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DIREITO EMPRESARIAL

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1 Direito empresarial – unidade 1 – As estruturas do direito empresarial 
Direito 
empresarial 
 
 
 
 
Unidade 1 – As estruturas do direito 
empresarial 
 
 
Marcia Teodoro 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Direito empresarial – unidade 1 – As estruturas do direito empresarial 
Introdução 
 
Cada dia mais novas oportunidades de trabalho são criadas através da tecnologia e do 
desenvolvimento social. Torna-se cada vez mais importante na sociedade uma visão focada no 
empreendedorismo. 
Empreendedorismo é a busca constante por novos negócios e pela implementação de 
negócios já existentes. Trata-se de uma atitude que impulsiona a sociedade em direção ao 
desenvolvimento. 
Para que o potencial seja atingido, cabe aos empreendedores conhecimento sobre 
regras e deveres no âmbito empresarial, especialmente considerando-se as normas e os 
princípios básicos de um Estado Democrático de Direito, como é o caso da República 
Federativa do Brasil. 
O Direito Empresarial e seus ramos correlatos surgem como uma guia para o 
empreendedor, que deve conhecer as normas para se adequar a esta nova realidade, de forma a 
conseguir gerir seu empreendimento e otimizar as vantagens buscadas. 
 
Você quer ver: Assista, pelo link abaixo, um vídeo motivacional que “viralizou” e perceba que 
o empreendedorismo só depende de nós mesmos! Mãos à obra! 
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1. Do Direito Civil 
 
O Direito Civil corresponde ao ramo do Direito Privado que permeia a vida das 
pessoas em suas relações particulares. É a partir deste ramo do Direito que são definidas 
normas gerais de convivência privada e garantidos direitos e deveres na ordem civil a todas as 
pessoas, conforme se depreende do art. 1º do Código Civil (CC). 
Nesse sentido, é importante nos atentarmos que as “pessoas” indicadas como capazes 
de “direitos e deveres” referem-se aos sujeitos de direito, ou seja, seus titulares em uma 
determinada relação jurídica, que podem ser tanto pessoas naturais quanto pessoas jurídicas 
(MELLO, 2017, p.84). 
A Pessoa Natural é o próprio ser-humano, homem ou mulher, detentor de direitos e 
deveres, cuja personalidade, nos termos do art. 2º do Código Civil, começa com o nascimento 
 
 
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com vida, posto à salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro, ou seja, do feto ainda 
conectado ao ventre materno, obviamente resguardadas as devidas proporções e possibilidades 
de fruição de direitos. Por outro lado, a Pessoa Jurídica é uma entidade abstrata, criada a partir 
de preceitos de conveniência e oportunidade de uma ou mais pessoas naturais, de maneira que 
adquire sua personalidade jurídica a partir da inscrição dos atos constitutivos junto aos órgãos 
oficiais. 
 
1.2. Da personalidade 
 
A personalidade é um atributo jurídico que confere a um ser status de pessoa e, 
portanto, permite-lhe contrair direitos e obrigações (BRANCHIER; MOTTA, 2014). 
Em relação à pessoa natural, os Direitos de Personalidade podem ser apontados como 
o direito ao nome, à vida, à integridade física, à honra, à imagem, à dignidade da pessoa 
humana, dentre outros. 
Por outro lado, a Pessoa Jurídica também possui personalidade, que é adquirida a 
partir da inscrição de seu ato constitutivo no registro competente. É a partir da aquisição da 
personalidade jurídica que a pessoa jurídica “nasce” no mundo material e passa a ter a 
titularidade negocial, de forma a atuar no mundo dos negócios, celebrar contratos e praticar 
todos os atos da vida civil de seus interesses em seu próprio nome. Do registro surge a 
capacidade de titularidade processual, que permite à pessoa jurídica figurar no polo ativo ou 
passivo em demandas judiciais; além de autonomia patrimonial, que corresponde a uma 
autonomia entre seus bens e os de seus sócios (BRANCHIER; MOTTA, 2014). 
Assim, a pessoa jurídica atua, em seu próprio nome, de forma autônoma e 
independente em suas relações negociais. 
 
