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Influências das Propriedades Físico QF online unip

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Influências das Propriedades Físico-Químicas na Ação dos Fármacos
 •A atividade de fármacos está diretamente relacionada com os mecanismos de absorção, distribuição e atividade intrínseca
•Para que os fármacos atuem é necessário que se dissolvam, atravessem membranas biológicas e alcancem os seus sítios de ação
•Fármacos são, em geral, ácidos ou bases fracas cujas formas neutra e ionizada se mantém em equilíbrio quando em solução
 
Solubilidade
•A forma neutra, mais lipossolúvel, é absorvida por difusão através das membranas e depende do seu coeficiente de partição
 
 
•A forma ionizada é absorvida por processo ativo e tem sua distribuição condicionada ao seu pKa e ao pH do meio
Coeficiente de Partição
•        Mede a hidrofobicidade da molécula como um todo
•        É considerado o parâmetro mais importante em estudos de permeação e de relações estrutura – atividade
•        É a razão entre concentrações de uma substância, em condições de equilíbrio, em um sistema bifásico constituído por uma fase orgânica e uma fase aquosa
•        P = [fase orgânica] / [fase aquosa]
•        O sistema preferencial para determinação do coeficiente de partição, P, para emprego em estudos de QSAR/SAR é o sistema 1-octanol : tampão fosfato pH 7,4
 
Estereoquímica:
Propriedade relacionada diretamente à interação fármaco-receptor, as configurações enantioméricas R e S e suas misturas racêmicas frente a ação biológica.
 Propriedades físico-químicas e atividade biológica
As propriedades físico-químicas de determinados grupamentos funcionais são fundamentais na fase farmacodinâmica da ação dos fármacos, etapa esta, de reconhecimento molecular, uma vez que a afinidade de um fármaco por seu receptor depende do somatório das forças de interação dos grupamentos farmacofóricos com sítios complementares do sitio receptor.
A fase farmacocinética, de absorção, distribuição, metabolização e excreção, apresentam resultados diretos sobre a biodisponibilidade e no tempo de meia-vida (t 1/2) do fármaco na biofase, também pode ser afetada de forma drástica pela variação das propriedades físico-químicas de um fármaco.
As principais propriedades físico-químicas de uma micromolécula capazes de alterar o perfil farmacoterapêutico são:
• Coeficiente de partição – expressa a lipofilicidade relativa das moléculas.
• Coeficiente de ionização – expresso pelo valor de pKa, que traduz o grau de contribuição relativa de espécies ionizada e não ionizada.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com certificado 
https://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/39786/propriedades-fisico-quimicas-e-atividade-biologica#ixzz3YpA8ZVgs
 
CONTROLE DE QUALIDADE 
E  PROPRIEDADES  FÍSICO-QUÍMICAS
As propriedades físico-químicas da molécula de um fármaco são determinantes no que diz respeito à sua capacidade de induzir um efeito biológico particular. Isto implica que existe uma relação entre as propriedades físico-químicas do fármaco e sua atividade biológica.
                                                                                            E.J. Ariens
I. FATORES RELACIONADOS COM A ATIVIDADE BIOLÓGICA
A complexidade dos sistemas biológicos e a série de fenômenos que ocorrem desde que o fármaco, na dose adequada, é introduzido no organismo até a sua interação final com um receptor específico ou tecidos organizados em que se inicia o estímulo desejado é que torna a Farmacologia Molecular um área de pesquisa fecunda e que tem relações diretas com o Controle de Qualidade.
Entrevê-se, daí, que nos processos de absorção dos fármacos e sua passagem através de membranas biológicas, na ligação deles com as proteínas plasmáticas, na sua distribuição pelos vários compartimentos do organismo e na velocidade desta distribuição, na sua concentração num local determinado, no seu metabolismo, na sua interação entre si e com os sistemas biológicos e na sua excreção devem influir três grupos de fatores :
1.  As propriedades físico-químicas: solubilidade, coeficientes de partição, grau de ionização, tensoatividade.
2. A estrutura química: ressonância, efeitos indutivos, isosterismo, potenciais de oxidação-redução, tipos de ligações químicas, quelação, distribuição eletrônica, absorção de luz.
3.  A conformação espacial: fatores dimensionais, distâncias interatômicas entre grupos funcionais, estereoquímica.
Várias tentativas para obter fármacos dotados de alta seletividade por certos sítios do organismo vêm sendo relativamente bem sucedidas. Os meios mais empregados para isso são a modificação molecular e a formulação farmacêutica.
Por outro lado, estudam-se com interesse crescente as interações entre fármacos, não só para descobrir as incompatibilidades entre eles mas também para alterar a ação dos mesmos no sentido desejado.
(Fonte: Andrejus Korolkovas - Fundamentos de Farcologia Molecular - EDUSP)
FATORES QUE AFETAM
A  DISSOLUÇÃO E A  ABSORÇÃO DE FÁRMACOS
(autores * SÍLVIA STORPIRTIS1,2; RAQUEL MARCOLONGO1; FERNANDA S. GASPAROTTO1; CRISÁLIDA M. VILANOVA)
IMPORTÂNCIA NO CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS
O teste de dissolução é uma ferramenta muito importante na indústria farmacêutica, tanto no desenvolvimento de produtos quanto no Controle de Qualidade de rotina.
 
