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ARTIGO Lei Maria da Penha

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CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB 
 BACHARELADO EM DIREITO 
TRABALHO DE CURSO 
 
 
 
NEURACI CECÍLIO DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
LEI MARIA DA PENHA: A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília/DF 
2019/2 
NEURACI CECÍLIO DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
LEI MARIA DA PENHA: A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 
 
 
 
Artigo científico apresentado como pré-
requisito para obtenção do título de bacharel 
em Direito pelo Centro Universitário Instituto 
de Educação Superior de Brasília. 
 
Orientadora : Profª. Drª. Nara Rejane Moraes 
da Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília/DF 
 2019/2 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como objeto de discussão, a violência contra a mulher em 
abito doméstico e familiar resalta também a temática de gênero, e a participação das mulheres 
nos mais variados movimentos sociais. Esse enfoque histórico/social é de extrema relevância 
para questionar os padrões pre-estabelecidos do masculino e feminino. Nesse sentido o artigo 
traz a violência pelo vies da Lei Maria da Penha nº 11.340/06 (onze mil trezentos e quarenta 
de dois mil e seis) , ao passo que esta tem como objeto especificamente combater a violência 
doméstica, no seio de suas relações familiares e afetivas. abordar também as formas de 
violência doméstica contra a mulher, quais danos, físico, psicológicos, moral e sexual, 
causado a vítima, como a lei visa proteger a mulher dessa violência e punir o autor, como que 
a violência sofrida atrapalha a mulher no seu dia-a-dia, as medidas protetivas para manter os 
agressores longe do seio familiar. Será feita análise sobre consequências para as vítimas, 
como surgiu a primeira Delegacia especializada para proteger a mulher vida de agressões. 
 
Palavras-chave: Violência, Mulher, Lei Maria da Penha. 
 
 
 
1. Introdução 
O artigo tem como finalidade tratar o tema da violência contra mulher perpetrada por 
companheiro e a aplicação da Lei “Maria da Penha”. Desde décadas passadas, os maus 
tratos à mulher eram vistos e tolerados, principalmente pela cultura patriarcal que 
considerava a mulher o gênero Este submisso. Como exemplo, as mulheres podiam ser 
agredidas por chibata pelo seu marido, devendo ser submissa, servir aos filhos e ao marido, 
ás tarefas domésticas, desprovida de desejo sexual ou qualquer outro. Historicamente 
falando, 
[...] [a] violência cometida contra a mulher é um fenômeno [...] que dura 
milênios, pois a mulher era tida como um ser sem expressão, uma pessoa que não 
possuía vontade própria dentro do ambiente familiar. Ela não podia sequer expor 
o seu pensamento e era obrigada a acatar ordens que, primeiramente, vinham de 
seu pai e, após o casamento, de seu marido. [...] o homem possuía o direito 
assegurado pela legislação de castigar a sua mulher. Observa-se que, na América 
colonial, [...] a legislação não só protegia o marido que “disciplinasse” a sua 
mulher com o uso de castigos físicos, como dava a ele, expressamente, esse 
direito. (RITT et al., [s.d.], p.4). 
 
 Entende-se por violência, 
o ato de brutalidade, constrangimento, abuso, proibição, desrespeito, 
discriminação, imposição, invasão, ofensa, agressão física, psíquica, moral ou 
patrimonial contra alguém, caracterizando relações que se baseiam na ofensa e 
na intimidação pelo medo e pelo terror. (CAVALCANTI, 2006 apud RITT et al., 
[s.d.], p.2). 
 
 A violência doméstica sempre esteve presente na Sociedade por muitos anos 
mulheres sofriam abusos e ficaram caladas com medo de seus companheiros, a 
desigualdade nas relações entre homens e mulheres, a discriminação de gênero ainda está 
presente na nossa Sociedade e no âmbito familiar de muitas mulheres, no Brasil o tema 
ganhou relevância com a entrada da lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, também 
conhecida como “Lei Maria da Penha”, uma merecida homenagem a mulher que se tornou 
símbolo de resistência a sucessivas agressões de seu ex- esposo. 
A partir do momento em que foi sancionada a Lei n°.11.340/2006, várias foram as 
alterações realizadas no judiciário para buscar uma eficácia concreta em seus efeitos, que 
vão desde a criação de Juizados de Violência Doméstica até a prisão preventiva do 
agressor. Em seguida apresenta-se a lei Maria da Penha dentro de um contexto histórico de 
 
 
 
avanço á proteção das mulheres brasileiras problematizado situações diversas da aplicação 
e inetrepretação, obtidas a partir de pesquisas legislativas e jurisprundenciais. 
 
2. Violencia contra a mulher à luz da Lei Maria da Penha: Conceitos 
Operacionais e Principios para compreensão sobre o tema. 
 
Neste parágrafo será abordado a violência contra a mulher, á luiz da Lei Maria da 
Penha os conceitos e os princípios para melhor compreensão do tema. 
 
