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ACIONAMENTOS ELÉTRICOS Profº Nayane Moura Neris Email: nayane.neris@unialfa.com.br Dispositivos Elétricos • Os dispositivos elétricos são componentes de um sistema automatizado que recebem os comandos do circuito elétrico, acionando as máquinas elétricas; • As chaves auxiliares botoeiras são comandadas manualmente e têm a finalidade de: - interromper ou estabelecer momentaneamente, por pulso, um circuito de comando para iniciar, interromper ou comandar um processo de automação. Dispositivos Elétricos • As botoeiras possuem cores definidas por normas de acordo com a sua função: - Vermelho: parar, desligar ou botão de emergência; - Amarelo: iniciar um retorno, eliminar uma condição perigosa; - Verde ou Preto: ligar, partida; - Branco ou Azul: qualquer função diferente das anteriores. Dispositivos Elétricos • Quanto à instalação, devem estar dispostas com espaçamento correto e padrão; • O botão “desliga” deve ficar abaixo do botão “liga” na posição vertical; • Na posição horizontal, o botão “desliga” geralmente está à direta do botão “liga”. Dispositivos Elétricos • Dispositivos de comando: elementos de comutação que permitem ou não a passagem da corrente elétrica entre um ou mais pontos do circuito; • Chave impulso (ou sem retenção): só permanece acionada mediante aplicação de força externa. Cessada a força, o dispositivo volta à posição inicial. Dentro das chaves existem dois tipos de contato: normalmente aberto e normalmente fechado. Dispositivos Elétricos • Contato normalmente aberto (NA): - Sua posição em estado natural é aberta; - Permanece aberto até que seja aplicada uma força externa; - Também é freqüentemente chamado, na maioria das aplicações industriais, de contato NO (do inglês: normally open). Dispositivos Elétricos • Contato normalmente aberto (NA): - Contatos de alta capacidade de corrente de comutação são chamados de contatos de carga, contatos de força ou contatos principais; - São aplicados em ramais de motores ou de cargas, com altas intensidades de corrente elétrica. Dispositivos Elétricos • Contato normalmente aberto (NA): - Os contatos a serem usados nos próprios comandos são chamados auxiliares; - Suportam baixas intensidades de corrente, e não podem ser aplicados em circuitos de carga; - A sua marcação é feita por meio de dois dígitos. O primeiro dígito representa o número seqüencial do contato, o segundo representa o código de função, que no caso dos contatos auxiliares NA são 3 e 4. Dispositivos Elétricos • Contato normalmente aberto (NA): Dispositivos Elétricos • Contato normalmente fechado (NF): - Sua posição original é fechada; - Permanece fechado até que seja aplicada um força externa; - Freqüentemente denominado na maioria das aplicações industriais de contato NC (do inglês: normally closed). Dispositivos Elétricos • Contato normalmente fechado (NF): - A marcação é feita por dois dígitos. O primeiro dígito representa o número seqüencial do contato, o segundo representa o código de função, que no caso dos contatos auxiliares NF são 1 e 2. Dispositivos Elétricos • Simbologia Dispositivos Elétricos • Chave com retenção (ou trava): uma vez acionada, seu retorno à situação anterior somente acontece com um novo acionamento. Dispositivos Elétricos • Chave de contatos múltiplos com ou sem retenção: - Chaves com vários contatos NA e/ou NF agregados; - A figura abaixo exibe dois conjuntos de contatos, em que a linha tracejada representa um acoplamento mecânico entre os contatos: Dispositivos Elétricos • Chave de contatos múltiplos com ou sem retenção: - Os contatos são acionados simultaneamente, juntamente com alguns modelos de botões utilizados em acionamentos elétricos. Dispositivos Elétricos • Chave seletora: - Possui duas ou mais posições; - Permite selecionar uma entre várias posições em um determinado processo com ponto de contato comum (C); - Pode ser chamada de chave comutadora, contato three-way ou contato paralelo; - Esse tipo de chave representa uma função composta, sendo a parte superior um contato NF e a inferior um NA. Dispositivos Elétricos Para a escolha das chaves, devemos levar em consideração as especificações de tensão nominal e corrente máxima suportável pelos contatos. Como eu posso estragar uma chave