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ANDERSON ANTONIO NETO DA SILVA KEYLA DE OLIVEIRA BATISTA RAYANE NAIARA DIAS DA CRUZ DETERMINAÇÃO DE DENSIDADE RELATIVA A 20ºC COM PICNÔMETRO BARBACENA-MG 2019 2 ANDERSON ANTONIO NETO DA SILVA KEYLA DE OLIVEIRA BATISTA RAYANE NAIARA DIAS DA CRUZ DETERMINAÇÃO DE DENSIDADE RELATIVA A 20ºC COM PICNÔMETRO Relatório da disciplina de Tecnologia de cana-de-açúcar do curso Tecnologia em Alimentos do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Câmpus Barbacena, como requisito para obtenção de nota parcial da disciplina. Professor: Gerson Valente. BARBACENA-MG 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 OBJETIVO 5 2.1. Objetivo Geral 5 2.2. Objetivos específicos 5 3 METODOLOGIA 6 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 7 5 CONCLUSÃO 9 REFERÊNCIAS 10 ANEXO - CÁLCULOS REALIZADOS 11 1 INTRODUÇÃO Segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), a produção de cachaça no Brasil é menor que 800 milhões de litros ao ano. O produto é consumido principalmente na maioria dos estados do Sudeste do país e nos estados do Ceará, Bahia e Pernambuco; em contraste, os estados com maior produção no Brasil é correspondente a São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba (IBRAC, 2019). A cachaça e a aguardente de cana-de-açúcar são regulamentadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2005), devendo atender aos requisitos impostos pela legislação vigente. A cachaça pode ser definida como produto oriundo da aguardente de cana, sendo um produto exclusivo do Brasil. A cachaça deve apresentar teor alcoólico entre 38 a 48% em volume, à temperatura de 20 ºC sendo esta denominação típica e exclusiva da Aguardente de Cana produzida no Brasil (BRASIL, 2009). Por meio do armazenamento da cachaça em recipientes de madeira pode-se otimizar os atributos sensoriais desse produto, sendo uma bebida muito apreciada pelo aroma e sabor característicos (CARDELLO e FARIA,1998). 2 OBJETIVO 2.1. Objetivo Geral ● Determinar densidade relativa de destilado de cana-de-açúcar. 2.2. Objetivos específicos ● Determinar teor alcoólico da bebida; ● classificar a bebida segundo a legislação vigente. 3 METODOLOGIA 3.1. Materiais Balança analítica, termômetro, dessecador, picnômetro de 50 mL, álcool e éter. 3.2. Procedimento Os picnômetros foram lavados e enxaguados com álcool e com éter, sendo, posteriormente, colocados em dessecador e pesados. Encheu-se os picnômetros com água a 20ºC e pesados. O mesmo procedimento foi realizado com as amostras. Anotou-se os dados. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados da caracterização físico-química das amostras estão demonstradas na Tabela 1. Tabela 1. Caracterização das amostras em relação aos parâmetros de densidade relativa e teor alcoólico. Amostras Densidade relativa Teor alcoólico % (v/v) DR destilado aula 0,93279 49,5 DR51 destilada 0,93978 38,4 DR51 normal 0,94607 42,2 As amostras apresentaram valores de densidade relativa com variação de 0,93279 a 0,94607. Se enquadrando no estudo de Leite et al. (2017) com aguardentes artesanais de cana-de-açúcar produzidas no Rio Grande do Norte encontraram valores de densidade relativa que variaram entre 0,9309 e 0,9529. A legislação brasileira que estabelece os Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) para aguardente de cana-de-açúcar e cachaça (BRASIL, 2005) não apresenta padrão para o parâmetro de densidade relativa. As amostras apresentaram valores de teor alcoólico com variação de 38,4 a 49,5% (v/v). Desse modo as amostras DR51 destilada e DR51 normal são classificados como cachaça pois a legislação estabelece valor de 38 a 48%(v/v) para se classificado como cachaça. Já a amostra DR destilado aula se enquadra na classificação de aguardente de cana-de-açúcar uma vez que apresenta teor