2.1. Mulher 
 
 Entende-se por mulher todo ser humano do sexo feminino, em oposição ao sexo 
masculino classificado como homem. Dentro da categoria “mulher” pode-se incluir a 
menina, adolescente e adulta. 
Por outro lado, o termo “homem” é utilizado com frêquencia para referir-se à 
humanidade em geral ou ao individuo em Sociedade, de forma que também compreende a 
mulher nesta consideração 
 No século passado estabeleciam que as mulheres eram as mantedoras de sua casa e 
responsáveis pela educação e a criaçao dos filhos e o homem o provedor.Com o passar do 
tempo as mulheres lutavam pelas conquistas de espaço igual para homens e mulheres,como 
por exemplo nas universidades e em “profissões de elite”, de forma de poder contribuir 
com o desenvolvimento do pais. Foi nesse argumento que se deu a entrada da mulher de 
classe média no mercado de trabalho. 
 Mesmo assim, era patente a preocupação quanto ao direcionamento dessas 
mulheres no mercado de trabalho: dever-se-ia cuidar para que executassem funções que 
não concorressem com a sua feminilidade, que não oferecessem risco de ameaçar a 
autoridade masculina no lar ou qualquer outra relação de poder na Sociedade em geral. 
Para que a mulher de classe média pudesse sair de casa, era necessário que outra pessoa 
exercesse seu papel no lar; daí a entrada da empregada doméstica para cuidar dos filhos, da 
 
 
 
casa e da família, uma vez que, nessa época, a casa era valorizada como se fosse o “ninho 
sagrado” a mulher, como “a rainha do lar” e o filho, era tratado como “o reizinho da 
família”. 
Uma carreira satisfatória e o compromisso coum projeto profissional constituem 
realmente a melhor preparação para a maternidade. Um alto nível de interesse e 
de envolvimento em algum tipo de trabalho é, muitas vezes, o melhor 
prognóstico de alegria e sucesso no papel materno. (KOLBENSCHLAG, 2001, 
p. 124). 
 
 
 A maternidade esta vinculada à essência feminina, misturando-se muitas vezes 
fertildade com o ser mulher,o que faz com muitas mulheres procurem encontrar-se e 
preencher-se através da maternidade,tornando-se dificil mensurar se o verdadeiro desejo 
de ser mãe encontra-se em forças biológicas, sociais ou psicológicas. 
 
2.2. Mulher Vitima Emocional 
 À luz de Kashani e Allan, cada tipo de violência gera consequências nas esferas 
emocional. O processo de demonstração do dano psicológico envolve maior complexidade 
do que a lesão corporal, porque as sequelas nem sempre ficam aparentes. Por mais que as 
agressões psicológicas sejam discretas acabam deixando marcas indeléveis no organismo. 
Portanto, é através da avaliação destas consequências (pressão, fobia, isolamento, baixa-
estima etc.) e do evento que deu causa que se chega ao dano psicológico. 
 Nesta seara, Cruz e Maciel dispõem que: 
 
(...) o dano psicológico é evidenciado pela deterioração das funções psicológicas, 
de forma súbita e inesperada, surgida após uma ação deliberada ou culposa de 
alguém, e que traz para a vítima tanto prejuízos morais quanto materiais, face à 
limitação de suas atividades habituais ou laborativas.A caracterização do dano 
psicológico requer, necessariamente, que o evento desencadeante se revista de 
caráter traumático, seja pela importância do impacto corporal e suas 
consequências, seja pela forma de ocorrência do evento, podendo envolver até a 
morte. (CRUZ; MACIEL, 2005, p. 122). 
 
O estado emocional também pode impactar o nível de empatia que sentimos.Ou seja, 
mudam a forma como o cérebo reage à dor dos outros,como interações socias que podem 
ser afetadas negativamente. 
 
 
 
 
2.3. A Lei Maria da Penha – Lei nº 11.340 de 07 de Agosto de 2006 
A lei Maria da Penha tem como objetivo a denominação, a lei surgiu por conta de 
Maria da Penha Maia Fernandes o qual,é uma bi farmacêutica que sofreu por várias vezes 
agressões, ameaças, intimidações, durante 20 anos de seu casamento. Seu marido, Marco 
Antônio, tentou assassiná-la. Após passar vários anos sofrendo escondida e se sentindo 
envergonhada pela situação que vivenciava, Maria resolveu denunciar seu agressor após 
sofrer duas tentativas de homicídio. A primeira tentativa, o marido atirou nas costas de 
Maria e alegou tentativa de assalto, em decorrência desse tiro Maria ficou paraplégica. A 
segunda tentativa foi durante sua recuperação, Maria estava no banho quando seu marido 
tentou eletrocutá-la. 
Após anos com as agressões, Maria mesmo temendo pela vida e integridade física 
de suas filhas, resolveu procurar ajuda e denunciar seu marido naquela época não existia 
uma lei específica sobre violência doméstica, a mesma era abordada como crime de menor 
potencial, não tendo assim previsão da preventiva, flagrante, ou qualquer outro meio de 
repreensão. 
O crime era observado na questão criminal e se fosse realmente analisado a 
violência ocorrida, era necessário a abertura de outra ação na Justiça comum, para tratar as 
questões cíveis. A denúncia da mulher naquela época não tinha amparo necessário da lei. 
Elas denunciavam, mas ainda continuavam a morar com seu agressor, e não existia 
nenhuma garantia a sua segurança e integridade física, muitas mulheres retiravam a 
denúncia por medo. 
Mesmo com toda a precariedade da Lei e a imputabilidade do agressor, Maria não 
desistiu de ver seu ex. marido ser condenado e pagar por todo o mal que sofreu, a mesma 
procurou ajuda a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 
Deste modo, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, conclui que: 
A República Federativa do Brasil é responsável da violação dos direitos às 
garantias judiciais e à proteção judicial, assegurados pelos artigos 8 e 25 da 
Convenção Americana em concordância com a obrigação geral de respeitar e 
garantir os direitos, prevista no artigo 1(1) do referido instrumento pela dilação 
injustificada e tramitação negligente deste caso de violência doméstica no Brasil. 
[...] Que o Estado violou os direitos e o cumprimento de seus deveres segundo o 
artigo 7 da Convenção de Belém do Pará em prejuízo da Senhora Fernandes, 
 