seletora? Dispositivos Elétricos • Interruptores fim de curso: - Dispositivos auxiliares de comando, de acionamento, que atuam num circuito com função bastante diversificada, como: •Comando de contatores; • Comando de circuitos de sinalização para indicar a posição de um determinado elemento móvel. Dispositivos Elétricos • Interruptores fim de curso: eduardo@ifc-riodosul.edu.br -As chaves auxiliares fim de curso são constituídas por uma alavanca ou haste, com ou sem roldanas na extremidade, que transmite o movimento aos contatos que se abrem ou se fecham de acordo com a sua função, que pode ser: - Controle: sinaliza os pontos de início ou de parada de um determinado processo; - Segurança: desliga equipamentos quando há abertura de porta ou equipamento e alarme. Dispositivos Elétricos Dispositivos Elétricos Dispositivos Elétricos Dispositivos Elétricos Dispositivos Elétricos • Relé: - Nada mais é do que uma chave impulso acionada pelo campo magnético; - O Relé e sua Representação: Dispositivos Elétricos • Relé: Dispositivos Elétricos • Relé: - Circuito de Auto-Retenção: Dispositivos Elétricos • Contator: - Assim como relé, o contator é uma chave de comutação eletromagnética; - O contator é empregado, geralmente, para acionar máquinas e equipamentos elétricos de grande potência, enquanto que o relé é usado em cargas de pequena potência. Dispositivos Elétricos • Contator: Dispositivos Elétricos • Contator: Dispositivos Elétricos • Contator: - Para a escolha de relés e contatores, devemos levar em consideração as especificações do número de contatos, tensão nominal da bobina e corrente máxima nos contatos. Dispositivos Elétricos • Contator: - Para a escolha de relés e contatores, devemos levar em consideração as especificações do número de contatos, tensão nominal da bobina e corrente máxima nos contatos. Dispositivos Elétricos • Montar o circuito de comando para acionamento de um contator com os requisitos específicos do projeto • Caso 1: O contator deve ser acionado por um botão e desligado por outro. • Caso 2: O contator deve ser acionado somente quando dois botões forem pressionados simultaneamente e desligado em um único botão. • Caso 3:O contator deve poder ser acionado por dois botões independentes e desligado quando os dois botões de desligar forem acionados juntos. Dispositivos de Comando e de Proteção • Nas partes integrantes do dispositivo de partida de um motor, temos todos os componentes necessários ao comando e proteção; • A seleção dos componentes (comando e proteção) está relacionada diretamente com o desempenho da instalação em questão. Dispositivos de Comando e de Proteção • Os dispositivos de comando (manobra) e de proteção podem ser divididos em: • Dispositivos de baixa tensão (BT): empregado em circuitos cuja tensão da linha é menor que 1000 V; • Dispositivos de alta tensão (AT): empregado em circuitos cuja tensão da linha é maior que 1000 V. Dispositivos de Comando e de Proteção • Dentro desses dispositivos, podemos encontrar três tipos de circuitos: - Circuito principal: constitui o conjunto de todos os circuitos associados, em que os dispositivos de comando ou proteção têm a função de fechar ou abrir; - Circuito de comando: comanda a operação de fechamento, abertura ou ambas; - Circuito auxiliar: diferente dos dois primeiros, usado também para outras finalidades, tais como sinalizaçãoe intertravamento. Dispositivos de Comando e de Proteção • Outros conceitos importantes: - Pólo: é uma parte do circuito principal de um dispositivo de manobra associada apenas a uma fase do circuito; - Operação: é o movimento dos contatos móveis do circuito principal do dispositivo de manobra, de uma posição para outra; - Operação do dispositivo - ponto de vista elétrico: estabelecer ou interromper corrente. Dispositivos de Comando e de Proteção • Outros conceitos importantes: - Operação do dispositivo - ponto de vista mecânico: abrir ou fechar os contatos; - Ciclo de operação: sucessão de operações de uma posição à outra e a volta à posição inicial; - Seqüência de operações: sucessão de operações especificadas em determinados intervalos de tempo. Dispositivos de Comando e de Proteção • Dentro dos dispositivos elétricos de baixa tensão, encontramos classificações em virtude das funções do dispositivo, tais