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Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
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MÓDULO 
04 
 
Modelo Conceitual 
do Prontuário 
Eletrônico e Fluxo 
do Cidadão na APS 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
3 
Índice 
Objetivos 3 
Fluxo do Cidadão na APS 4 
Modelo conceitual do Prontuário Eletrônico do Cidadão 7 
Registro Clínico Orientado por Problemas 8 
Classificação Internacional de Atenção Primária 10 
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas 
Relacionados com a Saúde 12 
Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, 
Medicamentos e OPM do SUS 13 
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, 
Bissexuais, Travestis e Transexuais 17 
Resumo 18 
Os objetivos do módulo “Modelo Conceitual do Prontuário 
Eletrônico e Fluxo do Cidadão na APS” são: 
 Apresentar o fluxo do cidadão na APS. 
 Apresentar o modelo conceitual do Prontuário Eletrônico do Cidadão: 
 Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP) e componentes; 
 Classificação Internacional de Atenção Primária – 2ª Edição (CIAP-2); 
 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a 
Saúde – 10ª Edição (CID-10); 
 Tabela de Procedimentos do SUS (SIGTAP); 
 Racionalidade em Saúde; 
 Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e 
Transexuais (PNSILGBT). 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
4 
Fluxo do Cidadão na APS 
Para entendermos a organização do fluxo do cidadão no sistema e-SUS APS, 
precisamos, primeiramente, conhecer a base conceitual para a criação das ferramentas do 
sistema, como o Módulo Atendimentos e a Agenda do PEC. Para isso, foi utilizado o Caderno 
de Atenção Básica (CAB) nº 28 - Volume I, que aborda o processo de acolhimento à demanda 
espontânea a partir da necessidade de atendimento do cidadão e apresenta um padrão de 
fluxo do cidadão na Unidade de Saúde da Família (USF) (BRASIL, 2020b). 
Esse fluxograma parte do pressuposto de que a recepção da USF é o primeiro contato 
do cidadão e que em certas situações imprevistas, deva haver um espaço adequado para 
escuta, análise, definição de oferta de cuidado com base na necessidade de saúde e, em alguns 
casos, intervenções. Em boa parte das USF, esse espaço é a “sala de acolhimento”, entretanto, 
vale lembrar que não basta ter uma “sala de acolhimento”. Também é equivocado restringir a 
responsabilidade pelo ato de acolher apenas aos trabalhadores da recepção (ou a qualquer 
trabalhador isoladamente), pois o acolhimento não se reduz a uma etapa nem a um lugar 
exclusivo (BRASIL, 2011; 2020b). 
A lógica do fluxograma supõe duas situações distintas: 1) pessoas com atividade 
agendada, como uma consulta agendada, ou com atendimento específico da rotina da USF, 
como por exemplo, uma vacina, devem ser recebidas e devidamente direcionadas na USF, 
evitando esperas desnecessárias na recepção (figura 1); e, 2) situações imprevistas que 
requerem organização da unidade e do processo de trabalho da equipe, tanto para 
compreendê-las quanto para intervir sobre elas quando necessário (figura 2). 
 
 
 
 
 
 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
5 
Figura 1: Fluxo do cidadão com atividade agendada ou com atendimento específico da rotina 
da na USF/UBS. 
 
Fonte: Brasil (2020b). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
6 
Figura 2: Fluxo de acolhimento à demanda espontânea. 
 
