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Faculdade UNIRB – Arapiraca Eixo Saúde Fisiologia Humana Arapiraca, 2020 Profa. Me. Mayara Rodrigues Aula 01 Quem sou eu? O que vim fazer? Por que estou aqui? Agora é a sua vez! “O aluno é como uma pequena semente que deve ser plantada e cuidada para germinar e dar bons frutos. O professor é como o agricultor que vê na semente a esperança que proverá as necessidades da sociedade." (Luis Alves) Conteúdos desta aula • Introdução a fisiologia humana; • História; • Célula; • Processos celulares básicos; • Homeostase • Transporte celular • Comunicação • A tendência atual do pensamento fisiológico está voltada claramente para um aumento da ênfase sobre o funcionamento do corpo humano como uma unidade. Ernest G. Martin, prefácio de The Human Body 10ª edição, 1917. • Bem-vindos ao fascinante estudo do corpo humano! • Ao longo da maior parte do registro histórico, os seres humanos têm mostrado interesse na compreensão de como os seus corpos funcionam. Conceitos básicos e origem da disciplina • Fisiologia é o estudo do funcionamento normal de um organismo e de suas partes, incluindo todos os processos físicos e químicos. • O termo fisiologia significa literalmente “conhecimento da natureza”. Aristóteles (384-322 A.C.) utilizou a palavra em um sentido amplo para descrever o funcionamento de todos os seres vivos, não apenas do corpo humano. • Entretanto, Hipócrates (460-377 A.C.): “o poder de cura da natureza” e, depois disso, o campo tornou-se intimamente associado à medicina. A FISIOLOGIA É UMA CIÊNCIA INTEGRATIVA • Genômica • Proteômica • Metabolômica • A integração de função ao longo de diversos níveis de organização é um foco especial da fisiologia. (Integrar significa juntar elementos variados para criar um todo uniforme/coeso.) • Nos seres vivos, os conjuntos de moléculas formam a célula, a menor unidade estrutural capaz de realizar todos os processos vitais. Uma barreira constituída por lipídeos e proteínas, chamada de membrana celular (ou membrana plasmática), separa as células do meio externo. https://www.abcam.com/fibronectin-antibody-f1-alexa-fluor-647ab198934.html • Os conjuntos de células que desempenham funções relacionadas são chamados de tecidos. Os tecidos formam unidades estruturais e funcionais, conhecidas como órgãos, e os grupos de órgãos integram suas funções para formar os sistemas. Homeostasia • Claude Bernard (1800): meio interno relativamente estável. Durante os seus estudos de medicina experimental, Bernard percebeu a estabilidade de diversas funções fisiológicas, como a temperatura corporal, a frequência cardíaca e a pressão arterial. Como titular da disciplina de fisiologia na University of Paris, ele escreveu: “A constância do meio interno é a condição para uma vida livre e independente”. Essa ideia foi aplicada a muitas das observações experimentais daquela época e se tornou o tema de discussão entre fisiologistas e médicos. C. Bernard. Introduction á l’étude de la medicine, Paris: J.-B. Baillière, 1865. (www.gutenberg.org/ebooks/16234). • Walter B. Cannon (1929), escreveu uma revisão para a Sociedade de Fisiologia dos Estados Unidos (American Physiological Society). Propôs uma lista de variáveis que estão sob o controle homeostático. Hoje, sabemos que essa lista era acurada e completa. Ele descreveu como fatores ambientais que afetam as células (osmolaridade, temperatura e pH) e “substâncias para as necessidades celulares” (nutrientes, água, sódio, cálcio, outros íons inorgânicos, oxigênio, bem como “secreções internas com efeitos gerais e contínuos”). As “secreções internas” de Cannon são os hormônios e outras substâncias químicas que as células utilizam para se comunicarem umas com as outras. W. B. Cannon. Organization for physiological homeostasis. Physiol Rev 9: 399-443, 1929. Meio interno • Contudo, o que é exatamente o meio interno do nosso corpo? É o ambiente aquoso interno que circunda as células. É um “mar interno”, dentro do corpo, chamado de líquido extracelular. • O líquido extracelular (LEC) funciona como um meio de transição entre o ambiente externo de um organismo e o líquido intracelular (LIC), encontrado no interior das células. • Como o líquido extracelular é uma zona de tamponamento entre as células e o mundo externo, os processos fisiológicos elaborados evoluíram para manter a composição do LEC relativamente estável. SISTEMAS DE CONTROLE E HOMEOSTASIA • Variáveis reguladas são mantidas dentro de seu intervalo aceitável (normal) por mecanismos de controle fisiológico ativados se a variável se distanciar muito do seu ponto de ajuste, ou valor ótimo. Existem dois padrões básicos de mecanismos de controle: controle local e controle reflexo de longa distância. O controle antecipatório permite que o corpo se antecipe a uma mudança Todos os órgãos ocos (com cavidade), como coração, pulmões, vasos sanguíneos e intestinos, criam outro conjunto de compartimentos dentro