como: - Seccionamento; - Proteção contra curtos-circuitos e contra sobrecargas; - Comutação. Dispositivos de Comando e de Proteção • Seccionamento: - Consiste em isolar eletricamente uma instalação da rede que a alimenta; - Assim, é possível intervir com segurança nas instalações, ou nas máquinas e nos equipamentos elétricos. Dispositivos de Comando e de Proteção • Seccionamento: - Quando um determinado equipamento possuir diversos dispositivos de partida de motor, não é necessário equipar cada dispositivo com um seccionador; - Deve-se prever um isolamento geral, para que seja factível desligar totalmente o equipamento da energia elétrica. Dispositivos de Comando e de Proteção • Seccionamento: - Tem-se dois grandes grupos de equipamentos responsáveis pelo seccionamento: - Seccionadores; - Interruptor. Dispositivos de Comando e de Proteção • Seccionadores: - São formados por um bloco de contatos e por um dispositivo de comando frontal ou lateral; - O fechamento e a abertura são comandados manualmente por manopla. Dispositivos de Comando e de Proteção Dispositivos de Comando e de Proteção • Seccionadores: - A velocidade de fechamento e abertura depende da ação do operador; - A seccionadora nunca deve ser manobrada com carga e a corrente deve ser interrompida previamente no circuito de comutação (contator ou disjuntor). Dispositivos de Comando e de Proteção • Seccionadores: - Para proteção, podem possuir um contato auxiliar de pré-fechamento ligado em série com a bobina; - Este contato abre antes e fecha depois dos pólos do seccionador; - Logo, em caso de manobra acidental com carga, interrompe a alimentação da bobina do contator antes que os pólos do seccionador abram. Dispositivos de Comando e de Proteção • Seccionadores: - O estado dos contatos deve ser indicado com clareza pela posição do dispositivo de comando; - Interrupção aparente: indicador mecânico independente; - Interrupção visível: pela visibilidade dos contatos. Dispositivos de Comando e de Proteção • Interruptores: - É um aparelho mecânico de manobra capaz de estabelecer, suportar e interromper corrente nas condições normais do circuito; - Adicionalmente, suporta condições especificadas de sobrecarga em serviço, e durante um tempo determinado, correntes em condições anormais especificadas do circuito, tal como um curto-circuito. Dispositivos de Comando e de Proteção • Interruptores: - É garantida uma abertura e um fechamento rápido, em virtude de um mecanismo ligado ao dispositivo de comando manual; - Isto garante toda a segurança de um interruptor para que seja manobrado com carga; - Suas características são provenientes da categoria de emprego, que indicam os circuitos cuja alimentação é mais fácil ou mais difícil de estabelecer e interromper. Dispositivos de Comando e de Proteção • Interruptores: - Do mesmo modo que no seccionador, pode-se ter um interruptor equipado com um dispositivo de cadeados para travas e com fusíveis; - Há possibilidade de se acrescentar blocos adicionais a um aparelho base; - Deste modo, é possível completar ou modificar um aparelho para adaptá-lo a uma necessidade operacional. Dispositivos de Comando e de Proteção • Proteção: a seguir são apresentadas algumas falhas típicas em instalações elétricas. - Sobretensão, queda de tensão, desiquilíbrio ou falta de fase: causam um aumento da corrente absorvida; - Curtos-circuitos: podem ser de intensidade muito elevada e devem ser controlados a tempo para evitar graves avarias nos componentes do circuito; - Rotor bloqueado: sobrecarga momentânea ou prolongada de origem mecânica que provoca um aumento da corrente absorvida pelo motor e um aquecimento perigoso nos enrolamentos. Dispositivos de Comando e de Proteção • Proteção: para evitar tais problemas, os sistemas de partida dos motores devem ser providos de: - Proteção contra curtos-circuitos: para detectar e interromper o mais rápido possível correntes anormais superiores a dez vezes a corrente nominal (In); - Proteção contra sobrecargas: para detectar aumentos da corrente até 10In e interromper a partida antes que o aquecimento do motor e dos condutores provoque a deterioração dos isolantes. Dispositivos de Comando e de Proteção • Proteção: em virtude do tipo de circuito podem ser previstas proteções complementares: - Controle de defeito de isolação, de inversão de fases, falta de fases, de temperatura dos enrolamentos; - As proteções são efetuadas pelos seguintes equipamentos: fusíveis, disjuntores, relés de proteção térmica, relés de proteção eletrônica, relés de medição ou aparelhos com múltiplas funções. Dispositivos de Comando e de Proteção • Comutação: consiste em estabelecer, interromper e, no caso da variação de velocidade, regular o valor da corrente absorvida por um motor. Pode empregar os seguintes componentes: - Eletromecânicos: contatores, disjuntores-motor; - Eletrônicos: relés contatores estáticos (ou relé de estado sólido), partidas progressivas e conversores de freqüência. Fusíveis • Componentes de circuito de alimentação que têm como função a proteção contra curto-circuito; • Além das linhas alimentadoras, protegem os dispositivos de comando em caso de um curto- circuito interno; • Atuam também como limitadores das correntes de curto-circuito. Fusíveis • Sua operação é baseada em um elemento fusível devidamente projetado que abre o circuito, interrompendo-o na existência de uma falha; • O fusível é basicamente um fio ou uma lâmina, geralmente de cobre, prata, estanho, chumbo ou liga, alocado no interior de um corpo geralmente de porcelana e hermeticamente fechado. Fusíveis • Possui um indicador que permite verificar a integridade do elo fusível; • No seu interior há um material granulado chamado extintor, geralmente se usa areia de quartzo de granulometria adequada. Fusíveis • O elemento fusível pode assumir diversas formas, de acordo com a sua corrente nominal; • Pode também possuir um ou mais fios de lâminas em paralelo, com trecho de seção reduzida; • Existe um ponto de solda em que a temperatura de fusão é menor que a do elemento fusível. Fusíveis • Em regime permanente, o condutor e o elemento fusível são percorridos pela mesma corrente, a qual produz aquecimento; • A temperatura no condutor atinge um valor Ɵ1; • Por ter uma maior resistência, o fusível tem um aquecimento maior Ɵ2 com pico no meio do elemento fusível. Fusíveis • A temperatura ƟA não deve ultrapassar um valor determinado por norma para não prejudicar a vida útil da isolação dos condutores; • A corrente que pode percorrer o fusível sem que tal valor seja ultrapassado chama-se corrente nominal do fusível. Fusíveis • No ato da fusão, o elemento fusível está interrompido mecanicamente;• Todavia, ainda há corrente elétrica, a qual é mantida por um arco elétrico; • Em virtude da ação da areia contida no interior do fusível, o arco elétrico é extinguindo. Fusíveis Ultrarrápidos • São indicados para proteção de diodos e tiristores, sendo na prática recomendados para retificadores e conversores de frequência. Sua atuação pode-se dar por três fatores: - Curto-circuito interno: um componente defeituoso produz um curto-circuito no conversor; - Curto-circuito externo: uma falha no consumidor pode produzir um curto-circuito no conversor. Fusíveis Ultrarrápidos - Defeito durante a operação (frenagem regenerativa): no caso de falhas do sistema de controle do conversor atuando como inversor a ponte retificadora dá origem à configuração similar à de um curto-circuito entre a rede corrente trifásica e a malha de corrente contínua; • A instalação dos fusíveis deve ser feita entre o ramal de alimentação e os dispositivos a serem protegidos. Disjuntor Tipos construtivos básicos Mini disjuntores Caixa moldada (molded case circuit breaker). Aberto tipo força (power air circuit breaker). Mini Disjuntor Disjuntor Caixa Moldada Disjuntor tipo força (power air circuit breaker) Disjuntor Termomagnético - DTM Fonte: Weg Fonte: Merlin Gerin Disjuntor Definição “Dispositivo de manobra (mecânico) de operação não manual, que tem uma única posição de repouso e é capaz de estabelecer (ligar), conduzir e interromper correntes em condições normais do circuito, inclusive sobrecargas de funcionamento previstas.” Representação dos componentes de um disjuntor tripolar Disjuntor para manobra e proteção de motores 3VL Minidisjuntores para manobra e proteção 5SX Curva característica 5SX Disjuntores Termomagnéticos Aplicações: Proteção contra curto-circuito Manobras Proteção contra correntes de sobrecarga Disjuntores devem SEMPRE ser ligados aos condutores FASE. Disjuntores