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pacote-materiais-contabilidade-gustavo-muzy 13/04/2020

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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CONCEITOS INICIAIS .......................................................................................................................................... 8 
CONCEITO, OBJETO, OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE ............................................ 8 
BASE NORMATIVA ......................................................................................................................................... 9 
RAMOS DA CONTABILIDADE ....................................................................................................................... 10 
TÉCNICAS CONTÁBEIS .................................................................................................................................. 11 
CONTABILIDADE TEÓRICA E CONTABILIDADE PRÁTICA .............................................................................. 11 
QUESTÃO COMENTADA .............................................................................................................................. 12 
CPC 00 – RELATÓRIOS FINANCEIROS DE PROPÓSITO GERAL E CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS 
INFORMAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................................................................................. 14 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................................................ 14 
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ..................................................................................................... 14 
USUÁRIOS INTERNOS ............................................................................................................................... 14 
USUÁRIOS EXTERNOS .............................................................................................................................. 14 
RELATÓRIOS FINANCEIROS DE PRÓPOSITO GERAL ..................................................................................... 15 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ................................................................ 15 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS ................................................................................ 16 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA ................................................................................... 17 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................................................................................................................... 18 
CONCEITO ................................................................................................................................................ 18 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE ................................................................................................................ 19 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS ..................................................................................... 20 
QUESTÃO COMENTADA .............................................................................................................................. 20 
PATRIMÔNIO. ATIVO, PASSIVO E PL. ............................................................................................................... 22 
CONCEITO DE PATRIMÔNIO .................................................................................................................... 22 
ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................................... 22 
ATIVO ....................................................................................................................................................... 22 
PASSIVO ................................................................................................................................................... 23 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................................................................................................ 24 
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO ............................................................................................. 24 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO ............................................................................................. 25 
EXEMPLOS DE FIXAÇÃO ............................................................................................................................... 26 
EXERCÍCIO SOCIAL ....................................................................................................................................... 27 
DIVISÃO DO ATIVO ...................................................................................................................................... 27 
ATIVO CIRCULANTE .................................................................................................................................. 28 
ATIVO NÃO-CIRCULANTE ......................................................................................................................... 29 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
DIVISÃO DO PASSIVO EXIGÍVEL ................................................................................................................... 31 
PASSIVO CIRCULANTE .............................................................................................................................. 31 
PASSIVO NÃO-CIRCULANTE ..................................................................................................................... 32 
COMPONENTES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................................ 32 
COMPONENTES POSITIVOS DO PL ........................................................................................................... 33 
COMPONENTES NEGATIVOS DO PL ......................................................................................................... 33 
EXEMPLOS DE FIXAÇÃO ............................................................................................................................... 34 
QUESTÃO COMENTADA .............................................................................................................................. 37 
RESULTADO. RECEITAS E DESPESAS. REGIMES DE CAIXA E DE COMPETÊNCIA............................................... 40 
RESULTADO.............................................................................................................................................. 40 
RELAÇÃO ENTRE RESULTADO E PATRIMÔNIO......................................................................................... 40 
RECEITAS ...................................................................................................................................................... 40 
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS ................................................................................................................ 41 
DESPESAS ..................................................................................................................................................... 41 
CLASSIFICAÇÃO DAS DESPESAS ............................................................................................................... 42 
REGIMES DE CAIXA E DE COMPETÊNCIA ..................................................................................................... 44 
REGIME DE CAIXA .................................................................................................................................... 44 
REGIME DE COMPETÊNCIA ...................................................................................................................... 45 
RECEITAS E DESPESAS DIFERIDAS OU ANTECIPADAS .............................................................................. 46 
EXEMPLOS DE FIXAÇÃO ...............................................................................................................................47 
QUESTÃO COMENTADA .............................................................................................................................. 48 
CONTAS CONTÁBEIS ........................................................................................................................................ 50 
CONCEITO DE CONTA CONTÁBIL ................................................................................................................. 50 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS CONTÁBEIS ................................................................................................... 50 
CONTAS PATRIMONIAIS .......................................................................................................................... 50 
CONTAS DE RESULTADO .......................................................................................................................... 54 
CONTAS DE COMPENSAÇÃO ................................................................................................................... 56 
CONTAS SINTÉTICAS E CONTAS ANALÍTICAS ............................................................................................... 57 
ELEMENTOS DAS CONTAS ........................................................................................................................... 58 
PLANO DE CONTAS ...................................................................................................................................... 58 
NATUREZA DAS CONTAS.............................................................................................................................. 60 
CONTAS DEVEDORAS ............................................................................................................................... 60 
CONTAS CREDORAS ................................................................................................................................. 61 
CONTAS MISTAS ...................................................................................................................................... 61 
RESUMO SOBRE CONTAS DEVEDORAS E CREDORAS .............................................................................. 62 
CONTAS UNILATERAIS E CONTAS BILATERAIS ............................................................................................. 62 
QUESTÃO COMENTADA .............................................................................................................................. 63 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS E FATOS CONTÁBEIS. LANÇAMENTO CONTÁBIL. ................................................... 65 
ATOS ADMINISTRATIVOS E FATOS CONTÁBEIS ........................................................................................... 65 
ATOS ADMINISTRATIVOS OU ATOS CONTÁBEIS ...................................................................................... 65 
FATOS CONTÁBEIS OU FATOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................. 65 
LANÇAMENTO CONTÁBIL ............................................................................................................................ 68 
MÉTODOS DE ESCRITURAÇÃO ................................................................................................................. 68 
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO LANÇAMENTO ........................................................................................... 69 
EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS .................................................................................................................... 70 
FÓRMULAS DE LANÇAMENTO ..................................................................................................................... 73 
MNEMÔNICO PARA GUARDAR AS FÓRMULAS DE LANÇAMENTO .......................................................... 74 
RETIFICAÇÃO DE LANÇAMENTOS ................................................................................................................ 75 
ESTORNO ................................................................................................................................................. 75 
COMPLEMENTAÇÃO ................................................................................................................................ 76 
TRANSFERÊNCIA ...................................................................................................................................... 76 
QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................................................... 77 
RAZONETES. BALANCETES DE VERIFICAÇÃO. LIVROS DE ESCRITURAÇÃO. ..................................................... 80 
RAZONETES .................................................................................................................................................. 80 
EXEMPLOS DE RAZONETES ...................................................................................................................... 80 
BALANCETES DE VERIFICAÇÃO .................................................................................................................... 82 
MODELO DE BALANCETE DE DUAS COLUNAS ......................................................................................... 82 
MODELO DE BALANCETE DE SEIS COLUNAS ............................................................................................ 83 
MODELO DE BALANCETE DE OITO COLUNAS .......................................................................................... 84 
ERROS DETECTÁVEIS POR MEIO DE BALANCETES DE VERIFICAÇÃO ....................................................... 84 
EXEMPLO PRÁTICO .................................................................................................................................. 85 
LIVROS DE ESCRITURAÇÃO .......................................................................................................................... 85 
CATEGORIAS DOS LIVROS DE ESCRITURAÇÃO ......................................................................................... 86 
LIVROS CONTÁBEIS .................................................................................................................................. 87 
LIVROS CONTÁBEIS EM ESPÉCIE .............................................................................................................. 88 
EXIGÊNCIAS OU FORMALIDADES DO LIVRO DIÁRIO ................................................................................ 89 
QUESTÃO COMENTADA .............................................................................................................................. 90 
DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO .................................................................................................. 92 
DEPRECIAÇÃO .............................................................................................................................................. 92 
CONCEITO DE DEPRECIAÇÃO ................................................................................................................... 92 
VEDAÇÕES................................................................................................................................................ 92 
BASE DE CÁLCULO ................................................................................................................................... 92 
VALOR DA DEPRECIAÇÃO ANUAL ............................................................................................................ 93 
VALOR RESIDUAL ..................................................................................................................................... 93 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO .........................................................................................................................93 
VIDA ÚTIL ................................................................................................................................................. 93 
VALOR LÍQUIDO CONTÁBIL ...................................................................................................................... 94 
MÉTODOS DE CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO ............................................................................................. 94 
CONTABILIZAÇÃO DA DEPRECIAÇÃO ....................................................................................................... 95 
EXEMPLOS PRÁTICOS .............................................................................................................................. 96 
DEPRECIAÇÃO ACELERADA ...................................................................................................................... 97 
BAIXA DE BEM DEPRECIADO ................................................................................................................... 98 
CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO PELO MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS .................................................. 100 
DEPRECIAÇÃO DE BENS ADQUIRIDOS USADOS ..................................................................................... 102 
DEPRECIAÇÃO DE EDIFICAÇÕES............................................................................................................. 103 
AMORTIZAÇÃO .......................................................................................................................................... 103 
CONCEITO DE AMORTIZAÇÃO ............................................................................................................... 103 
REQUISITOS PARA AMORTIZAÇÃO ........................................................................................................ 103 
TAXA DE AMORTIZAÇÃO........................................................................................................................ 104 
FORMA DE CÁLCULO ............................................................................................................................. 104 
CONTABILIZAÇÃO .................................................................................................................................. 104 
EXEMPLOS PRÁTICOS ............................................................................................................................ 105 
EXAUSTÃO ................................................................................................................................................. 106 
CONCEITO DE EXAUSTÃO ...................................................................................................................... 106 
CONTABILIZAÇÃO DA EXAUSTÃO .......................................................................................................... 107 
CÁLCULO DA EXAUSTÃO ........................................................................................................................ 107 
QUESTÃO COMENTADA ............................................................................................................................ 108 
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ................................................................................................................. 111 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 111 
CONCEITOS INICIAIS .................................................................................................................................. 111 
TRIBUTOS CUMULATIVOS E NÃO CUMULATIVOS ..................................................................................... 113 
COMPRAS .................................................................................................................................................. 115 
COMPRAS DE MERCADORIAS SEM TRIBUTOS ....................................................................................... 115 
COMPRAS DE MERCADORIAS COM TRIBUTOS ...................................................................................... 116 
COMPRAS BRUTAS E COMPRAS LÍQUIDAS ............................................................................................ 120 
MERCADORIAS DISPONÍVEIS PARA VENDA ........................................................................................... 122 
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS ..................................................................................................... 122 
MÉTODOS DE CÁLCULO DO CMV .......................................................................................................... 123 
CÁLCULO DO CMV PELO INVENTÁRIO PERIÓDICO ................................................................................ 123 
CÁLCULO DO CMV PELO INVENTÁRIO PERMANENTE ........................................................................... 125 
MÉTODO DO CUSTO ESPECÍFICO ........................................................................................................... 128 
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
MÉTODO PEPS – PRIMEIRO QUE ENTRA É O PRIMEIRO A SAIR ............................................................ 128 
MÉTODO UEPS – ÚLTIMO QUE ENTRA, É O PRIMEIRO QUE SAI ........................................................... 130 
MÉTODO DO CUSTO MÉDIO MÓVEL ..................................................................................................... 131 
VENDAS ...................................................................................................................................................... 132 
VENDAS BRUTAS .................................................................................................................................... 133 
VENDAS LÍQUIDAS ................................................................................................................................. 133 
RESULTADO COM MERCADORIAS ......................................................................................................... 134 
CONTABILIZAÇÃO DE VENDAS ............................................................................................................... 135 
AJUSTE A VALOR PRESENTE DE COMPRAS E VENDAS A PRAZO ................................................................ 137 
CONCEITO E OBRIGATORIEDADE ........................................................................................................... 137 
CONTABILIZAÇÃO .................................................................................................................................. 138 
QUESTÃO COMENTADA ............................................................................................................................ 140 
OPERAÇÕES COM PESSOAL ........................................................................................................................... 143 
CONCEITO DE OPERAÇÕES COM PESSOAL ................................................................................................ 143 
CONCEITOS IMPORTANTES ....................................................................................................................... 143 
APROPRIAÇÃO DE DESPESAS COM SALÁRIOS ........................................................................................... 145 
ADIANTAMENTOS DE SALÁRIOS ................................................................................................................ 145 
INSS A RECOLHER....................................................................................................................................... 147 
IRRF A RECOLHER ....................................................................................................................................... 148 
FGTS ...........................................................................................................................................................149 
SALÁRIO-FAMÍLIA ...................................................................................................................................... 150 
SALÁRIO-MATERNIDADE ........................................................................................................................... 150 
CONTABILIZAÇÃO DE 13º SALÁRIO ............................................................................................................ 151 
CONTABILIZAÇÃO DE FÉRIAS ..................................................................................................................... 153 
EXEMPLO COMPLETO DE CONTABILIZAÇÃO DE OPERAÇÕES COM PESSOAL ........................................... 154 
QUESTÃO COMENTADA ............................................................................................................................ 157 
OPERAÇÕES COM DUPLICATAS ..................................................................................................................... 160 
CONCEITO DE DUPLICATA ......................................................................................................................... 160 
ELEMENTOS ESSENCIAIS DA DUPLICATA ................................................................................................... 160 
INTERVENIENTES NA DUPLICATA .............................................................................................................. 160 
PRINCIPAIS ATOS JURÍDICOS ENVOLVENDO DUPLICATAS ........................................................................ 161 
EMISSÃO DE DUPLICATAS .......................................................................................................................... 162 
REGISTRO DA OPERAÇÃO DE DESCONTO .................................................................................................. 162 
PAGAMENTO DA DUPLICATA PELO CLIENTE ............................................................................................. 165 
VENCIMENTO DA DUPLICATA SEM PAGAMENTO PELO CLIENTE .............................................................. 165 
BAIXA DE DUPLICATA INCOBRÁVEL ........................................................................................................... 165 
RESUMO DAS OPERAÇÕES ENVOLVENDO DESCONTO DE DUPLICATAS ................................................... 167 
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MUDE SUA VIDA! 
6 
 
