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E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m PERFIL • PERFIL: Registro contínuo das propriedades físico-químicas das rochas ao longo do poço, mediante o uso de equipamentos especiais. • Os perfis quando analisados definem atributos para caracterização do potencial de uma acumulação de hidrocarbonetos. • Os perfis respondem as seguintes perguntas: � Há presença de hidrocarbonetos? � Onde? � Em que quantidade? � É economicamente viável produzi-los? E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m EXEMPLO DE PERFIL E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m EXEMPLO DE PERFIL Perfis: GR, Resistividade, Densidade e Neutrão E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m ONDE ESTÃO OS FOLHELHOS? E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m O QUE OBSERVAMOS ATRAVÉS DOS PERFIS E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m HISTÓRICO DA PERFILAGEM • Primeiras Perfilagens: � 1927 - irmãos Schlumberger em um poço no campo de Pechelbronn (França); � 1930 - perfil de resistividade utilizado comercialmente; � Novas aplicações: • SP (1931); • Teleclinômetro eletromagnético (1932); • Medidor contínuo de temperatura (1933); • Medidor de mergulho a partir do SP (1935). E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m HISTÓRICO DA PERFILAGEM • Período Inicial (1930 - 1940) � Resistividade (uma curva); � Potencial Espontâneo (SP); � Medidor de mergulho (Anisotrópico - SP). • Período Intermediário (1940 - 1960) � Fórmula de Archie (1941); � Primeiros perfis sônicos (1950); � Perfis radioativos; � Resistividade focalizada; � Perfis Eletromagnéticos. E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m HISTÓRICO DA PERFILAGEM • Período Digital (1960 - 1980) � Digitalização (Armazenamento, Processamento e Teletransmissão); � Maior precisão dos parâmetros medidos; � Maior confiabilidade nas leituras; � Interpretações mais confiáveis. • Período (1980 - 1990) � Sônico amplitude (ondas compressional e cisalhante); � Espectrometria com identificação de elementos; � Teletransmissão com e sem cabo). E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m HISTÓRICO DA PERFILAGEM • Período (1990 - 2008) � Perfis de Ressonância Magnética; � Perfis de Imagem Acústica e Resistiva; � Perfilando durante a perfuração (LWD- Logging While Drilling); � LWD com obtenção de Teste a cabo, Ressonância etc.. • Período Atual (2008 - 2011) � LWD com amostragem de fluido de Teste a cabo; � Perfilagem com tubos inteligentes (Intelligent Drill Pipe). E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m EQUIPAMENTOS DE PERFILAGEM • São utilizados basicamente dois tipos de unidades de aquisição para a realização de perfilagens de poços: � Unidade móvel: todos os equipamentos são instalados em um caminhão que desloca-se para a locação onde foi perfurado o poço e realiza a aquisição dos dados. • É utilizada em poços terrestres onde é possível o acesso de veículos. � Unidade fixa: os equipamentos estão instalados em uma unidade que é transportada para a locação por helicóptero ou via marítima. • É utilizada nas perfurações offshore e nas áreas remotas. E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m UNIDADES DE PERFILAGEM Unidade Móvel Unidade Fixa E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m OPERAÇÃO DE PERFILAGEM • Quando o poço é perfilado? � Após a perfuração; � Durante a perfuração; � Após ser revestido. E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m MONTAGEM DAS FERRAMENTAS DE PERFILAGEM E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m TRANSMISSÃO DE DADOS DE PERFILAGEM E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m CLASSIFICAÇÃO DE FERRAMENTAS • As ferramentas são classificadas segundo o seu princípio de funcionamento e/ou tipo de pesquisa a que são destinadas. • As ferramentas são classificas em 2 grandes grupos: � Poço Aberto � Poço Revestido E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m CLASSIFICAÇÃO DE FERRAMENTAS • Resistividade; • Radiação Gama; • Porosidade Neutrônica; • Densidade; • Velocidade; • Cimentação. Medidas Básicas de Poço Aberto E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m