ATPS 1 e 2- Bases Biologicas do Comportamento (2)

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FACULDADE ANHANGUERA – UNIDADE 3
Fernanda Sancho
Lucas Elias Pinheiro
ANÁLISE DO FILME “O HOMEM ELEFANTE”
Campinas/2016
BASES BIOLÓGICAS DO COMPORTAMENTO
6º SEMESTRE
ANÁLISE DO FILME “O HOMEM ELEFANTE”
DISCENTES:
Fernanda Sancho – R.A: 7085572949
Lucas Elias Pinheiro – R.A: 7092573671
DOCENTE:
César Rosolém
Anhanguera Educacional
Março/2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................04
DESENVOLVIMENTO....................................................................................................05-06
DISCUSSÃO............................................................................................................................07
CONCLUSÃO.........................................................................................................................08
BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................09
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o objetivo de analisar o filme “ O Homem Elefante” abordando os aspectos biológicos que estão envolvidos na patologia do personagem principal, além de entender melhor a definição da anomalia e envolver o conceito do condicionamento operante que está presente no filme.
DESENVOLVIMENTO
O filme “O Homem Elefante” é baseado na história real de Joseph Merrick, que sofria de uma doença congênita denominada neurofibromatose múltipla. 
A neurofibromatose múltipla (Von Recklinghausen) é uma síndrome de caráter hereditário e é originada da bainha mielínica dos nervos. É uma desordem genética autossômica dominante e é classificada como uma das síndromes neurocutâneas mais frequentes, é caracterizada pela presença de neurofibromas múltiplos, anomalias esqueléticas, envolvimento do sistema nervoso central e está relacionada ainda a doenças endócrinas, transtornos mentais, defeitos congênitos e alterações oculares em alguns pacientes.
Quando Joseph Merrick nasceu a doença não foi detectada, apenas após os 05 anos de idade que a mesma foi identificada e que os sintomas foram progredindo rapidamente. Sua mãe faleceu quando Merrick tinha por volta dos 10 anos de idade, vítima de tuberculose. Seu pai casou-se novamente com uma mulher que fazia com que ele trabalhasse na rua, até que sua deformidade foi ficando mais aparente e teve que parar por estar assustando pessoas nas ruas.
A única saída que encontrou para conseguir se manter foi participando de freak shows devido sua anomalia genética e nesse caminho enfrentou diversos tipos de preconceito e maus-tratos.
Merrick foi o caso mais grave já registrado de neurofibromatose múltipla. Aos 21 anos, quando foi encontrado pelo Dr. Treves, sofria de bronquite crônica, tinha uma acentuada curvatura na espinha, crescimento excessivo no crânio, perda da pele e tumores fibrosos que cobriam 90% do seu corpo.
Uma cena do filme onde chama a atenção é quando o Dr. Treves tenta provar para o diretor do hospital que Joseph Merrick tem perfeitas condições mentais, mesmo sem acreditar nisso, e tenta iniciar um diálogo e uma aproximação com Merrick para que treiná-lo para falar e agir de forma com que ele consiga uma vaga permanente na instituição. 
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) acreditava que todo e qualquer comportamento poderia ser controlado e moldado de acordo com as necessidades de cada um, se interessando pelo processo de aprendizado como um agente de mudança do comportamento. Skinner levantou o conceito de condicionamento operante, que está relacionado à fisiologia do organismo, seja ele animal ou humano.
Essa forma de condicionamento é considerada um mecanismo de aprendizagem de um comportamento novo, pra isso, utiliza-se reforços (positivos e negativos) e punições (positivas e negativas) para utilização em uma determinada resposta de um indivíduo de forma com que seja possível moldar esse comportamento.
O reforço positivo acaba servindo como uma recompensa para um comportamento adequado de forma que aumente a probabilidade para que ele se repita, enquanto o reforço negativo é alguma ação que evite uma consequência indesejada.