EXEMPLO COMPLETO ENVOLVENDO DESCONTO DE DUPLICATAS ........................................................... 167 
COBRANÇA SIMPLES DE DUPLICATAS ....................................................................................................... 169 
QUESTÃO COMENTADA ............................................................................................................................ 169 
RECEITAS E DESPESAS ANTECIPADAS. OPERAÇÕES COM SEGUROS. PROVISÕES. PASSIVOS CONTINGENTES. 
PERDAS ESTIMADAS DO ATIVO. .................................................................................................................... 171 
RECEITAS E DESPESAS ANTECIPADAS ........................................................................................................ 171 
RECEITAS ANTECIPADAS ........................................................................................................................ 171 
DESPESAS ANTECIPADAS ....................................................................................................................... 172 
OPERAÇÕES COM SEGUROS ...................................................................................................................... 173 
CONCEITOS IMPORTANTES.................................................................................................................... 173 
RECONHECIMENTO E CONTABILIZAÇÃO ............................................................................................... 174 
PROVISÕES ................................................................................................................................................. 176 
CONDIÇÕES PARA RECONHECIMENTO DE UMA PROVISÃO ................................................................. 176 
CONSTITUIÇÃO DE PROVISÕES .............................................................................................................. 177 
REALIZAÇÃO DE PROVISÕES .................................................................................................................. 178 
REVERSÃO DE PROVISÕES ..................................................................................................................... 178 
PASSIVOS CONTINGENTES ......................................................................................................................... 179 
CONCEITO .............................................................................................................................................. 179 
TRATAMENTO CONTÁBIL....................................................................................................................... 179 
COMPARAÇÃO ENTRE PASSIVOS, PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES......................................... 179 
ATIVOS CONTINGENTES............................................................................................................................. 180 
PERDAS ESTIMADAS DO ATIVO ................................................................................................................. 180 
PERDA ESTIMADA EM CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA - PECLD ................................................ 181 
PERDA ESTIMADA EM ESTOQUES - PEE................................................................................................. 184 
PERDA POR REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL ................................................................................. 184 
VARIAÇÕES CAMBIAIS ............................................................................................................................... 188 
CONTABILIZAÇÃO DAS VARIAÇÕES CAMBIAIS ...................................................................................... 188 
QUESTÃO COMENTADA ............................................................................................................................ 189 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...................................................................................................................... 191 
CONCEITO E DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................ 191 
DEMONSTRAÇÕES OBRIGATÓRIAS ............................................................................................................ 192 
RITO DE APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ....................................................................... 193 
REGRAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................... 194 
NOTAS EXPLICATIVAS ................................................................................................................................ 194 
BALANÇO PATRIMONIAL ........................................................................................................................... 195 
MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................................. 195 
ORDEM DE APRESENTAÇÃO DOS ATIVOS E PASSIVOS NO BALANÇO ................................................... 196 
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MUDE SUA VIDA! 
7 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO .................................................................................... 196 
CÁLCULO DO IRPJ E CSLL A PAGAR ........................................................................................................ 199 
CÁLCULO DAS PARTICIPAÇÕES ..............................................................................................................204 
QUESTÃO COMENTADA ............................................................................................................................ 208 
DESTINAÇÃO DO LUCRO DO EXERCÍCIO ........................................................................................................ 210 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 210 
APURAÇÃO DO RESULTADO ...................................................................................................................... 210 
DESTINAÇÃO DO LUCRO DO EXERCÍCIO .................................................................................................... 212 
DESTINAÇÃO A RESERVA DE LUCROS .................................................................................................... 213 
DESTINAÇÃO A DIVIDENDOS ................................................................................................................. 217 
DESTINAÇÃO A AUMENTO DE CAPITAL ................................................................................................. 218 
EXEMPLO DE DESTINAÇÃO DO LUCRO .................................................................................................. 218 
DESTINAÇÃO DO PREJUÍZO DO EXERCÍCIO ................................................................................................ 219 
DEMONSTRAÇÃO DA DESTINAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS .................................... 222 
QUESTÃO COMENTADA ............................................................................................................................ 223 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
8 
 
