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Direitos e Garantias Fundamentais – Teoria Geral II
DIREITO CONSTITUCIONAL
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – TEORIA GERAL II 
5. DIMENSÕES SUBJETIVA E OBJETIVA
5.1 Dimensão Subjetiva
O indivíduo ora pode exigir do Estado uma conduta negativa (uma absten-
ção, um não fazer) frente aos direitos fundamentais, ora pode exigir prestações 
estatais positivas, visando à implementação desses direitos, principalmente aos 
de cunho social.
5.2 Dimensão Objetiva
Os direitos fundamentais irradiam suas normas sobre todo o ordenamento 
jurídico (eficácia irradiante), impondo a todos os poderes do Estado a observân-
cia desses direitos. Na eficácia objetiva, deve-se observar os direitos fundamen-
tais.
6. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
a) Historicidade – os direitos fundamentais estão em constante criação e 
transformação, pois são resultados de um processo histórico.
b) Universalidade – os direitos fundamentais destinam-se a todos os seres 
humanos. É da essência dos direitos fundamentais a sua generalidade.
A característica da universalidade não garante o mesmo direito a todas as 
pessoas. 
c) Inalienabilidade – os direitos fundamentais são intransferíveis e inegociá-
veis, já que são desprovidos de conteúdo econômico e patrimonial.
d) Imprescritibilidade – os direitos fundamentais não se perdem com o 
tempo, ou seja, não prescrevem, porque são sempre exigíveis.
e) Irrenunciabilidade – os direitos fundamentais são irrenunciáveis, uma vez 
que seu titular deles não pode dispor, embora possa deixar de exercê-los. 
f) Indivisibilidade – os direitos fundamentais (direitos civis, políticos, sociais, 
econômicos e culturais) formam um todo interdependente. 
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g) Concorrência – em um mesmo titular, podem acumular-se vários direitos, 
como, por exemplo, o direito de liberdade de manifestação do pensamento com 
o direito de reunião ou de associação. 
h) Proibição do retrocesso – uma vez reconhecidos, não podem ser supri-
midos, abolidos ou enfraquecidos. 
i) Inviolabilidade – devem ser observados (não violados) tanto pelo Estado 
(eficácia vertical) quanto pelos particulares (eficácia horizontal).
A inviolabilidade refere-se à dimensão objetiva.
j) Aplicação imediata – as normas definidoras dos direitos e garantias funda-
mentais têm aplicação imediata. 
O art. 5º, § 1º, menciona que os direitos fundamentais possuem aplicação 
imediata. Isso significa que, em regra, os direitos podem ser invocados desde 
que a Constituição passou a vigorar e, também, que os poderes públicos devem 
proporcionar máxima efetividade a tais direitos.
Para completa aplicabilidade, alguns direitos fundamentais dependem de 
norma posterior. A aplicação imediata não diz respeito a completude da norma, 
já que existem direitos fundamentais que são autoaplicáveis e outros que depen-
dem de legislação posterior para produzir todos os seus efeitos. 
Ex.: art. 5º, XXXII – defesa do consumidor (Código de Defesa do Consumi-
dor). 
k) Limitabilidade – os direitos fundamentais não são absolutos. 
Segundo o STF, os direitos fundamentais podem sofrer restrições, portanto 
não são absolutos. Em caso de flagrante delito, por exemplo, a casa pode ser 
violada. 
Atenção!
O Estado pode limitar direitos fundamentais, pois uma lei pode estabelecer 
restrições. Nesse sentido, a Teoria dos Limites dos Limites afirma que os limites 
não podem impedir totalmente o exercício do direito. 
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7. A TEORIA DOS LIMITES DOS LIMITES
 – qualquer limitação (restrição) aos direitos fundamentais têm que respei-
tar o núcleo essencial.
 – as limitações devem ser proporcionais e devem obedecer a seus sub-
princípios:
a) Adequação – o meio deve ser apto ao fim visado.
b) Necessidade – não deve haver outro meio menor gravoso para se atingir 
o objetivo.
c) Proporcionalidade em sentido estrito – o ônus com a medida restritiva 
deve ser menor que o bônus.
8. EFICÁCIA VERTICAL E HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
8.1. Eficácia Vertical
A eficácia significa que os direitos fundamentais produzirão efeitos na relação 
Estado versus indivíduo. Esses efeitos dizem respeito a defender e exigir “um 
fazer” do Estado.
8.2. Eficácia Horizontal (externa ou privada)
Atualmente, o STF e a doutrina adotam a teoria da eficácia horizontal. Nela, 
há indivíduos dos dois lados da relação. 
9. GERAÇÕES, DIMENSÕES, ETAPAS OU IDADES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
9.1. Primeira Geração ou Dimensão (o foco é a liberdade)
 – direitos civis e políticos.
 – liberdades clássicas, negativas ou formais.
 – limitação ao poder do Estado.
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9.2. Segunda Geração ou Dimensão (o foco é a igualdade)
 – direitos sociais, econômicos e culturais.
 – exigem uma prestação estatal positiva.
 – liberdades positivas, reais ou concretas. 
9.3. Terceira Geração ou Dimensão (o foco é a solidariedade e a frater-
nidade)
 – poderes de titularidades coletivas atribuídas genericamente a todas as 
formações sociais (direitos transindividuais, metaindividuais).
 – meio ambiente, defesa do consumidor, proteção da infância e da juven-
tude, desenvolvimento, autodeterminação, progresso, paz.
9.4. Quarta Geração ou Dimensão
 – Paulo Bonavides: os direitos de quarta geração referem-se ao direito à 
democracia, à informação e ao pluralismo (foco na globalização política 
e na universalização).
 – Noberto Bobbio: a quarta geração trata dos direitos relacionados à enge-
nharia genética (foco na proteção do patrimônio genético da humanidade 
e na biotecnologia).
Nessa geração, há divergência quanto ao conteúdo.
9.5. Quinta Geração ou Dimensão
Embora a doutrina dominante classifique o direito à paz como terceira gera-
ção, o professor Paulo Bonavides insere o direito à paz na quinta geração.
�����������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Wellington Antunes.