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REQUERIMENTO-ADM-APOSENTADORIA-POR-IDADE-RURAL

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AO SR(A). GERENTE EXECUTIVO DA AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DE xxxxxxxxxx - xx
XXXXXXXXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXXXX, vem, por meio de seus procuradores, requerer a concessão de APOSENTADORIA POR IDADE RURAL, pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos:
I – DOS FATOS
O Requerente, nascido em 27 de junho de 1952, no município de Dilermando de Aguiar (carteira de identidade anexa) – Rio Grande do Sul, atualmente com 60 anos de idade, laborou na atividade rural desde criança, situação que permaneceu até o ano de 1978, quando celebrou contrato de trabalho no cargo de mecânico.
A partir de 1983 o Requerente voltou a se dedicar exclusivamente às atividades do campo, permanecendo nesta condição até hoje.
Destaca-se que as lides do campo foram exercidas em regime de economia familiar, juntamente com os seus pais e posteriormente com a esposa e o sogro, em terras de 4 hectares, situadas em Dilermando de Aguiar, com a plantação de arroz, aveia, soja, milho, e a criação de algumas cabeça de gado.
Nesse contexto, a partir da análise do presente caso, pode-se verificar que a renda auferida da atividade rural se qualifica indispensável ao sustento da família, o que demonstra a necessidade da concessão da aposentadoria por idade rural.
II – DO DIREITO
A pretensão do Requerente está fundamentada no art. 201, I, da Constituição Federal, e nos arts. 48 e 142 da Lei 8.213/91 (LBPS), encontrando-se presentes os requisitos exigidos para a concessão da aposentadoria rural por idade, a saber, atividade rural pelo período idêntico à carência do benefício e a idade de 60 anos para os homens.
Por outo lado, não é necessário que a prestação da atividade rural seja contínua, mas apenas que o segurado esteja trabalhando no campo no momento da aposentadoria, conforme preceitua o § 2º do art. 48 da lei 8.213/91.
Não obstante, a jurisprudência dominante vem reconhecendo que deverá ser aplicada a regra do “período de graça”, prevista no art. 15 da LBPS, que dispõe sobre a manutenção da qualidade de segurado após a cessação das contribuições previdenciárias. Tal entendimento encontra embasamento na vedação da adoção de critérios diferenciados para aposentadoria dos segurados rurais e urbanos, conforme disposto no art. 201, § 9º, da Constituição Federal.
Por outro lado, é necessário destacar que a jurisprudência firmou entendimento no sentido de que o desempenho de atividade urbana por outro membro do grupo familiar não descaracteriza, por si só, a condição de segurado especial, desde que comprovado que a atividade do campo era indispensável à subsistência da família:
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. REQUISITOS. ATIVIDADE RURAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE URBANA POR UM DOS MEMBROS DA FAMÍLIA. PESQUISA ADMINISTRATIVA. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. 1. É devido o reconhecimento do tempo de serviço rural, em regime de economia familiar, quando comprovado mediante início de prova material corroborado por testemunhas. 2. Implementado o requisito etário (55 anos de idade para mulher e 60 anos para homem) e comprovado o exercício da atividade agrícola por um período de cinco anos (art. 143 da Lei n. 8.213/91), é devido o benefício de aposentadoria por idade rural. 3. O fato de o marido da autora ser aposentado pela área urbana ou desempenhar atividade urbana não constitui óbice, por si só, ao enquadramento dela como segurada especial, desde que demonstrado nos autos que a indigitada remuneração não era suficiente para tornar dispensável o labor agrícola desempenhado pela esposa ou pelo núcleo familiar. Precedentes desta Corte. 4. Existindo conflito entre as provas colhidas na esfera administrativa e em juízo, deve-se optar, em princípio, por estas últimas, porquanto produzidas com todas as cautelas legais, garantindo a imparcialidade e o contraditório. 5. Preenchidos os requisitos exigidos pelo art. 273 do CPC - verossimilhança do direito alegado e fundado receio de dano irreparável -, é cabível a antecipação dos efeitos da tutela. (TRF4, AC 5004206-20.2010.404.7001, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Celso Kipper, D.E. 16/08/2012, grifos acrescidos).
EMENTA: PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE URBANA POR UM DOS MEMBROS DO NÚCLEO FAMILIAR. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. EMPREGADOR RURAL II-B. 1. "A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica a descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, desde que o pretendente ao benefício comprove o exercício da atividade de produção rural de modo habitual com potencialidade de comercialização, de modo a enquadrar-se na figura de segurado especial prevista no artigo 11, VII, da Lei 8.213/1991" (IUJEF 0004823-61.2007.404.7295, Turma Regional de Uniformização da 4ª Região, Relatora Luísa Hickel Gamba, DJ 7/04/2011) 2. A denominação de "empregador II-B" nos comprovantes de pagamento do Imposto Territorial Rural ou certificados de cadastro do INCRA, a teor do art. 1.º, II, "b", do Decreto-Lei n. 1.166/71, não descaracteriza, por si só, o regime de economia familiar. 3. Pedido de uniformização parcialmente provido, com remessa dos autos à Turma Recursal de origem para adequação. (, IUJEF 0027345-70.2009.404.7050, Turma Regional de Uniformização da 4ª Região, Relatora Ana Beatriz Vieira da Luz Palumbo, D.E. 27/07/2012, sem grifos no original).
Sendo assim, o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição percebido pela esposa do Requerente, no valor de apenas um salário mínimo, não é óbice à aposentadoria por idade rural do seu cônjuge, fato que, em conjunto com a prova material e testemunhal apresentada, torna imperiosa a concessão do benefício.
III – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer a concessão do benefício da APOSENTADORIA POR IDADE RURAL, a partir do agendamento do requerimento administrativo (09/07/2012).
Santa Maria, 09 de julho de 2012.
XXXXXXXXX
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