DISCUSSÃO
Na cena citada acima onde o Dr. Treves quer provar que o problema de Joseph Merrick é apenas físico, ele tenta uma aproximação com o paciente informando que só vai conseguir ajuda-lo a permanecer na instituição se ele colaborar também e faz com que Merrick vença sua insegurança e se comunique verbalmente com ele. 
Assim que o paciente fala as primeiras palavras vencendo essa barreira, o Dr. Treves reforça positivamente o comportamento de Merrick, de forma com que ele fosse incentivado a repetir tal comportamento se comunicando cada vez mais e melhor. 
Através do reforçamento positivo emitido pelo Dr. Treves, ele se libera emocionalmente e intelectualmente, mostrando que é mentalmente perfeito e que sua patologia não estava interferindo na parte cognitiva.
Como Merrick gostava de receber visitas e de ter contato com outras pessoas, seu médico decidiu organizar diversos encontros com pessoas da sociedade de Londres para o paciente. Porém, a maior parte deles estava ali apenas pela repercussão que sua anomalia tinha causado e não conseguiam disfarçar seu desconforto diante dele. Sendo assim, a enfermeira chefe do hospital conversou com o Dr. Treves e criticou sua atitude, pois ele estava permitindo outra que Merrick fosse usado como objeto para matar a curiosidade dos indivíduos causando forte impacto na consciência do médico.
Joseph Merrick antes de falecer concluiu um trabalho artístico, assistiu a uma peça no teatro sendo homenageado por sua amiga Sra. Kendal e agradeceu ao Dr. Treves por tudo o que havia feito por ele, pois finalmente estava se sentindo plenamente feliz após tudo o que tinha passado. 
Durante o filme, Merrick afirma que queria poder dormir como uma pessoa normal, mas devido a sua anomalia precisava dormir sentado para não ser asfixiado. Porém, foi isso o que ele fez após ter tido esse dia repleto de conquistas, resolveu dormir pela primeira vez deitado e essa foi a causa provável de sua morte.
CONCLUSÃO
Na maior parte dos casos registrados de neurofibromatose múltipla, as manifestações tidas pelos pacientes são relativamente brandas, nada que se compare com o caso de Joseph Merrick, pois conforme dito anteriormente, seu caso foi o mais grave já registrado. Com a divulgação dos livros e filmes referente a este caso, grande parcela que sofria com essa patologia congênita declarou ter sofrido terrivelmente desenvolvendo inclusive problemas de ordem psiquiátrica.
Após sua ingressão ao hospital, Merrick teve grandes conquistas e finalmente uma relação amigável com outros indivíduos onde era tratado de uma forma especial e conseguiu se sentir amado depois de tantos anos sendo apenas maltratado. 
Mesmo após todo seu desenvolvimento e conquistas adquiridas, é possível que sua morte tenha ocorrido de forma consciente causando certo questionamento após assistir o filme, pois Merrick havia dormido a vida inteira sentado, por estar ciente de sua condição e suas limitações.
Para ele, que era exageradamente romântico e sensível, não se sabe até que ponto a lembrança do amor materno e o apoio durante sua estadia no hospital seriam capazes de amenizar as marcas das cicatrizes morais referente aos longos anos de maus tratos, humilhações, discriminações e a angústia por se sentir preso à própria monstruosidade, impossibilitando ter um contato maior e uma relação amorosa com outras pessoas.
BIBLIOGRAFIA
FERRARI.M. “B. F. Skinner, o cientista do comportamento e do aprendizado”. Revista Escola. Editora Abril. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/formacao/skinner-428143.shtml?page=0>Acesso
em Março/2016.
HEGUEDUSCH. C.N.D.S. “Neurofibramatose”. 2010. Disponível em:
< http://pt.slideshare.net/estudandoraras1/neurofibromatose> Acesso em Março/2016.
O Homem Elefante. Direção: David Lynch. Produção: EUA. 1980, 2h5m. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=NHm2m5Uj6M8> Acesso em Março/2016SARDANO. E.D.J. “Reflexões em torno do filme “O Homem Elefante”. 2011. Disponível em:
<http://www.saocamilo-sp.br/pdf/bioethikos/85/201-211.pdf> Acesso em Março/2016.
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