CLASSIFICAÇÃO DE FERRAMENTAS • Pressão; • Temperatura; • Radiação Gama; • Porosidade com Neutron; • Densidade; • Diâmetro do Poço (Caliper). Medidas Básicas de Poço Revestido E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m PERFIS BÁSICOS • Potencial Espontâneo: diferença de potencial gerado no contato poço x formação. • Raios Gama: radioatividade natural da rocha. • Indução-Elétrico: condutividade da formação. • Sônico: tempo de propagação de uma onda acústica. • Densidade: densidade da rocha através de radiação. • Neutrão: porosidade através da quantidade H+ • Caliper: diâmetro do poço. E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m PERFIS ESPECIAIS • Espectrometria de Raios Gama • Perfis de Mergulho (Dipmeter) • Perfis de Imagens Resistiva / Acústico • Perfil de Ressonância Magnética Nuclear • Amostragem Lateral • Teste de Formação a Cabo • LWD (Logging While Drilling). E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m APLICAÇÕES DOS PERFIS • Identificação litológica; • Correlação entre poços; • Identificação do fluido que satura os poros da rocha; • Identificação de fraturas; • Controle de profundidade e caliper do poço; • Permeabilidade. Principais Aplicações Qualitativas dos Perfis E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m APLICAÇÕES DOS PERFIS • Cálculo da porosidade e da permeabilidade; • Cálculo da saturação de fluidos; • Cálculo da espessura dos reservatórios; • Cálculo da densidade das rochas; • Cálculo das velocidades sônicas; • Cálculo do volume de argilas; • Cálculo dos volumes de hidrocarbonetos no reservatório. Principais Aplicações Quantitativas dos Perfis E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m APLICAÇÕES DOS PERFIS Classificação e Utilização dos Perfis Resistividade Salinidade, Fluidos, Correlação Acústicos Velocidade, Porosidade, Fluidos Radioativos Argilosidade, Porosidade, Litologia Fluidos, Correlação Imagens Estruturas Sedimentares, Fraturas, Atitudes de Camadas Calibre Diâmetro do Poço Sísmico Vertical Velocidade, Sismogramas E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m CONCEITO DE ROCHA • Rocha Reservatório: qualquer rocha porosa e permeável capaz de armazenar o petróleo expulso da rocha geradora. � Composto por matriz, poros e argila. • Arcabouço: são os grãos que formam a rocha. • Matriz: material sólido da rocha, composto por arcabouço, cimento e argila. • Poro: espaço da rocha ocupado por fluido (gás, óleo ou água). • Argila: tendem a obliterar os poros, reduzindo a porosidade e a permeabilidade. Componentes Básicos das Rochas E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m CONCEITO DE ROCHA • Para o intérprete de perfis a matriz corresponde aos constituintes sólidos da rocha, com exceção das argilas contidas no espaço poroso. � A porosidade medida no perfil é a φφφφT. Matriz – Argila - Poro φφφφT MATRIZ φφφφe Água Absorvida Argila Água de Argila Fluido Livre 1111−−−−φφφφT φφφφ Sw φφφφ Sg φ φ φ φ So φe=Porosidade efetiva E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m ROCHA-RESERVATÓRIO • Propriedades básicas das rochas reservatório: � Porosidade; � Permeabilidade. • Rochas reservatório mais comuns: � Arenitos; � Calcários. E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m POROSIDADE • Porosidade: é a percentagem de espaço vazio das rochas (tudo o que não é matriz). • Quanto à porosidade, classificam-se em:� Fechada: 0 - 9 % � Regular: 9 - 15 % � Boa: 15 - 20 % � Excelente: 20 - 25 % E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m POROSIDADE • A porosidade pode ser primária ou secundária. � Porosidade Primária: definida pelo sistema deposicional e depende dos elementos texturais da rocha. • Tamanho, forma, seleção e arranjo dos grãos. � Porosidade Secundária: resultante dos processos diagenéticos que atuaram sobre a rocha. • Isto é, posterior a deposição (fraturamento, dissolução). A porosidade lida pelos perfis é a porosidade total, não distinguindo entre primária e secundária. E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m POROSIDADE Porosidade Primária e Secundária E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m PERMEABILIDADE • Permeabilidade: é a medida da capacidade de uma