Termomagnéticos Em resumo, os DTMs cumprem 3 funções básicas: 1. Abrir e fechar os circuitos (Manobra) 2. Proteger os condutores e equipamentos contra sobrecarga (dispositivo térmico) 3. Proteger condutores contra as correntes de curto-circuito (dispositivo magnético). DTMs – Princípio de funcionamento Disjuntores Termomagnéticos atuam por: ◦ Efeito térmico com sobrecarga. ◦ Efeito eletromagnético com corrente de curto-circuito. DTM - Efeito Térmico Disparador térmico simples: ◦ Elemento bimetálico: duas lâminas de metal soldadas, com diferentes coeficientes de dilatação térmica. ◦ Quando sensibilizadas por uma corrente superior ao estabelecido ambas dilatam, de maneira desigual, arqueando o conjunto e deslocando a barra de disparo. DTM - Efeito Térmico Disparador térmico simples Posição Normal Posição de Disparo DTM - Efeito Térmico Disparador térmico Compensado a) Posição normal b) Posição pré-disparo Compensa a elevação de temperatura do ambiente. c) Posição de disparo DTM - Efeito Térmico DTM - Efeito Eletromagnético Disparador magnético: ◦ Bobina que, quando conduz corrente acima do valor estabelecido, atrai um êmbolo ferromagnético processando a abertura dos contatos do disjuntor. DTM - Efeito Eletromagnético Disparador magnético Posição normal Posição de disparo Especificação de Disjuntores Os seguinte itens devem ser discriminados: ◦ Corrente nominal de operação ◦ Capacidade de interrupção ◦ Tensão nominal ◦ Frequência nominal ◦ Tipo (térmico, magnético, termomagnético, ajustável,...) Dimensionamento de Disjuntores A NBR 5410-2004 estabelece condições que devem ser cumpridas para que haja coordenação entre os condutores de um circuito e o dispositivo de proteção. O item 5.3.4 da norma diz que a corrente do disjuntor deve interromper a corrente de sobrecarga antes do aquecimento excessivo dos condutores. Dimensionamento de Disjuntores O item 5.3.4 estabelece que proteção deve satisfazer as duas inequações: e IB – corrente de projeto IN – corrente nominal do disjuntor IZ – capacidade de condução dos condutores vivos I2 – corrente convencional de atuação do disjuntor ou fusível. Dimensionamento de Disjuntores Condição para atuação sob sobrecarga Deve atuar em no máximo 1h. DTM - Curva de atuação Ação do disparador térmico Ação do disparador magnético Múltiplo de IN Disjuntores Motores • Estes componentes são simultaneamente dispositivos de proteção e de manobra. Suas principais funções são: - Efetuar a proteção elétrica do circuito com a detecção de sobrecorrentes e da abertura do circuito; - Permitem comandar, por meio da abertura e fechamento voluntário sob cargas, seus respectivos circuitos em que são instalados. Disjuntores Motores Disjuntores Motores • Características Básicas: - Ao contrário dos fusíveis, apresentam atuação multipolar, o que evita a operação desequilibrada nos equipamentos trifásicos, como no caso do fusível, de ocorrer a queima de um único elemento; - Oferecem larga margem de escolha de correntes nominais; - Operação repetitiva, isto é, pode ser religado após terem atuado, sem necessidade de substituição. Disjuntores Motores • Características Básicas: - Sua característica tempo x corrente, podem ser ajustadas; - Em alguns casos, permite comando a distância. Disjuntores Motores • Possuem como via de regra dois níveis de proteção: - Contra sobrecorrentes pequenas e moderadas através de disparadores magnéticos ou térmicos; - Contra correntes de curto-circuito através de disparadores eletromagnéticos. Disjuntores Motores • É recomendado o uso de disjuntor motor em partidas de motores somente nos casos: - Comando deve ser local; - Frequência de operação baixa; - Pouco espaço, pois o disjuntor atende às necessidades de comutação e proteção de sobrecargas e curtos-circuitos. - É recomendável, sempre que possível, a associação do disjuntor motor com o contator. Disjuntores Definição de choque elétrico “É a perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifesta no organismo humano ou animal quando este é percorrido por uma corrente elétrica”. G. Kindermann, “Choque Elétrico”, Ed. do Autor, Fpolis,2005. Choques elétricos A proteção contra choques elétricos é regulamentada nas normas: ◦ NBR 5410-2004 da ABNT ◦ Normas regulamentadoras 10 e 18 do Ministério do Trabalho