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CAMPUS JI-PARANÁ CURSO TÉCNICO INTEGRADO AO MÉDIO EM QUÍMICA QUÍMICA ANALÍTICA II CALIBRAÇÃO DE MATERIAIS VOLUMÉTRICOS DISCENTES: Camila Navarro de Souza, Mateus Carlos Batista, Ygor Castellan Santos. TURMA: 3°A Química. DOCENTE: Wilhan Donizete Gonçalves Nunes. Ji-Paraná, 17 de Março de 2020 1. INTRODUÇÃO Os materiais de laboratório usados para medições volumétricas devem ser calibrados ou aferidos, visando a obtenção de volumes precisos quando utilizados em análises e experimentos, tendo em vista que tal procedimento é imprescindível para a confiabilidade dos resultados finais. Tem-se como calibração: Operação que estabelece, sob condições especificadas, numa primeira etapa, uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informação para estabelecer uma relação visando a obtenção de um resultado de medição a partir de uma indicação. (INMETRO, 2012, p. 27) As vidrarias volumétricas devem ser adquiridas já validadas ou serem validadas pelo próprio laboratório, tendo em vista que essa certificação é primordial para a qualificação de qualquer método ou processo laboratorial (MORIWAKI; KIMURA, 2005). Dessa forma, a calibração destas garante que o volume desejado seja entregue de forma confiável durante os experimentos. O procedimento de calibração das vidrarias envolve a determinação de massa de água contida na vidraria ou ejetada por tal. Sequencialmente, é utilizado o valor da densidade da água na determinada temperatura em que ela se encontra e calcula-se o seu volume por meio da fórmula da densidade: ( -1) ➞ D = v m /mlg V = d m As operações de calibração devem ocorrer, no mínimo, em duplicata e a vidraria a ser calibrada deve estar cuidadosamente limpa e em equilíbrio térmico com o ambiente juntamente com um suprimento de água destilada ou deionizada utilizada no procedimento. O conhecimento da temperatura ambiente do laboratório é fundamental durante o momento em que as soluções e as vidrarias são manipuladas, uma vez que outro aspecto importante deve ser levado em consideração: a expansão volumétrica de ambos de acordo com a variação da temperatura a qual estão submetidos. 2. OBJETIVO 3. PARTE EXPERIMENTAL 3.1. MATERIAIS E REAGENTES Para a realização dessa prática de calibração de pipeta e balão volumétrico foram utilizados os seguintes materiais e reagentes: ● Água destilada; ● Balança analítica; ● Pêra de borracha; ● Pisseta; ● Termômetro; ● 1 balão volumétrico de 10,00 mL; ● 1 béquer de 250 mL; ● 1 pipeta volumétrica de 10,00 mL; ● 3 béqueres de 50 mL. 3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES PARTE A - Pipeta graduada Os volumes encontrados durante o procedimento de verificação da calibração dos aparelhos volumétricos foram obtidos a partir do cálculo da densidade da água. A temperatura da água destilada nos procedimentos realizados foi de 25 °C, utilizando assim uma densidade de 0,997044 g/mL-1. Conforme mostra a tabela 1. Tabela 1 – Densidade absoluta da água em várias temperaturas. T/°C Densidade (gm/L-1 ) T/°C Densidade (gmL-1 ) T/°C Densidade (gmL-1 ) 0 0,999841 10 0,999700 20 0,998203 1 0,999900 11 0,999605 21 0,997992 2 0,999941 12 0,999498 22 0,997770 3 0,999965 13 0,999377 23 0,997538 4 0,999973 14 0,999244 24 0,997296 5 0,999965 15 0,999099 25 0,997044 6 0,999941 16 0,998943 26 0,996783 7 0,999902 17 0,998774 27 0,996512 8 0,999849 18 0,998585 28 0,996232 9 0,999781 19 0,998405 29 0,995944 Posteriormente pesou-se o béquer seco de 50mL, com finalidade de se descobrir a massa do mesmo, após isso foi transferido os 10,00 mL da pipeta para o béquer e logo em seguida o béquer foi pesado a fim de se descobrir a massa da água contida no béquer. Esse procedimento foi realizado em triplicata, com três béqueres diferentes. Assim que foi pesado a massa dos béqueres vazios e a massa dos béqueres com a água, então