Fonte: Brasil (2020b). 
Vale destacar que esse fluxograma deve, sempre que necessário, ser adaptado, 
enriquecido, testado e ajustado, considerando a singularidade de cada lugar, de modo a 
facilitar o acesso, a escuta qualificada e o atendimento às necessidades de saúde das 
pessoas (BRASIL, 2011; 2020b). 
Sugerimos como leitura complementar, o Caderno de Atenção Básica (CAB) nº 28 
volumes I e II, disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BRASIL, 2011; 2013). 
 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
7 
Modelo conceitual do Prontuário Eletrônico 
do Cidadão 
Os atributos essenciais (acesso de primeiro contato, longitudinalidade, integralidade e 
coordenação do cuidado), os atributos complementares da APS (orientação familiar, 
competência cultural e orientação comunitária) e o processo de cuidar, próprio da Estratégia 
de Saúde da Família, são os principais pilares para a prática clínica na APS. Neste sentido, as 
equipes devem estar atentas a esses atributos, incorporando e qualificando os registros em 
seu processo de trabalho cotidiano, a fim de prover o cuidado efetivamente centrado nas 
pessoas, nas famílias e nas comunidades de seu território (STARFIELD, 2002; BRASIL, 2020a). 
A prática clínica na APS compreende: 
 Gestão do Processo Clínico Individual: organização de dados e de informações clínicas 
que permitem ter um conhecimento razoável, e a cada momento, da situação de saúde 
de cada pessoa adscrita. Inclui a abordagem clínica individual e a consulta em si, seja 
na unidade ou no domicílio do cidadão. 
 Gestão do Processo Familiar: entende a família como um sistema complexo e aberto, e 
aplica conhecimentos e métodos de análise da sua estrutura e dinâmica, identificando 
sua história e ciclo de vida, recursos e problemas. Inclui a abordagem familiar. 
 Gestão da Prática Clínica: diz respeito à organização da equipe para os cuidados às 
pessoas, famílias e comunidades do território. 
Esses conceitos foram os norteadores para a estruturação do Prontuário Eletrônico do 
Cidadão (PEC), a partir do modelo de Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP) que, 
em conjunto com a Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP), apresenta um 
potencial amplamente reconhecido a partir da capacidade de organizar e padronizar a 
informação, buscando garantir a continuidade e a longitudinalidade do cuidado, auxiliando na 
comunicação e na tomada de decisão, em equipe, e permitindo um arquivo de dados-base das 
pessoas e das famílias em acompanhamento, fornecendo, eventualmente, dados para a 
investigação científica ou prova para diligências legais (WONCA, 2009; BRASIL, 2020b). 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
8 
Registro Clínico Orientado por Problemas 
O Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP), também conhecido por Registro 
de Saúde Orientado por Problemas (ReSOAP), surgiu na década de 1960 e foi idealizado por 
Lawrence Weed. Com seu aprimoramento, uma das principais ferramentas apresentadas foi 
o método SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano) para o registro das notas de evolução 
clínica, ou seja, o método SOAP é o elemento central da forma de registro do cuidado no PEC 
(BRASIL, 2020a). 
O RCOP é composto por quatro componentes: 
1. Base de Dados: é composta pelos dados da primeira consulta ao cidadão, e inclui os 
seguintes blocos: Identificação, Antecedentes pessoais e familiares, exames clínicos e 
os fatores de risco, conforme detalhado a seguir: 
 O bloco de Identificação tem pelo menos duas fontes de informação: o Cadastro 
da APS e um bloco de informações mais administrativo para identificar 
corretamente e univocamente o cidadão (BRASIL, 2020b). 
 O bloco de Antecedentes inclui pessoais e familiares; informações gerais, como: 
cirurgias, internações e outras observações, registrando alguns possíveis fatores 
de risco. Os antecedentes pessoais são integrados à Lista de Problemas, 
entendendo estes como problemas resolvidos. Antecedentes Obstétricos está 
dividido em pessoais e familiares, também integrado a lista de problemas(BRASIL, 
2020b). 
 O bloco de exames clínicos e fatores de risco está integrado ao registro do SOAP, 
e são monitorados, quando necessário, pelas folhas de acompanhamento, 
vinculados a problemas ativos. Esses dados devem ser atualizados sempre que 
possível, a fim de ter a situação geral do paciente mapeada (BRASIL, 2020b). 
2. Lista de Problemas (folha de rosto): este componente se traduz em duas 
funcionalidades complementares, uma que compõe a folha de rosto do prontuário, 
porém que não se limita a apenas a lista de problemas e, outra, que serve para 
visualizar e gerenciar a lista de problemas de forma separada. A folha de rosto é 
composta por blocos de informação, similar a um sumário clínico do cidadão, 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
9 
estendendo a ideia original da lista de problemas principal com o bloco de últimos 
contatos, a lista de alergias e reações adversas e a lista de medicamentos ativos (em 
uso). Já a lista de problemas é organizada por duas listas: uma lista de problemas 
principais, composta por problemas ativos ou latentes (problemas que apesar de 
resolvidos, ainda podem ter influência negativa na saúde do paciente, como por 
exemplo, ex-fumante; familiares portadores de câncer de mama ou doenças 
cardiovasculares; entre outras); e outra lista com os problemas resolvidos (BRASIL, 
2020b). 
3. Evolução: o método SOAP tem por objetivo organizar as notas de registro na 
evolução do atendimento ao cidadão de maneira prática e padronizada. Apresenta-se 
organizado em itens sequenciais, titulados pela primeira letra de cada item: S 
(subjetivo), onde é registrado o que é o relato do paciente, se possível da forma como 
foi referido; O (objetivo), anotam-se os achados da observação do profissional de 
saúde, do exame físico e dos exames laboratoriais; A (avaliação) é o juízo que o 
profissional de saúde estabelece à luz das queixas, dos achados e do raciocínio clínico. 
É o espaço das especulações, inferências e conclusões; e, P (plano) é o item em que é 
anotada a conduta, seja solicitando exames, recomendando medicamento ou 
aconselhamento. Deste modo, o PEC estrutura o registro do atendimento utilizando 
apenas o SOAP. Em Subjetivo e Avaliação, cada problema tratado é codificado em 
uma lista de itens, permitindo um registro integrado sobre a situação de saúde do 
cidadão (BRASIL, 2020b). 
4. Folha de Acompanhamento (Fichas de resumo e fluxograma): a funcionalidade de 
Acompanhamento, contempla o último componente do RCOP. Ela permite aos 
profissionais de saúde, a partir dos itens monitorados pela lista de 
problemas/condições, o monitoramento de forma mais organizada (BRASIL, 2020b). 
 