1.3. Da capacidade 
 
Agora que já entendemos que as pessoas jurídicas são criadas a partir dos anseios de 
pessoas naturais dotadas de personalidade jurídica, fica a pergunta: Será que qualquer pessoa 
pode dar ensejo a uma atividade empresarial através de uma pessoa jurídica? 
A resposta se confunde com o próprio conceito de capacidade civil da pessoa natural, 
que se subdivide em capacidade de direito e capacidade de fato. 
 
 
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A capacidade de direito confunde-se com os próprios direitos de personalidade, de 
maneira que é adquirida a partir do nascimento com vida no caso das pessoas naturais. 
Por outro lado, a capacidade de fato representa a possibilidade de celebrar, por si 
próprio, independentemente de qualquer representação ou assistência os atos da vida civil. 
Em regra, a capacidade civil é adquirida com o advento da maioridade, ou seja, ao 
atingir os 18 anos, momento a partir do qual a pessoa natural poderá exercer pessoalmente 
todos os atos da vida civil, como casar-se, adotar, realizar negócios jurídicos e exercer 
atividade empresarial, por exemplo. 
Ademais, sobre o exercício de atividades empresariais pelo incapaz, o Código Civil 
distingue duas situações. 
O art. 3o aponta como absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da 
vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Por outro lado, o art. 4º limita a realização de 
certos atos ou à maneira de os exercer aos relativamente incapazes, que são os maiores de 
dezesseis e menores de dezoito anos; os ébrios habituais e os viciados em tóxico; aqueles que, 
por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; e os pródigos. 
Hipóteses nas quais também dependerão de assistência para certos atos da vida civil, como por 
exemplo dar continuidade a uma atividade empresarial. 
 Assim, atingida a maioridade, ou seja, capacidade jurídica plena aos dezoito anos, 
caso ocorra a hipótese de incapacidade superveniente, poderá o relativamente incapaz, por meio 
de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto 
capaz. Do mesmo modo, no caso de herdeiro ou legatário absolutamente incapaz, o patrimônio 
herdado deverá ser administrado por seus pais, que atuam como representantes (art. 974). 
Isso significa dizer que, ainda que os incapazes não sejam aptos a exercer pessoalmente 
os atos relativos à atividade empresarial, poderão fazê-lo através de representação ou 
assistência. 
Por outro lado, ainda que devidamente representados (os absolutamente incapazes) ou 
assistidos (os relativamente incapazes), o Código Civil impõe algumas restrições à sua 
participação, como forma de resguardar-lhes seus interesses. São elas: impossibilidade do sócio 
incapaz exercer a administração da sociedade; a obrigatoriedade do capital social estar 
totalmente integralizado; ou o resguardo dos bens possuídos pelo incapaz ao tempo da sucessão 
ou da interdição, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização da 
representação ou assistência (art. 974, CC). 
 
 
 
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1.4. Pessoa Jurídica 
 
A pessoa jurídica é uma entidade abstrata formada por uma ou mais pessoas e dotada 
de patrimônio (GEORGE, 2012, p. 4). 
Seu “nascimento” ocorre a partir da inscrição no respectivo registro de seu ato 
constitutivo por pessoas naturais que se unem com o intuito de sua criação (ou, é claro, pela 
pessoa natural detentora deste intuito de forma individual). 
Sua criação pelo Direito tem como objetivo precípuo a facilitação das “relações 
jurídicas daquelas pessoas que atuam em grupo, criando-se uma entidade que irá representar os 
interesses de uma pluralidade de pessoas”, de forma que seja possível que “pessoas naturais 
separem parte o seu patrimônio” com o objetivo de investir no desenvolvimento de atividadesempresárias (BRANCHIER; MOTTA, 2014, P. 48) 
Nesses termos, a constituição da pessoa jurídica aponta no sentido do cumprimento 
dos seguintes requisitos: 
 