 
 
bem como em conexão com os artigos 8 e25 da Convenção Americana e sua 
relação com o artigo 1(1) da Convenção, por seus próprios atos omissivos e 
tolerantes da violação infligida.FERNANDO, Luiz (2011. p.165) 
 
 Em virtude de tantas vítimas de violência doméstica no pais,no dia 07 de agosto de 
2006 foi sancionada a Lei nº 11.340/06, mais conhecida como A Lei Maria Da Penha, onde 
a mesma entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006. 
 
 
2.4. Violência Doméstica 
 Violência doméstica normalmente acontece contra mulheres que são agredidas por 
seus companheiros por motivos de ciúmes ou de posse sobre a vida das suas companheiras, 
mas a violência não restringe apenas as relações amorosas. O agressor pode ser o padrasto, 
sogro, cunhado ou agregados. As agressões podem ser: agressão física ou verbais, agressão 
psicológica, violência sexual, violência econômica ou financeira. 
 Muitas mulheres tem receio de denunciar as agressões sofridas por seus 
companheiros, por medo ou vergonha, ou receio de que ninguém acredite ainda ou por 
sentimento de culpa, as violências podem se arrastarem por muitos anos, ou por toda a 
vida. O crime que, muitos agressores fazem a vítima acreditar que ela é a culpada por seus 
atos e comportamento agressivo, outras não enxergam os maus-tratos a que são sujeitas. 
 
2.5. A mudança apos a Lei nº 11.340/06 – Lei Maria da Penha 
Antes da Lei Maria da Penha, entrar em vigor a violência doméstica contra a mulher 
nunca teve uma lei especifica que a regulasse. Mulheres que sofriam agressão viviam 
encurraladas pela falta de apoio jurídico e o homem continuava com as agressões pois 
acredita-se que nunca haveria chance de ser punido pelos atos praticados. 
A promulgação de Constituição Federal de 1988, foram criados os Juizados 
Especiais, no processo penal brasileiro. 
 Os Juizados Especiais tinham apenas competência quando se tratava de crime com 
pena máxima de 2 anos, quando era, “crimes de menor potencial ofensivo”. Mas, no 
 
 
 
momento da transcrição do texto legal, o legislador se esqueceu de observar um aspecto 
muito importante no que é à violência doméstica contra a mulher: quando se tratava de 
lesões corporais dolosas ou culposas, a ação penal era condicionada, tirando o poder de 
punir. 
Apesar de a igualdade entre os sexos estar ressaltada enfaticamente na 
Constituição Federal, é secular a discriminação que coloca a mulher em posição 
de inferioridade e subordinação frente ao homem. A desproporção, quer física, 
quer de valoração social, entre o gênero masculino e feminino, não pode ser 
olvidada. (Dias,2007, p. 22). 
 
Ocorre que, essas pequenas mudanças não foram suficientes para mudar todo um 
panorama nacional onde o número de mulheres que sofriam violência doméstica só 
aumentava. Por se tratar, na época, de um crime de menor potencial ofensivo e por tramitar 
nos Juizados Especiais, ficava dispensado o flagrante se o autor se comprometesse a 
comparecer no Juizado Especial Criminal, a transação penal, concessão de sursis, aplicação 
de penas restritivas de direitos, e a representação caso se tratasse de lesão leve. 
 
 
2.6. As formas de violencia doméstica 
A violência doméstica pode assumir diversas formas, como agressão fisica, que 
ofenda sua integridade ou saúde corporal,agressão psicológica, que lhe cause prejuízo à 
saúde psicológica e à autodeterminação,agressão moral, configure difamação, calunia ou 
injuria,agressão sexual, ameaça, coação ou ate uma relação relação sexual não 
desejada,agressão patrimonial, o simples ato de vender algum bem sem seu consentimento. 
 
2.6.1. Agressão física 
 Os danos causados a vítima são inúmeros dentre eles: lesões graves ou simples, 
perda de membros, perda da coordenação motora. compreendendo acerca de algum 
comportamento como a integridade ou saúde corporal da mulher,essa violência se 
caracteriza pelo o uso da foça que o gênero masculino possui para as mulheres,muitas das 
vezes o agressor utiliza deversos objetos,a qual deixa marcas evidentes nas vítimas. 
 