 
 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
10 
Classificação Internacional de Atenção 
Primária – 2ª Edição (CIAP-2) 
Considerando que na APS, frequentemente o diagnóstico etiológico não é o mais 
importante, o Brasil adotou a Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP). 
Atualmente, está disponível a sua 2ª edição (CIAP-2). Essa classificação permite classificar não 
só os problemas diagnosticados pelos profissionais de saúde, mas os motivos da consulta e as 
respostas propostas pela equipe seguindo o método SOAP e considerando o contexto social. 
Por meio do uso da CIAP é possível conhecer melhor a demanda dos pacientes e o trabalho 
realizado, além potencializar a prevenção quaternária (evitando intervenções inadequadas), 
planejar as ações na USF e as atividades voltadas para o desenvolvimento profissional 
contínuo na APS. Cabe salientar que a CIAP não se trata de uma alternativa a Classificação 
Internacional de Doenças (CID), que continua importante para ser usada em 
morbimortalidade (WONCA, 2009; BRASIL, 2020b). 
A figura 3, a seguir, apresenta o modelo de registro, iniciando um episódio de cuidado, 
utilizando-se a CIAP. A partir do problema percebido pelo cidadão e o seu sentimento sobre a 
necessidade de cuidado, logo, ao acessar o serviço de saúde, devem ser registrados o motivo 
da consulta referido pelo cidadão, o problema de saúde detectado pelo profissional e a 
intervenção/procedimentos de cuidado (WONCA, 2009; BRASIL, 2020b). 
 
Figura 3: Modelo de registro de cuidado, utilizando CIAP.
 
Fonte: WONCA (2009). 
 
 
 