Há de existir uma vontade humana criadora de um determinado 
organismo – ou do destaque de determinado patrimônio pessoal de um 
instituidor – para certa atividade, através da vontade convergente dos 
integrantes de um determinado grupo. 
1. Ademais, devem ser observadas e cumpridas determinadas 
condições estipuladas por lei para formar tal pessoa jurídica; é dizer, 
sua consecução deve se revestir da forma legal, inclusive com as 
competentes autorizações do poder público. 
2. Toda pessoa jurídica, por fim, deve se alicerçar na licitude de seus 
propósitos, eis que é inadmissível que uma pessoa jurídica atue em 
desconformidade jurídica com o direito. (FERNANDES, 2012, p. 231) 
 
Antes de adentrarmos nas relações em âmbito de Direito Empresarial, entretanto, é 
importante apontar a divisão estabelecida no Código Civil em relação às pessoas jurídicas de 
direito público interno, externo e privado. 
O art. 41 do Código Civil descreve como pessoas jurídicas de direito público interno 
a União, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, os Municípios, as autarquias (inclusive 
as associações públicas) e as demais entidades de caráter público criadas por lei, todos 
 
 
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integrantes da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil e 
autônomos entre si. 
 
Na mesma esteira, são pessoas jurídicas de direito público externo os Estados 
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público (art. 42, 
CC) 
Por fim, as pessoas jurídicas de direito privado são as associações; as sociedades; as 
fundações; as organizações religiosas; os partidos políticos; e – incluídas pela lei 12.441 de 
2011 – as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
 
2. Direito Empresarial 
 
É estipulado como o ramo do direito privado que se ocupa do estudo das relações entre 
empresa e empresário. 
O fenômeno empresarial é fundamental ao desenvolvimento econômico e ao processo 
de otimização de recursos produtivos, que possibilita o acesso aos mais diversos bens de 
consumo imprescindíveis à vida humana. Por essa razão, justifica-se uma legislação 
econômica apta a manter um ambiente jurídico que possibilita o desenvolvimento empresarial 
eficiente, ordenado e racional. (BRANCHIER; MOTTA, 2014, p. 12-13). 
Assim, se faz cada dia mais importante o estudo sobre o tema, principalmente em 
virtude da ampliação de possibilidades mercantis concebidas desde a Revolução Industrial a 
partir do século XVIII e reforçada com a Revolução tecnológica vivenciada na atualidade. 
 
2.1. Empresa 
 
Nesse momento, pedimos que pare por um instante a leitura e se pergunte sobre os 
bens que o cercam e que possui. Você é capaz de dizer que a maioria deles foi feita ou 
produzida por você mesmo? Ou será que a grande maioria desses bens foram adquiridos? Se 
o foram, quem os vendeu? 
Acreditamos que muito provavelmente você chegará à conclusão de que a grande 
maioria de itens indispensáveis de sua, e de nossas vidas de forma geral, são provenientes das 
 
 
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relações de consumo, que somente são possíveis em razão da existência de pessoas naturais 
que sonharam e buscaram uma atividade empresarial através da figura de uma empresa. 
O Código Civil se silenciou quanto ao conceito de empresa, limitando-se conceituar 
a figura do empresário. Exatamente por isso, sua percepção não é exatamente uma tarefa 
simples, de maneira que, ao menos de forma geral, a doutrina aponta no sentido da Empresa 
como uma atividade ordenada de atos que envolve o fornecimento de bens ou serviços, 
desenvolvido com profissionalidade, fim econômico e organização dos fatores produtivos 
(BRANCHIER; MOTTA, 2014, p. 16). 
 
Assim, ficam excluídas atividades que não envolvam estas características. 
 