para descobrir o valor da massa de água pesada, foi feito a subtração entre o valor da massa do béquer contendo a água com o béquer seco. Após obtermos a densidade da água e sua massa, calculou-se o seu volume, através da fórmula da densidade: Onde a densidade é o quociente entre a massa de um corpo e o volume por ele ocupado. ensidadeD = MassaV olume Sendo que o volume é dado em mL, a massa é dada em gramas (g) e a densidade em gmL-1. Esses valores foram preenchidos conforme mostra a tabela 2: Tabela 2 - Procedimento realizado na pipeta Massa do béquer seco de 50mL Massa do béquer com água Diferença de massa entre o béquer com água e o béquer seco Volume (mL) 01 29.5254 g 39.5227 g 9.9973 g 10.0269396336 02 32.5150 g 42.4829 g 9.9716 g 10.0011634391 03 31.4946 g 41.4662 g 9.9679 g 9.9974524695 Logo após, calculou-se o volume médio de líquido medido na pipeta. A média aritmética dos volumes é determinada pelo quociente entre a soma dos valores dos volumes e o número de vezes que o procedimento foi repetido. A média aritmética é dada pela fórmula: Substituindo os valores temos: média do volumex = 3 30.0255555422 = 0.00851851411 Erro Relativo O termo exatidão descreve a proximidade de um valor da média , com o valor verdadeiro. É expresso como erro, onde: rroE = x − μ Substituindo os valores temos: rro 0.008518 0.00 .008518E = 1 − 1 = 0 Um erro calculado dessa maneira é chamado de erro absoluto. Quando se quer comparar erros de quantidades diferentes é mais útil o uso do erro relativo que é calculado dividindo o erro absoluto pelo valor verdadeiro: O erro percentual é o erro relativo multiplicado por 100. elativor = μ erro 00× 1 Substituindo os valores temos: %elativor = 10 0.008518 00 .08518× 1 = 0 Desvio Médio Os desvios individuais são simplesmente a diferença, sem considerar o sinal, entre os valores experimentais e o valor médio. Substituindo os valores temos: m D = 3 0.0184211195 + 0.007355075 + 0.00110660446| | | | | | .0122807464 = 0 Variância Dado um conjunto de dados, a variância é uma medida de dispersão que mostra o quão distante cada valor desse conjunto está do valor central (médio). Quanto menor é a variância, mais próximos os valores estão da média; mas quanto maior ela é, mais os valores estão distantes da média. A variância é dada pelafórmula: Substituindo os valores temos: arV = 3 0.0003393376+0.0000540971+0.001224573 .000171964= 0 Desvio Padrão O desvio padrão s, é uma precisão mais útil da dispersão para um pequeno número de medidas e é calculado a partir da equação: Substituindo os valores temos: S = √0.000171964 .0131135045= 0 PARTE B - Balão Volumétrico Foi realizado da mesma maneira como o da pipeta, analisou-se a temperatura da água descobrindo sua densidade, conforme mostra a tabela 1. Pesou-se um balão volumétrico seco de 10 ml descobrindo sua massa que foi 14.2990g transferiu-se 10 ml de água que estavam na pipeta volumétrica para o balão volumétrico e foi pesado novamente descobrindo a massa do balão volumétrico mais a massa da água. Esse procedimento foi realizado em triplicata, utilizando o balão com o mesmo volume e massa. Para descobrir a massa da água foi feito a subtração entre o valor da massa do balão contendo a água com o balão seco. Conhecendo-se a massa e a densidade da água, calculou-se o volume do balão volumétrico pela equação: ensidadeD = MassaV olume Onde a densidade é o quociente entre a massa de um corpo e o volume por ele ocupado. Sendo que o volume é dado em mL, a massa é dada em gramas (g) e a densidade em gmL-1 . Esses valores foram preenchidos conforme mostra a tabela 3: Tabela 3 - Procedimento realizado no balão volumétrico. Massa do balão seco de 10 mL Massa do balão com água Diferença de massa entre o balão com água e o balão seco Volume (mL) 01 14.2990 g 24.2640 g 9.9650 g 9.9945438717 02 14.2990 g 24.3120 g 10.0130 g 10.0426861803 