 
 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
11 
Aplicando-se esse modelo de registro ao PEC, temos: 
 Motivo da consulta: reflete a perspectiva da pessoa sobre o que está acontecendo com 
ela. O profissional de saúde deve registrá-la exatamente como o paciente se expressa, 
sem fazer qualquer juízo de valor quanto à veracidade ou exatidão da mesma. O bloco 
Subjetivo do SOAP, permite que sejam registrados mais de um motivo da consulta. 
 Problema de saúde: é o item principal de um episódio de cuidado, pode ser classificado 
de acordo com o estágio em que se encontra a gravidade do problema e o grau de certeza 
que se pode ter sobre o diagnóstico. O Problema de saúde, detectado ou avaliado, é 
registrado no bloco Avaliação do SOAP. 
 Intervenção/Procedimento de cuidado: consiste no plano de ação proposto de acordo 
com o motivo da consulta e avaliação realizados pelo profissional. A intervenção é 
registrada no bloco Plano do SOAP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
12 
Classificação Estatística Internacional de 
Doenças e Problemas Relacionados com a 
Saúde – 10ª Edição (CID-10) 
A CIAP sempre esteve ligada à amplamente reconhecida Classificação Estatística 
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), publicada pela 
Organização Mundial de Saúde (OMS). A classificação destinava-se originalmente à 
estatísticas de morbidade e a sua estrutura baseava-se em doenças (WONCA, 2009). 
A CID é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde mundialmente e 
contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. A primeira CID 
foi aprovada em 1893 e, desde então, vem sendo periodicamente revisada. A edição vigente, 
a décima revisão (CID-10), está em vigor desde 1993. A nova Classificação Estatística 
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 11) foi lançada pela OMS 
em 18 de junho de 2018 e entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022. Pela primeira vez, a CID 
é completamente eletrônica e apresenta novos capítulos, um deles sobre medicina tradicional 
e outro novo capítulo, sobre saúde sexual (OPAS, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://icd.who.int/
https://icd.who.int/
https://icd.who.int/
https://icd.who.int/
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
13 
Sistema de Gerenciamento da Tabela de 
Procedimentos, Medicamentos e OPM do 
SUS (SIGTAP) 
A Portaria GM/MS nº 321, de fevereiro de 2007, e a Portaria GM/MS nº 2.848, de 
novembro de 2007, instituíram a Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses/Próteses 
e Materiais Especiais (OPM) do SUS e o Sistema de Gerenciamento da Tabela de 
Procedimentos (BRASIL, 2020a). 
O SIGTAP é uma ferramenta de gestão que permite o acompanhamento sistemático, 
por meio de série histórica, das alterações realizadas a cada competência/mês. A versão web 
está disponível no endereço eletrônico do SIGTAP para acesso a Tabela de Procedimentos do 
SUS, as Notas Técnicas e para a geração de relatórios (BRASIL, 2020a). 
A Tabela de Procedimentos do SUS é organizada por: 
 Grupo: é o maior nível de agregação da tabela, agregando os procedimentos por 
determinada área de atuação, conforme a finalidade das ações a serem desenvolvidas. 
 Subgrupo: agrega os procedimentos por tipo de área de atuação. 
 Forma de Organização: agrega os procedimentos por diferentes critérios (área 
anatômica, especialidades, sistemas do corpo humano, tipos de aparelhos, tipos decirurgias, tipos de exames, por tipo de órteses, próteses e materiais especiais). 
 Procedimento: é a “célula” do SIGTAP e o maior nível de desagregação da tabela (quarto 
nível). É o detalhamento do método, do processo, da intervenção ou do atendimento do 
cidadão. 
A seguir apresentamos um diagrama da estrutura da Tabela de Procedimentos do SUS, 
na figura 4. 
 
 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt0321_08_02_2007.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt2848_06_11_2007.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt2848_06_11_2007.html
http://sigtap.datasus.gov.br/
https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Grupo
https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Subgrupos
https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Forma_de_Organiza%C3%A7%C3%A3o
https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Procedimento
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
14 
Figura 4: Diagrama sobre a Tabela de Procedimentos do SUS. 
 
Fonte: Brasil (2020a) 
 
A forma de codificação na Tabela de Procedimentos permite a identificação 
do procedimento de maneira mais direta. Conforme figura 5, a seguir, é composto por dez 
dígitos no qual os dois primeiros dígitos correspondem ao Grupo, o terceiro e quarto dígitos 
correspondem ao Subgrupo, quinto e sexto dígito correspondem a Forma de Organização, os 
três próximos dígitos são números sequenciais dentro da Forma de Organização e o último 
dígito é um dígito verificador (BRASIL, 2020a). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Procedimento
https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Grupo
https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Subgrupos
https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Forma_de_Organiza%C3%A7%C3%A3o
https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Forma_de_Organiza%C3%A7%C3%A3o
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
15 
Figura 5: Codificação de procedimentos. 
 
