e, com 25 (vinte e cinco) anos de observação e coleta de dados, 
constatou que a população de Chicago, entre os anos 1860 e 1910, dobrava a cada 
dez anos, com as ondas de imigração21. 
 
Notadamente, um salto demográfico em proporção de diversidade cultural implica inúmeros 
problemas sociais e certamente, os de índole criminal e em Chicago, foi assim. A cidade que 
outrora cosmopolita, agora se transformara aglomerado de etnias, culturas e religiões 
marcados pela desordem e conflito. Além disso, a doutrina clássica22 relata também um 
êxodo rural, cidades com economias de estrutura agrícola perdiam população para os 
grandes centro culturais. 
Ao mesmo tempo, por outro lado, essa nova realidade social atraia o departamento de 
Sociologia da Universidade de Chicago que se inclinava para uma investigação sociológica. 
É dentro dessa perspectiva que a Escola de Chicago encara o fenômeno do crime com base 
na ecologia, ou seja, analisa a arquitetura da cidade como formadora do comportamento 
delinquente: 
(...) A compreensão de crime sistematiza-se a partir da observação de que a gênese delitiva se 
relacionava diretamente com o conglomerado urbano, o qual, muitas vezes estruturava-se de modo 
desordenado e radial, o que favorecia a decomposição da solidariedade das estruturas sociais. Não por 
ラ┌デヴ; ヴ;┣?ラが ゲW┌ゲ デWルヴキIラゲ SWゲWミ┗ラノ┗キ;マ ┌マ; さゲラIキラノラェキ; S; ェヴ;ミSW IキS;SWざく (grifo do autor) 
 
Fazendo uma analogia entre a distribuição das plantas e a natureza e organização humana 
nas sociedades, a principal tese da Escola está relacionada às zonas de delinquência. Significa 
dizer que espaços geográficos com características determinadas, não só explicam o crime 
como sua própria distribuição. O que nos parece um tanto quanto nítido, uma vez que o 
aquele quadro social de múltiplas culturas colocava a cidade no centro das investigações de 
cunho sociológico. 
 
3.1.2 に Objetos e Métodos considerados pela Escola de Chicago 
É a partir desse cenário radical, que a ideologia do mellting pot, no qual os elementos mais 
heterógenos e conflitivos devem fundir-se para criar uma nova sociedade, um novo mundo 
 
21 Eduardo Viana. Op. cit., p. 213: Cf. Vold, George B: Beenard, Thomas J; Sinpes, Jeffreu B. 
Theoretical Criminology. New York: Oxford Universitu Press, 1998, p. 141. 
22 Nesse sentido, Eduardo Viana. Op. cit., p. 214. 
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para viver. Daí o porquê da Escola de Chicago constituir uma sociologia da cidade ou ecologia 
social da cidade e concentra-se no estudo da distribuição das zonas de trabalho e residência, 
distribuição de serviços, estrutura dos lugares públicos e privados e na profusão de 
doenças23. 
 
Objeto e Método: O marco social da Escola de Chicago é alicerçado em um objeto 
de investigação ligado às condições sociais para levar adiante suas pesquisas. Por 
esta razão, fala-se que os métodos utilizados são os empíricos, com recurso às 
técnicas estatísticas. 
 
3.1.3 に Principais Representantes da Escola de Chicago 
De início, as pesquisas feitas pelo Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago 
eram pouco rigorosas cientificamente, de modo que, apenas em 1910, com William I. Tomas, 
tem-se o início de pesquisas mais comprometidas, consolidando-se, já nos anos de 1920, com 
trabalhos desenvolvidos por Robert Park e Enerst Burgess, além de Clifford R. Shaw e Henry 
D McKay. 
 
Principais Representantes da E.Chicago 
 William I. Tomas 
 Robert Park e; 
 Enerst Burgess 
 Clifford R. Shaw 
 Henry D McKay. 
 
 
23 Op. Cit. 
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3.1.4 - Teoria de William I. Tomas 
De Thomas, para além da utilização da metodologia estatística, a Escola de Chicago retira seu 
conceito fundamental de desorganização social, compreendido, segundo ele, como 
impossibilidade de definir modelos e padrões de condutas coletivas, decorrendo daí a 
ausência de limites para o indivíduo expressar suas inclinações24. 
 
3.1.5 - Teoria de Robert Park 
Park apropria-se dos conceitos fundamentais da ecologia. Com efeito, para ele, a cidade 
representa um organismo vivo, que, à semelhança, cresce, invade determinadas áreas, as 
domina e expulsa outras formas de vida inexistentes. Isso ficou claro, por exemplo, nos 
estados do sul estadunidense, primeiro ocupados apenas por arvores, vegetação perene, 
pinheiros, estabilizando-se, finalmente, com carvalhos nogueira. Esse processo, que os 
ecologistas descrevem como invasão, dominação e sucessão, foi transplantado por ele para 
explicar similarmente a história das Américas e a invasão, dominação e sucessão no território 
dos nativos americanos25. 
 