Classificação do Choque Elétrico Contato direto ◦ Contato de pessoas e animais diretamente com partes energizadas de uma instalação elétrica. Contato indireto ◦ Contato de pessoas ou animais com estruturas metálicas ou condutores que, acidentalmente, tornaram-se energizadas. Efeito da Corrente Elétrica O efeito da corrente depende: ◦ Intensidade da corrente; ◦ Tempo de exposição; ◦ Percurso através do corpo humano; ◦ Condições orgânicas do indivíduo. Passagem da corrente pelo corpo Efeitos da passagem de corrente Efeitos da passagem de corrente Proteção Contra Choque- Elétrico Medida prioritária Interrupção do fornecimento de energia. Proteção contra contato direto Isolação das partes vivas: ◦ Deve impedir o contato com as partes vivas da instalação através de uma isolação que somente possa ser removida com a sua destruição. Proteção contra contato direto Barreiras ou invólucros ◦ Visa impedir todo contato com as partes vivas da instalação elétrica. Proteção contra contato direto Obstáculos ◦ Partes vivas são confinadas em compartimentos onde só permitido acesso a pessoas autorizadas. Proteção contra contato direto Colocação fora de alcance ◦ Consiste em instalar os condutores energizados a uma altura/distância fora de alcance das pessoas e animais. Proteção contra contato indireto Os dispositivos à corrente diferencial-residual (DR) constituem-se no meio mais eficaz de proteção das pessoas e animais contra choques elétricos. Não dispensam o uso de disjuntores e fusíveis. DRs também diminuem consumo de energia. Dispositivo DR Princípiode funcionamento Atuam quando há uma corrente residual (de fuga) circulando na instalação. Fonte: Mamede Proteção contra contato direto A proteção deve ser assegurada por: ◦ Isolação das partes vivas; ◦ Barreiras ou invólucros; ◦ Obstáculos ◦ Colocação fora de alcance. Dispositivos DRs Dispositivos a DR podem ser: ◦ Interruptores DR ◦ Disjuntores de proteção ◦ Tomadas com interruptores DR incorporadas ◦ Blocos avulsos Especificação de DRs Deve-se observar as características técnicas: ◦ Corrente nominal ◦ Corrente diferencial residual nominal ◦ Tensão nominal ◦ Capacidade de interrupção ◦ Frequência ◦ Número de pólos DRs e a NBR 5410 A norma exige DRs em: ◦ Tomadas em todo local molhado ou sujeito a lavagem; ◦ Tomadas em áreas externas; ◦ Tomadas internas que alimentam equipamentos na área externa da instalação; Nesta aplicações a NBR 5410 obriga o uso de DRs de alta sensibilidade (If >= 30 mA). Resumo sobre utilização das DRs Devem ser utilizados para proteção: ◦ De pessoas e animais contra contatos acidentais com partes vivas da instalação elétrica; ◦ Contra perigos de incêndio devido a faltas à terra; ◦ Contra presença de faltas à terra por equipamentos em más condições; ◦ Em locais de grande concentração de umidade. Relés de Sobrecarga ou Térmico • A sobre carga é o defeito que se produz mais frequentemente em máquinas elétricas; • É uma situação que leva a um superaquecimento por perda Joule, onde os materiais utilizados suportam somente até um determinado valor e por um tempo limitado; • Tais determinações são feitas por meios de normas técnicas. Relés de Sobrecarga • Sempre que a temperatura de funcionamento de um motor é ultrapassada, o seu tempo de vida útil é reduzido significativamente; • Isto ocorre por causa do envelhecimento prematuro dos isolantes; • Com temperatura de funcionamento 10°C acima da definida, pode reduzir em até 50% a vida de um motor. Relés de Sobrecarga • Contudo, um aquecimento superior ao normal não gera efeitos se for limitada no tempo e pouco frequente; • Para isto, é necessário uma parada do motor e restabelecimento das condições normais de funcionamento; Relés de Sobrecarga • É função do relé de sobrecarga atuar antes que os limites de deterioração sejam atingidos; • Assim, garante-se uma vida útil apropriada aos componentes do circuito; • É um dispositivo de proteção baseado em um método indireto de detecção de sobrecarga; • É criado um modelo térmico do motor a ser protegido por um elemento térmico. Relés de Sobrecarga • Um relé térmico tripolar tem três bimetálicos; • Cada um é formado por dois metais unidos por laminação com diferentes coeficientes de dilatação e um enrolamento de aquecimento em volta de cada bimetálico; • Cada