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En si n o M é d io Manual do Professor Geografia PH_EM_BIENAL_MP_GEO_Mont.indd 6-7 11/22/11 11:28 AM 3 52 81 57 31 2 Geogra f i a HELIO Carlos Garcia Manual do Professor 3 DIRETOR-GERAL Mario Ghio Junior DIRETOR EDITORIAL Miguel Castro Cerezo CONSELHO EDITORIAL Luís Ricardo Arruda de Andrade Marco Antônio Ferraz Milton de Gaspari Tania Fontolan REVISÃO TÉCNICA Moiséis J. Negromonte Ricardo Marcílio Monteiro ASSISTÊNCIA EDITORIAL Alex Alves de Almeida Carlos Alberto Arie Creonice de Jesus S. Figueiredo Hosana Zotelli dos Santos Marília Gabriela M. Pagliaro Pâmella Pacheco Paula P. O. C. Kusznir PROJETO GRÁFICO Ulhôa Cintra Comunicação Visual ARTE, EDITORAÇÃO E FOTOLITO Gráfica e Editora Anglo S/A IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica e Editora Anglo S/A Gráfica e Editora Anglo S/A MATRIZ Rua Gibraltar, 368 - Santo Amaro CEP 04755-070 - São Paulo - SP (0XX11) 3273-6000 Código: 628157312 Geografia HELIO Carlos Garcia Aulas 37 a 39 Combustíveis fósseis no Brasil ...................................... 5 Aulas 40 e 41 Fatores e elementos climáticos ..................................... 9 Aula 42 Domínios climatobotânicos no mundo ......................... 11 Aulas 43 e 44 Os grandes domínios climáticos no Brasil ................... 12 Aulas 45 e 46 As grandes formações vegetais do Brasil ................... 14 Aulas 47 a 49 Hidrologia geral ............................................................. 15 Aulas 50 a 52 A geração de energia elétrica no Brasil ...................... 17 Aulas 53 e 54 O Complexo Regional do Centro-Sul ........................... 20 Bibliografia ........................................................................ 22 Leitura Recomendada .......................................................... 22 Planos de au la ensino médio – bienal 1ª- série5 Objetivo Explicar a importância dos combustíveis fósseis no quadro energético brasileiro, os aspectos que envolvem a produção e o consumo de carvão mine- ral, a evolução histórica da produção do petróleo no Brasil e os tópicos relacionados à sua produção atual e à produção do gás natural em nosso terri- tório. Encaminhamento 1. Na Aula 37, apresentar as linhas gerais da dis- tribuição do consumo energético por setores de atividade, ressaltando a importância do pe- tróleo na matriz energética brasileira. 2. Destacar a utilização do petróleo, na forma de energia derivada ou secundária, nos setores doméstico (como gás liquefeito), de transportes (como gasolina) e no sistema automotor (como diesel). 3. Observar os principais pontos históricos da evolução da produção petrolífera, destacando alguns dos seus marcos: formação da Petro- bras, em 1953, e fim dos seus monopólios, em 1995. 4. Discorrer sobre os aspectos mais relevantes da produção e do consumo do petróleo no Brasil, destacando suas principais áreas de ocorrência e produção. 5. Resolver com os alunos os exercícios 1, 2 e 3 da Apostila-caderno e recomendar as tarefas Mí- nima e Complementar. 6. Na Aula 38, comentar sobre a descoberta de expressivas jazidas petrolíferas na camada do Pré-Sal, destacando a sua localização e possibi- lidades econômicas. 7. Evidenciar os aspectos mais significativos da produção e do consumo do carvão mineral no Brasil, salientando suas principais áreas de ocorrência e produção, bem como nossa de- pendência externa em relação a esse produto. 8. Expor os aspectos relevantes da produção e do consumo do gás natural no Brasil, ressaltando suas principais áreas de ocorrência e produção e o acordo Brasil-Bolívia nos próximos anos. 9. Resolver com os alunos os exercícios 4, 5 e 6 da Apostila-caderno e recomendar as tarefas Mí- nima e Complementar. 10. Na Aula 39, destacar quais são as fontes de energia mais utilizadas no Brasil, enfatizando a participação relativa das fontes de energia re- nováveis na sua matriz energética. 