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Aula 1 – 08/02 – Introdução a Terapia Cognitivo Comportamental - Consiste em uma abordagem psicológica fundamentada no modelo teórico do processamento cognitivo. Integrada ao modelo comportamental do condicionamento clássico de Watson - gerou o termo cognitivo-comportamental. · Behaviorismos - Watson - Condicionamento clássico - Skinner - Condicionamento operante · Behaviorismo radical Monista - não há separação entre corpo e mente. Considera apenas o organismo · Cognitivismo Dualista - há separação entre corpo e mente. Considera a mente como existente · Princípios básicos do cognitivismo Estímulo > avaliação cognitiva > comportamento > reforço > crença > define novos comportamentos > reforço > fortalece as crenças > patologia - Surgiu na década de 70 com uma quarta força dentre as psicoterapias existentes; - Estruturalista Aaron Beck e Judith Beck - Racional emotiva Albert Ellis - Cognitivo construtivista Mahoney Aula 2 – 15/02 – TCC de Aaron Beck e Judith Beck e os 10 Axiomas da Terapia Cognitiva 1 - O principal caminho do funcionamento ou da adaptação psicológica consiste de estruturas de cognição com significado, denominadas ESQUEMAS. - SIGNIFICADO refere-se à interpretação da pessoa sobre um determinado contexto e da relação daquele contexto com o self. 2 - A função da atribuição de significado (tanto a nível automático como deliberativo) é controlar os vários sistemas psicológicos (comportamental, emocional, atencional e memória), portanto o significado ativa estratégias para adaptação. 3 - As influências entre sistemas cognitivos e outros sistemas são interativas. 4 - Cada categoria de significado tem implicações que são traduzidas em padrões específicos de: - Emoção - Atenção - Memória e - Comportamento. Isto é denominado especificidade do conteúdo cognitivo. 5 - Embora os significados sejam construídos pela pessoa, em vez de serem componentes preexistentes da realidade, eles são corretos ou incorretos em relação a um determinado contexto ou objetivo. - Quando ocorre distorção cognitiva ou preconcepção os significados são disfuncionais ou maladaptativos (em termos de ativação de sistemas). - As distorções cognitivas incluem erros no conteúdo cognitivo (significado), no processamento cognitivo (elaboração de significado) ou ambos. 6 - Os indivíduos são predispostos a fazer construções cognitivas falhas específicas (distorções cognitivas) - Estas predisposições a distorções específicas são denominadas vulnerabilidades cognitivas. - As vulnerabilidades cognitivas específicas predispõem as pessoas a síndromes específicas; - Especificidade cognitiva e vulnerabilidade cognitiva estão interrelacionadas. 7 - A psicopatologia resulta de significados maladaptativos construídos em relação ao self, ao contexto ambiental (experiência) e ao futuro (objetivos), que juntos são denominados tríade cognitiva. - Cada síndrome clínica tem significados maladaptativos característicos associados com componentes da triade cognitiva. 8 - Há dois níveis de significado: - O significado público ou objetivo do evento, que pode ter poucas implicações significativas para um indivíduo. - O significado pessoal ou privado. O significado pessoal, ao contrário do significado público, inclui implicações, significação, ou generalizações extraídas da ocorrência do evento. - O nível de significado pessoal corresponde ao conceito de “domínio pessoal”. 9 - Há três níveis de cognição: A) O pré-consciente, o não-intencional, o automático = não percebido B) O nível consciente. C) O nível metacognitivo, que inclui respostas “realísticas” ou “racionais” (adaptativas) = o que eu sei sobre o que eu sei 10 - Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente, e são neste sentido estruturas teleonômicas (que evoluem, não ficam estáticas); - Portanto, um determinado estado psicológico (constituído pela ativação de sistemas) não é nem maladaptativo e nem adaptativo em si, apenas em relação a ou no contexto do ambiente social e físico mais amplo no qual a pessoa está. Aula 3 – 22/02 – Problemas e Orientações Teóricos > Tríade Cognitiva: Significados <-> Futuro <-> Contexto > Especificidade Cognitiva As vulnerabilidades cognitivas específicas predispõem as pessoas a síndromes específicas; Cada categoria de significado tem implicações que são traduzidas em padrões específicos de: - Emoção - Atenção - Memória