 
 
 A violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou 
saúde corporal. 
2.6.2 Agressão psicológica 
 A agressão psicológica nesta modalidade de violência, a vítima nem sempre 
percebe que estar sendo agredida emocionalmente, nela a autoestima, o autoconceito da 
vítima é degradadamente abalado, ficando vulneravél a danos emocionais dos mais 
diversos.Dentre eles a vítima começa a se sentir inferior e etc. 
Violência psicológica é toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à 
autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Inclui: ameaças, 
humilhações, chantagem, cobranças de comportamento, discriminação, 
exploração, crítica pelo desempenho sexual, não deixar a pessoa sair de casa, 
provocando o isolamento de amigos e familiares, ou impedir que ela utilize o seu 
próprio dinheiro. Dentre as modalidades de violência, é a mais difícilde ser 
identificada. Apesar de ser bastante frequente, ela pode levar a pessoa a se sentir 
desvalorizada, sofrer de ansiedade e adoecer com facilidade, situações que se 
arrastam durante muito tempo e, se agravadas, podem levar a pessoa a provocar 
suicídio(Brasil 2001,p.14) 
 
 A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano 
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e 
decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, 
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua 
intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro 
meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação. 
2.6.3. Agressão Moral 
A violência moral ocasiona desordens emocionais, atinge a dignidade e 
identidade da pessoa humana, altera valores, causa danos psíquicos (mentais), interfere 
negativamente na saúde, na qualidade de vida e pode até levar à morte(Brasil,2010). 
Compreende violência moral, como sendo qualquer conduta do agressor que 
configure difamação, calunia ou injuria, no qual o mesmo assegura falsamente a prática 
crime que ela não cometeu, ou quando o agressor atribui à mulher fatos que maculem a sua 
reputação, bem como acontece quando o agressor ofende a honra da mulher. 
 
 
 
 
 
2.6.4 Agressão Sexual 
Entende-se violência sexual, qualquer conduta a qual use a ameaça a coação ou ate 
o uso da força que obrigando a mulher a ter uma relação sexual não desejada, impdindo de 
usar qualquer método contraceptivo; ou que limite ou anule o exercício dos direitos sexuais 
e reprodutivos da vítima 
A violência sexual exerce importante impacto sobre a saúde e as últimas 
décadas têm acumulado indicadores confiáveis nesse sentido. Investigações têm 
concluído que a violência contra a mulher se encontra entre as principais causas 
de anos de vida saudáveis perdidos por incapacidade. Os dados têm causado 
perplexidade ao revelar que a violência tem ceifado mais anos de vida das 
mulheres do que as guerras contemporâneas ou do que os acidentes de trânsito 
(HEISE et al, 1994, p.255). As consequências psicológicas,embora mais 
difíceis de mensurar, comprometem a maioria das mulheres e de suas famílias, 
com danos intensos e devastadores, muitas vezes irreparáveis (HEISE, 1994, 
p.255). 
 
 A violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a 
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, 
ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer 
modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a 
force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, 
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e 
reprodutivos. 
 
2.6.5 Alienação Patrimonial 
Constitui-se a violência patrimonial o desviar, subtrair objetos pertinentes da 
mulher, tais como carros, roupas, joias, podendo ser seus, bens, instrumento de trabalho, ou 
o simples ato de vender algum bem sem seu consentimento. 
O mesmo se diga com relação à apropriação indébita e ao delito de dano. É 
violência patrimonial „apropriar-se‟ e „destruir‟, os mesmos verbos utilizados 
pela lei penal para configurar tais crimes. Perpetrados contra a mulher, dentro de 
um contexto de ordem familiar, o crime não desaparece nem fica sujeito à 
representação. ( DIAS, 2007, p.52). 
 
 
 
 
Vale destacar que uma vez configurada a prática da alienação parental, a lei prevê 
algumas medidas cabíveis a fim de se combater a referida alienação, salvaguardando, 
desse modo, os interesses de todos. 
2.6.6 . Medidas protetivas de urgência expressas na Lei Maria da Penha 
A legislação trouxe a proteção à mulher, longe de gerar inconstitucionalidade por 
infração ao Princípio da Igualdade ou Isonomia em relação ao gênero masculino, promove 
certamente a igualdade material. A igualdade entre homens e mulheres 
constitucionalmente prevista na Lei n° 11.340/06 em termos de constitucionalidade ou 
sofrem de obtusidade mórbida ou atuam com má fé, usando um sofisma primário por não 
admitirem mudanças sociais em prol das mulheres. 
 O artigo 5º., I da Constituição Federal não se volta para uma igualdade formal 
rígida e chapada, senão para a finalidade de promover a não igualdade material. 
É uma das lições mais antigas aquela que diz que se devem tratar os iguais 
igualmente e os desiguais desigualmente (equidade é algo em pauta desde a 
Grécia antiga com Aristóteles e companhia e chegando aos nossos dias com a 
Teoria da Justiça de John Rawls (Martins Fontes, 1997, p.3). 
 
 
Verifica-se que o dispositivo constitucional em comento jamais pretendeu dizer o 
absurdo de que homens e mulheres são realmente iguais. Há obviamente diferenças físicas, 
psíquicas, mas o principal são as diferenças sociais que vêm se mantendo não somente no 
Brasil é dito civilizado ou não. 
Assim a dicção do artigo 5º., I, CF, ao proclamar essa igualdade formal, por escopo 
ensejar uma igualdade real ou material através da lei, corrigindo injustiças e desigualdades 
existentes de fato e equiparando socialmente a mulher ao homem mediante uma 
“discriminação positiva”, ainda seria de norma constitucional fosse equiparar o homem à 
mulher, vez que o gênero masculino sempre se sobrepôs ao feminino na história da 
humanidade com raríssimas exceções encontráveis em algumas sociedades matriarcais, 
aliás, raríssimas ou inexistentes na atualidade a não ser em pequenas comunidades 
primitivas. Portanto, a Lei Maria da Penha nada tem de inconstitucional. 
Doutra banda, é interessante notar a paradoxal boa vontade em ampliar a 
aplicação da Lei Maria da Penha para homens, especialmente no que tange às 
suas medidas protetivas. A situação é chocante porque ao mesmo tempo em que 
 
 
 
se resiste à aplicação dessa legislação às mulheres, para as quais ela foi erigida, 
pretende-se aplica-la aos homens! (Martins Fontes, 1997, p. 3 e 56). 
 