Fonte: Brasil, (2020a). 
 No dia-a-dia, nas telas de atendimentos do e-SUS, será possível selecionar os códigos 
SIGTAP apropriados. 
 
Usuário do Windows
Acredito que esse comentário é para a diagramação. Inclui tb nas ref.
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
16 
Racionalidade em saúde 
O termo Racionalidade em Saúde propõe uma abordagem multiprofissional de cuidado 
em saúde, incluindo as práticas tradicionais/populares, ancestrais e ou alternativas (BRASIL, 
2020b). Esse recurso está disponível no PEC a partir da versão 3.2, podendo serem 
selecionados códigos de SIGTAP específicos para as práticas durante o atendimento. 
Como forma de garantir a integralidade na atenção à saúde, o Ministério da Saúde criou 
a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, cuja 
implementação envolve justificativas de natureza política, técnica, econômica, social e 
cultural. Esta política atende, sobretudo, à necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar e 
implementar experiências desenvolvidas na rede pública no campo da medicina tradicional 
chinesa, acupuntura e outras terapias alternativas utilizadas em território nacional (BRASIL, 
2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
17 
Política Nacional de Saúde Integral de 
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e 
Transexuais (PNSILGBT) 
Para atender as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, 
Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT) foi incluído no sistema e-SUS APS, tanto na 
ficha de cadastro individual quanto no cadastro simplificado do PEC, o campo nome social e 
identidade de gênero (BRASIL, 2020a). Nesse sentido, o PEC não restringe as classificações 
do SIGTAP, CID, CIAP e demais funcionalidades para um determinado sexo. Ou seja, se o 
campo identidade de gênero for preenchido ao realizar o cadastro individual do cidadão, o 
PEC desabilita as críticas relacionadas ao sexo feminino ou masculino, permitindo o uso de 
todas as funcionalidades independente do sexo do cidadão (BRASIL, 2020b). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
18 
Resumo 
Fluxo do cidadão na APS: fluxograma do processo de acolhimento à demanda espontânea de 
uma pessoa na Unidade de Saúde a partir da necessidade de atendimento - padronizada e 
dependente de cada situação quanto à urgência, gravidade, cronicidade do caso, necessidade 
de encaminhamento e ao local de moradia do paciente. Mais detalhes no Caderno de 
Atenção Básica (CAB) nº 28. 
Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP) é composto por: 1. Base de Dados: 
Identificação, Antecedentes pessoais e familiares, Exames, fatores de risco. 2. Lista de 
Problemas (Folha de Rosto): sumário clínico do cidadão, lista de problemas principais e de 
problemas resolvidos. 3. Evolução: feita utilizando o método SOAP (subjetivo, objetivo, 
avaliação e plano). 4. Folha de Acompanhamento (fichas de resumo e fluxograma): utilizada 
para monitoramento. 
Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP-2) permite classificar não só os 
problemas diagnosticados, mas os motivos da consulta e as respostas propostas pela equipe. 
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde 
– 10ª Edição (CID-10), que conta com cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e 
causas de morte. 
Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS 
(SIGTAP) organizada os procedimentos por Grupo, Subgrupo, Forma de Organização e 
Procedimento, através de códigos numéricos. 
Racionalidade em Saúde: registro das práticas tradicionais, populares, ancestrais e ou 
alternativas. 
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais 
(PNSILGBT): incluí o campo nome social e identidade de gênero na ficha de cadastro 
individual e no cadastro simplificado do PEC. Se esses campos forem preenchidos, o PEC 
desabilita as críticas relacionadas ao sexo feminino ou masculino, permitindo o uso de todas 
as funcionalidades independente do sexo do cidadão. 
Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
19 
Referências: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. 
Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS. 
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2020a. Disponível em: http://sigtap.datasus.gov.br/tabela-
unificada/app/sec/inicio.jsp. Acesso em: 6 abr. 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Acolhimento à demanda espontânea. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. (Série A, Normas 
e Manuais Técnicos; Cadernos de Atenção Básica, n. 28, v. I). Disponível em: 
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/miolo_CAP_28.pdf. Acesso em: 6 abr. 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na Atenção Básica. 1. ed. reimp. 
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 28, v. II). Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_demanda_espontanea_queixas_comun
s.pdf. Acesso em: 6 abr. 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS: atitude de ampliação de 
acesso. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_compleme
ntares_2ed.pdf. Acesso em: 6 abr. 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. e-SUS Atenção Básica. 
Manual do Sistema com Prontuário Eletrônico do CidadãoPEC – Versão 3.2. Brasília, DF: 
Ministério da Saúde, 2020b. Disponível em: http://aps.saude.gov.br/ape/esus/manual_3_2/. 
Acesso em: 6 abr. 2020. 
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE - OPAS. OMS divulga nova Classificação 
Internacional de Doenças (CID 11). Brasília, DF, 18 jun. 2018. Disponível em: 
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5702:oms-
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2ed.pdf
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http://www.sbmfc.org.br/wp-content/uploads/media/file/CIAP%202/CIAP%20Brasil_atualizado.pdf
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Curso EAD e-SUS na Atenção Primária 
à Saúde para Profissionais de Saúde
 