A dissolução pode ser definida de forma simplificada como o processo pelo qual um fármaco é liberado de sua forma farmacêutica e se torna disponível para ser absorvido pelo organismo.
 
Apesar de ter sido inicialmente desenvolvido para formas farmacêuticas sólidas, nos últimos anos
o teste de dissolução vem sendo aplicado também a formas não sólidas, como suspensões, adesivos transdérmicos, supositórios e outras. 
 
Recentemente, com a discussão em torno dos medicamentos genéricos outros empregos do ensaio
de dissolução tornaram-se importantes, principalmente no contexto da intercambialidade entre os  genéricos e os medicamentos de referência.
 
A comparação de perfis de dissolução, por exemplo,é fundamental para evitar que todas as
dosagens de um mesmo produto sejam submetidas a estudos de bioequivalência. 
 
A legislação brasileira, seguindo uma tendência regulatória internacional, incorporou aspectos
relativos à qualidade, que inclui dissolução, a sua regulamentação técnica atual, sendo que hoje
a comprovação da qualidade é essencial para a obtenção de um registro de medicamento.
O processo de absorção pode ser modulado pela velocidade de dissolução do fármaco nos líquidos do trato gastrintestinal (Shargel & Yu, 1999). Entre os fatores que podem alterar a desagregação da forma farmacêutica e a dissolução do fármaco destacam-se:
1. Processo de obtenção do fármaco e suas propriedades físicoquímicas
A existência de polimorfismo pode influenciar a biodisponibilidade, a estabilidade química e física do fármaco e ter implicações no desenvolvimento e estabilidade da forma farmacêutica, levando-se em consideração as alterações ocorridas nas características dos cristais (Arancíbia & Pezoa, 1992).
Define-se  polimorfismo como a propriedade que certas substâncias apresentam de cristalizar sob distintas formas cristalinas, quimicamente idênticas, mas com diferentes propriedades físicas (ponto de fusão, solubilidade). Tal fato decorre das condições empregadas na síntese e purificação da substância, dependendo, por exemplo, do tipo de solvente utilizado e da temperatura da reação (Cárcamo, 1992; Ritschel & Kearns, 1999; Ansel et al., 2000; Martin & Viladrosa, 2000; Vippagunta et al., 2000).
Dois polimorfos de um mesmo composto podem ser tão diferentes em estrutura cristalina e propriedades como dois compostos distintos, sendo que essas diferenças manifestam-se enquanto o fármaco está em estado sólido, ou seja, uma vez obtida a solução as diferentes formas não podem mais ser distinguidas (Martin & Viladrosa, 2000; Vippagunta et al., 2000).
Portanto, podem ser esperadas diferenças na ação do fármaco, em termos farmacológicos e terapêuticos devido à presença de polimorfos em formas farmacêuticas sólidas, assim como em suspensões líquidas (Ansel et al., 2000; Martin & Viladrosa, 2000).Outro fator importante é que o polimorfo menos estável tende a se transformar no polimorfo mais estável (transição polimórfica), o que pode ocorrer em função do tempo e da temperatura de armazenamento, do tipo de processo de compressão utilizado e da redução do tamanho de partículas (Shargel & Yu, 1999; Ansel et al., 2000)
Caso no momento da formulação não seja verificado qual será o polimorfo utilizado, pode-se obter um produto ineficaz devido ao comprometimento da dissolução do fármaco e, conseqüentemente, de sua biodisponibilidade. Estas questões tem importância destacada no Controle de Qualidade de medicamentos.
Outro aspecto a ser considerado, e que enfatiza a importância do controle da rota de síntese de substâncias de interesse farmacológico, é o
· comportamento estereoquímico das moléculas.
 Grande parte das moléculas biológicas é quiral, sendo isoladas normalmente como um único estereoisômero (Shargel & Yu, 1999). Quirais são moléculas de composição química idêntica, mas que não são sobreponíveis com sua imagem no espelho. A maior parte das rotas de síntese empregadas atualmente dá origem a racematos, ou seja, uma mistura de estereoisômeros, pelo fato de serem rotas menos complexas em termos tecnológicos. Aparentemente, essa diferença é irrelevante.
Entretanto, tais compostos podem apresentar atividades biológicas distintas ou diferenças significativas em relação à intensidade da ação farmacológica (Lima, 1997). Outros fatores ligados às propriedades físico-químicas do fármaco também devem ser considerados :
· tamanho das partículas:
com a redução do tamanho das partículas do fármaco obtém-se maior área superficial do sólido em contato com o meio de dissolução, resultando em maior velocidade de dissolução (Ansel et al., 2000; Martin & Viladrosa, 2000).
·  higroscopicidade:
as formas anidras dos fármacos apresentam atividade termodinâmica maior em relação aos seus hidratos correspondentes e, conseqüentemente, maior solubilidade e velocidade de dissolução em relação às formas hidratadas (Abdou, 1989).
·  solubilidade:
somente o fármaco dissolvido nos líquidos do trato gastrintestinal pode ser absorvido, o que requer determinada hidrossolubilidade; entretanto, o fármaco deve apresentar também certa lipossolubilidade para atravessar as membranas biológicas que são de natureza lipo-protéica; os compostos relativamente insolúveis têm absorção incompleta ou irregular (Shargel & Yu, 1999).
 