 A contradição entre a resistência de aplicação da legislação em seu âmbito natural 
e a disponibilidade para sua ampliação a campos não previstos, pode-se afirmar que essa 
medida de procurar proteger homens vitimados em situações análogas àquelas de mulheres 
vítimas de violência não é desprezível. 
 Isso porque, a partir do momento em que se admite a possibilidade e real 
necessidade de uma lei especialmente protetiva das mulheres em situação de 
hipossuficiência social tradicional sem violação da igualdade, conforme acima consignado, 
mas promovendo à igualdade material entre os gêneros num plano abstrato, pode-se 
também vislumbrar situações em que um homem se encontre em situação que demande 
medidas protetivas devido à conduta violenta e contumaz de uma mulher desequilibrada 
 Para que possa avaliar a eficácia ou não das medidas protetivas, e conhecer quais 
são elas e como elas atuam, e porque em muitos casos elas se tornam ineficazes. 
A vítima pode levar o conhecimento das agressões sofridas à delegacia 
competente, ou a autoridade policial, pedindo a medida protetivas de urgência que serão 
decretadas pelo juiz, podendo, a depender do caso, ser decretada a prisão preventiva do 
agressor a ser analisado as circunstancia de cada caso concreto. 
A vítima poderá pedir as providências necessárias à justiça, a fim de garantir a 
sua proteção por meio da autoridade policial, e o delegado de polícia deverá 
encaminhar, no prazo de 48 horas, o expediente referente ao pedido (PRESSER, 
2014,p 65). 
A lei Maria da Pena traz um rol de medidas que são as chamadas medidas 
protetivas de urgência entre os artigos 22 ao 24, nas quais existem tanto as que obrigam ao 
agressor a segui-las quanto asde proteção da vítima. 
Assim preleciona a Lei 11.340/06: 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, 
nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto 
ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: 
I Suspenção da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgao 
competente nos termos da Lei n° 10.826 de 22 de dzembro de 2003, II. 
- Afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
 
 
 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o 
limite mínimo de distância entre estes e o agressor; 
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de 
comunicação; 
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridadefísica 
e psicológica da ofendida; 
IV - Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a 
equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar; 
V - Prestação de alimentos provisionais ou provisórios. (...) 
 
 
Em relação às medidas, nota-se que o passo inicial ao constatar a violência 
doméstica é que o juiz poderá desde logo aplicar as medidas de proteção em favor da vítima. 
Antes da entrada em vigor da Lei Maria da Penha, as causas de agressão e violência 
doméstica eram tratadas nos Juizados Especiais e as penas aplicadas geralmente eram 
pagamento de cestas básicas e prestação de serviços à comunidade. 
O agressor poderia voltar para a casa com a sensação de impunidade aos atos de 
violência por ter a convicção de que não seria penalizado. Não existia o afastamento do 
agressor da vítima e do convívio do lar. 
A polícia, e o judiciário são responsáveis pelas providências cabíveis para inibir o 
agressor, tanto que atualmente a própria vítima pode pedir ao juiz medidas para garantia de 
sua proteção. Isso ocorre a partir do registro da ocorrência, o qual, a autoridade policial 
que deverá encaminhar o pedido no prazo de 48 (quarenta e oito) horas ao Juiz. 
 Em relação ao afastamento do agressor do ambiente doméstico salienta que: 
Só será possível o afastamento do lar se houver alguma notícia da prática ou risco 
concreto de algum crime que certamente irá justificar o afastamento, não apenas 
como mero capricho da vítima, pois se sabe que muitas vezes o afastamento do 
varão extrapolará os prejuízos a sua pessoa. Tal medida pode ser considerada 
violenta, por privar os filhos do contato e do convívio com o pai. Porto apud 
Presser (2012) 
 
Contudo, ainda em relação ao afastamento do agressor e das medidas de proteção, 
embora estabelecidas pelo juiz a própria vítima acaba com que as medidas sejam 
revogadas e consequentemente ineficazes. 
Nota-se que o papel do Estado em solucionar os litígios e buscar soluções aos casos 
na maioria das vezes é insuficiente para a solução dos problemas, neste caso, a retratação 
 
 
 
da vítima acaba ao algoz volte a cometer os mesmos atos ilícitos com a sensação de 
impunidade. 
 
