Buscar

Especializações da membrana plasmática

Prévia do material em texto

Especializações da membrana plasmática ou Junções célula-célula 
Diferentes tipos de junções intercelulares, incluindo plasmodesmos, junções 
impermeáveis(oclusivas), junções comunicantes e desmossomos. Além desses inclui-se: 
microvilosidades, cílios, flagelos, glicocálix e interdigitações. 
 
Introdução 
Se você estivesse construindo um edifício, que tipos de conexão você gostaria 
de colocar entre os ambientes? Em alguns casos, seria preferível que as 
pessoas pudessem andar de um ambiente para outro e, neste caso, você 
colocaria uma porta. Em outros casos, você gostaria de manter duas paredes 
contíguas firmemente unidas e, aí, você talvez precisasse colocar alguns 
parafusos fortes. Ainda em outros casos, você pode precisar garantir que as 
paredes estivessem firmemente vedadas – por exemplo, para impedir que água 
gotejasse entre elas. 
Acontece que as células enfrentam as mesmas questões quando estão 
organizadas em tecidos, próximas umas às outras. Elas devem colocar portas 
que as ligue diretamente às suas vizinhas? Elas precisam de pontos de solda 
entre elas e suas vizinhas para criar uma camada mais forte, ou talvez até formar 
vedações para impedir a passagem de água pelo tecido? As junções que servem 
para todas estas funções podem ser encontradas em células de diversos tipos, 
e aqui vamos ver cada uma delas separadamente. 
Plasmodesmata(Plasmodesmo) 
As células vegetais, cercadas por uma parede celular, não estão em contato 
umas com as outras em grandes áreas da membrana plasmática como as 
células animais. Entretanto, elas possuem junções especializadas chamadas 
de plasmodesmata (plasmodesma, no singular), onde canais ligam duas 
células, permitindo a troca citoplasmática entre elas. 
 
Imagem de duas células ligadas por uma plasmodesma, mostrando como os materiais podem ser transportados do 
citoplasma de uma célula para a próxima por meio da plasmodesma. 
 
As plasmodesmata são alinhadas com a membrana plasmática que é contínua 
com as membranas de duas células. Cada plasmodesma tem um segmento de 
citoplasma estendendo-se através dele, contendo um segmento ainda mais fino 
de retículo endoplasmático (não mostrado na figura acima). 
Moléculas menores que um certo tamanho (o limite de exclusão de tamanho) se 
movem livremente pelo canal plasmodesmático por difusão passiva. O limite de 
exclusão de tamanho varia dentre as plantas, e até dentre tipos celulares dentro 
de uma mesma planta. As plasmodesmata podem dilatar (expandir) de forma 
seletiva para permitir a passagem de certas moléculas grandes, como proteínas, 
embora esse processo seja pouco compreendido. 
Junções comunicantes 
Funcionalmente, as junções comunicantes nas células animais são muito 
parecidas com as plasmodesmata nas células vegetais: ambos são canais entre 
células vizinhas que permitem o transporte de íons, água, e outras 
substâncias^33cubed. Estruturalmente, entretanto, as junções comunicantes e 
as plasmodesmata são bem diferentes. 
Nos vertebrados, as junções comunicantes são formadas quando um conjunto 
de seis proteínas de membrana chamadas de conexinas formam uma estrutura 
alongada, em forma de rosca, chamada de conexon. Quando os poros, ou os 
"buracos de rosca", dos conexons de células animais adjacentes se alinham, um 
canal é formado entre as células. (Invertebrados também formam junções 
comunicantes de maneira similar, mas utilizam um conjunto de proteínas 
chamadas de inexinas.)^44start superscript, 4, end superscript 
 
Imagem das membranas plasmáticas de duas células unidas por junções comunicantes. No local onde os 
dois conexons das diferentes células se encontram, eles podem formar um canal indo de uma célula à outra. 
 
As junções comunicantes são importantes, especialmente, no músculo cardíaco: 
o sinal elétrico para se contrair viaja rapidamente entre as células musculares à 
medida que os íons passam através das junções comunicantes, permitindo que 
as células se contraiam juntas. 
Junções impermeáveis 
Nem todas as junções entra as células conectam os citoplasmas. Ao invés disso, 
as junções impermeáveis vedam o espaço entre duas células animais 
adjacentes. 
No local de uma junção impermeável, as células são unidas fortemente umas 
contra as outras por vários grupos individuais de junções impermeáveis 
chamadas claudins, cada uma das quais interage com um grupo parceiro na 
membrana da célula oposta. Os grupos são agrupados em fios que formam uma 
rede, com vários grupos de fios compondo junções mais fortes ^55start 
superscript, 5, end superscript. 
 