03 14.2990 g 24.2891 g 9.9901 g 10.0197182873 Logo após, calculou-se o volume médio de líquido medido no balão volumétrico, que obviamente foi calculado igual ao da pipeta. A média aritmética dos volumes é determinada pelo quociente entre a soma dos valores dos volumes e o número de vezes que o procedimento foi repetido. A média aritmética é dada pela fórmula: Substituindo os valores temos: média do volumex = 3 30.0569483393 = 0.01898277981 Erro Relativo O termo exatidão descreve a proximidade de um valor da média , com o valor verdadeiro. É expresso como erro, onde: rroE = x − μ Substituindo os valores temos: rro 0.0189827798 0.00 .0189827798E = 1 − 1 = 0 Um erro calculado dessa maneira é chamado de erro absoluto. Quando se quer comparar erros de quantidades diferentes é mais útil o uso do erro relativo que é calculado dividindo o erro absoluto pelo valor verdadeiro: O erro percentual é o erro relativo multiplicado por 100. elativor = μ erro 00× 1 Substituindo os valores temos: %elativor = 10 0.018982 00 .18982 × 1 = 0 Desvio Médio Os desvios individuais são simplesmente a diferença, sem considerar o sinal, entre os valores experimentais e o valor médio. Substituindo os valores temos: m D = 3 0.0244389081 + 0.0237034005 + 0.0007355075| | | | | | .0162926054 = 0 Variância Dado um conjunto de dados, a variância é uma medida de dispersão que mostra o quão distante cada valor desse conjunto está do valor central (médio).Quanto menor é a variância, mais próximos os valores estão da média; mas quanto maior ela é, mais os valores estão distantes da média. A variância é dada pela fórmula: Substituindo os valores temos: arV = 3 0.0005972602+0.0005618512+0.000000541 .0003865508 = 0 Desvio padrão O desvio padrão, s, é uma precisão mais útil da dispersão para um pequeno número de medidas e é calculado a partir da equação: Substituindo os valores temos: S = √0.0003865508 .0196608952 = 0 Tabela 4 - Desvio padrão de vidrarias volumétricas. Volume (mL) Pipeta Balão Volumétrico 0,5 ± 0,0006 1 ± 0,0006 ± 0,02 2 ± 0,0006 ± 0,02 3 ± 0,01 4 ± 0,01 5 ± 0,01 ± 0,02 10 ± 0,02 ± 0,02 15 ± 0,03 20 ± 0,03 25 ± 0,03 ± 0,03 50 ± 0,05 ± 0,05 100 ± 0,08 ± 0,08 Analisando a tabela 4 percebe-se que a pipeta volumétrica está calibrada pois obteve-se uma diferença de 0,013 mL no resultado final, sendo que essa pipeta tem uma tolerância de até ± 0,02 mL. De acordo com os resultados apresentados na tabela 4, percebe-se que o balão volumétrico está calibrado, pois o volume de tolerância para esse balão é de ± 0,02, e o volume obtido no procedimento foi de 0,019 mL. 5. CONCLUSÃO O procedimento experimental permitiu que a calibração de vidrarias volumétricas pudesse obter resultados mais precisos e exatos. Porém, os resultados obtidos raramente são 100% seguros visto que fatores internos e externos podem afetar a exatidão do experimento. Além disso, a prática foi de suma importância para aprender como é feita a calibração de vidrarias e para que serve a mesma, além disso pode-se concluir que nem todas as vidrarias são precisas e que nem todas as medidas marcadas são exatas. Por fim, foi aprendido que a verificação da calibração das vidrarias devem ser feitas periodicamente para que os resultados de pesquisas, análises e experimentos sejam o mais exato possível. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KIMURA, E.; MORIWAKI, C. Exatidão das vidrarias volumétricas e impacto sobre a quantificação de metoclopramida em solução oral. Arq Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, 9(2), mai./ago. p.117-120, 2005. SILVA, L. Aulas práticas da disciplina Química Analítica IV. Universidade Federal de Juiz De Fora, 2013. Vocabulário Internacional de Metrologia: Conceitos fundamentais e gerais e termos associados (VIM 2012). Duque de Caxias, RJ : INMETRO, 2012. 94 p.
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