 
2.6.7 . Da (in) eficacia da Lei Maria da Penhae as falhas na sua aplicabilidade 
 
A chamada cultura machista tem derrubado muitos sonhos, calado a voz feminina 
e famílias. Foi na tentativa de acabar com essa situação vivenciada por mulheres que 
surgiu a Lei Maria da Penha, conforme citado na s medidas protetivas de urgência que as 
encorajou a pedir socorro, bem como dar um fim na realidade violenta vivida em seus 
lares. 
Toda violência doméstica e familiar praticada contra a mulher que traga ofensa à 
integridade física ou a saúde, se trata de lesão corporal artigo 129 decreto de Lei n°2.848 
de 07 de Dezembro de 1940. 
 Para que seja configurada lesão corporal é preciso que a vítima tenha sofrido 
algum dano no seu corpo, é que venha a prejudicar a sua saúde, causando até abalos 
psíquicos. 
Apesar de que haja proteção às vítimas de violência doméstica, estes 
acontecimentos não podem somente ficar a cargo do Direito Penal, o Estado deve 
introduzir programas para que os agressores sejam subordinados a tratamentos. Para que 
isso ocorra é que o Código Penal Brasileiro listou algumas penas restritivas de direito, 
que servem para os agressores que praticam a violência doméstica e familiar contra a 
mulher,colociona-se: 
Uma delas é a limitação de fim de semana (CP, art. 43, VI). Seu cumprimento 
consiste na brigação do réu permanecer, aos sábados e domingos, por 5 horas 
diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado (CP, art. 48). 
Durante esse período faculta a lei que sejam ministrados cursos e palestras ou 
atribuídas atividades educativas. (CP, art. 48, parágrafo único; LEP, art. 152). 
 Depois de aplicada a pena que determina a limitação dos finais de semana, a 
Lei Maria da Penha autoriza que o juiz determine ao réu o seu comparecimento a 
programas de recuperação e reeducação, sendo este obrigatório. Poderá também o juiz 
determinar a aplicação de outras medidas ao réu, como “prestação de serviço à 
 
 
 
comunidade ou a entidades públicas, além da interdição temporária de direitos e perda 
de bens e valores (CP, art. 43, II, IV, V e VI). 
As medidas citadas são tomadas para que o agressor se conscientize que não 
poderá praticar tais atos, pois não são proprietários das mulheres, dando então um basta 
ao crime cometido de forma contínua por muito tempo. 
 Cabe então ao Estado adotar ações diretas com os agressores, e com as vítimas, 
“e garantir a capacitação permanente dos profissionais que lidam com a atenção da 
vítima e aos agressores” (TELES, 2002, p. 116). 
Foram articuladas ações entre a União, Estado, Distrito Federal, Municípios e 
entes não governamentais, para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, 
adotando programas de prevenção, (conforme artigo da Convenção Interamericana para 
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher “Convenção de Belém do Pará 
– 1994). 
§1. Fomentar o conhecimento e a observância do direito da mulher a uma 
vida livre de violência e o direito da mulher a que se respeitem e protejam 
seus direitos humanos. 
§2. Modificar os padrões socioculturais de conduta de homens e mulheres, 
incluindo a construção de programas de educação formais e não-formais 
apropriados a todo nível do processo educativo. Fomentar a educação e 
capacitação do pessoal na administração da justiça, policial e demais 
funcionários encarregados da aplicação da lei assim como o pessoal 
encarregado das políticas de prevenção, sanção e eliminação da violência 
contra a mulher. 
 Estabelecer procedimentos juridicos, justos e eficaz para a mulher que tenha 
submetido a violência,que inclua entre outras medidads de proteção,um julgamento 
oportuna e um acesso efetivo a tais procedimentos. 
§4. Aplicar os serviços especializados apropriados para o atendimento 
necessário à mulher, por meio de entidades dos setores público e privado, 
inclusive abrigos, serviços de orientação para toda família. 
 No entanto, essas mulheres que sofrem, precisam de ajuda, não existe um lar 
abrigo, para apoiar essas vítimas quando é necessário, não têm para onde ir quando são 
agredidas, não é necessário chegar de olho roxo ou hematomas, para justificar a agressão, 
porque a violência psicológica deixa a vítima com auto-estima muito baixa. 
 
 
 
§5. Fomentar e apoiar programas de educação [...]. Oferecer à mulher, acesso 
a programas eficazes de reabilitação e capacitação que lhe permitam participar 
plenamente da vida pública, privada e social. 
A Lei Maria da Penha n°11.340/06 artigo 12 inciso III é o atigo 18 caput, 
estabelece que a autoridade policial deverá adotar providências legais cabíveis, assim 
que tiver conhecimento da prática de violência doméstica. Deve ainda: garantir à mulher 
a proteção policial; encaminhá-la ao hospital, posto de saúde ou ao InstitutoMédico 
Legal; fornecer abrigo ou local seguro quando ficar configurado o risco de vida; 
acompanhá-la ao local da ocorrência, a fim de assegurar a retirada dos seus pertences; e 
informar os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis. Tais medidas 
dão suporte às mulheres que buscam ajuda às autoridades competentes, visando a sua 
segurança. 
Esclarece Fernando Vernice dos Anjos que, 
O combate à violência contra a mulher depende fundamentalmente, 
de amplas medidas sociais e profundas mudanças estruturais da sociedade 
(sobretudo extrapenais). Como afirmamos a nova lei acena nesta direção, o 
que já é um bom começo. Esperamos que o Poder Público e a própria 
sociedade concretizem as almejadas mudanças necessárias para que possamos 
edificar uma sociedade mais justa para todos, independentemente do 
gênero(2006,p.10) 
 Desta forma, o caráter simbólico das novas medidas penais da lei n° 11.340/06 não 
terá sido em vão, e sim terá incentivado ideologicamente medidas efetivas para 
solucionarmos o grave problema de discriminação contra a mulher. 
A Lei Maria da Penha foi criada para proteger a vítima do seu agressor todavia,se 
por um lado é aplicada com eficiência, por outro, falham os órgãos competentes para 
executá-la mediante a falta de estrutura dos órgãos governamentais. 
É notável que a mulher, vítima de agressão, tem comparecido com maior 
frequência nas delegacias apropriadas, porém as medidas de proteção não são aplicadas 
como determina a Lei. 
Segundo Silvia Regina Fracasso 
O Brasil avançou muito desde a década de 80 na criação de instituições 
destinadas a frear a violência machista contra as mulheres. Em 1985 foi criada 
a primeira Delegacia da Mulher e depois surgiram as casas-abrigo para as 
 