3.1.6 に Teoria das Zonas Concêntricas: Por Enerst Burgess 
O processo de crescimento descrito por Park foi apropriado e sistematizado por Burgess, na 
forma Teoria das Zonas Concêntricas. Explica ele que a cidade se expande radialmente, de 
dentro para fora, em círculos concêntricas, descritos como zonas26. 
Veja a imagem ilustrativa: 
 
24 Op. Cit.p.,215 
25 Op. Cit. 
26 Op. Cit. 
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Nas palavras de Eduardo Viana, podemos explicar cada zona como27: 
a. Zona 1: Também conhecida por Loop, é o centro da cidade. O coração comercial, onde 
se situam os principais bancos e lojas. 
b. Zona 2: Geralmente a parte mais antiga e degradada da cidade, forma a chamada Zona 
de Transição, essencialmente habitada pela população mais pobre, que não pode 
adquirir moradias melhores. 
c. Zona 3: É formada pela população de trabalhadores que possui melhores condições 
financeiras e, por isso mesmo, afasta-se do deteriorado centro para moradias e 
apartamentos mais modestos. 
d. Zona 4: Corresponde à chamada zona de residências, habitada pela classe média, a 
qual é integrada por melhores moradias. 
e. Zona 5: Finalmente, áreas mais afastadas e até mesmo fora das cidades, como cidades 
satélites, ocupadas pelas classes altas. 
 
3.1.7 - Teoria da Desorganização Social ou Teoria Ecológica: Por Shaw e Mckay 
O estudo elaborado por Clifford Shaw e Henry McKay, baseado na análise da delinquência 
juvenil, foi um dos mais impressionantes na linha da teoria Ecológica da Escola de Chicago. 
Nas primeiras investigações estatísticas, as quais também tiveram como base as Zonas 
concêntricas, contatou-se a correlação entre a localização da residência em cada uma 
 
27 Op. Cit. 
Zona 1: Loop
Zona 2: Zona 
de Transição 
Zona 3
Zona 4
Zona 5
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daquelas áreas e o respectivo índice de criminalidade. Recolhendo dados entre os anos 1900 
e 1940, verificaram que a zona II apresentava o maior índice de criminalidade; mais ainda, 
quanto mais afastada dos centros, menor o índice de criminalidade. Essas áreas, na 
caracterização de Dias e Andrade, são fisicamente degradadas, segregadas economicamente, 
eticamente e racialmente, bem como sujeita a doenças. Correlacionando-se com as 
características traçadaspor Shaw e Mackey com o índice de criminalidade, nesse âmbito 
sociológico, é inversamente proporcional ao ótimo IDH, ou seja, regiões com o IDH baixos 
têm maiores taxas de criminalidade; regiões com IDH ótimo, menores índices de 
criminalidade28. 
A obra fundamental para a compreensão da distribuição ecológica do crime da cidade de 
Chicago foi a Delinquency areas, de Clifford Shaw, datada de 1929 e, posteriormente, a 
biografia de The Jackroller. Nas obras, basicamente, restou consignado: 
Síntese29 
1. Nas áreas criminais, a opinião pública, ou seja, o controle informal possui 
débil eficiência na formação do controlo dos jovens. Familiares e vizinhos 
geralmente aprovam o comportamento jovem. 
2. Alguns bairros oferecem oportunidades à delinquência, como por exemplo, 
pessoas dispostas a adquirir bens roubados; 
3. As atividades delinquenciais começam muito cedo, como parte de um jogo 
das ruas; 
4. As taxas de delinquência são mais elevadas na zona de transição. 
 
Note que, como demonstrados nas obras, toda a investigação promovida por Shaw e Henry, 
foram no sentido de entender a relação entre as zonas de povoamento. A partir disso e, 
reconhecendo autores anteriores a eles, esses autores concluem que os delinquentes 
procediam principalmente das zonas adjacentes ao distrito central, e que a concentração de 
criminosos ia diminuindo conforme as áreas residenciais se distanciavam do centro. 
Veja o breve relato30: 
 
28 Op. Cit.p., 217 
29 Op. Cit. 
30 Op. Cit. 
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O ponto de partida de Shaw e Mackay foi a observação de que o volume de criminalidade nas cidades, 
a exemplo de Chicago, distribuía-se de modo heterogêneo; por um lado, a exemplo de Chicago, 
distribuía-se de modo heterogêneo. Por um lado, o índice de criminalidade aumentava em relação 
diretamente proporcional nas zonas de moradia diretamente conectadas com as zonas mais centrais 
da cidade. Isso explica o fato de que nessas zonas de transição, a alta mobilidade social impede a 
aprendizagem dos valores pró-sociais e, consequentemente, não propiciava a ativação de um controle 
social (informal). Por outro lado, quanto mais distante as zonas de moradias estivessem dessa região 
central, menores os índices de criminalidade; nessas outras zonas, nas quais há menos fluxo de 
moradores, existe o compartilhamento de valores coletivos e, consequentemente, o controle social é 
ativado. 
Para além dessa primeira racionalização, os autores constataram que o índice de criminalidade de 
determinada região, associado a outros problemas sociais (desempregados, drogradição, pobreza, 
por exemplo), mostrava significativa constância: ele permanecia constante mesmo com fluxo de 
moradores. Essa constância, na percepção de Shaw e Mckay, somente pode conduzir à seguinte 
conclusão: as causas determinantes da criminalidade precisam estar infundidas em singulares áreas 
de urbanas e nas suas correspondentes estruturas; essas causas não devem ser investigadas に como 
sugeria a criminologia clássica に nas pessoas ou nas particularidades, mas sim, devem existir nos 
valores, nas normas e nas suas relações que marcam a vida dentro de uma área urbana. 
 