2.2. Empresário 
 
O Código Civil aponta no art. 966 como empresário aquele que “exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou 
de serviços”. 
A partir do conceito, Teixeira, citado por Nóbrega (2015), classifica, de forma acurada 
e pontual, o empresário a partir do cumprimento dos seguintes requisitos: 
 
1. Exercício de uma atividade 
O exercício da atividade do empresário representa o ato, ou seja, a 
ação empresária capaz de gerar efeitos jurídicos materiais. Por 
exemplo: o empresário, ao vender sua mercadoria, gera atos jurídicos, 
pois há a cobrança de tributos; no entanto, se a mesma mercadoria 
apenas se deslocar de um setor da empresa para outro (por exemplo, do 
administrativo para o almoxarifado), teremos apenas um ato material 
no exercício da atividade empresária. 
 
2. Finalidade econômica (lucro) 
A natureza econômica da atividade empresária está diretamente 
relacionada ao lucro – ou seja, tem como principal finalidade a 
produção, a circulação de bens ou a prestação de serviços reconhecidos 
como empresariais. 
 
 
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3. Organização da atividade 
A organização da atividade diz respeito ao fato de que, quanto mais 
as atividades econômicas se afastam da organização e se aproximam da 
pessoalidade, menos elas são empresariais 
 
4. Profissionalidade 
Está diretamente relacionada à eficiência do profissional 
empresário em exercer sua atividade. Diz respeito à prática habitual 
do negócio pelo empresário – à sua especialidade -, ou seja, quando ele 
está à frente dos negócios, e não às suas atividades esporádicas, que se 
referem à sua pessoalidade. Portanto, é ele que possui conhecimento 
técnico e detém as informações do seu negócio. 
 
5. Finalidade de produção ou troca de bens ou serviços 
destinados ao mercado 
A produção ou circulação de bens ou de serviços têm relação com a 
forma como o empresário é definido: pela fabricação de 
mercadorias (por exemplo, montadoras de veículos, etc.), pela 
prestação de serviços (bancos, seguradoras, restaurantes, etc.) ou, 
ainda, pela circulação de bens – ou seja, a aquisição de bens para 
revenda (loja de roupas, farmácias, etc.) – ou pela circulação de serviços 
(agente de viagens, corretor de seguros, etc.) (NÓBREGA, 2015, p. 37-
38) (grifo nosso). 
 
Assim, a figura do empresário depende da concretização desses elementos, sem os 
quais também não há empresa. 
 
2.3. Registro e Inscrição. 
 
Cumpridos os requisitos dispostos acima, sedimenta-se a figura do empresário. Isso 
significa que sua existência independe de quaisquer formalidades, inclusive de registro. 
 
 
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Este é um entendimento pacificado na III Jornada de Direito Civil, que no enunciado 
198, dispôs que “a inscrição do empresário na Junta Comercial não é um requisito para a sua 
caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência”. Nesses casos, o 
“empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil 
e da legislação comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou 
diante de expressa disposição em contrário”. 
Por outro lado, o registro da empresa tem como objetivo a regularização da atividade, 
de forma que sua falta a torna irregular e retira da sociedade empresária ou empresário a 
possibilidade de fruição de benefícios legais, como isenções tributárias ou eventuais benefícios 
de recuperação judicial ou extrajudicial, caso necessários, ainda que por outro lado se obrigue 
no cumprimento de algumas imposições legais como recolhimento de tributos ou escrituração 
contábil, por exemplo. 
Assim, a regularização da empresa perante o Estado antes do início desua atividade 
é de caráter declaratório, porém de grande relevância, conforme se depreende do capítulo “da 
caracterização e da inscrição” do Código Civil e da lei 8.934 de 1994, que dispõe sobre a 
organização do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins. 
 