 
 
vítimas e os órgãos judiciais especializados, até entrar em vigor, finalmente, a 
Lei Maria da Penha. Mas falta aplicar a legislação com eficiência e que os 
órgãos criados para a executar operem adequadamente, queixam- se ativistas, 
vítimas e parentes de vítimas( S.R.F p 62). 
A autora Maria da Penha Maia Fernandes da Lei n° 11.340/06, num ato 
desesperado, declarou que “deveria ter uma lei para prender imediatamente em virtude 
de ameaça. Só assim diminuiriam os ataques contra as mulheres” (jornal O POVO, página 
06, no caderno Opinião). 
Diante dessa colocação, ela incita que a lei que leva o seu nome demonstra 
ineficácia. É lamentável quando a própria inspiradora da Lei faz esse desabafo, uma vez 
que, a Lei dá diretrizes à proteção da vítima e a punição do agressor, observa assim que 
não há ineficácia na lei e sim na sua aplicabilidade. 
Em entrevista ao site O Globo, o Ministro Gilmar Mendes no dia 30 de Setembro 
de 2010, afirmou que: 
O juiz tem que entender esse lado e evitar que a mulher seja assassinada. Uma 
mulher, quando chega à delegacia, é vítima de violência há muito tempo e já 
chegou ao limite. A falha não é da lei, é na estrutura, disse, ao se lembrar que 
muitos municípios brasileiros não têm delegacias especializadas, centros de 
referência ou mesmo casas de abrigo. (extra.globo.com, 2010). 
 
É dever da administração pública criar mecanismos para proteger as vítimas de 
violência. Enquanto a lei garante direitos às mulheres violentadas, o papel do governo é 
promover condições favoráveis na proteção da vítima, construir abrigos dignos com 
profissionais competentes para ressocialização do ser humano que sofreu traumas 
psicológico, físico e moral. 
Em entrevista ao jornal Recomeço, esclarece Miguel Reale Júnior 
 
Se a administração pública não cria as casas de albergados, o Judiciário 
acaba sendo obrigado a transformar a prisão albergue em prisão 
domiciliar,apesar de a lei de execução proibir terminantemente isso. O 
que é a prisão domiciliar? É nada, é a impunidade. Você tem uma 
impunidade que decorre do fato de a administração pública não criar os 
meios necessários de a magistratura aplicar a lei, de o Ministério Público 
controlar. De outro lado, a inoperância não está na fragilidade da lei,está 
na frafragilidade da apuração do fato(REALE, 2010) 
 
 
 
 
Logo, faz-se necessário a celeridade na aplicabilidade da lei Maria da Penha em 
punir com rigor àqueles que promovem a violência, nas condições e agilidade no 
cumprimento da lei contra os possíveis agressores no âmbito familiar. 
 
2.6.8 Primeira Delegacia de Defesa da Mulher 
 
A primeira criação de Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), ocorreu em 06 de 
agosto de 1985, com o decreto nº 23.769/85 surgiu a primeira delegacia da mulher na 
Secretaria Pública de São Paulo, de forma que à atribuição de acolhimento, e amparo a 
mulher. Esta delegacia não possuía uma cadeia própria, assim não efetuava serviços de 
carceragem, portanto, não era possível manter a agressor detido. 
Evidencia a chegada da primeira delegacia em São Paulo, foi um referencial para 
a criação de outras pelo país, isso, foi marco importante no sistema criminal brasileiro, 
pois, originou a clareza da violência contra as mulheres. 
Contudo o Estado, não foi suficiente na criminalização da violência contra 
mulher, não aplicou nas necessidades básicas da DDM, bem como: qualificação dos 
funcionários, assistência psicológico, assistência social, assistência à saúde, orientação 
jurídica, casas de abrigo e principalmente medidas protetivas. Não foi relacionada a 
importância das atividades educativas neste momento, no entanto estas não deixaram de 
ser o foco das entidades não-governamentais feministas. 
O anteprojeto do decreto relatava que só poderia investigar crimes sexuais, 
como estupro e atentado violento ao pudor, a lesão corporal não foi incluída. 
Assim como também não foi incluído o crime de homicídio, tendo como base 
o fato de já existir uma delegacia de polícia específica na averiguação nessa 
espécie de delito. As feministas lutaram pela inserção dos dois crimes: de 
lesão corporal e homicídio, nas atribuições da DDM. Nesse momento, a mídia 
enfocava bem esta discussão e afirmava que a violência doméstica e conjugal 
era a principal espécie de violência contra a mulher na sociedade. Mas as 
demandas das feministas não foram atendidas. (PASINATO e SANTOS, 
2008. p.11) 
 
https://www.sinonimos.com.br/assistencia/
 
 
 
Desde que a Delegacia da Mulher foi fundada, quase todas as denúncias traziam 
fatores de espancamento, e quase nunca ao estupro, o que sustentou ainda mais os 
argumentos feministas (Santos 2005). 
Com a pressão feminista, em 1989, o Governador do Estado de São Paulo, 
ampliou a competência das delegacias da mulher através do Decreto nº 29.981/89, com a 
inserção das atribuições para verificação de delitos contra a honra, tais como calúnia, 
injúria e difamação, e do crime de abandono. No entanto a mudança mais profunda 
ocorreu em 1996, com o Decreto nº 40.693/96, que possibilitava a essas delegacias 
apurar com mais qualidade os crimes contra as mulheres. 
 