11. Observar os aspectos mais relevantes da pro- dução e do consumo de etanol (álcool combus- tível), destacando as vantagens de sua utiliza- ção no país. 12. Observar os aspectos mais relevantes da pro- dução e do consumo de biodiesel no país, re- lacionando com suas possibilidades em termos regionais. 13. Resolver com os alunos os exercícios de 7, 8 e 9 da Apostila-caderno e recomendar as tarefas Mínima e Complementar. 14. Chamar a atenção para as sugestões que são apresentadas depois da Tarefa Complementar, de filme, site e programa do Geografia ao Vivo sobre temas tratados nas Aulas 37 a 39. Veja a seguir sinopses dessas indicações, para que você possa recomendar, e sugestões de como utilizá-las com os alunos. Geografia Aulas 37 a39 Combustíveis fósseis no Brasil ensino médio – bienal 1ª- série6 http://www.youtube.com/watch?v=6XaGYcV8TOM O filme produzido pelo Canal Portal Brasil (12.01.2010) destaca aspectos da localização e da formação geoló- gica do petróleo existente na camada Pré-Sal e, tam- bém, sua importância econômica para o Brasil. RECOMENDADOSITE http://www.cepetro.unicamp.br/petroleo/index_ petroleo.html O site apresenta informações sobre as diversas atividades ligadas à produção de petróleo e tam- bém as diferentes fases de produção desse com- bustível fóssil no Brasil. Geografia ao Vivo Fontes de energia: o gás natural O programa discute a crescente importância do gás natu- ral como fonte energética, explicando, primeiramente, a sua origem fóssil, a localização de suas principais reser- vas e os países que estão entre os maiores produtores mundiais. São explicadas as diferentes formas de sua utilização e sua importância para a economia mundial, dentro do quadro de escassez de petróleo. Comenta- se ainda os mecanismos de transformação do gás em energia elétrica, sua importância geopolítica na atualidade e a recente crise com o governo boliviano, em função da racionalização dos hidrocarbonetos. Fontes de energia renováveis: álcool A partir do histórico, iniciado com a sua fundação, é anali- sado o papel do Pro-álcool, criado em 1975, com o obje- tivo de reduzir os gastos com a importação de petróleo, cujo preço havia subido de forma brutal desde o Primeiro Choque. Seus atuais pontos positivos e negativos são discutidos. A exploração de petróleo no Pré-Sal Primeiramente é explicado o conceito geológico de Pré- Sal. Depois é feita a análise de suas descobertas recentes, suas perspectivas e sua localização. É dimensionada tam- bém a importância dessa descoberta dentro do quadro de esgotamento do petróleo nas próximas décadas e os impactos que o aumento da produção de petróleo poderia ter na economia brasileira das próximas décadas. Comentários das respostas dos exercícios da Apostila-caderno 1. E A Petrobras, desde sua criação, em 1953, até 1995, sempre contou com uma série de monopó- lios, dentre eles o da prospecção, da exploração, do refino e do transporte, porém nunca possuiu o monopólio da distribuição dos derivados do petróleo, uma das atividades mais rentáveis do setor. 2. C A principal área produtora de petróleo no país se localiza na plataforma continental da bacia de Campos, no Rio de Janeiro, responsável por cer- ca de 3/4 da produção petrolífera nacional. Os custos de produção do petróleo na plataforma marítima são mais elevados do que em terra. 3. C Os três estados destacados no mapa são o Rio de Janeiro, a Bahia e o Rio Grande do Norte, atualmente os três maiores produtores de pe- tróleo do país. 4. B O gás natural é um excelente combustível. Além de sofrer combustão completa em maior proporção que outros combustíveis, ele tam- bém causa menor poluição atmosférica por compostos de enxofre. Esses fatos, aliados à descoberta e exploração de novas e grandes jazidas, faz com que o gás natural possa substituir os derivados do petró- leo, ainda neste século. 5. D A importação de gás natural da Bolívia tem como um dos seus principais objetivos viabi- lizar a expansão da geração termelétrica no país, especialmentena região Sudeste. 