Você sabia? Conforme apontado o registro é apenas um ato declaratório da condição de 
empresário! Sua falta ocasiona apenas irregularidade junto ao Estado. 
Entretanto, haverá outras consequências que devem ser levadas em consideração, como o fato 
do empresário não ter legitimidade ativa para o pedido de falência, não poder pedir 
recuperação judicial e não conseguir autenticar seus livros obrigatórios, acarretando a 
ineficácia probatória de tais documentos. Ademais, caso tenha sua falência decretada, 
responderá por crime falimentar justamente por causa da irregularidade de seus livros 
contábeis e, em se tratando de uma sociedade, os sócios responderão de forma ilimitada pelas 
obrigações sociais com seus patrimônios particulares. Além disso, o dirigente da empresa 
restará impedido de inscrição nos demais órgãos oficiais (INSS, Receita Federal, etc.) de 
participação de licitações e de acesso a notas fiscais, por exemplo. (BRANCHIER; MOTTA, 
2012., p.32) 
 
Os serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins são 
exercidos, em todo o território nacional, de maneira uniforme, harmônica e interdependente, 
pelo Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (SINREM), composto em âmbito 
 
 
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federal pelo Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (DREI); e em 
âmbito estadual pelas Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e 
administradora dos serviços de registro (art. 3º). 
Por um lado, o “DREI tem função supletiva no campo administrativo, mas exerce, no 
campo técnico, função normativa, de supervisão, orientação e coordenação, com competência 
nacional”. Por outro lado, as Juntas Comerciais apresentam as “funções de executar os serviços 
de registro, como a matrícula e seu cancelamento, arquivar os atos constitutivos e autenticar 
documentos de empresários e profissionais sujeitos à matrícula, como leiloeiros e trapicheiros. 
(ALVES, 2017, p. 140). 
Nesse sentido, a inscrição do empresário é feita mediante requerimento que contenha 
o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; a firma, com 
a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com 
certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o 
disposto em lei; o capital; o objeto; e a sede da empresa (art. 968, CC). 
Ademais, o empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à 
jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, deverá também inscrevê-la, com 
a prova da inscrição originária, de forma que em qualquer dos casos, a constituição do 
estabelecimento secundário deve ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da 
respectiva sede (art. 969, CC). 
Como é sabido, entretanto, o Estado busca constantemente o favorecimento da 
economia através de ações positivas de forma a incentivar cada vez mais empreendedores na 
busca por novos empreendimentos. Por esta razão, o Código Civil assegura tratamento 
favorecido e simplificado por lei ao empresário rural e ao pequeno empresário rural, tanto em 
relação à inscrição quanto aos efeitos daí decorrentes, de modo a incentivar essas áreas da 
economia desfavorecidas, mas de tamanha importância para o desenvolvimento social e 
econômico (art. 970, CC). 
Através da inscrição, o empresário adquire a personalidade jurídica e tem-lhe 
outorgado o Número de Identificação de Registro de Empresa (Nire), que corresponde à 
formalização da sociedade empresária e possibilita a solicitação do CNPJ junto a Receita 
Federal. 
 
 
 
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É a partir desse número que a Receita Federal conseguirá acompanhar o pagamento de 
tributos e obrigações em geral, além de possibilitar a legalidade da atuação da sociedade 
empresária. 
 
2.4. Estabelecimento comercial ou fundo de comércio 
 
Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da 
empresa, por empresário, ou por sociedade empresária (art. 1.142, CC). Importante apontar 
deste conceito, que são abarcados todos os bens do empresário necessários ao 
desenvolvimento da atividade econômica, ou seja, o patrimônio propriamente dito da empresa 
e não apenas o local da atividade empresarial. 
Assim, o estabelecimento empresarial se subdivide em bens materiais, corpóreos ou 
tangíveis, que correspondem àqueles que podemos tocar, ver ou pegar, como, por exemplo, 
mesas, cadeiras ou máquinas; e imateriais, incorpóreos ou intangíveis, que correspondem aos 
bens que não podemos tocar, ver ou pegar e englobam, por exemplo, as marcas, os direitos, o 
ponto comercial (local onde o empresário desempenha suas atividades) e outros 
(POSTIGLIONE, 2006, p. 32). 
Exatamente pelo fato de se tratar de um conjunto de bens, são desconsiderados os 
valores particularizados dos bens que o constituem, de forma que sua atribuição de valores se 
dá em conjunto e corresponde, ao mesmo tempo, a garantia de seus credores. Desta maneira, 
o contrato que tenha por objeto sua alienação, seu usufruto ou arrendamento, apenas produz 
efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da 
sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa 
oficial (art. 1.144, CC). 
Nesse sentido, resguardam-se os interesses dos credores do empresário, de forma que 
se ao alienante não restarem bens capazes de solver seu passivo, sua alienação depende do 
pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, o 
que deverá ser cumprido dentro do prazo de trinta dias a partir de sua notificação (art. 1145, 
CC). 
Da mesma forma, o Código Civil ainda busca resguardar o devido pagamento de 
débitos anteriores à transferência ao obrigar o adquirente do estabelecimento a responder por 
estes débitos, desde que regularmente contabilizados. Além disso, institui responsabilidade 
 