2.6.8.1. Dos juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher – JVDFM 
 
Uma mudança trazida pela Lei n° 11.340 07 de Agosto de 2006 para o combate 
a violência doméstica, foi a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar 
contra a Mulher (JVDFM), conforme prevê o artigo 14 da referida lei. 
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, 
órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser 
criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o 
processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de 
violência doméstica e familiar contra a mulher. Parágrafo único. Os atos 
processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as 
normas de organização judiciária. Com jurisdição tanto criminal como cível, 
acopla à ideia de proteção integral à mulher vítima de violência doméstica e 
familiar, de forma a facilitar o acesso à Justiça, permitindo que o juizda causa 
tenha uma visão integral de todo o aspecto que a envolve, no qual as adoções 
de medidas criminais contra o agressor são de competência do Juiz Criminal, 
mas aquelas ao vínculo conjugal são de competência do Juiz de Família 
(SOUZA, 2007, p. 137). 
Todavia, não há condição de instalação de Juizados em todos os municípios 
brasileiros, pois a lei apresenta que caberá às Varas Criminais analisar e julgar as causas 
decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
 
 
 
Obesrva-se que as providências legais cabíveis a serem tomadas pela autoridade 
policial nos casos de violência doméstica contra a mulher são de grande importância 
para o combate a violência doméstica, como prevê os artigos abaixo: 
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e 
familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da 
ocorrência adotará, de imediato, as providências legais cabíveis. Parágrafo 
único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de 
medida protetiva de urgência deferida. 
 É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento 
policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores preferencialmente 
do sexo feminino - previamente capacitados. 
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica 
e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências: 
I - Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato 
ao Ministério Público e ao Poder Judiciário; 
II - Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico 
Legal; 
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou 
local seguro, quando houver risco de vida; 
IV - Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus 
pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar; 
V - Informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços 
disponíveis. 
 
 Assim, a obrigação do Estado em cobrir a segurança das mulheres nos espaços 
público e privado estão previstas na Lei Maria da Penha, a qual determina as linhas de 
uma política de prevenção e atenção no enfrentamento da violência doméstica e 
familiar, social,em sua emancipação e autonomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
O objetivo nesse artigo consiste em analisar as formas de violência contra as 
mulheres e as várias formas de violência que deixam mulheres com traumas que as 
acompanham por toda a vida. A lei trouxe consigo conhecimento aos agressores de que seus 
atos não são corriqueiros ou normais e que suas companheiras não são sua propriedade, 
alem das consequencias quanto a punição de tais condutas. 
A lei trouxe mecanismos de punição para essa violência afim de que os direitos 
das mulheres sejam respeitados e preservados. Um mecanismo de extrema importancia é 
o fato de que o crime deixou de ser considerado crime de menor potencial ofensivo, 
saindo da competência dos Juizados Especiais Criminais e as penas pecuniárias como 
multa e pagamento de cestas básicas já não existem mais. 
 A Lei nº11.340/2006 vem sofrendo várias alterações no âmbito jurisprudencial 
com a finalidade de eficácia concreta em seus efeitos, que vão desde a criação de Juizados 
de Violência Doméstica até a prisão preventiva do agressor. 
 Dessa forma, é necessário que o Estado invista em políticas públicas capazes de 
combater a violência contra mulher e os processos pedagógicos e educativos que visem o 
fortalecimento da denuncia, impedido que as vitimas calem diante da violência que sofrem. 
 Além disso é imperioso que a haja uma educação de emancipação que invista na 
mulher e a eduque para a liberdade e em prol da resistência ao sexismo, machismo e 
subserviência. Por isso, é válido questionamos quais seriam esses processos pedagógicos 
que aliados às políticas públicas que contribuam para o fim das diversas formas de 
violência contra a mulher. 
 A mulher na sociedade tem conseguido avanços em diversas áreas, econômica, 
social e cultural, mesmo tendo conseguido tantas conquistas, a violência contra a mulher 
está latente em todas as classes e camadas sociais. 
 Diante das mudanças e dos movimentos de erradicação a violência doméstica, a 
realização dessa pesquisa tem o objetivo de demonstrar o perfil dessas mulheres que 
sofrem todos os tipos de violência buscando chamar a atenção do poder público pela falta 
de uma instituição que acolha essas mulheres. 
 É visível necessidade de políticas públicas urgentes para o combate a violência 
doméstica, é preciso concientizar a vítima, punir o agressor e educar a sociedade no sentido 
 
 
 
de não haver novas agressões e para denunciar as que já foram proferidas. Todas as leis e 
lutas já iniciadas nunca serão suficientes se algum lugar ainda existir uma mulher sofrendo 
esse tipo de violência. 
 Nesse sentido, espero que esse trabalho sirva para contribuir como manifestação 
as desigualdades que ainda permeiam em nosso século entre o homens e mulheres e que 
,não seja somente como instrumento para a conclusão desse curso mas que venha a 
conscientizar as mulheres para que possam perceber que elas são capazes de sair dessa 
situação de violência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://niceborges.jusbrasil.com.br/artigos/491167179/a-lei-maria-da-penha-e-os-aspectos-conflitantes-face-a-sua-aplicabilidade
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