e - Comportamento. > Vulneravilidade Cognitiva Predisposições a distorções específicas são denominadas vulnerabilidades cognitivas. Especificidade cognitiva e vulnerabilidade cognitiva estão interrelacionadas. > Distorções Cognitivas As distorções cognitivas incluem erros no conteúdo cognitivo (significado), no processamento cognitivo (elaboração de significado) ou ambos. > Inconsciente Cognitivo Estruturas e processos mentais que operam fora da consciência fenomenal, que, contudo, determinam experiência consciente, pensamento e ação. > A natureza construtivista do significado O significado que uma pessoa atribui a uma situação, ou a forma como um evento é estruturado, por uma pessoa, teoricamente determinará como aquela pessoa se comportará. O COMPORTAMENTO HUMANO NORMAL TEORICAMENTE DEPENDE DA CAPACIDADE DE A PESSOA COMPREENDER A NATUREZA DO AMBIENTE SOCIAL E FÍSICO DENTRO DO QUAL ELA ESTÁ SITUADA. > Papel do terapeuta EMPATIA COMPREENSIVA: Envolve um estado Construtivista. Partilhar o mundo de significados do paciente. REALISTA EMPIRISTA: Levar o paciente a focalizar-se mais no que está acontecendo. Buscar mais informações e gerar explicações alternativas para o evento Aula 4 – 01/03 – Princípios da Terapia Cognitiva · Princípio 1 A terapia cognitiva se baseia em uma formulação em contínuo desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos. 1: Identificar o pensamento atual que ajuda a manter os sentimentos. 2: Identifica fatores precipitantes que influenciam as percepções. 3: Levanta hipóteses sobre eventos desenvolvimentais chaves e padrões duradouros de interpretação dos eventos que podem ter predisposto a patologia · Princípio 2 A terapia cognitiva requer uma aliança terapêutica segura: Cordialidade, Empatia, Atenção, Respeito genuíno, Competência. · Princípio 3 A terapia cognitiva enfatiza colaboração e participação ativa - A princípio o terapeuta é mais ativo em sugerir uma direção para as sessões. - Conforme o paciente vai evoluindo, ele atua com mais frequência (o próprio paciente vai se auto-percebendo, se auto-orientando) · Princípio 4 A terapia cognitiva é orientada em meta e focalizada em problemas: - O terapeuta ajuda a avaliar pensamentos que interferem em sua meta. - O terapeuta presta atenção particular aos obstáculos que impedem o paciente de resolver problemas e atingir metas sozinho. · Princípio 5 A terapia cognitiva inicialmente enfatiza o presente – a resolução ou avaliação mais realista das situações aflitivas no momento levam a uma redução de sintomas. Volta-se ao passado em 3 circunstâncias: - Quando o paciente expressa predileção por isso. - Quando o trabalho voltado a problemas atuais produz pouca ou nenhuma melhora. - Quando o terapeuta julga importante entender como e quando as ideias disfuncionais se originaram. (muitas vezes onde originou-se a crença) · Princípio 6 - A terapia cognitiva é educativa, visa ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta. - Enfatiza a prevenção de recaída (processo de aprendizagem sobre como o paciente funciona; ensina a pessoa a se auto-avaliar). · Princípio 7 - A terapia cognitiva visa ter um tempo limitado. - Pacientes honestos com seus transtornos têm uma melhora entre 4 e 14 sessões. - Alguns pacientes requerem um ou dois anos – às vezes mais – para modificar suas crenças disfuncionais muito rígidas. · Princípio 8 As sessões são estruturadas: - Verifica o humor - Solicita breve revisão da semana - Estabelece colaborativamente a agenda - Discute os itens da agenda. - Estabelece nova lição de casa. - Resume o que foi trabalhado. · Princípio 9 A terapia cognitiva ensina os pacientes a Identificar, Avaliar e Responderà Pensamentos e Crenças DISFUNCIONAIS. · Princípio 10 A terapia cognitiva utiliza uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, humor e comportamento, de acordo com o transtorno e o paciente: - Questionamento Socrático. - Descoberta orientada. - Treino de assertividade. - Treino em resolução de problemas - Modelagem - Relaxamento - PARE Aula 5 – 15/03 – Desenvolvendo-se como terapeuta cognitivo - Para o observador não treinado a terapia cognitiva parece simples. - O modelo cognitivo que influencia nossas emoções e comportamentos é bastante direto. - Terapeutas experientes realizam muitas tarefas ao mesmo tempo. · Estágios do desenvolvimento do terapeuta: - Estágio 1: Aprende a estruturar sessão e utilizar técnicas básicas; Aprende habilidades de conceituar casos. - Estágio 2: Os terapeutas começam a integrar sua conceituação com seu conhecimento das técnicas. - Estágio 3: Integram mais automaticamente dados novos na conceituação; Refinam a habilidade de formular hipóteses para confirmar ou não sua visão do paciente. · Conceituação Cognitiva: Forma de estruturar e organizar informações que fornece entendimento do processo cognitivo do paciente > Formulação do caso > Perguntas iniciais: 1. Qual o diagnóstico do paciente? 