Imagem das membranas de duas células unidas por junções impermeáveis. As junções 
impermeáveis são como rebites, e estão organizadas em várias fitas que formam retas e 
triângulos. 
 
O objetivo das junções impermeáveis é impedir que escape líquido por entre as 
células, permitindo que uma camada de células (por exemplo, as que revestem 
um órgão) atuem como uma barreira impermeável. Por exemplo, as junções 
impermeáveis entre as células epiteliais revestindo sua bexiga impedem que a 
urina vaze para o espaço extracelular. 
Desmossomos 
As células animais também podem conter junções chamadas desmossomos, 
que agem como pontos de solda entre as células epiteliais adjacentes. Um 
desmossomo envolve um complexo de proteínas. Algumas destas proteínas se 
estendem através da membrana, enquanto outras ancoram a junção dentro da 
célula. 
As caderinas, proteínas de adesão especializadas, são encontradas nas 
membranas de ambas as células e interagem no espaço entre elas, mantendo 
as membranas juntas. Dentro da célula, as caderinas ligam a uma estrutura 
chamada placa citoplasmática (em vermelho na imagem à direita), que se liga 
aos filamentos intermediários e ajuda a ancorar a junção. 
 
Desmossomos ligam células adjacentes, assegurando que as células dos órgãos 
e tecidos em que se estendem, tais como a pele e o músculo cardíaco, 
permaneçam ligadas de forma ininterrupta. 
 
Microvilosidades 
 
 São projeções da membrana plasmática em formato digitiformes, 
estas projeções são sustentadas por microfilamentos de actina. As 
microvilosidades ampliam a superfície da membrana plasmática aumentando 
sua eficiência para as trocas com a cavidade ou o meio extracelular. Estão 
presentes nas células absortivas , como células epiteliais intestinais ou dos 
túbulos proximais dos rins. 
 Os microfilamentos que preenchem e sustentam tais especializações 
penetram profundamente no citoplasma, na base das projeções, interagindo com 
os demais elementos do citoesqueleto na região apical da célula. Essa 
concentração de citoesqueleto na lamina basal denominada trama terminal. 
 
 
 
Cílios e Flagelos 
 Os cílios e flagelos são flexíveis prolongamentos da membrana celular, 
que variam de comprimento e são formados por microtúbulos que possuem 
como proteína motora a dineína, o microtúbulo forma um feixe central chamado 
axonema, constituído de nove duplas de microtúbulos dispostos circularmente e 
dois microtúbulos centrais. O axonema é fixado por corpos basais à superfície 
celular, que apresenta a mesma forma do centríolo e funciona como um núcleo 
de montagem de microtúbulos flagelares. 
 
http://1.bp.blogspot.com/-bc3u5cq0f7M/TdK2uu_CFtI/AAAAAAAAADs/C5Lc8A3Mtpg/s1600/microvilosidade.jpg
 
 
Interdigitações 
As interdigitações realizadas pelas membranas plasmáticas de duas células 
pareadas são especializações de comunicação celular que têm como propósito 
ampliar a superfície de contato entre as células que as realizam. Não é incomum 
que esta região de membranas interdigitadas seja local de ocorrência de alguma 
junção. 
Podem ser descritas como evaginações e invaginações complementares para o 
interior do corpo de uma e de outra célula pareada. Seu local de ocorrência 
predominante é a região lateral das células em proximidade 
 
 
 
 
http://1.bp.blogspot.com/-SaiKDtf1jpQ/TdK3L8qlojI/AAAAAAAAAD0/oUfdQJY02fE/s1600/cilios.jpgGlicocálix 
O glicocálix são glicoproteínas presentes em todas as células do corpo humano. Uma de 
suas funções é servir como um identificador para o organismo sendo então importante 
para o organismo identificar células intrusas. 
Inclusive, transplantes, transfusões, entre outros, estão bastante ligados ao glicocálix. Os 
tipos sanguíneos do sistema ABO, por exemplo, apresentam glicocálix diferentes entre si, 
ou seja, o glicocálix do tipo A não é igual ao glicocálix do tipo B, ocorrendo então o 
estranhamento, o organismo não reconhece aquelas novas hemácias, ativa suas defesas.

Continue navegando