CONCEITOS INICIAIS 
CONCEITO, OBJETO, OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO DA 
CONTABILIDADE 
 
Entre os diversos conceitos que podem ser dadas para a Contabilidade, podemos defini-
la como o ramo das Ciências Sociais que tem por objetivo estudar, registrar e controlar as 
variações quantitativas e qualitativas que acontecem no patrimônio de uma entidade. 
O patrimônio das entidades é considerado o objeto da Contabilidade, uma vez que é 
sobre ele que a Contabilidade se debruçará, para controlá-lo e estudá-lo. 
Por sua vez, o objetivo ou finalidade da Contabilidade é fornecer sobre o patrimônio das 
entidades – antigamente chamadas de aziendas – aos usuários em geral, que podem ser 
internos (sócios e administradores) ou externos (investidores, credores, Governo, etc.). A 
Contabilidade existe para fornecer informações sobre o patrimônio das entidades, e não para 
administrá-lo. Quem toma decisões sobre o que fazer com o patrimônio são os 
administradores, que se valem principalmente da ciência da Administração. 
O campo de aplicação da Contabilidade alcança todas as entidades que possuam 
patrimônio, sejam físicas ou jurídicas, com fins lucrativos ou não, formalizadas ou informais. 
Deve-se observar que embora normalmente a contabilidade seja aplicada especialmente 
pelas empresas, seu campo de aplicação é muito mais amplo, porque as empresas são 
somente as pessoas jurídicas com fins lucrativos, não abarcando as entidades sem fins 
lucrativos e muitos menos as pessoas físicas. Por isso que é tecnicamente mais correto dizer 
que a contabilidade controle o patrimônio das entidades – e não só das empresas – em geral. 
O quadro abaixo resume essas informações: 
 
 
 
 
CONTABILIDADE
CONCEITO: ramo das ciências contábeis que tem 
por objetivo estudar, registrar e controlar as 
variações qualitativas e quantitativas que 
acontecem no patrimônio de uma entidade.
OBJETO: patrimônio das entidades.
OBJETIVO OU FINALIDADE: fornecer informações 
sobre o partrimônio aos usuários da informação 
contábil. 
CAMPO DE APLICAÇÃO: todas as entidades, físicas 
ou jurídicas, públicas ou privadas, com ou sem fins 
econômicos, formalizadas juridicamente ou não.
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MUDE SUA VIDA! 
9 
 
BASE NORMATIVA 
 
A base normativa da Contabilidade tem a ver com as regras que a Contabilidade deve 
obedecer, no exercício de sua função. 
No Brasil, as principais fontes de normas da Contabilidade são as leis e, principalmente, 
as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade - CFC. 
Na verdade, embora a lei seja a mais importante fonte de normas jurídicas, no Brasil 
poucos dispositivos legais tratam sobre o assunto, deixando a maior parte da regulamentação 
a cargo do CFC. 
 Lei 6.404/76 
A principal lei que traz disposições aplicáveis à Contabilidade das empresas em geral é a 
Lei 6.404/76, conhecida como “Lei das S/A”, a qual deve ser obedecida: 
• Pelas sociedades anônimas, tanto as de capital aberto (autorizadas a negociar 
títulos na bolsa de valores), como as de capital fechado (que não estão 
autorizadas a isso); 
• Pelas demais sociedades de grande porte, assim consideradas aqueles que 
tiverem, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 
(duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior a R$ 
300.000.000,00 (trezentos milhões de reais) – art. 3º da Lei 11.638/2007. 
A Lei das S/A, embora trate também de outros assuntos, como a organização das 
sociedades anônimas, traz regras contábeis que devem ser obedecidas por elas, como a 
obediência ao regime de competência e a obrigatoriedade, apresentação e o conteúdo das 
demonstrações contábeis. 
 
 Lei 4.320/64 
 
A Lei 4.320/64 traz normas aplicáveis somente à chamada Contabilidade Pública, a qual 
preocupa-se com o controle e estudo do patrimônio público, não sendo aplicável às empresas 
em geral, às quais se submetem à Lei 6.404/76 e às resoluções do CFC. 
 
 Resoluções do CFC 
 
No Brasil, o principal órgão produtor de normas contábeis é o Conselho Federal de 
Contabilidade, o qual tem por objetivo, entre outros, regulamentar e fiscalizar o exercício da 
atividade de contabilista em todo o país. 
O CFC manifesta-se especialmente por meio de resoluções, as quais devem ser 
obedecidas por todos os profissionais da área contábil. 
Nos últimos anos, tem havido um grande esforço do CFC para adequar as normas 
contábeis brasileiras às normas internacionais, visando uma melhor inserção das empresas e 
dos profissionais de contabilidade brasileiros no cenário global, além de facilitar o 
entendimento das informações geradas por empresas brasileiras por parte de investidores 
estrangeiros. 
Esse esforço tem-se traduzido principalmente na adoção das regras definidas pelo IASB 
–International Accounting Standards Board (Conselho de Normas Internacionais de 
Contabilidade), que produz os chamados IFRS - International Financial Reporting Standards, 
ou Normas Internacionais de Informação Financeira. 
 