6. O carvão mineral brasileiro é do tipo hulha, caracterizado por uma baixa qualidade, já que apresenta elevado teor de impurezas e baixo poder calorífico. As principais jazidas carboní- feras se localizam no sul do país, especialmente nos vales dos rios Jacuí (RS) e Tubarão (SC). O carvão gaúcho, de qualidade inferior é utiliza- do como fonte de energia em usinas termelétri- cas e no transporte, e o carvão catarinense, um pouco melhor, é utilizado na siderurgia. 7. D No caso brasileiro, verifica-se o predomínio das fontes renováveis de energia, destacando- se, especialmente, fontes como a hidráulica, o álcool e a biomassa. 8. A A partir da década de 1970 as discussões sobre diversas questões relativas às fontes de energia ganharam mais espaço. Dentre elas, o problema ensino médio – bienal 1ª- série7 da renovação destacou-se como uma das princi- pais preocupações, já que o fim previsto de deter- minadas fontes, fundamentais no desenvolvimen- to econômico do planeta, passou a assombrar a economia mundial. A questão de a fonte ser ou não renovável está diretamente ligada ao tempo de sua formação comparado à escala de tempo da vida do homem. Assim, o petróleo é classificado como não renovável, pois sua formação se deu há milhões de anos em determinadas condições ge- ológicas. Já a cana possui um período rápido de produção, podendo ser renovada anualmente. 9. a) Aumentar a importação de petróleo. b) Procurar desenvolver fontes alternativas para substituir derivados de petróleo, como a do álcool combustível, e elevar sua produ- ção interna. Atividade Extra Os textos abaixo podem contribuir na discussão sobre os assuntos das Aulas 37 a 39. O gás natural O gás natural é uma fonte de energia limpa, en- contrada em rochas porosas no subsolo, podendo es- tar associado ou não ao petróleo. Mais leve que o ar, o gás natural dissipa-se facilmente na atmosfera em caso de vazamento. Para que inflame, é preciso que seja submetido a uma temperatura superior a 620°C. A título de comparação, vale lembrar que o álcool se inflama a 200°C e a gasolina a 300°C. Devido à sua pureza, produz uma queima limpa e uniforme, isenta de fuligem e outros materiais que possam prejudi- car o meio ambiente, os equipamentos utilizados na queima ou o próprio produto, no caso de uso indus- trial. Ao substituir, por exemplo, a lenha, o gás reduz o desmatamento. Já nas grandes cidades, ele diminui drasticamente a emissão de compostos de enxofre e particulados, sem gerar cinzas ou detritos poluentes oriundos da utilização de outros combustíveis. O uso do gás natural • Gás domiciliar — No uso em residências, o gás na- tural é chamado de “gás domiciliar”. É um merca- do em franca expansão, especialmente nos gran- des centros urbanos de todo o país (…) • Gás veicular — No uso em automóveis, ônibus e caminhões, o gás natural recebe o nome de “gás veicular”, oferecendo vantagem no custo por qui- lômetro rodado. Como é seco, o gás natural não provoca resíduos de carbono nas partes internas do motor, o que aumenta a vida útil do motor e o intervalo de troca de óleo, além de reduzir signifi- cativamente os custos de manutenção. • Indústria — Utilizado como combustível, o gás na- tural proporciona uma combustão limpa, isenta de agentes poluidores, ideal para processos que exi- gem a queima em contato direto com o produto final, como, por exemplo, a indústria de cerâmica e a fabricação de vidro e cimento. • Termelétricas — A participação em projetos de usinas termelétricas é uma prioridade da Gaspetro e se insere na estratégia de ação definida para o Sistema Petrobras, pelo Governo Federal, através do Ministério de Minas e Energia, com o objeti- vo de contribuir para assegurar o suprimento de energia elétrica nos próximos anos (...) O gás natural também pode ser utilizado como re- dutor siderúrgico na fabricação de aço e, de formas va- riadas, como matéria-prima: na indústria petroquímica, principalmente para a produção de metanol, e na indús- tria de fertilizantes, para a produção de amônia e ureia. Baseado em informações