 
20 
Equipe Responsável 
 A Equipe de coordenação, suporte e 
acompanhamento do curso é formada por 
integrantes do Núcleo de Telessaúde do Rio 
Grande do Sul (TelessaúdeRS-UFRGS). 
 
Coordenação Geral 
Roberto Nunes Umpierre 
Marcelo Rodrigues Gonçalves 
 
Gerência do projeto 
Ana Célia da Silva Siqueira 
 
Coordenação Executiva 
Rodolfo Souza da Silva 
 
Responsável Teleducação 
Ana Paula Borngräber Corrêa 
 
Gestão educacional 
Ana Célia da Silva Siqueira 
Ana Paula Borngräber Corrêa 
Manuela Martins Costa 
Ylana Elias Rodrigues 
 
Conteudistas 
Ana Paula Cielo 
Bruno Tavares Rocha 
Carlos André Aita Schmitz 
Carlos Pilz 
Charleni Inês Scherer 
Cynthia Goulart Molina-Bastos 
Manuela Martins Costa 
Rodolfo Souza da Silva 
Thaisa Cardoso Lacerda 
 
Revisores de conteúdo 
Ana Claudia Cielo 
Ana Paula Borngräber Corrêa 
Carlos André Aita Schmitz 
Cynthia Goulart Molina-Bastos 
Igor de Carvalho Gomes 
João Geraldo de Oliveira Júnior 
Manuela Martins Costa 
Rodolfo Souza da Silva 
 
Projeto Gráfico 
Iasmine Paim Nique da Silva 
Lorenzo Costa Kupstaitis 
 
Diagramação e Ilustração 
Camila Hofstetter Camini 
Greta Gradella 
Iasmine Paim Nique da Silva 
Jovana Dullius 
Lorenzo Costa Kupstaitis 
 
Filmagem/Edição/Animação 
Camila Alscher Kupac 
Héctor Gonçalves Lacerda 
Luís Gustavo Ruwer da Silva 
 
Narração e apresentação 
Camila Alscher Kupac 
Ylana Elias Rodrigues 
 
Divulgação 
Angélica Dias Pinheiro 
Camila Hofstetter Camini 
Jovana Dullius 
 
Desenho Instrucional 
Ana Paula Borngräber Corrêa 
Manuela Martins Costa 
Ylana Elias Rodrigues 
 
Suporte ao aluno 
Ana Paula Borngräber Corrêa 
Ylana Elias Rodrigues 
	Índice
	Os objetivos do módulo “Modelo Conceitual do Prontuário Eletrônico e Fluxo do Cidadão na APS” são:
	Fluxo do Cidadão na APS
	Fonte: Brasil (2020b).
	Fonte: Brasil (2020b).
	Fonte: WONCA (2009).
	Fonte: Brasil (2020a)
	Fonte: Brasil, (2020 a).
	Racionalidade em saúde
	Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT)
	Resumo

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