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MUDE SUA VIDA! 
10 
 
 Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
 
Além do CFC, outra entidade importante na regulamentação da atividade contábil no 
Brasil é o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 
Criado em 2005 e formado por representantes de várias entidades e órgãos públicos – 
inclusive do CFC – o CPC tem como objetivo o estudo, o preparo e a emissão de 
Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de 
informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora 
brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando 
sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais. 
Os pronunciamentos do CPC costumam ser indicados pela sigla CPC acompanhada do 
número do pronunciamento, cada um tratando de um assunto diferente. Assim, por exemplo, 
temos: o CPC 00, que traz a estrutura conceitual para as demonstrações contábeis; o CPC 01, 
que trata sobre a redução ao valor recuperável de ativos; o CPC 02, que trata sobre os efeitos 
das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis; o CPC 03,que 
trata sobre a demonstração de fluxos de caixa, e assim sucessivamente. 
IMPORTANTE 
Os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis somente passam a 
ser de observância obrigatória a partir da sua aprovação por resolução do Conselho 
Federal de Contabilidade, uma vez que somente este tem poder normativo, de 
acordo com a lei. 
 Normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários 
 
As sociedades anônimas de capital aberto devem obedecer – além das normas legais e 
resoluções do CFC, às normas expedidas pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários, sob 
pena de sanções, que podem variar de multas à cassação da autorização para fazer ofertas 
públicias de títulos. 
RAMOS DA CONTABILIDADE 
 
A Contabilidade, embora seja considerada uma só ciência, divide-se em dois grandes 
ramos, como forma de facilitar seu estudo e compreensão, especialmente para os profissionais 
de cada área. 
As duas grandes divisões são: Contabilidade Empresarial (também chamada de 
Societária) e Contabilidade Pública. 
A Contabilidade Empresarial busca estudar o patrimônio das entidades privadas, 
tenham fins lucrativos ou não, e por sua vez divide-se em outros sub-ramos: como 
contabilidade geral, de custos, financeira, etc. 
Já a Contabilidade Pública – que o CFC hoje em dia prefere chamar de Contabilidade 
Aplicada ao Setor Público –, preocupa-se com o controle e divulgação de informações sobre o 
patrimônio público e das entidades do setor público (União, Estados, DF, Municípios e suas 
autarquias e fundações), e normalmente segue as disposições da Lei 4.320/64, das resoluções 
do CFC nessa área e orientações dos órgãos de governo, especialmente as consubstanciadas 
no MCASP – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, editado pela Secretaria do 
Tesouro Nacional. 
Recentemente tem-se buscando cada vez mais a convergência entre as normas contábeis 
aplicáveis ao setor privado – a Contabilidade Empresarial – e aquelas relacionadas ao setor 
público. 
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11 
 
TÉCNICAS CONTÁBEIS 
 
As técnicas contábeis são, na verdade, os diversos procedimentos dos quais a 
Contabilidade utiliza-se para cumprir sua função. São elas: escrituração, demonstração, 
auditoria e análise. 
 
 Escrituração: consiste no registro dos diversos fatos que interferem ou podem 
interferir no patrimônio das entidades. É através da escrituração são controladas 
todas as alterações ocorridas no patrimônio. 
É feita por meio dos chamados lançamentos contábeis, os quais devem sempre 
obedecer ao método das partidas dobradas. 
 
 Demonstração: tem por objetivo apresentar aos diversos usuários, as informações 
patrimoniais da entidade, seguindo alguns padrões e recomendações expedidos 
pelo CFC. 
É através das demonstrações que os usuários, especialmente os externos, terão 
acesso às informações contábeis que foram escrituradas. 
Entre os exemplos de demonstrações contábeis temos: balanço patrimonial (BP), 
demonstração do resultado do exercício (DRE), demonstração dos lucros ou 
prejuízos acumulados (DLPA) e demonstração dos fluxos de caixa (DFC). 
 
 Auditoria: esta técnica tem por objetivo verificar a correção dos procedimentos de 
escrituração e de demonstração, se foram de forma apropriada e seguindo as 
normas legais e contábeis. 
A auditoria pode ser interna, quando feita por pessoas da própria instituição, ou 
independente, também chamada de externa, quando realizada por profissionais 
contratados especificamente para isto. 
 
 Análise: busca comparar as informações fornecidas nas demonstrações e 
mensurar índices que evidenciem a situação financeira e patrimonial da entidade, 
bem como compará-la com as de outras empresas do mesmo ramo. 
 
CONTABILIDADE TEÓRICA E CONTABILIDADE PRÁTICA 
 
Costuma-se dividir a ciência da Contabilidade em duas vertentes: prática e teórica. 
A contabilidade prática consiste no registro das operações de determinada entidade em 
livros mantidos para essa finalidade. Ou seja, é a contabilidade que é praticada no dia-a-dia 
pelos contabilistas. 
Já A contabilidade teórica estabelece princípios e regras de conduta a serem seguidas 
pelos profissionais da área contábil, com o objetivo de aprimorar e uniformizar os 
procedimentos por eles adotados. É exercida, por exemplo, pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis e pelo Conselho Federal de Contabilidade. 
 
 
 
 
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QUESTÃO COMENTADA 
(VUNESP – Perito Criminal) A finalidade da contabilidade é assegurar o controle do 
patrimônio administrado e fornecer informações sobre a composição e as variações 
patrimoniais, bem como o resultado das atividades econômicas desenvolvidas. Analise a 
seguinte frase: A contabilidade é a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos 
ocorridos no patrimônio das ____________, com fins lucrativos ou não. 
Complete a frase com a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto. 
a) entidades 
b) sociedades civis 
c) empresas 
d) sociedades de economia privada 
e) organizações não governamentais 
GABARITO: A 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A contabilidade estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no 
patrimônio das entidades em geral, com fins lucrativos ou não, 
As demais alternativas estão erradas porque restringem o campo de atuação 
da contabilidade. Assim, por exemplo, a expressão “empresas” abrange, no direito 
brasileiro, somente entidades com fins lucrativos. Já as “sociedades civis” e as 
“organizações não governamentais” não possuem. 
 
