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Prova de G H Redação Discursivas

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Nome: Wellington Gomes Xavier 
Curso: Gestão Hospitalar 
Data: 29/02/2020
AVALIAÇÃO
DISCURSIVA DE REDAÇÃO
Prova discursiva
Texto para as questões de 1a 3:
Família tem de ser careta
Esperando uma reação de espanto ou contrariedade ao título acima, tento explicar: acho, sim, que família deve ser careta, e que isso há de ser um bem incomparável neste mundo tantas vezes fascinante e tantas vezes cruel. Dizendo isso não falo em rigidez, que os deuses nos livrem dela. Nem em pais sacrificiais, que nos encherão de culpa e impedirão que a gente cresça e floresça. Não penso em frieza e omissão, que nos farão órfãos desde sempre, nem em controle doentio – que o destino não nos reserve esse mal dos males. Nem de longe aceito moralismo e preconceito, mesmo (ou sobretudo) disfarçado de religião, qualquer que seja ela, pois isso seria a diversão maior do demônio.
Falo em carinho, não castração. Penso em cuidados, não suspeita. Imagino presença e escuta, camaradagem e delicadeza, sobretudo senso de proteção. Não revirar gavetas, esvaziar bolsos, ler e-mails, escutar no telefone, indignidades legítimas em casos extremos, de drogas ou outras desgraças, mas que em situação normal combinam com velhos internatos, não com família amorosa. Falo em respeito com a criança ou o adolescente, porque são pessoas, em entendimento entre pai e mãe – também depois de uma separação, pois naturalmente pessoas dignas preservam a elegância e não querem se vingar ou continuar controlando o outro por meio dos filhos.
	
Interesse não é fiscalizar ou intrometer-se, bater ou insultar, mas acompanhar, observar, dialogar, saber. Vejo crianças de 10, 11 anos freqüentando festas noturnas com a aquiescência de pais irresponsáveis, ou porque os pais nem ao menos sabem onde elas andam. Vejo adolescentes e pré-adolescentes embriagados fazendo rachas alta noite ou cambaleando pela calçada ao amanhecer, jogando garrafas em carros que passam, insultando transeuntes – onde estão os pais?
Como não saber que sites da internet as crianças e os jovenzinhos freqüentam, com quem saem, onde passam o fim de semana e com quem? Como não saber o que se passa com eles? Sei de meninas, quase crianças, parindo sozinhas no banheiro, e ninguém em casa sabia que estavam grávidas, nem mãe nem pai. Elas simplesmente não existiam, a não ser como eventual motivo de irritação.
Não entendo a maior parte das coisas solitárias e tristes que vicejam onde deveria haver acolhimento, alguma segurança e paz, na família. Talvez tenhamos perdido o bom senso. Não escutamos a voz arcaica que nos faria atender as crias indefesas – e não me digam que crianças de 11 anos ou adolescentes de 15 (a não ser os monstros morais de que falei na crônica anterior) dispensam pai e mãe. Também não me digam que não têm tempo para a família porque trabalham demais para sustentá-la. Andamos aflitos e confusos por teorias insensatas, trabalhando além do necessário, mas dizendo que é para dar melhor nível de vida aos meninos. Com essa desculpa não os preparamos para este mundo difícil. Se acham que filho é tormento e chateação, mais uma carga do que uma felicidade, não deviam ter tido família. Pois quem tem filho é, sim, gravemente responsável. Paternidade é função para a qual não há férias, 13º, aposentadoria. Não é cargo para um fiscal tirano nem para um amiguinho a mais: é para ser pai, é para ser mãe.
É preciso ser amorosamente atento, amorosamente envolvido, amorosamente interessado. Difícil, muito difícil, pois os tempos trabalham contra isso. Mas quem não estiver disposto, quem não conseguir dizer "não" na hora certa e procurar se informar para saber quando é a hora certa, quem se fizer de vítima dos filhos, quem se sentir sacrificado, aturdido, incomodado, que por favor não finja que é mãe ou pai. Descarte esse papel de uma vez, encare a educação como função da escola, diga que hoje é todo mundo desse jeito, que não existe mais amor nem autoridade... e deixe os filhos entregues à própria sorte.
Pois, se você se sentir assim, já não terá mais família nem filhos nem aconchego num lugar para onde você e eles gostem de voltar, onde gostem de estar. Você vive uma ilusão de família. Fundou um círculo infernal onde se alimentam rancores e reina o desamparo, onde todos se evitam, não se compreendem, muito menos se respeitam.