enrolamento está ligado em série com uma das fases do motor; Relés de Sobrecarga • O aquecimento dos enrolamentos provoca uma deformação nos bimetálicos. • A deformação é maior ou menor, conforme o valor da corrente. Relés de Sobrecarga • A curvatura do conjunto bimetálico provoca dois efeitos: - Liberação do dispositivo de trava: ocasiona a abertura dos contatos principais do relé de sobrecarga; - Abertura de um contato fechado: causa a abertura do circuito de comando de um acionamento do motor. Relés de Sobrecarga • São usados para proteger motores e transformadores de possíveis superaquecimentos ocasionados por: - Sobrecarga mecânica; - Tempo de partida muito alto; - Rotor bloqueado; - Falta de fase; - Elevada frequência de manobra; - Desvio de tensão e de frequência. Relés de Sobrecarga • Em motores trifásicos há a necessidade de instalação de um elemento térmico por fase; • O relé térmico não protege em caso de curto-circuito, logo deve ser associado a fusíveis para proteger de forma completa a partida do motor; • O relé deve ser rearmado manualmente e só pode ocorrerquando os bimetálicos estiverem suficientemente frios. Relés de Sobrecarga • Os fusíveis e os disjuntores protegem o circuito contra curto-circuito e o relé térmico protege o motor contra sobrecarga e falta de fase. Relés de Sobrecarga • Os fabricantes oferecem relés térmicos que encaixam mecanicamente em seus contatores. Relés de Sobrecarga • Compensação da temperatura ambiente: há um bimetálico que é influenciado apenas pela temperatura ambiente. Assim, somente a deformação originada pela corrente dispara o relé; • Classes de desligamento térmico: devem suportar as corrente de pico nas partidas do motor: - Classe 10: tempo de partida inferior a 10 segundos; - Classe 20: tempo de partida de até 20 segundos; - Classe 30: tempo de partida de até 30 segundos. Relés de Sobrecarga • Possuem os seguintes elementos: 1 - Botão de rearme; 2 - Contatos auxiliares; 3 - Botão de teste; 4 - Lâmina bimetálica para compensação de temperatura; 5 - Cursor de arraste; 6 - Lâmina bimetálica principal; 7 - Ajuste de corrente. Relés de Sobrecarga Relés de Sobrecarga Relés de Sobrecarga • É possível parametrizar sua atuação de acordo com funções na sua parte frontal: - A: somente rearme automático; - Auto: rearme automático e possibilidade de teste; - Hand: rearme manual e possibilidade de teste; - H: somente rearme manual. Relés de Sobrecarga Relés de Sobrecarga • Dimensionamento: - Devem conter em sua faixa de ajuste a corrente nominal (In) que circulará por ele; - É ajustada com o auxílio de um botão que gira atuando sobre o alongamento ou sobre a curvatura das lâminas bimetálicas; - Cada relé cobre apenas uma faixa de corrente, assim há uma grande variedade de relés de proteção. Relés de Sobrecarga • Dimensionamento: - Não deve ser dimensionado com a corrente nominal, pois pode haver necessidade de usar fator de serviço acima de 1; - In: corrente nominal do motor; - Ir: corrente de ajuste do relé térmico. Relés de Sobrecarga Relés Auxiliares • É comum o uso de relés para controle de acionamentos, alarmes, proteção etc. Os mais comuns são: - Relé de tempo com retardo na ligação; - Relé de tempo com retardo no desligamento; - Relé de tempo estrela-triângulo (Y-Δ); - Relé de sequência de fase; - Relé de proteção PTC; - Relé de falta de fase; - Relé de mínima e máxima tensão. Relé de Tempo Estrela-Triângulo (Y-Δ) • Usado em chaves de partida estrela-triângulo; • Possui dois circuitos de temporização separados; • Um controla o contator estrela e o outro tem um tempo fixo (100 ms) para controle do contator da ligação das bobinas triângulo. Relé de Sequência de Fase • Usado para controle da sequência de fase em sistemas trifásicos; • O relé atua caso haja alguma inversão na sequência das fases R, S, T; • Seu contato de saída não comuta, bloqueando o comando do sistema. Relé de Sequência de Fase Relé de Falta de Fase • Detecta a falta de uma ou mais fases e desliga um contato quando a falta ocorrer; • Tem um retardo de aproximadamente cinco segundos, evitando assim que opere sem necessidade na partida ou na falta de fase por instante muito breve; • Dois tipos: com ligação do neutro e sem a ligação do neutro.
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