rocha de permitir a passagem de fluido por seus poros interconectados. • Quanto à Permeabilidade, classificam-se em: � Baixa: menor que 1 mD � Regular: 1 – 10 mD � Boa: 10 – 100 mD � Muito boa: 100 – 1000 mD � Excelente: maior que 1000 mD (1 D) • Geralmente varia de 5 a 1000 mD • Uma rocha pode ser muito porosa e não ser permeável. � Por exemplo: folhelho. E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m TIPOS DE PERFILAGEM Perfilagem a Cabo: TLC (Tubulação - Cabo): Sonda de Perfilagem Cabo de Perfilagem Unidade de Perfilagem E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m TIPOS DE PERFILAGEM TLC (Tough Logging Condition System) Inclinações maiores que 600 E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m TIPOS DE PERFILAGEM Perfilagem Durante a Perfuração (LWD) E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m AMBIENTE DE PERFILAGEM Processo de Invasão Quando a perfuração atinge rochas permeáveis, o processo de invasão pelo filtrado da lama se estabelecerá, deslocando o fluido original da formação. O folhelho por ser uma rocha impermeável não haverá o estabelecimento do processo de invasão. Filtrado Reboco A parte líquida da lama penetra na formação e a parte sólida se alojará nas paredes do poço (reboco). Folhelho E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m AMBIENTE DE PERFILAGEM Zona Virgem Rt Rw Sw Rxo Rmf Sxo Z.I Z.T Camada Adjacente Camada Adjacente Rs Rs hmc Rmc di dj Rm LAMA Ph>Pf • Rm = Resistividade da Lama • Rmc = Resistividade do Reboco • hmc = Espessura do Reboco • Rt = Resistividade da Formação • Rw = Resistividade da Água • Sw = Saturação de Água • Ph = Pressão Hidrostática • Pf = Pressão da Formação di , dj = Diâmetros de Invasão • Rxo = Resistividade da Zona Lavada • Rmf = Resistividade do Filtrado • Sxo = Saturação da Zona lavada • Rs = Resistividade da Camada Adjacente E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m AMBIENTE DE PERFILAGEM • Poço: área limitada ao diâmetro perfurado, onde atua a pressão hidrostática (PH). � Reboco: desenvolve-se nas paredes das rochas porosas. • Zona Lavada ou Invadida: zona invadida pelo filtrado da lama. � Diâmetro da zona lavada é inversamente proporcional à permeabilidade e porosidade. � É necessário considerar o tempo de exposição do reservatório ao fluido e a diferença entre a pressão hidrostática da lama e a estática da formação. • Zona Virgem: zona livre da invasão, mantendo características originais da rocha. Nesta zona atua a pressão estática (Pe) que é pressão da formação. • Zona de Transição: contém uma mistura de filtrado e fluido da formação. E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m AMBIENTE DE PERFILAGEM • As leituras dos perfis são afetadas pelo reboco e pela zona invadida conforme o raio de investigação das ferramentas. • O raio de investigação das ferramentas é limitado e varia para cada ferramenta. � Tem ferramenta que lê somente na zona invadida. E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m AMBIENTE DE PERFILAGEM • Diferencial de Pressão (Ph-Pe); • Perda D’água do Fluido de Perfuração; • Qualidade do reservatório; • Tempo de Exposição; • Mobilidade dos Fluidos. Principais Fatores que Influenciam no Processo de Invasão E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m AMBIENTE DE PERFILAGEM Ferramentas de Perfilagem E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m APLICAÇÕES DOS PERFIS Parâmetros obtidos nos Perfis • Espessura do reservatório: h; • Porosidade do Reservatório: φ; • Resistividade: Rw; • Saturação de Água: Sw. E n ge n h ar ia d e P e tr ól e o - Pe rf il ag e m APLICAÇÕES DOS PERFIS Cálculo de Reserva • Espessura do reservatório: h = 15 m; • Área do reservatório: A = 1 km x 1 km; • Porosidade do Reservatório: φ = 20%; • Saturação de Água: Sw = 30%; • Fator volume formação de óleo: Bo = 1,200 m³/m³ std; • Fator de Recuperação: FR = 30% • Calcular: a) Volume de óleo in place: N; b) Volume de Óleo Recuperável (VOR) e a reserva original; c) Após um tempo de produção, o reservatório atinge uma produção acumulada de óleo de 350.000,0 m³ std. Calcular a reserva atual e o volume de óleo original remanescente?
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