Conforme resta demonstrado, o surgimento da criminalidade, a partir da teoria de Shaw e 
Mckay está imprescindivelmente ligada à relação entre organização social e controle social. 
Contudo, mais do que entender a etiologia criminal, Shaw se preocupava com a prevenção 
do crime, de modo que criou programas de políticas criminais tendentes à prevenção delitiva, 
entre os quais os mais destacados foi Chicago Area Project (CAP) em 1932. 
O projeto foi regionalizado envolvendo jovens e engajando toda a comunidade social, que 
era despertada para uma prevenção do delito. Implementava programas desportivos e 
recreativos como forma de fomentar a conscientização social a respeito problema da 
delinquência. O programa é uma clara expressão da base em que se funda a Escola de 
Chicago, que era a questão social, e também da linha de pesquisa de Shaw. 
 
 
Projetos semelhantes ao de Shaw são 
aplicados nas comunidades brasileiras. Com o apoio de entidades e das pessoas 
da própria comunidade, buscam difundir a inclusão digital e cultural, as práticas 
esportivas e de lazer. Desse modo, tem por objetivo controlar e, se possível, 
diminuir a violência. 
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3.1.8 - Teoria das Janelas Quebradas ou Broken Windows 
Criada por James Wilson e George Kelling, em 1982, na revista Atlantic Monthly, possui 
raízes nos estudos da Escola de Chicago. 
A teoria foi pensada numa situação de ausência estatal e proliferação do crime por causa 
dessa falta, ainda dentro da sistemática dos três círculos concêntricos, em que a periferia 
teria a grande concentração de práticas criminosas. Como se verá a seguir, a relação 
conceitual que se faz é entre ordem e desordem. 
Nas palavras de Christiano Gonzaga31: 
Foi feito um experimento na cidade de Nova Iorque, no qual dois carros foram deixados em regiões 
distintas (Bronx e Palo Alto). A escolha desses locais foi feita com base na maior e na menor presença 
estatal, sendo quase inexistente no Bronx um policiamento ostensivo, enquanto em Palo Alto, rica 
região da Califórnia, há polícia pública e até mesmo segurança particular. Após alguns dias, o carro 
deixado no Bronx teve uma das janelas quebradas (daí o nome da teoria), mas por inexistir segurança 
pública no local nada foi feito contra quem fez o dano. Em virtude disso, no outro dia, uma das portas 
do veículo foi arrancada, bem como o toca-fitas, e também nada foi feito, encorajando-se futuras 
condutas delituosas e até mesmo mais graves. Por fim, o carro estava totalmente arrombado, ficando 
apenas a sua carcaça, como se vê em muitos filmes norte-americanos que retratam os já citados guetos. 
Nas periferias do Brasil também é possível vislumbrar tal cenário, em que carcaças de carros são 
deixadas nas vielas até mesmo para impedir que a polícia suba o morro e acesse locais de pontos de 
drogas. Noutro giro, o carro deixado em Palo Alto não sofrera nenhum tipo de arrombamento ou 
qualquer conduta criminosa, uma vez que o policiamento ostensivo e rigoroso em tal região desencoraja 
os moradores locais de praticarem condutas ilícitas. Nem se diga, como sói acontecer, que os crimes 
são praticados na região da periferia porque os pobres são dados a práticas criminosas, enquanto os 
ricos não o são. O motivo do surgimento do crime na periferia foi por causa da ausência estatal, pois no 
menor sinal de prática criminosa, ainda que fosse no Bronx e tivesse policiamento presente, seria tal 
conduta coibida pela força estatal. Quando se quebra a janela do carro e nada é feito, tem-se a clara 
sinalização de que o Estado será omisso contra aquele criminoso, dando ensejo a novas condutas. Nesse 
sentido, caso se quebre uma janela de um prédio e ela não seja imediatamente consertada, os 
transeuntes pensarão que não existe autoridade responsável pela conservação da ordem naquela 
localidade. Em breve, todas as outras janelas serão quebradas. Nisso, haverá a decadência daquele 
espaço urbano em pouco tempo, facilitando a permanência de marginais no lugar, criando-se, por 
consequência, um caos anunciado. Dessa forma, defende-se que a desordem tem relação de 
causalidade com a criminalidade, pois deve haver uma repressão imediata e severa das menores 
infrações na via pública, com o escopo de deter o desencadeamento de grandes ações criminosas,

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