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Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 1 Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 2 MÓDULO 04 Modelo Conceitual do Prontuário Eletrônico e Fluxo do Cidadão na APS Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 3 Índice Objetivos 3 Fluxo do Cidadão na APS 4 Modelo conceitual do Prontuário Eletrônico do Cidadão 7 Registro Clínico Orientado por Problemas 8 Classificação Internacional de Atenção Primária 10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde 12 Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS 13 Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais 17 Resumo 18 Os objetivos do módulo “Modelo Conceitual do Prontuário Eletrônico e Fluxo do Cidadão na APS” são: Apresentar o fluxo do cidadão na APS. Apresentar o modelo conceitual do Prontuário Eletrônico do Cidadão: Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP) e componentes; Classificação Internacional de Atenção Primária – 2ª Edição (CIAP-2); Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde – 10ª Edição (CID-10); Tabela de Procedimentos do SUS (SIGTAP); Racionalidade em Saúde; Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT). Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 4 Fluxo do Cidadão na APS Para entendermos a organização do fluxo do cidadão no sistema e-SUS APS, precisamos, primeiramente, conhecer a base conceitual para a criação das ferramentas do sistema, como o Módulo Atendimentos e a Agenda do PEC. Para isso, foi utilizado o Caderno de Atenção Básica (CAB) nº 28 - Volume I, que aborda o processo de acolhimento à demanda espontânea a partir da necessidade de atendimento do cidadão e apresenta um padrão de fluxo do cidadão na Unidade de Saúde da Família (USF) (BRASIL, 2020b). Esse fluxograma parte do pressuposto de que a recepção da USF é o primeiro contato do cidadão e que em certas situações imprevistas, deva haver um espaço adequado para escuta, análise, definição de oferta de cuidado com base na necessidade de saúde e, em alguns casos, intervenções. Em boa parte das USF, esse espaço é a “sala de acolhimento”, entretanto, vale lembrar que não basta ter uma “sala de acolhimento”. Também é equivocado restringir a responsabilidade pelo ato de acolher apenas aos trabalhadores da recepção (ou a qualquer trabalhador isoladamente), pois o acolhimento não se reduz a uma etapa nem a um lugar exclusivo (BRASIL, 2011; 2020b). A lógica do fluxograma supõe duas situações distintas: 1) pessoas com atividade agendada, como uma consulta agendada, ou com atendimento específico da rotina da USF, como por exemplo, uma vacina, devem ser recebidas e devidamente direcionadas na USF, evitando esperas desnecessárias na recepção (figura 1); e, 2) situações imprevistas que requerem organização da unidade e do processo de trabalho da equipe, tanto para compreendê-las quanto para intervir sobre elas quando necessário (figura 2). Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 5 Figura 1: Fluxo do cidadão com atividade agendada ou com atendimento específico da rotina da na USF/UBS. Fonte: Brasil (2020b). Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 6 Figura 2: Fluxo de acolhimento à demanda espontânea. Fonte: Brasil (2020b). Vale destacar que esse fluxograma deve, sempre que necessário, ser adaptado, enriquecido, testado e ajustado, considerando a singularidade de cada lugar, de modo a facilitar o acesso, a escuta qualificada e o atendimento às necessidades de saúde das pessoas (BRASIL, 2011; 2020b). Sugerimos como leitura complementar, o Caderno de Atenção Básica (CAB) nº 28 volumes I e II, disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BRASIL, 2011; 2013). Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 7 Modelo conceitual do Prontuário Eletrônico do Cidadão Os atributos essenciais (acesso de primeiro contato, longitudinalidade, integralidade e coordenação do cuidado), os atributos complementares da APS (orientação familiar, competência cultural e orientação comunitária) e o processo de cuidar, próprio da Estratégia de Saúde da Família, são os principais pilares para a prática clínica na APS. Neste sentido, as equipes devem estar atentas a esses atributos, incorporando e qualificando os registros em seu processo de trabalho cotidiano, a fim de prover o cuidado efetivamente centrado nas pessoas, nas famílias e nas comunidades de seu território (STARFIELD, 2002; BRASIL, 2020a). A prática clínica na APS compreende: Gestão do Processo Clínico Individual: organização de dados e de informações clínicas que permitem ter um conhecimento razoável, e a cada momento, da situação de saúde de cada pessoa adscrita. Inclui a abordagem clínica individual e a consulta em si, seja na unidade ou no domicílio do cidadão. Gestão do Processo Familiar: entende a família como um sistema complexo e aberto, e aplica conhecimentos e métodos de análise da sua estrutura e dinâmica, identificando sua história e ciclo de vida, recursos e problemas. Inclui a abordagem familiar. Gestão da Prática Clínica: diz respeito à organização da equipe para os cuidados às pessoas, famílias e comunidades do território. Esses conceitos foram os norteadores para a estruturação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), a partir do modelo de Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP) que, em conjunto com a Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP), apresenta um potencial amplamente reconhecido a partir da capacidade de organizar e padronizar a informação, buscando garantir a continuidade e a longitudinalidade do cuidado, auxiliando na comunicação e na tomada de decisão, em equipe, e permitindo um arquivo de dados-base das pessoas e das famílias em acompanhamento, fornecendo, eventualmente, dados para a investigação científica ou prova para diligências legais (WONCA, 2009; BRASIL, 2020b). Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 8 Registro Clínico Orientado por Problemas O Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP), também conhecido por Registro de Saúde Orientado por Problemas (ReSOAP), surgiu na década de 1960 e foi idealizado por Lawrence Weed. Com seu aprimoramento, uma das principais ferramentas apresentadas foi o método SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano) para o registro das notas de evolução clínica, ou seja, o método SOAP é o elemento central da forma de registro do cuidado no PEC (BRASIL, 2020a). O RCOP é composto por quatro componentes: 1. Base de Dados: é composta pelos dados da primeira consulta ao cidadão, e inclui os seguintes blocos: Identificação, Antecedentes pessoais e familiares, exames clínicos e os fatores de risco, conforme detalhado a seguir: O bloco de Identificação tem pelo menos duas fontes de informação: o Cadastro da APS e um bloco de informações mais administrativo para identificar corretamente e univocamente o cidadão (BRASIL, 2020b). O bloco de Antecedentes inclui pessoais e familiares; informações gerais, como: cirurgias, internações e outras observações, registrando alguns possíveis fatores de risco. Os antecedentes pessoais são integrados à Lista de Problemas, entendendo estes como problemas resolvidos. Antecedentes Obstétricos está dividido em pessoais e familiares, também integrado a lista de problemas(BRASIL, 2020b). O bloco de exames clínicos e fatores de risco está integrado ao registro do SOAP, e são monitorados, quando necessário, pelas folhas de acompanhamento, vinculados a problemas ativos. Esses dados devem ser atualizados sempre que possível, a fim de ter a situação geral do paciente mapeada (BRASIL, 2020b). 2. Lista de Problemas (folha de rosto): este componente se traduz em duas funcionalidades complementares, uma que compõe a folha de rosto do prontuário, porém que não se limita a apenas a lista de problemas e, outra, que serve para visualizar e gerenciar a lista de problemas de forma separada. A folha de rosto é composta por blocos de informação, similar a um sumário clínico do cidadão, Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 9 estendendo a ideia original da lista de problemas principal com o bloco de últimos contatos, a lista de alergias e reações adversas e a lista de medicamentos ativos (em uso). Já a lista de problemas é organizada por duas listas: uma lista de problemas principais, composta por problemas ativos ou latentes (problemas que apesar de resolvidos, ainda podem ter influência negativa na saúde do paciente, como por exemplo, ex-fumante; familiares portadores de câncer de mama ou doenças cardiovasculares; entre outras); e outra lista com os problemas resolvidos (BRASIL, 2020b). 