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SOLUÇÃO COMPLETA 
O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades, assim entendido 
como o conjunto de seus bens, direitos e obrigações. 
Esse patrimônio deve ser controlado e divulgado pela entidade, seguindo 
padrões estabelecidos, que visam uniformizar essas informações. 
Qualquer entidade, seja física ou jurídica, pública ou governamental, empresa 
ou não, pode e deve utilizar-se das normas e técnicas da contabilidade para 
controlar seu patrimônio. 
No que se refere às pessoas jurídicas, as entidades podem ser sociedades 
empresárias ou não empresárias. 
Uma sociedade empresária é aquela que, nos termos do art. 966 do Código 
Civil, exerce habitualmente atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços. 
Por “atividade econômica” entenda-se a atividade de busca do lucro, ou seja, 
uma sociedade empresária sempre tem objetivos lucrativos. 
As sociedades não empresárias, por sua vez, também chamadas de 
sociedades simples, são aquelas que não têm objetivo de lucro. 
Antigamente, em contabilidade, usava-se o termo de origem italiana 
“azienda” para designar o patrimônio de uma entidade que estava sujeito a ser 
controlado pela Contabilidade. No entanto, ele designava um conceito mais amplo 
do que o patrimônio, porque também se referia ao elemento humano que 
administrava a sociedade. Ou seja, pode-se dizer que o termo “azienda” referia-se 
à entidade no seu todo, englobando o patrimônio e um responsável por administrar 
esse patrimônio. 
Assim como ocorre com as entidades hoje, falava-se em aziendas com fins 
econômicos e com fins sociais. 
Deve-se sempre ter em mente que a Contabilidade se preocupa com o 
controle do patrimônio, e não com sua administração, pois esta compete a outra 
classe de profissionais, que são os administradores da entidade. 
Assim, a contabilidade não toma decisões sobre a gestão do patrimônio da 
entidade, mas fornece informações que serão úteis à tomada de decisões sobre 
este patrimônio. Por isso, não é o contabilista que decidirá se uma outra empresa 
deverá ou não ser comprada, ou se um ativo deverá ou não ser vendido, mas sim 
os sócios, acionistas ou os diretores. 
Por isso que se costuma dizer que a atuação da contabilidade auxilia e é 
complementada pelos estudos da Administração e da Economia.https://www.alfaconcursos.com.br/
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CPC 00 – RELATÓRIOS FINANCEIROS DE PROPÓSITO 
GERAL E CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS 
INFORMAÇÕES CONTÁBEIS 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Já vimos que a finalidade da Contabilidade é fornecer informações aos usuários da 
informação contábil. 
O CPC 00 trata sobre a estrutura conceitual para relatório financeiro, ou seja, traz 
diversos conceitos que deverão ser observados quando da elaboração das demonstrações 
contábeis. 
Apesar de sua importância, o próprio texto do CPC estabelece que ele não é um 
pronunciamento propriamente dito, e que nada nele contido se sobrepõe a qualquer 
pronunciamento ou qualquer requisito em pronunciamento. Ou seja, o CPC 00 funciona como 
uma introdução às demonstrações contábeis, trazendo conceitos importantes, mas que são 
genéricos, devendo ser observados os pronunciamentos específicos, quando for o caso. 
O CPC 00 busca auxiliar na aplicação das IFRS no Brasil. 
Embora seja importante tratarmos sobre o CPC 00 logo no início, é natural que a 
primeira leitura do CPC 00 por quem ainda não está minimamente familiarizado com os 
conceitos contábeis traga alguma dificuldade de compreensão. Por isso recomenda-se que, se 
este é o seu caso, que posteriormente releia este capítulo com mais calma, para melhor fixação 
de suas disposições. 
 
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
 
Usuários da informação contábil são todos aqueles que possuem interesse legítimo nas 
informações relativas ao patrimônio de uma entidade. 
A teoria costuma dividi-los em usuários internos e usuários externos. 
 
USUÁRIOS INTERNOS 
 
Usuários internos são aqueles que estão diretamente relacionados à atividade rotineira 
da empresa e utilizam os dados contábeis em sua atividade profissional. Dentre eles, temos: os 
administradores da entidade; os proprietários, os acionistas; os contadores e auditores 
internos; e funcionários em geral. 
 
USUÁRIOS EXTERNOS 
 
Os usuários externos das informações contábeis são aqueles que se interessam pelos 
dados contábeis, mas não participam ativamente dos processos rotineiros da entidade. Dentre 
eles, podemos citar o Governo, bancos (especialmente na hora de decidir sobre concessão de 
crédito à entidade), fornecedores (especialmente para decidir sobre o fornecimento de bens e 
mercadorias a prazo para a entidade); e acionistas potenciais. 
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Os usuários externos podem ser divididos em primários e secundários. Os primários são 
os investidores e credores. Já os secundários são os órgãos governamentais e reguladores, 
como o CFC, a CVM, a SUSEP - Superintendência de Seguros Privados, etc. 
O esquema abaixo resume essa classificação: 
 
 
 
RELATÓRIOS FINANCEIROS DE PRÓPOSITO GERAL 
Os chamados “relatórios financeiros de propósito geral”, ou “relatórios financeiros para 
fins gerais”, buscam, de acordo com o CPC 00, fornecer informações financeiras sobre a 
entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e outros 
credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos à 
entidade. 
Na verdade, pela definição do CPC 00 fica evidente que os relatórios financeiros de 
propósito geral são voltados especialmente aos usuários externos, e em especial aos 
primários. Isso porque os usuários internos, como os administradores e os acionistas, têm 
muito mais facilidade para obter as informações que necessitam de forma personalizada, 
através de relatórios específicos. Também os usuários externos secundários, que são os 
órgãos reguladores governamentais podem obter outras informações que necessitam por 
meio de requisição direta à entidade, embora normalmente também se aproveitem das 
informações constantes dos relatórios financeiros para fins gerais. 
Apesar disso, os relatórios financeiros para fins gerais, de acordo com o próprio CPC 00, 
não fornecem nem podem fornecer todas as informações de que necessitam investidores, 
credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais. Esses usuários precisam 
considerar informações pertinentes de outras fontes, como, por exemplo, condições e 
expectativas econômicas gerais, eventos políticos e ambiente político e perspectivas do setor 
e da empresa. 
Os relatórios financeiros para fins gerais não se destinam a apresentar o valor da 
entidade que reporta, mas fornecem informações para auxiliar investidores, credores por 
empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da entidade. 
Ainda de acordo como o CPC 00, em grande medida, relatórios financeiros baseiam-se 
em estimativas, julgamentos e modelos e, não, em representações exatas, como ocorre, por 
exemplo, com as estimativas de perdas ou de valor de mercado dos ativos da entidade. 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
De acordo com o CPC 00, as características qualitativas das informações contábeis 
permitem que as mesmas sejam úteis aos usuários da informação contábil. Isso porque não 
basta fornecer as informações, mas as mesmas devem obedecer a determinados critérios e 
exigências, para que possam ser consideradas úteis pelos usuários. 
O CPC 00 divide as características qualitativas da informação contábil em características 
qualitativas fundamentais e características qualitativas de melhoria 
Usuários da 
Informação 
Contábil
Internos: acionistas, 
administradores e funcionários
Externos: demais
Primários: investidores e 
credores
Secundários: órgãos 
reguladores e Governo
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CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS 
 
As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna. 
De acordo com o CPC 00, as características qualitativas de melhoria devem ser 
maximizadas tanto quanto possível. Contudo, as características qualitativas de melhoria, seja 
individualmente ou como grupo, não podem tornar informações úteis se essas informações 
forem irrelevantes ou não fornecerem representação fidedigna do que pretendem 
representar. 
 
a) Relevância: de acordo com o CPC 00, informações financeiras relevantes são aquelas 
capazes de fazer diferença nas decisões tomadas pelos usuários, ainda que alguns deles optem 
por não tirar vantagem delas ou já tenham conhecimento delas a partir de outras fontes. 
Uma informação, para ser relevante, precisa ter valor preditivo ou confirmatório, ou 
ambos. 
Informações financeiras têm valor preditivo se podem ser utilizadas como informações 
em processos empregados pelos usuários para prever resultados futuros. 
Informações financeiras têm valor confirmatório se fornecem feedback sobre 
(confirmam ou alteram) avaliações anteriores. 
Os valores preditivo e confirmatório das informações financeiras estão inter-
relacionados. Informações que possuem valor preditivo frequentemente possuem também 
valor confirmatório. Por exemplo, informações sobre receitas para o ano corrente, que podem 
ser utilizadas como base para prever receitas em anos futuros, também podem ser 
comparadas a previsões de receitas para o ano corrente que tenham sido feitas em anos 
anteriores. Os resultados dessas comparações podem ajudar o usuário a corrigir e a melhorar 
os processos que foram utilizados para fazer essas previsões anteriores. 
Ligado ao conceito de relevância, temos o conceito de materialidade. De acordo com o 
CPC 00, a informação é material se a sua omissão, distorção ou obscuridade puder influenciar, 
razoavelmente, as decisões que os principais usuários de relatórios financeiros para fins 
gerais tomam com base nesses relatórios. Em outras palavras, materialidade é um aspecto de 
relevância específico da entidade com base na natureza ou magnitude, ou ambas, dos itens aos 
quais as informações se referem no contexto do relatório financeiro da entidade individual. 
Desta forma, não se pode especificar um limite quantitativouniforme para 
materialidade ou predeterminar o que pode ser material em uma situação específica, porque 
isso dependerá do caso concreto. Por exemplo, em uma pequena empresa que já teve 
problemas sérios com o Fisco anteriormente, por conta de não pagamento de tributos, a 
informação sobre um pequeno valor que esteja sendo cobrado pela Receita Federal pode ser 
material, ao passo que o mesmo pode não ser material em uma grande empresa que nunca 
enfrentou cobranças tributárias. 
 