Por tudo isso e muito mais, à família moderninha, com filhos nas mãos de uma gatinha vagamente idiotizada e um gatão irresponsável, eu prefiro a família dita careta: em que existe alguma ordem, responsabilidade, autoridade, mas também carinho e compreensão, bom humor, sentimento de pertença, nunca sujeição.
É bom começar a tentar, ou parar de brincar de casinha: a vida é dura e os meninos não pediram para nascer.
Retirado de Revista Veja
Aquiescência – consentimento.
Arcaica – antiquada.
Aturdido – atordoado.
Rigidez – severidade.
Sacrificial – que se sacrifica.
Sentimento de pertença – sentimento de pertencer.
Sujeição – submissão.
Transeunte - passante, aquele(a) que passa.
Vicejar – brotar.
1. Tese é a central de uma dissertação que deve ser defendida por meio de argumentos. Qual é a tese sustentada por Lya Luft em seu texto?
Resposta: A tese Sustentada por Lya Luft é que a família deve dialogar, definir regras e limite , mas sem ser severa em excesso .
2- Depois de expor sua tese, a autora passa a defendê-la por meio da argumentação. Cite, nas linhas abaixo, um dos argumentos empregados por ela.
Resposta: Não. Dizendo isso não falo em rigidez, que os deuses nos livrem dela. Nem em pais sacrificiais, que nos encherão de culpa e impedirão que a gente cresça e floresça. Não penso em frieza e omissão, que nos farão órfãos desde sempre, nem em controle doentio – que o destino não nos reserve esse mal dos males. Nem de longe aceito moralismo e preconceito, mesmo (ou sobretudo) disfarçado de religião, qualquer que seja ela, pois isso seria a diversão maior do demônio.
3- Para argumentar, é possível citar exemplos que enriquecem a defesa da tese. Transcreva, do texto lido, um trecho em que Lya Luft utilizou esse recurso.
Resposta: Vejo crianças de 10, 11 anos frequentando festas noturnas com a aquiescência de pais irresponsáveis, ou porque os pais nem ao menos sabem onde elas andam. Vejo adolescentes e pré-adolescentes embriagados fazendo rachas alta noite ou cambaleando pela calçada ao amanhecer, jogando garrafas em carros que passam, insultando transeuntes 
Texto para as questões de 4 e 5:
Leia o parágrafo que segue, transcrito de um texto do historiador de arte Jorge Coli.
Os artistas são livres, os artistas devem ser livres. Resta o fato de que nem sempre a repressão e a censura, as pressões e as diretivas, impediram o surgimento de grandes obras de arte. Puderam mesmo ser um estímulo criador. Salvador Dalí costumava dizer que o período áureo da pintura espanhola, o século 17, do absolutismo e da Inquisição, foi o de um Estado tirânico, opressivo, obsessivamente controlador. Com seu espírito de provocação, afirmava que o lugar melhor para as artes do século 20 seria a União Soviética de Stálin: pena porém que os russos não tivessem boa tradição de pintores... É verdade que nada impediu os soviéticos de produzirem algumas dentre as maiores obras-primas do cinema e da música. É verdade também que, em Hollywood, o código Hays, durante decênios impondo o número de minutos que um beijo podia durar ou proibindo a exibição dos umbigos na tela, em meio a um sem-fim de regras perversas, estimulou a imaginação de diretores. Para não tropeçar no moralismo imbecil, eles eram obrigados a encontrar soluções maravilhosas, que não teriam existido sem aquela legislação puritana. A questão da liberdade nas artes é antes ética que estética. 
Jorge Coli. As convicções do artista. Folha de S.Paulo, 25/5/2003. 
Código Hays: código de ética proposto nos anos de 1930 pelo líder republicano norte-americano Will H. Hays, que proibia que os filmes tratassem de temas polêmicos e exibissem cenas fortes ou imorais.
Os três primeiros períodos do parágrafo constituem o tópico frasal, propondoa ideia central, que é comprovada pela argumentação.
4 - Sintetize a ideia central do parágrafo.
Resposta: Ainda que a liberdade seja importante para o artista, a censura e outros gêneros de pressão podem ser estimulantes para ele. 
5 - Que tipo de argumento é empregado no parágrafo para expandir e comprovar a ideia-chave?
 Resposta: O parágrafo apresenta exemplos de que a arte, sob censura, pode florescer: a arte no século XVII, o cinema e a música na União Soviética de Stálin e o cinema sob censura moral do código Hays.