do corpo. O interior de qualquer órgão oco é chamado de lúmen. Um lúmen pode ser total ou parcialmente preenchido com ar ou líquido. Por exemplo, os lumens dos vasos sanguíneos são preenchidos com o líquido que chamamos de sangue. Como acontece a comunicação da célula com o meio extracelular e com os tecidos? Por que as células precisam tanto de canais quanto de carreadores? A resposta reside nas diferentes propriedades dos dois sistemas de transporte. As proteínas-canal permitem um transporte mais rápido através da membrana, mas, em geral, são limitadas a transportar pequenos íons e água. Como acontece a comunicação da célula com o meio extracelular e com os tecidos? O que controla a abertura e o fechamento dos canais com portão? Para canais com portão controlados quimicamente, o portão é controlado por moléculas mensageiras intracelulares ou por ligantes extracelulares que se ligam ao canal proteico. Os canais com portão dependentes de voltagem abrem e fecham quando o estado elétrico da célula muda. Pequenas moléculas orgânicas (como glicose e aminoácidos), que são muito grandes para passar através de canais, cruzam as membranas utilizando carreadores. Íons como Nae Kpodem se mover por carreadores, assim como por canais. As proteínas carreadoras transportam solutos e íons para dentro e para fora das células, bem como das organelas, como as mitocôndrias. Se os canais são como portas, então os carreadores são como portas giratórias que permitem o movimento entre o lado interno e o lado externo sem nunca formar uma passagem aberta. As proteínas carreadoras podem transportar moléculas através da membrana em ambas as direções, como uma porta giratória A difusão facilitada utiliza proteínas carreadoras As células do fígado são capazes de converter glicogênio em glicose, de modo que tornam a concentração intracelular de glicose mais alta do que a concentração extracelular de glicose. Em que direção o GLUT2 hepático transporta a glicose nesta situação? O transporte ativo transporta substâncias contra os seus gradientes de concentração O transporte ativo pode ser dividido em dois tipos. No transporte ativo primário (direto), a energia que empurra as moléculas contra os seus gradientes de concentração vem diretamente das ligações fosfato de alta energia do ATP. O transporte ativo secundário (indireto) usa a energia potencial armazenada no gradiente de concentração de uma molécula para empurrar outras moléculas contra os seus gradientes de concentração. BOMBA SÓDIO POTÁSSIO 38 Transporte ativo secundário utiliza a energia cinética de uma molécula que se move a favor do seu gradiente de concentração para empurrar outras moléculas contra seus gradientes de concentração. As moléculas cotransportadas podem ir na mesma direção através da membrana (simporte) ou em direções opostas (antiporte). Os sistemas de transporte ativo secundário mais comunssão impulsionados pelo gradiente de concentração do sódio. O transporte mediado por carreadores apresenta especificidade, competição e saturação O que acontece às macromoléculas que são muito grandes para entrar ou deixar as células através das proteínas-canal ou dos carreadores? O transporte transcelular da glicose utiliza proteínas de membrana Transporte através das membranas Difusão passiva Ocorre através de um gradiente de concentração Coeficiente de partição óleo/água Lipossolubilidade e permeabilidade Difusão facilitada Sem gasto energético Transporte ativo Hidrólise de ATP Gradiente eletroquímico Pinocitose Participação direta da membrana Gasto de energia Não necessita de transportadores Passivo Facilitado Ativo Transporte Passivo • Difusão Facilitada • Algumas substâncias, como a glicose, galactose e alguns aminoácidos têm tamanho superior a 8 Angstrons, o que impede a sua passagem através dos poros. São, ainda, substâncias não solúveis em lipídios, o que também impede a sua difusão pela matriz lipídica da membrana. No entanto, estas substâncias passam através da matriz, por transporte passivo, contando, para isto, com o trabalho de proteínas carregadoras (proteínas transportadoras 46 Difusão facilitada 47 Canais 48 BOMBA SÓDIO POTÁSSIO 49 COMUNICAÇÃO CELULAR Especialização de (1) células para percepção do meio ambiente (receptores sensoriais), (2) centro(s) integrador(es) dessas informações, onde a hierarquização e coordenação central (sistema nervoso) fossem realizadas, (3) efetuadores de respostas de ajuste homeostático (sistemas muscular, exócrino e endócrino. C O M U N IC A Ç Ã O C O M U N IC A Ç Ã O Mensageiros extracelulares Sinalizadores passam a ser secretados pela célula produtora e a atuar em células adjacentes próximas, são denominados parácrinos. Caso atuem na própria célula produtora, são chamados de autócrinos. C O M U N IC A Ç Ã O Mensageiros extracelulares C O M U N IC A Ç Ã O Mensageiros extracelulares RECEPTORES RECEPTORES POTENCIAL DE MEMBRANA
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