3. Evolução: o método SOAP tem por objetivo organizar as notas de registro na evolução do atendimento ao cidadão de maneira prática e padronizada. Apresenta-se organizado em itens sequenciais, titulados pela primeira letra de cada item: S (subjetivo), onde é registrado o que é o relato do paciente, se possível da forma como foi referido; O (objetivo), anotam-se os achados da observação do profissional de saúde, do exame físico e dos exames laboratoriais; A (avaliação) é o juízo que o profissional de saúde estabelece à luz das queixas, dos achados e do raciocínio clínico. É o espaço das especulações, inferências e conclusões; e, P (plano) é o item em que é anotada a conduta, seja solicitando exames, recomendando medicamento ou aconselhamento. Deste modo, o PEC estrutura o registro do atendimento utilizando apenas o SOAP. Em Subjetivo e Avaliação, cada problema tratado é codificado em uma lista de itens, permitindo um registro integrado sobre a situação de saúde do cidadão (BRASIL, 2020b). 4. Folha de Acompanhamento (Fichas de resumo e fluxograma): a funcionalidade de Acompanhamento, contempla o último componente do RCOP. Ela permite aos profissionais de saúde, a partir dos itens monitorados pela lista de problemas/condições, o monitoramento de forma mais organizada (BRASIL, 2020b). Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 10 Classificação Internacional de Atenção Primária – 2ª Edição (CIAP-2) Considerando que na APS, frequentemente o diagnóstico etiológico não é o mais importante, o Brasil adotou a Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP). Atualmente, está disponível a sua 2ª edição (CIAP-2). Essa classificação permite classificar não só os problemas diagnosticados pelos profissionais de saúde, mas os motivos da consulta e as respostas propostas pela equipe seguindo o método SOAP e considerando o contexto social. Por meio do uso da CIAP é possível conhecer melhor a demanda dos pacientes e o trabalho realizado, além potencializar a prevenção quaternária (evitando intervenções inadequadas), planejar as ações na USF e as atividades voltadas para o desenvolvimento profissional contínuo na APS. Cabe salientar que a CIAP não se trata de uma alternativa a Classificação Internacional de Doenças (CID), que continua importante para ser usada em morbimortalidade (WONCA, 2009; BRASIL, 2020b). A figura 3, a seguir, apresenta o modelo de registro, iniciando um episódio de cuidado, utilizando-se a CIAP. A partir do problema percebido pelo cidadão e o seu sentimento sobre a necessidade de cuidado, logo, ao acessar o serviço de saúde, devem ser registrados o motivo da consulta referido pelo cidadão, o problema de saúde detectado pelo profissional e a intervenção/procedimentos de cuidado (WONCA, 2009; BRASIL, 2020b). Figura 3: Modelo de registro de cuidado, utilizando CIAP. Fonte: WONCA (2009). Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 11 Aplicando-se esse modelo de registro ao PEC, temos: Motivo da consulta: reflete a perspectiva da pessoa sobre o que está acontecendo com ela. O profissional de saúde deve registrá-la exatamente como o paciente se expressa, sem fazer qualquer juízo de valor quanto à veracidade ou exatidão da mesma. O bloco Subjetivo do SOAP, permite que sejam registrados mais de um motivo da consulta. Problema de saúde: é o item principal de um episódio de cuidado, pode ser classificado de acordo com o estágio em que se encontra a gravidade do problema e o grau de certeza que se pode ter sobre o diagnóstico. O Problema de saúde, detectado ou avaliado, é registrado no bloco Avaliação do SOAP. Intervenção/Procedimento de cuidado: consiste no plano de ação proposto de acordo com o motivo da consulta e avaliação realizados pelo profissional. A intervenção é registrada no bloco Plano do SOAP. Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 12 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde – 10ª Edição (CID-10) A CIAP sempre esteve ligada à amplamente reconhecida Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A classificação destinava-se originalmente à estatísticas de morbidade e a sua estrutura baseava-se em doenças (WONCA, 2009). A CID é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde mundialmente e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. A primeira CID foi aprovada em 1893 e, desde então, vem sendo periodicamente revisada. A edição vigente, a décima revisão (CID-10), está em vigor desde 1993. A nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 11) foi lançada pela OMS em 18 de junho de 2018 e entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022. Pela primeira vez, a CID é completamente eletrônica e apresenta novos capítulos, um deles sobre medicina tradicional e outro novo capítulo, sobre saúde sexual (OPAS, 2018). https://icd.who.int/ https://icd.who.int/ https://icd.who.int/ https://icd.who.int/ Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 13 Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS (SIGTAP) A Portaria GM/MS nº 321, de fevereiro de 2007, e a Portaria GM/MS nº 2.848, de novembro de 2007, instituíram a Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais (OPM) do SUS e o Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos (BRASIL, 2020a). O SIGTAP é uma ferramenta de gestão que permite o acompanhamento sistemático, por meio de série histórica, das alterações realizadas a cada competência/mês. A versão web está disponível no endereço eletrônico do SIGTAP para acesso a Tabela de Procedimentos do SUS, as Notas Técnicas e para a geração de relatórios (BRASIL, 2020a). A Tabela de Procedimentos do SUS é organizada por: Grupo: é o maior nível de agregação da tabela, agregando os procedimentos por determinada área de atuação, conforme a finalidade das ações a serem desenvolvidas. Subgrupo: agrega os procedimentos por tipo de área de atuação. Forma de Organização: agrega os procedimentos por diferentes critérios (área anatômica, especialidades, sistemas do corpo humano, tipos de aparelhos, tipos decirurgias, tipos de exames, por tipo de órteses, próteses e materiais especiais). Procedimento: é a “célula” do SIGTAP e o maior nível de desagregação da tabela (quarto nível). É o detalhamento do método, do processo, da intervenção ou do atendimento do cidadão. A seguir apresentamos um diagrama da estrutura da Tabela de Procedimentos do SUS, na figura 4. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt0321_08_02_2007.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt2848_06_11_2007.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt2848_06_11_2007.html http://sigtap.datasus.gov.br/ https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Grupo https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Subgrupos https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Forma_de_Organiza%C3%A7%C3%A3o https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Procedimento Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 14 Figura 4: Diagrama sobre a Tabela de Procedimentos do SUS. Fonte: Brasil (2020a) A forma de codificação na Tabela de Procedimentos permite a identificação do procedimento de maneira mais direta. Conforme figura 5, a seguir, é composto por dez dígitos no qual os dois primeiros dígitos correspondem ao Grupo, o terceiro e quarto dígitos correspondem ao Subgrupo, quinto e sexto dígito correspondem a Forma de Organização, os três próximos dígitos são números sequenciais dentro da Forma de Organização e o último dígito é um dígito verificador (BRASIL, 2020a). https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Procedimento https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Grupo https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Subgrupos https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Forma_de_Organiza%C3%A7%C3%A3o https://wiki.saude.gov.br/sigtap/index.php/Forma_de_Organiza%C3%A7%C3%A3o Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 15 Figura 5: Codificação de procedimentos. Fonte: Brasil, (2020a). No dia-a-dia, nas telas de atendimentos do e-SUS, será possível selecionar os códigos SIGTAP apropriados. Usuário do Windows Acredito que esse comentário é para a diagramação. Inclui tb nas ref. Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 16 Racionalidade em saúde O termo Racionalidade em Saúde propõe uma abordagem multiprofissional de cuidado em saúde, incluindo as práticas tradicionais/populares, ancestrais e ou alternativas (BRASIL, 2020b). Esse recurso está disponível no PEC a partir da versão 3.2, podendo serem selecionados códigos de SIGTAP específicos para as práticas durante o atendimento. Como forma de garantir a integralidade na atenção à saúde, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, cuja implementação envolve justificativas de natureza política, técnica, econômica, social e cultural. Esta política atende, sobretudo, à necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar e implementar experiências desenvolvidas na rede pública no campo da medicina tradicional chinesa, acupuntura e outras terapias alternativas utilizadas em território nacional (BRASIL, 2015). Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 17 Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT) Para atender as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT) foi incluído no sistema e-SUS APS, tanto na ficha de cadastro individual quanto no cadastro simplificado do PEC, o campo nome social e identidade de gênero (BRASIL, 2020a). Nesse sentido, o PEC não restringe as classificações do SIGTAP, CID, CIAP e demais funcionalidades para um determinado sexo. Ou seja, se o campo identidade de gênero for preenchido ao realizar o cadastro individual do cidadão, o PEC desabilita as críticas relacionadas ao sexo feminino ou masculino, permitindo o uso de todas as funcionalidades independente do sexo do cidadão (BRASIL, 2020b). Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 18 Resumo Fluxo do cidadão na APS: fluxograma do processo de acolhimento à demanda espontânea de uma pessoa na Unidade de Saúde a partir da necessidade de atendimento - padronizada e dependente de cada situação quanto à urgência, gravidade, cronicidade do caso, necessidade de encaminhamento e ao local de moradia do paciente. Mais detalhes no Caderno de Atenção Básica (CAB) nº 28. Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP) é composto por: 1. Base de Dados: Identificação, Antecedentes pessoais e familiares, Exames, fatores de risco. 2. Lista de Problemas (Folha de Rosto): sumário clínico do cidadão, lista de problemas principais e de problemas resolvidos. 3. Evolução: feita utilizando o método SOAP (subjetivo, objetivo, avaliação e plano). 4. Folha de Acompanhamento (fichas de resumo e fluxograma): utilizada para monitoramento. Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP-2) permite classificar não só os problemas diagnosticados, mas os motivos da consulta e as respostas propostas pela equipe. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde – 10ª Edição (CID-10), que conta com cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS (SIGTAP) organizada os procedimentos por Grupo, Subgrupo, Forma de Organização e Procedimento, através de códigos numéricos. Racionalidade em Saúde: registro das práticas tradicionais, populares, ancestrais e ou alternativas. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT): incluí o campo nome social e identidade de gênero na ficha de cadastro individual e no cadastro simplificado do PEC. Se esses campos forem preenchidos, o PEC desabilita as críticas relacionadas ao sexo feminino ou masculino, permitindo o uso de todas as funcionalidades independente do sexo do cidadão. Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 19 Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2020a. Disponível em: http://sigtap.datasus.gov.br/tabela- unificada/app/sec/inicio.jsp. Acesso em: 6 abr. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. (Série A, Normas e Manuais Técnicos; Cadernos de Atenção Básica, n. 28, v. I). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/miolo_CAP_28.pdf. Acesso em: 6 abr. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na Atenção Básica. 1. ed. reimp. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 28, v. II). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_demanda_espontanea_queixas_comun s.pdf. Acesso em: 6 abr. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS: atitude de ampliação de acesso. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_compleme ntares_2ed.pdf. Acesso em: 6 abr. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. e-SUS Atenção Básica. Manual do Sistema com Prontuário Eletrônico do CidadãoPEC – Versão 3.2. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2020b. Disponível em: http://aps.saude.gov.br/ape/esus/manual_3_2/. Acesso em: 6 abr. 2020. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE - OPAS. OMS divulga nova Classificação Internacional de Doenças (CID 11). Brasília, DF, 18 jun. 2018. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5702:oms- divulga-nova-classificacao-internacional-de-doencas-cid-11&Itemid=875. Acesso em: 6 abr. 2020. SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE. CIAP 2. Rio de Janeiro, [2010?]. Disponível em: https://www.sbmfc.org.br/ciap-2/. Acesso em: 6 abr. 2020. STARFIELD, B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília, DF: UNESCO; Ministério da Saúde, 2002. WORLD ORGANIZATION OF NATIONAL COLLEGES, ACADEMIES AND ACADEMIC ASSOCIATIONS OF GENERAL PRACTITIONERS - WONCA. Classificação Internacional de Atenção Primária (CIAP 2). Revisão técnica de Gustavo Diniz Ferreira Gusso. 2. ed. Florianópolis: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 2009. Disponível em: http://www.sbmfc.org.br/wp- content/uploads/media/file/CIAP%202/CIAP%20Brasil_atualizado.pdf. Acesso em: 6 abr. 2020. http://sigtap.datasus.gov.br/tabela-unificada/app/sec/inicio.jsp http://sigtap.datasus.gov.br/tabela-unificada/app/sec/inicio.jsp http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/miolo_CAP_28.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_demanda_espontanea_queixas_comuns.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_demanda_espontanea_queixas_comuns.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2ed.pdf http://aps.saude.gov.br/ape/esus/manual_3_2/ https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5702:oms-divulga-nova-classificacao-internacional-de-doencas-cid-11&Itemid=875 https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5702:oms-divulga-nova-classificacao-internacional-de-doencas-cid-11&Itemid=875 https://www.sbmfc.org.br/ciap-2/ http://www.sbmfc.org.br/wp-content/uploads/media/file/CIAP%202/CIAP%20Brasil_atualizado.pdf http://www.sbmfc.org.br/wp-content/uploads/media/file/CIAP%202/CIAP%20Brasil_atualizado.pdf Curso EAD e-SUS na Atenção Primária à Saúde para Profissionais de Saúde 20 Equipe Responsável A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do curso é formada por integrantes do Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS-UFRGS). Coordenação Geral Roberto Nunes Umpierre Marcelo Rodrigues Gonçalves Gerência do projeto Ana Célia da Silva Siqueira Coordenação Executiva Rodolfo Souza da Silva Responsável Teleducação Ana Paula Borngräber Corrêa Gestão educacional Ana Célia da Silva Siqueira Ana Paula Borngräber Corrêa Manuela Martins Costa Ylana Elias Rodrigues Conteudistas Ana Paula Cielo Bruno Tavares Rocha Carlos André Aita Schmitz Carlos Pilz Charleni Inês Scherer Cynthia Goulart Molina-Bastos Manuela Martins Costa Rodolfo Souza da Silva Thaisa Cardoso Lacerda Revisores de conteúdo Ana Claudia Cielo Ana Paula Borngräber Corrêa Carlos André Aita Schmitz Cynthia Goulart Molina-Bastos Igor de Carvalho Gomes João Geraldo de Oliveira Júnior Manuela Martins Costa Rodolfo Souza da Silva Projeto Gráfico Iasmine Paim Nique da Silva Lorenzo Costa Kupstaitis Diagramação e Ilustração Camila Hofstetter Camini Greta Gradella Iasmine Paim Nique da Silva Jovana Dullius Lorenzo Costa Kupstaitis Filmagem/Edição/Animação Camila Alscher Kupac Héctor Gonçalves Lacerda Luís Gustavo Ruwer da Silva Narração e apresentação Camila Alscher Kupac Ylana Elias Rodrigues Divulgação Angélica Dias Pinheiro Camila Hofstetter Camini Jovana Dullius Desenho Instrucional Ana Paula Borngräber Corrêa Manuela Martins Costa Ylana Elias Rodrigues Suporte ao aluno Ana Paula Borngräber Corrêa Ylana Elias Rodrigues Índice Os objetivos do módulo “Modelo Conceitual do Prontuário Eletrônico e Fluxo do Cidadão na APS” são: Fluxo do Cidadão na APS Fonte: Brasil (2020b). Fonte: Brasil (2020b). Fonte: WONCA (2009). Fonte: Brasil (2020a) Fonte: Brasil, (2020 a). Racionalidade em saúde Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT) Resumo
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