6 - Crise e Ciência
Crise é fundamental em ciência; sem crise não há progresso, apenas estagnação. Quando investigamos como a ciência progride na prática, vemos que é aos trancos e barrancos: os cientistas não têm sempre todas as respostas na ponta da língua. O processo criativo de um cientista pode ser bem dramático, muitas vezes envolvendo a agonia da dúvida e, em alguns casos, o êxtase da descoberta. Vista sob esse prisma, a ciência não está assim tão distante da arte.
Na maioria das vezes, as crises nas ciências naturais são criadas por experiências realizadas em laboratórios ou por observações astronômicas que simplesmente não se encaixam nas descrições e teorias da época: novas ideias são necessárias, ideais essas que, às vezes, podem ser revolucionárias. Em geral, revolução em ciência implica novas e inesperadas concepções da realidade, chocantes a ponto de intimidar os próprios cientistas.
(GLEISER, Marcelo. Folha de São Paulo, 26/05/2002.)
Crise é fundamental em ciência; (linha 1)
A tese do físico Marcelo Gleiser é enunciada logo no início do primeiro parágrafo. Ele sustenta essa tese, com fatos, no segundo parágrafo.
Demonstre, elaborando uma frase completa, como esses fatos sustentam a tese defendida pelo autor.
Resposta: Necessidade de novas ideias que por sua vez podem transformar o mundo.
Texto para as questões de 7 a 10:
Na aurora dos anos sessenta, Júlio Cortázar anunciou o fim da leitura e o desaparecimento dos leitores, num mundo de tal forma saturado de escrita que os livros deixam de ser palavras que circulam: são só objetos que entulham o espaço.
É verdade que as leituras, ou ainda, as não-leituras de alguns nunca contribuíram tanto para que outros escrevessem: discursos de jornalistas, pedagogos ou políticos prescrevendo como salvar o que ainda pode ser salvo; discursos de historiadores, sociólogos e semiólogos analisando o que se lê, de que forma se lê ou não se lê, para compreender como se chegou a esse ponto. E mesmo quando procuram se distanciar de seu objeto, os trabalhos científicos sobre a leitura fazem parte dos universos que estudam. Quaisquer que sejam seus temas, métodos e conclusões, tais trabalhos constituem a maior prova de que o gesto de ler, indissociável do ingresso na modernidade cultural, perdeu sua transparente evidência.
Hoje, as grandes esperanças ligadas a uma divisão igualitária do ler parecem decepcionantes e os debates públicos soam como uma queixa unânime (“não se lê mais!”), denunciando uma moléstia social inaceitável que atinge tanto os grevistas iletrados e as crianças que fracassam na escola como os dirigentes de empresas das nossas sociedades técnicas.
Anne-Marie Chartier e Jean Hébrard. Discursos sobre a leitura – 1880-1980.
7 - No parágrafo introdutório do texto, com quais recursos dissertativos os autores procuram envolver o leitor na discussão que apresentam?
Resposta: Os autores procuram envolver o leitor na discussão que apresentam, delimitando o tema e o ponto de vista a ser defendido: a crise da leitura no mundo moderno, associada à saturação da escrita.
8 - Que tipo de argumentação alicerça o segundo parágrafo do texto? Com que finalidade?
Resposta: No segundo parágrafo, com a finalidade de desenvolver as ideias apresentadas na introdução, os autores enumeram diversos discursos sobre leitura provocados 
exatamente pela falta de leitores e assim justificam por meio de exemplos a tese 
apresentada. 
 
9 - Em que sentido o terceiro parágrafo apresenta coesão e coerência em relação aos anteriores?
 Resposta: Na medida em que a presentam a conclusão, reafirmando a tese ou o ponto de vista apresentado e desenvolvido argumentativamente, os autores ao mesmo tempo retomam (coesão) e generalizam (coerência com o contexto dissertativo) suas afirmações.
10 -Por quais razões podemos afirmar que o texto lido constitui uma dissertação clássica?
Resposta: Podemos afirmar que o texto lido constitui uma dissertação clássica porque ele se estrutura em três parágrafos, que apresentam a seguinte configuração: o primeiro 
parágrafo introduz o tema, delimitando o ponto de vista a ser defendido, no segundo 
aparecem os argumentos que o sustentam e, finalmente, no terceiro, há uma conclusão, 
que reafirma e generaliza o que foi colocado.

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