 
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solidária ao devedor primitivo pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, 
da publicação, e, quanto aos demais, das correlatas datas de vencimento (art. 1.146, CC). 
Também como forma de resguardo das relações jurídicas anteriores, salvo disposição 
em contrário, a transferência ainda importa a substituição do adquirente nos contratos 
estipulados para exploração do estabelecimento, podendo os terceiros rescindir o contrato em 
noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste 
caso, a responsabilidade do alienante. Ressalve-se que esta responsabilidade apenas produz 
efeito nos casos em que as relações jurídicas não apresentarem caráter pessoal junto ao 
alienante, hipóteses que, portanto, estariam afastadas da regra (art. 1.148, CC). 
Além do resguardo das relações concernentes a direitos e deveres, a lei ainda trouxe 
expressa repressão à concorrência desleal. Sobre o tema, Postiglione afirma que 
 
A repressão a concorrência desleal pretende reprimir ou atacar 
frontalmente os atos de concorrência contrários aos usos éticos e 
honrados em matéria empresarial. Considera-se desleal quando há a 
utilização de artifícios ou expedientes repreensíveis, com objetivo de se 
locupletar da clientela alheia para auferir vantagens pertencentes a 
outro. A repressão a concorrência desleal não trata, no entanto, da 
concessão de direitos de proteção. 
Ela disciplina os meios repressores contra atos de competidores que 
infrinjam osusos honrados, que induzam a confundir o público quanto 
a produtos e atividades empresariais de um concorrente. Muito embora 
a legislação da concorrência desleal ofereça proteção a certas ideias do 
empresário, não se restringe a de produtos de sua criatividade; também 
o faz tutelando o empresário contra o desvio de sua clientela de forma 
não leal, pois isso, indiretamente, acaba resguardando o trabalho 
intelectual despendido na formação de seu estabelecimento (2006, p. 
63). 
 
Assim, não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode 
fazer concorrência ao adquirente nos cinco anos subsequentes à transferência, sendo que no 
caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição deve persistir durante o prazo 
de vigência contratual (art. 1.147, CC). 
 
 
13 Direito empresarial – unidade 1 – As estruturas do direito empresarial 
Ora, aquele que adquire o estabelecimento comercial o faz com o intuito de se 
aproveitar de seus benefícios de forma conjunta, de maneira que eventual concorrência por 
parte do alienante diminuiria o valor correlato ao estabelecimento comercial, bem efetivamente 
adquirido. 
Nesse sentido, tendo em vista que o estabelecimento comercial corresponde a bens 
materiais e imateriais, pode ser objeto de negócios jurídicos, tanto parcialmente quanto em sua 
completude, exatamente por corresponder ao patrimônio do empresário, respeitadas as normas 
legais. 
 
2.5. Nome comercial / empresarial 
 
Parte do estabelecimento comercial, o nome comercial, ou também denominado 
nome empresarial, é um dos requisitos que demandam um estudo mais acurado. 
Trata-se de um dos requisitos indispensáveis ao exercício das atividades e direitos do 
empresário e a forma pela qual é reconhecido, o que possibilita a assunção de direitos e 
obrigações. 
 