 
2. Natureza dos excipientes que compõem a formulação
Os excipientes presentes em uma formulação farmacêutica podem afetar a dissolução do fármaco e, conseqüentemente, a velocidade e quantidade pelas quais o mesmo estará disponível para ser absorvido (Gibaldi, 1991). Tal fato ressalta a importância da avaliação do impacto das alterações efetuadas na formulação, após o registro do medicamento, em relação ao perfil de dissolução do fármaco contido em formas farmacêuticas sólidas, o que, muitas vezes, pode requerer a realização de novo teste de bioequivalência (Brasil, 2003c).
Alguns componentes das formulações, como amido e outros desintegrantes tendem a favorecer a dissolução. Outros como o talco e o estearato de magnésio, que atuam como deslizante e lubrificante, respectivamente, dificultam a dissolução e devem ser adicionados em quantidades mínimas (Gibaldi, 1991).
Também são importantes, no caso de comprimidos revestidos e drágeas, as diferenças no tipo e composição do revestimento, uma vez que há vários polímeros atualmente disponíveis comercialmente e empregados para exercer distintas funções, desde a gastro-resistência até a formação de matrizes que modulam a liberação do fármaco. Esses fatores afetam diretamente os processos de desagregação do medicamento nos líquidos do trato gastrintestinal, influenciando a dissolução e, conseqüentemente, a absorção do fármaco (Storpirtis & Rodrigues, 1998; Manadas et al., 2002).
3. Tecnologia de fabricação
Os processos envolvidos na fabricação dos medicamentos também podem influenciar a dissolução e a biodisponibilidade. Comprimidos obtidos por compressão direta, granulação via seca ou via úmida podem apresentar comportamentos in vitro e in vivo diferentes. Aspectos como forma e condições de secagem do granulado, tempo de mistura ou agitação, velocidade e força de compressão também podem alterar significativamente o desempenho da forma farmacêutica no organismo (Manadas et al., 2002).
Nesse sentido, torna -se relevante destacar que com o aparecimento no mercado de excipientes com características especiais de compressibilidade, as empresas tendem a substituir o processo de granulação via úmida pela compressão direta. Entretanto, no caso de medicamentos já registrados e comercializados, essa alteração deve ser cuidadosamente avaliada quanto ao possível impacto nas características de dissolução e biodisponibilidade (Shargel & Yu, 1999).
 TEXTO ADAPTADO PARA OS PROPÓSITOS DA DISCIPLINA CONTROLE DE QUALIDADE II
(*) autores: SÍLVIA STORPIRTIS1,2; RAQUEL MARCOLONGO1; FERNANDA S. GASPAROTTO1; CRISÁLIDA M. VILANOVA1 1 Gerência de Medicamentos Genéricos - Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); 2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (silvia.storpirtis@anvisa.gov.br)

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