b) Representação Fidedigna: a representação fidedigna tem a ver com a representação 
adequada da realidade. De acordo com o CPC 00, para ser representação perfeitamente 
fidedigna, a informação contábil deve ter três características: deve ser completa, neutra e 
isenta de erros. 
A representação completa inclui todas as informações necessárias para que o usuário 
compreenda os fenômenos que estão sendo representados, inclusive todas as descrições e 
explicações necessárias. Por exemplo, a representação completa de grupo de ativos inclui, no 
mínimo, a descrição da natureza dos ativos do grupo, a representação numérica de todos os 
ativos do grupo e a descrição daquilo que a representação numérica retrata (por exemplo, 
custo histórico ou valor justo). Para alguns itens, uma representação completa pode envolver 
também explicações de fatos significativos sobre a qualidade e natureza do item, fatores e 
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circunstâncias que podem afetar sua qualidade e natureza e o processo utilizado para 
determinar a representação numérica. 
A representação neutra não é tendenciosa na seleção ou na apresentação de 
informações financeiras. A representação neutra não possui inclinações, não é parcial, não é 
enfatizada ou deixa de ser enfatizada, nem é, de outro modo, manipulada para aumentar a 
probabilidade de que as informações financeiras serão recebidas de forma favorável ou 
desfavorável pelos usuários. Informações neutras não significam informações sem nenhum 
propósito ou sem nenhuma influência sobre o comportamento. 
Livre de erros significa que não há erros ou omissões na descrição do fenômeno e que o 
processo utilizado para produzir as informações apresentadas foi selecionado e aplicado sem 
equívocos, intencionais ou não, no processo. Assim, livre de erros não significa perfeitamente 
precisa em todos os aspectos. Por exemplo, a entidade pode ter que fazer estimativas, em 
algumas situações, como ocorre no caso de preços de ativos da entidade pouco encontrados 
no mercado, por exemplo. Contudo, a representação dessa estimativa pode ser fidedigna se o 
valor for descrito de forma clara e precisa como sendo a estimativa, se a natureza e as 
limitações do processo de estimativa forem explicadas e se nenhum erro tiver sido cometido 
na escolha e na aplicação do processo apropriado para o desenvolvimento da estimativa. 
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA 
As características qualitativas, de acordo com o CPC 00, são a comparabilidade, a 
capacidade de verificação, a tempestividade e a compreensibilidade. 
a) Comparabilidade: é a característica qualitativa que permite aos usuários identificar 
e compreender similaridades e diferenças entre itens dos relatórios financeiros, seja em 
relação a outras entidades do mesmo setor, seja em relação à mesma entidade em períodos 
anteriores. Diferentemente das outras características qualitativas, a comparabilidade não se 
refere a um único item. A comparação exige, no mínimo, dois itens. 
O CPC 00 deixa claro que comparabilidade não exatamente o mesmo que consistência 
nem que uniformidade. 
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, seja de 
período a período na entidade que reporta ou em um único período para diferentes entidades. 
Comparabilidade é a meta; a consistência ajuda a atingir essa meta. 
Comparabilidade não é uniformidade, de acordo com o pronunciamento, porque para 
que informações sejam comparáveis, coisas similares devem parecer similares e coisas 
diferentes devem parecer diferentes. A comparabilidade de informações financeiras, ainda de 
acordo com as palavras do CPC 00, não é aumentada fazendo-se que coisas diferentes 
pareçam similares, tanto quanto se fazendo que coisas similares pareçam diferentes. 
b) Capacidade de Verificação: capacidade de verificação significa que diferentes 
observadores bem informados e independentes podem chegar ao consenso, embora não a 
acordo necessariamente completo, de que a representação específica é representação 
fidedigna. A capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações 
representem de forma fidedigna os fenômenos econômicos que pretendem representar. 
Para que isso ocorra, é importante que as informações contábeis estejam baseadas em 
documentos e estimativas devidamente explicadas. 
A verificação pode ser direta ou indireta. Verificação direta significa verificar o valor ou 
outra representação por meio de observação direta, por exemplo, contando-se dinheiro. 
Verificação indireta significa verificar os dados de entrada de modelo, fórmula ou outra 
técnica e recalcular os dados de saída utilizando a mesma metodologia. Um exemplo é 
verificar o valor contábil do estoque, checando as informações (quantidades e custos) e 
recalculando o estoque final, utilizando a mesma premissa de fluxo de custo (por exemplo, 
utilizando o método primeiro a entrar, primeiro a sair). 
 
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c) Tempestividade: tempestividade significa disponibilizar informações aos tomadores 
de decisões a tempo para que sejam capazes de influenciar suas decisões. De modo geral, 
quanto mais antiga a informação, menos útil ela é. Contudo, algumas informações podem 
continuar a ser tempestivas por muito tempo após o final do período de relatório porque, por 
exemplo, alguns usuários podem precisar identificar e avaliar tendências. 
A entidade, no entanto, deve tomar cuidado para somente divulgar a informação após 
ter feito as devidas checagens sobre sua representação fidedigna e relevância, evitando 
precipitar-se e divulgando informações que não sejam verdadeiras, por exemplo. 
 
d) Compreensibilidade: a compreensibilidade faz com que todos os usuários que 
tenham conhecimento razoável das atividades comerciais e econômicas e que revisam e 
analisam as informações de modo diligente possam compreendê-las adequadamente. 
De acordo com o CPC 00, classificar, caracterizar e apresentar informações de modo 
claro e conciso as torna compreensíveis. 
Alguns fenômenos são inerentemente complexos e pode não ser possível tornar a sua 
compreensão fácil. Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios financeiros 
pode tornar mais fácil a compreensão das informações contidas nesses relatórios financeiros. 
Contudo, deve-se tomar cuidado para que esses relatórios podem não sejam por conta disso 
incompletos e, portanto, possivelmente distorcidos. 
Resumindo o que foi visto sobre as características qualitativas das informações 
contábeis, temos: 
 
 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
CONCEITO 
O CPC 00 considera as demonstrações contábeis como um tipo específico de relatório 
financeiro para fins gerais. De acordo com o referido pronunciamento, o objetivo das 
demonstrações contábeis é fornecer informações financeiras sobre os ativos, passivos, 
patrimônio líquido, receitas e despesas da entidade que reporta que sejam úteis aos usuários 
das demonstrações contábeis na avaliação das perspectivas para futuros fluxos de entrada de 
caixa líquidos para a entidade que reporta e na avaliação da gestão de recursos da 
administração sobre os recursos econômicos da entidade. 
Características 
Qualitativas da 
Informação Contábil
Fundamentais
Relevância: deve ser capaz de influenciar 
decisões. 
Representação Fidedigna: completa, neutra e 
livre de erro.
De Melhoria
Comparabilidade: permite identificar e 
similaridades e diferenças entreitens. 
Capacidade de Verificação: permite checagem
da informação, com base em documentos.
Tempestividade: informação disponibilizada a
tempo de ser útil ao usuário.
Compreensibilidade: usuários conseguem
entender o conteúdo das informações.
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As demonstrações contábeis são elaboradas para um período de tempo específico 
(normalmente anual). Para ajudar os usuários das demonstrações contábeis a identificarem e 
avaliarem mudanças e tendências, as demonstrações contábeis também fornecem 
informações comparativas de, pelo menos, um período de relatório anterior. Assim, por 
exemplo, se a entidade está divulgando uma demonstração relativa ao ano de 2020, deve 
trazer também as mesmas informações (normalmente em uma coluna ao lado) relativas ao 
ano de 2019. 
 