1. Firma individual 
Nome comercial de uso obrigatório para o empresário individual, no 
qual consta seu nome civil, sendo possível constar também outras 
expressões que distingam sua atividade. 
2. Firma social 
Seu uso é obrigatório para as sociedades em nome coletivo e comandita 
simples, sendo facultado para as demais. Pode ser composto pelo nome 
de todos os sócios ao mesmo tempo ou somente alguns, acrescido de 
algumas expressões, como Ltda e & Cia. Ltda., se ocorrer a omissão do 
nome de algum deles. 
3. Denominação social 
É de uso obrigatório para as sociedades anônimas e facultativo para as 
demais sociedades que não tenham a obrigação de utilizar outro nome 
comercial. É a espécie de nome comercial mais utilizada, formada por 
qualquer expressão, mas normalmente ligada à atividade empresarial 
 
 
14 Direito empresarial – unidade 1 – As estruturas do direito empresarial 
realizada e acompanhada de expressões que identificam o tipo de 
sociedade, como Ltda., ou S/A). 
Importante ainda apontar que a legislação obriga, no caso de 
microempresários e empresários de pequeno porte, a inserção junto ao 
nome comercial as siglas ME (ou a expressão microempresário) ou EPP 
(ou a expressão empresário de pequeno porte) (ALCANTARA, 2017, 
p. 86). 
 
Nesse sentido, considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada para 
o exercício de empresa (art. 1.155, CC). 
 
Você sabia? 
NOME EMPRESARIAL ≠ MARCA ≠ NOME FANTASIA 
Nome empresarial é aquele registrado na junta comercial, através do qual o empresário pratica 
os atos de sua vida empresarial. Corresponde à sua identificação legal. 
Marca é uma propriedade industrial, cujo registro é feito no Instituto Nacional de Propriedade 
Industrial. 
Nome fantasia é aquele pelo qual o empresário torna-se conhecido no mercado, ou seja, é o 
nome comercial utilizado, aquele pelo qual o empresário é conhecido pelo público. 
 
Vamos conferir? 
Tomemos, por exemplo, a prestadora de serviços comumente conhecida no cotidiano como 
“Mastercard”. 
Seu nome empresarial, na verdade, é Mastercard Brasil Soluções de Pagamento Ltda. 
Por outro lado, a empresa é detentora da marca “Mastercard” em relação, por exemplo, ao uso 
de sua designação, o que importa a utilização do termo em seu caráter privativo. 
Além disso, nesse caso, o nome fantasia se confundiu com a marca, o que poderia ou não 
acontecer. (Termos de uso: Mastercard). 
Assim, é possível verificar a diferença patente entre nome empresarial, marca e nome fantasia. 
 
 
 
 
 
15 Direito empresarial – unidade 1 – As estruturas do direito empresarial 
Estudaremos as especificidades do nome empresarial em cada espécie societária 
quando tratarmos sobre o tema no próximo capítulo. 
 
2.6. Capacidade empresarial 
 
Conforme apontado anteriormente, a capacidade civil, em regra, é adquirida a partir 
dos 18 anos. Entretanto, é importante observar que a capacidade civil nem sempre corresponde 
à capacidade empresarial. 
Assim, são capazes de exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno 
gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos (art. 972, CC). 
A capacidade empresarial depende do pleno gozo da capacidade civil e da 
inexistência de impedimentos legais. Como exemplos de pessoas que não podem empresariar 
por impedimento legal, temos leiloeiros, estrangeiros com visto provisório, despachantes, 
corretores de seguro, servidores públicos civis da União ou os falidos. 
Nesse sentido, a pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de 
empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas com seu próprio patrimônio 
(art. 973, CC), forma através da qual a legislação buscou garantir o respeito às limitações 
impostas por impedimentos e a regularidade das atividades empreendidas. 
Assim, não há correspondência perfeita entre a capacidade civil e a empresarial, que 
conta com suas características próprias e discriminações especificadas em lei. 
 
3. Espécies de empresário 
 
Inicialmente vale apontar que a figura do empresário se subdivide entre empresário 
individual e sociedade empresária. 
 