2. Quais seus problemas atuais, como se desenvolveram e como são mantidos? 3. Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados ao problema? 4. Quais reações (emocionais, fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao seu pensamento? > Hipóteses a serem levantadas: 1. Que aprendizagens e experiências antigas (e talvez predisposição genética) contribuem para seus problemas de hoje? 2. Quais suas crenças subjacentes e pensamentos? 3. Como enfrentou suas crenças disfuncionais? 4. Quais mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais positivos e negativos desenvolveu para enfrentar suas crenças? 5. Como vê ele mesmo, os outros e o futuro? 6. Que estressores contribuíram para seus problemas psicológicos ou interferiram em sua habilidade para resolver esses problemas? > Componentes a serem identificados: - PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS: Pensamentos avaliativos rápidos. Não são controlados antes que aconteçam. - CRENÇAS: Ideia que as pessoas desenvolvem sobre si mesmas, as pessoas e o mundo; Crenças centrais são tão fundamentais e profundos que a pessoa não os articula nem a si mesmas. - CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS: Atitudes, Regras, Suposições Aula 6 – 22/03 – Identificando Pensamentos Automáticos - A interpretação de uma situação, frequentemente expressa em pensamentos automáticos, influencia as respostas Emocional, Comportamental e Fisiológica subsequentes; assim como os pensamentos automáticos: > Os pensamentos automáticos são um fluxo de pensamento que coexiste com um fluxo de pensamento mais manifesto. Neste sentido, pode-se afirmar que acontecem simultaneamente a pensamentos comuns. - Não são controlados, a princípio. - Surgem sem controle e dominam os sentimentos. - São, normalmente bastante breves, - O paciente fica mais ciente da emoção que sente em decorrência do pensamento do que o pensamento em si. - A emoção sentida é logicamente conectada ao conteúdo do pensamento automático. - Comumente em forma abreviada (“Vou morrer”) - Podem ser Verbais, Visuais ou ambas (“Imagem de se jogar contra um caminhão de cana”) - Três tipos: distorcido de algum modo e ocorre, apesar de evidências objetivas contrárias; ocorre e a conclusão que o paciente extrai é distorcida; ou o pensamento é correto mas aumenta a ansiedade e diminui a concentração. · Resumindo: - Coexistem com um fluxo mais manifesto de pensamentos. - Surgem espontaneamente e não são embasados em reflexão ou deliberação. - As pessoas são mais cientes da emoção e não do pensamento. - Estão associados a emoções específicas dependendo do conteúdo e significado. - As pessoas os aceitam como verdadeiros - Identificar, avaliar e responder a PA’s produz mudanças positivas no afeto. > Explicando os PA para o paciente. É desejável explicar usando os exemplos do próprio paciente. - Obtendo os PA: O momento ideal é quando o terapeuta percebe mudança no afeto do paciente; Indícios verbais e não-verbais de “cognições quentes” - Modificando os PA: Identifica > Descrever a situação > Imaginar a situação (Se for preciso, encenar) - Identificando a situação problemática: Propor problemas perturbadores e pedir ao paciente para eliminar o problema e dizer quanto de alívio sente. (já com o caso estruturado) - Diferencie PA de Interpretação: Muitos pacientes trazem a interpretação e não o pensamento em si; - Distinguir entre PA úteis e menos úteis: PA menos úteis são normalmente marcados por uma aflição associada. - Especificando os PA implícitos no discurso: Especificar as palavras reais que passam pela cabeça. - Mudando a forma dos pensamentos telegráficos: O terapeuta orienta o paciente a expressar o pensamento o mais exato possível. - Ensinar a identificar os PA: Demonstrando o modelo cognitivo ao paciente com exemplos dele próprio.
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