IMPORTANTE 
A Lei 6.404/76 estabelece a obrigatoriedade das seguintes demonstrações 
contábeis para as sociedades anônimas de capital aberto, as quais devem ser 
elaboradas e divulgadas anualmente: 
▪ Balanço Patrimonial (BP): demonstra a posição patrimonial da entidade em um 
determinado momento. 
▪ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): demonstra o lucro ou prejuízo 
que a entidade obteve em um período. 
▪ Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC): demonstra as entradas e saídas de 
disponibilidades (dinheiro e equivalentes) ocorridas no patrimônio da entidade no 
período. 
▪ Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): tem como função 
apresentar as alterações ocorridas nas contas do patrimônio líquido da entidade. 
Para sociedades anônimas de capital fechado (que não vendem títulos na bolsa de 
valores), a DMPL pode ser substituída pela DLPA – Demonstração dos Lucros e 
Prejuízos Acumulados – que é mais resumida. 
▪ Demonstração do Valor Adicionado (DVA): tem como objetivo evidenciar a criação 
de riqueza durante o período, e a forma que ela foi distribuída entre funcionários, 
fornecedores, agentes financiadores, acionistas e governo, 
 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
 
De acordo com o CPC 00, as demonstrações contábeis são normalmente elaboradas com 
base na suposição de que a entidade que reporta está em continuidade operacional e 
continuará em operação no futuro previsível. Assim, presume-se que a entidade não tem a 
intenção nem a necessidade de entrar em liquidação ou deixar de negociar. Se existe essa 
intenção ou necessidade, as demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas em base 
diferente. 
Exemplo: se os sócios pretendem extinguir a entidade, ou percebem que ela pode vir à 
falência, no próximo ano, devem elaborar as demonstrações contábeis com isso em mente, o 
que pode, por exemplo, influenciar nos valores dos ativos e passivos da mesma. No entanto, se 
não houver nenhuma razão para pensar na descontinuidade da entidade, as demonstrações 
devem ser feitas pensando-se que a mesma permanecerá em atividade por prazo 
indeterminado. 
Isso representa a aplicação do antigo princípio da continuidade, o qual, embora não 
exista mais formalmente, ainda mantém sua obrigatoriedade. 
 
 
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS 
 
De acordo com o CPC 00, se uma entidade for controladora de outra, além de divulgar 
demonstrações contábeis de seu próprio patrimônio, também deve divulgar, de forma 
separada, demonstrações que considerem seu patrimônio e os de suas entidades controladas 
como se fossem uma só entidade, ou seja, demonstrações do grupo econômico como um todo. 
Essas são as chamadas demonstrações contábeis consolidadas. 
Pela sua natureza, as demonstrações contábeis consolidadas não se destinam a fornecer 
informações sobre Ativos, Passivos, Patrimônio Líquido, Receitas E Despesas de qualquer 
controlada específica ou mesma da controladora. As demonstrações contábeis próprias da 
controlada e da controladora é que se destinam a fornecer essas informações. 
 
QUESTÃO COMENTADA 
 
(CESPE – Escrivão de Polícia Federal) Uma instituição europeia, ao analisar demonstrações 
contábeis de entidades brasileiras com a finalidade de realizar investimentos, tomou 
conhecimento de que os relatórios financeiros publicados no Brasil possuem diversos 
atributos, entre eles as características qualitativas fundamentais da relevância e da 
representação fidedigna. 
A respeito dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
Por serem passíveis de comparação com demonstrações contábeis de entidades de outros 
países, os relatórios publicados pelas entidades brasileiras representam para a investidora 
uma informação relevante e fidedigna. 
GABARITO: ERRADO 
 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 
A questão confunde as características qualitativas fundamentais da informação contábil: 
relevância e representação fidedigna com uma das características qualitativas de melhoria: a 
comparabilidade. Uma informação pode ser relevante e fidedigna, mas não possuir 
comparabilidade, e vice-versa. 
 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 
A questão confunde as características qualitativas fundamentais da informação contábil: 
relevância e representação fidedigna com uma das características qualitativas de melhoria: a 
comparabilidade. Uma informação pode ser relevante e fidedigna, mas não possuir 
comparabilidade. 
O CPC 00, ao tratar sobre as características qualitativas da informação contábil, as divide em 
dois grandes grupos: 
i) características qualitativas fundamentais: relevância e representação fidedigna; e 
ii) características qualitativas de melhoria: comparabilidade, compreensibilidade, 
tempestividade e capacidade de verificação. 
Vejamos cada uma dessas características: 
Primeiramente, as características qualitativas fundamentais: 
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21 
 
a) relevância: uma informação é contábil é relevante se for capaz, isoladamente ou em 
conjunto com outras informações, de fazer diferença nas decisões econômicas tomadas pelos 
seus usuários. 
A informação contábil relevante possui valor preditivo e/ou confirmatório. 
b) representação fidedigna: a informação contábil possui representação fidedigna se 
representa de forma adequada a realidade e possui todos os dados necessários para que o 
usuário compreenda os fenômenos que estão sendo representados. Para ter uma 
representação fidedigna a informação contábil precisa ser completa, neutra e livre de erro. 
Vejamos agora as características qualitativas de melhoria da informação contábil. 
De acordo com o CPC 00, as características qualitativas de melhoria melhoram a utilidade de 
informações que devem ser previamente relevantes e fidedignas. As características 
qualitativas de melhoria podem também ajudar a determinar qual de duas formas deve ser 
utilizada para representar o fenômeno caso se considere que ambas fornecem informações 
igualmente relevantes e representação igualmente fidedigna desse fenômeno. 
As características qualitativas de melhoria são as seguintes: 
a) compreensibilidade: uma informação contábil possui compreensibilidade se fizer com que 
todos os usuários que tenham conhecimento razoável das atividades comerciais e econômicas 
e que revisam e analisam as informações de modo diligente possam compreendê-las 
adequadamente. 
A compreensibilidade não impede a utilização de termos técnicos nas demonstrações, mas os 
mesmos, sempre que utilizados, devem ser de uso corrente ou serem devidamente 
explicados na própria demonstração. 
b) comparabilidade: é a característica qualitativa da informação contábil que permite aos 
usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens dos relatórios 
financeiros, seja em relação a outras entidades do mesmo setor, seja em relação à mesma 
entidade em períodos anteriores. 
A comparabilidade, por óbvio, não se refere a um único item, uma vez que para se efetuar 
uma comparação deve haver pelo menos dois. 
c) Tempestividade: uma informação contábil tempestiva é aquela que é disponibilizada aosusuários a tempo para que sejam capazes de influenciar suas decisões. Isso porque se a 
informação demorar a ser disponibilizada, poderá não ser mais útil. Deve-se notar, porém, 
que a divulgação da informação contábil não deve ser feita de forma precipitada, antes de 
sua checagem, aprovação e auditoria por parte das pessoas responsáveis. 
d) Capacidade de Verificação: também chamada de verificabilidade, é a característica 
qualitativa da informação contábil que permite que diferentes observadores bem informados 
e independentes podem chegar ao consenso, embora não a acordo necessariamente 
completo, de que a representação específica é representação fidedigna. 
Ou seja, a capacidade de verificação permite que qualquer interessado legítimo possa 
conferir se a informação de fato possui representação fidedigna. 
Para que a informação tenha capacidade de verificação, é importante que esteja sempre 
lastreada em documentos e estimativas que a confirmem. 
O CPC 00 afirma que a verificação da informação contábil pode se dar de forma direta 
(observação ou contagem) ou indireta (através de cálculos). 
 