alcoólico dentro do estabelecido em legislação que estabelece valor de 38 a 54% (v/v). Os valores de teor alcoólico das amostras DR51 destilada e DR51 normal vai de encontro com os de Viana (2016) que, em seu estudo, encontrou valores de teor alcoólico em cachaça que variaram entre 37,26 a 45,82% (v/v). Todavia a amostra DR destilado aula não enquadra com o estudo do perfil físico-químico de aguardente de cana-de-açúcar realizado por Alcarde et al. (2009), que encontrou valores para teor alcoólico de 42,16% (v/v) para aguardente de cana-de-açúcar obtida por monodestilação. 5 CONCLUSÃO A realização desta prática possibilitou obter resultados satisfatórios ao aprendizado da metodologia de determinar densidade relativa, além de possibilitar o conhecimento sobre a importância da análise de cachaça e a aguardente de cana-de-açúcar, principalmente para a manutenção de produtos confiáveis e boa qualidade. A partir das análises e dos resultados e baseado na legislação que estabelece que cachaça deve apresentar teor alcoólico entre 38 a 48% em volume sendo a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, e aguardente de cana-de-açúcar valor de 38 a 54% em volume, ambas à temperatura de 20 ºC. Desse modo pode-se dizer que as amostras DR51 destilada e DR51 normal são classificados como cachaça. Já a amostra DR destilado aula se enquadra na classificação de aguardente de cana-de-açúcar. REFERÊNCIAS ALCARDE, A. R. et al. Perfil físico-químico de aguardente de cana-de-açúcar produzida por metodologias de dupla destilação em alambique simples. Revista Alimentos e Nutrição, v. 20, n. 3, p. 499-506, 2009. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 13, de 29 de junho de 2005. Aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade para aguardente de cana e cachaça. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 30 de junho de 2005. BRASIL. Decreto nº 6.871, de 4 de junho de 2009. Dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblio teca-de-normas-vinhos-e-bebidas/decreto-no-6-871-de-4-de-junho-de-2009-1.pdf>. Acesso em 26 de setembro de 2019. CARDELLO, H. M. A. B.; FARIA J. B. Modificações físico-químicas e sensoriais de aguardente de cana durante o envelhecimento em tonel de carvalho (Quercus alba L.). Boletim do Centro de Pesquisa e Processamento de Alimentos, v.15, n°2 p.87-100, 1997. Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC). Mercado Interno. 2019. Disponível em: <http://www.ibrac.net/index.php/servicos/estatisticas/mercado-interno>. Acesso em 26 de setembro de 2019. LEITE, J. J. R. et al. Caracterização físico-química de aguardentes de cana-de-açúcar produzidas no Rio Grande do Norte. R. bras. Tecnol. Agroindustr., Ponta Grossa, v. 11, n. 1: p. 2297-2313, jan./jun. 2017. VIANA, E. J. Diagnóstico da cadeia produtiva e avaliação físico-química de cachaças do estado da Bahia. 2016. 83 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Ciência de Alimentos, Área de Concentração em Ciência de Alimentos) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Itapetinga, BA, 2016. http://www.agricultura.gov.br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/decreto-no-6-871-de-4-de-junho-de-2009-1.pdfhttp://www.agricultura.gov.br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/biblioteca-de-normas-vinhos-e-bebidas/decreto-no-6-871-de-4-de-junho-de-2009-1.pdf ANEXO - CÁLCULOS REALIZADOS ● Densidade Relativa DR = m(am) − m(pic)m(água) − m(pic) DR= densidade relativa m(am)= massa do picnômetro com amostra m(pic)= massa do picnômetro m(água)= massa do picnômetro com água DR destilado aula = ⇨ 0,93279 ⇨ 49,5%v.v78,526 − 27,357 75,087 − 27,357 DR51 destilada = ⇨ 0,95229 ⇨ 38,4%v.v78,133 − 27,550 75,720 − 27,550 DR51 normal = ⇨ 0,94607 ⇨ 42,2%v.v79,612 − 28,989 76,882 − 28,989
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