3.1. Empresário individual 
 
Empresário individual é aquele em que uma única pessoa natural explora atividade 
econômica, respondendo com seus próprios bens eventuais obrigações assumidas. 
Trata-se de espécie de empresário que lida com atividades econômicas de pequeno 
vulto e, portanto, menores riscos. Nesse caso, se confundem a figura da pessoa física e do 
 
 
16 Direito empresarial – unidade 1 – As estruturas do direito empresarial 
empresário, razão pela qual há responsabilidade solidária e ilimitada da pessoa física em 
relação ao passivo assumido e não pago pelo empresário (ALCANTARA, 2017, p. 48). É o 
caso, por exemplo, de sacoleiras(os), bancas de frutas em feiras, ambulantes, etc. 
 
3.2. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI 
 
Figura relativamente nova no Código Civil, incluída pela lei 12.441 de 2011, a EIRELI 
refere-se a espécie empresarial explorada por uma única pessoa natural, cuja responsabilidade 
se limita ao seu capital social, que deve ser de, pelo menos, 100 (cem) salários mínimos e 
totalmente integralizados (ALCANTARA, 2017, p. 49). Considerando a unicidade de sócio, 
referida previsão teve por objetivo assegurar empregados e credores, que têm a garantia de 
existência de dinheiro em caixa para a realização da atividade empresária. 
Seu nome empresarial necessariamente deve ser formado pela inclusão da expressão 
“EIRELI” após a firma ou a denominação social, sendo limitada a uma única empresa dessa 
modalidade à pessoa natural que constituir empresa individual (art. 980-A, §1º, CC). 
Assim, ao contrário do empresário individual, o empresário individual de 
responsabilidade limitada possui responsabilidade limitada ao capital social, de maneira que 
não responde com seus próprios bens por passivo assumido e não pago durante a consecução 
da atividade empresária. 
Cada vez mais difundida, a Eireli, traz uma série de vantagens, vejamos algumas: 
 
· Exercício da atividade empresarial poruma pessoa com responsabilidade 
limitada, sem comprometer o patrimônio pessoal, ou seja: caso o negócio 
contraia dívidas, apenas o patrimônio social da empresa será utilizado para 
quitá-las.
· Redução da informalidade, com a regularização da situação do empresário 
individual, que exercia a atividade à margem da lei. 
· O empresário tem a liberdade de escolher o modelo de tributação que melhor 
adapte a sua atividade ao porte da empresa, podendo optar, inclusive, pelo 
Simples Nacional. 
· Incentivo à inovação tecnológica e o PAT (Programa de Alimentação do 
Trabalhador). 
· Não ter nenhum tipo de limite de faturamento 
 
 
17 Direito empresarial – unidade 1 – As estruturas do direito empresarial 
Assim, resta clara a vantagem entre a empresa individual, que coloca em xeque os bens 
do próprio empresário, e a Eireli, que resguarda os bens do empreendedor, exatamente por se 
tratar de pessoa jurídica. 
Por outro lado, há sociedade empresária “quando duas ou mais pessoas físicas ou 
jurídicas se unem para explorar determinada atividade econômica”. Estudaremos as espécies de 
sociedade empresária no próximo capítulo. 
 
SÍNTESE 
Chegamos ao final desta unidade. Aprofundamos nosso conhecimento acerca das competências 
atribuídas ao direito empresarial e entendemos seu objeto de estudo e prática. Além disso, 
pudemos nos situar no campo conceitual deste ramo do direito, conhecendo e articulando seus 
principais conceitos básicos. 
Neste capítulo você teve a oportunidade de: 
· Compreender conceitos básicos do direito civil que fundamentam o direito empresarial; 
· Introduzir-se ao direito empresarial ao discriminar suas categorias fundamentais; 
· Dominar diferentes características da sociedade empresarial ou de responsabilidade do 
empresário; 
· Diferenciar as espécies de empresário por sua composição; 
· Entender as particularidades e vantagens das EIRELI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 Direito empresarial – unidade 1 – As estruturas do direito empresarial 
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