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PATRIMÔNIO. ATIVO, PASSIVO E PL. 
CONCEITO DE PATRIMÔNIO 
 
Já vimos que o patrimônio das entidades é o objeto da Contabilidade. 
Mas o que ele vem a ser? 
O patrimônio – normalmente denominado em contabilidade de patrimônio líquido - é 
definido como o conjunto de bens, direitos e obrigações (dívidas) de uma entidade. Ele mede a 
riqueza da entidade, e possui outros nomes, como: situação líquida, capital próprio, passivo 
não-exigível e patrimônio residual. 
 
O patrimônio – também chamado de patrimônio líquido de uma entidade é 
soma de seus bens e direitos, excluídas as suas obrigações. 
 
O patrimônio líquido possui dois componentes positivos, que quanto maiores, maior o 
valor do patrimônio, que são os bens e os direitos; e um componente negativo, que quanto 
maior, menor o patrimônio, que são as obrigações. 
Para a contabilidade, somente vão interessar os bens, direitos e obrigações que 
possuírem valor econômico. Assim, por exemplo, a reputação de uma entidade, ou o direito à 
privacidade ou a obrigação de obedecer às leis não são contabilizados, porque não possuem 
valor econômico. Porém, a marca de uma empresa, o direito à indenização por ter a 
privacidade desrespeitada ou a obrigação de pagar um tributo o são, desde que seu valor 
possa ser devidamente aferido. 
Os bens podem ser corpóreos (aqueles que possuem existência física, como os imóveis, 
os veículos, as mercadorias, o dinheiro) ou incorpóreos (que não possuem existência física, 
sendo produto do intelecto humano), como as marcas, as patentes, as licenças para uso de 
softwares, etc. 
Os bens incorpóreos diferenciam-se dos direitos porque estes possuem um devedor, 
alguém que deve pagar algo, diferentemente daqueles. Assim, por exemplo, uma marca é um 
bem incorpóreo, e não um direito, porque não existe um “devedor” de quem o valor da marca 
seja cobrado. Por outro lado, se a empresa efetua uma venda a prazo, surge para a mesma um 
direito (e não um bem incorpóreo), uma vez que neste caso existe um devedor, de quem o 
valor será cobrado. 
Ligado ao conceito de patrimônio líquido, temos também os conceitos de ativo e de 
passivo. 
 
ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
ATIVO 
O Ativo é a parte positiva do patrimônio, sendo normalmente definido como a soma dos 
bens e direitos de uma entidade. Quanto maior o ativo, maior o patrimônio da entidade. Pode 
ser chamado também de Patrimônio Bruto ou de Recursos Aplicados. 
Também se fala em ativos (com letra minúscula), indicando cada um dos bens e direitos 
que compõem o Ativo total. Assim, pode-se dizer: “a empresa vendeu determinado ativo”, ou 
“o Ativo daquela entidade é bem valioso”. 
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O CPC 00, por sua vez, traz uma definição mais específica, definindo ativo da seguinte 
forma: “ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de 
eventos passados”. 
Importante observar que, de acordo com o referido pronunciamento, a entidade 
controla um recurso econômico se ela tem a capacidade presente de direcionar o uso do 
recurso econômico e obter os benefícios econômicos que podem fluir dele, mesmo que não 
tenha sua propriedade legal. 
Assim, por exemplo, imagine-se a situação de uma entidade que faça um “leasing” de 
uma determinada máquina, arrendando o bem até o final do contrato, quando poderá decidir 
se devolverá o bem ou ficará com a propriedade do mesmo, pagando a diferença de preço (o 
chamado “valor residual”). Enquanto a entidade arrendatária estiver pagando o aluguel, a 
máquina não será sua, sendo juridicamente de propriedade da arrendadora. No entanto, como 
é a entidade arrendatária que está na posse bem e que o utiliza para obter benefícios 
econômicos, ela deverá registrá-lo em seu ativo. 
Da mesma forma, imagine-se que uma fábrica ocupa um determinado terreno, onde 
instalou seu galpão de produção e estoque os produtos a serem vendidos, mas que haja uma 
discussão na justiça sobre a propriedade do imóvel. 
Nesse caso, deverá a entidade registrar o terreno em seu ativo, mesmo que a 
propriedade jurídica não lhe seja assegurada? 
A resposta é afirmativa, uma vez que a empresa em questão pode direcionar o uso do 
terreno como lhe aprouver e pode extrair dele seus benefícios econômicos (bens produzidos). 
Essa distinção entre controle e propriedade é importante para que a atividade contábil 
não venha a ser contaminada com discussões jurídicas. Para a contabilidade, a essência deve 
prevalecer sobre a forma. 
Deve-se observar que, embora tecnicamente o CPC 00 não use mais essa definição, o 
ativo ainda pode ser conceituado – e cobrado em provas - como o conjunto de bens e direitos 
de uma entidade. 
Como exemplos de ativos de uma entidade, podemos citar: 
 Dinheiro em caixa ou em conta corrente bancária; 
 Aplicações financeiras; 
 Valores a receber; 
 Adiantamentos feitos a fornecedores; 
 Adiantamentos feitos a funcionários; 
 Créditos em relação a fornecedores ou funcionários; 
 Mercadorias (bens adquiridos pela entidade para revenda, no exercício de suas 
atividades normais); 
 Veículos; 
 Máquinas e Equipamentos; 
 Semoventes; 
 Móveis e Utensílios; 
 Imóveis; 
 Marcas; 
 Patentes; 
 Participações societárias em outras empresas. 
 
PASSIVO 
Assim, como ocorre com o ativo, pode-se falar em passivo em seu sentido de conjunto ou 
em sentido individual. 
Em relação ao sentido de conjunto, existem duas acepções para a expressão “Passivo” (o 
contexto é que muitas vezes definirá em que sentido a palavra está sendo utilizada). 
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Primeiro, o Passivo pode ser entendido como a soma das obrigações da entidade, a parte 
negativa do Patrimônio, também sendo chamado de Passivo Exigível ou Capital de Terceiros. 
Algumas vezes, porém, refere-se ao Passivo como sendo a soma do Passivo Exigível com 
o Patrimônio Líquido. Nesse sentido se diz que, no balanço, o valor do Ativo deve ser igual ao 
valor do Passivo. 
O CPC 00, por sua vez, traz uma definição de passivo, individualmente considerado, 
conceituando-o como “uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico 
como resultado de eventos passados”. Assim, o passivo indica uma obrigação da entidade de 
pagar alguém. 
Importante observar que o passivo representa uma forma de financiamento da entidade, 
ou seja, uma forma de obtenção de recursos, os quais deverão ser repassados ou devolvidos a 
terceiros. 
Para que um passivoum passivo seja registrado na contabilidade, é essencial que se 
saiba o seu valor exato ou que pelo menos se possa fazer uma estimativa confiável. 
Como exemplos de passivos de uma entidade, podemos citar: 
 Empréstimos e financiamentos tomados; 
 Tributos a pagar;

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