do site http://www.gaspetro.com.br. Acesso em: 15 maio 2003. O biodiesel Biodiesel é um combustível biodegradável deri- vado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos, tais como o craqueamento, a esterificação ou pela transesterificação. Pode ser pro- duzido a partir de gorduras animais ou de óleos vege- tais, existindo dezenas de espécies vegetais no Brasil que podem ser utilizadas, tais como mamona, dendê (palma), girassol, babaçu, amendoim, pinhão-manso e soja, dentre outras. (...) Segundo a Lei nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005, biodiesel é um “biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna com ignição por compressão ou, conforme regula- mento, para geração de outro tipo de energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil”. A transesterificação é o processo mais utilizado atualmente para a produção de biodiesel. Consiste numa reação química dos óleos vegetais ou gorduras animais com o álcool comum (etanol) ou o metanol, estimulada por um catalisador, da qual também se extrai a glicerina, produto com aplicações diversas na indústria química. ensino médio – bienal 1ª- série8 Além da glicerina, a cadeia produtiva do biodiesel gera uma série de outros coprodutos (torta, farelo, etc.) que podem agregar valor e se constituir em ou- tras fontes de renda importantes para os produtores. (…) O Programa Nacional de Produção e Uso de Bio- diesel (PNPB) é um programa interministerial do Go- verno Federal que objetiva a implementação de forma sustentável, tanto técnica, como economicamente, a produção e uso do biodiesel, com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional, via geração de emprego e renda. Baseado em informações do site: http://www.biodiesel.gov.br/. Acesso em: 16 out. 2010. O etanol como combustível O álcool etílico é utilizado como combustível desde o nascimento dos automóveis, na tentativa de adaptar os motores recém-inventados para a sua utilização. Desde então, o uso do etanol em veículos automotores tem avançado de forma considerável. O álcool é menos inflamável e menos tóxico que a ga- solina e o diesel. Ele pode ser produzido a partir de biomassa (resíduos agrícolas e florestais). No Brasil, ele é gerado principalmente da cana-de-açúcar. Nos Estados Unidos, o milho é o mais usado. O uso de álcool combustível teve seu primeiro ápice no país a partir da década de 70, com a crise de petróleo no mundo e o nascimento do Pró-Álcool (Programa Nacional do Álcool) em 14 de novembro de 1975, que incentivava o cultivo da cana-de-açúcar, provia recursos para construção de usinas, e tinha como apelo o fato de ser uma fonte de energia reno- vável e menos poluidora que os derivados do petróleo, o que possibilitou o desenvolvimento de uma tecnolo- gia 100% nacional. A utilização do álcool como combustível em car- ros de fabricantes nacionais atingiu seu pico em 1986 junto com o popular Fiat 147, mas os produtores acabaram preferindo vender sua matéria-prima para produção de açúcar em vez de álcool por causa dos preços, o que, junto com a queda do preço do petró- leo, ajudou a levar o programa ao fracasso. (...) Hoje o Pró-Álcool não existe mais, tendo-se en- cerrado oficiosamente no início do governo Collor de Mello (1990) quando o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) foi extinto e, no lugar, foram criados a Secretaria de Desenvolvimento Regional da Presidên- cia da República e o Departamento de Assuntos Su- croalcooleiros. (...) Em 2007, no Brasil, 43% dos automóveis já eram movidos a álcool, incluindo os de motores flex. Nos Es- tados Unidos, a mistura etanol-gasolina (E85), a única ainda comercializada no país, corresponde a 8% do mercado de combustível. De acordo com o American Petroleum Institute, os Estados Unidos consomem quase 25 vezes mais gasolinaque o Brasil, o que faz com que a troca de um combustível pelo outro seja quase impossível a curto prazo (...). A diferença entre a produção de etanol no Brasil e nos EUA é que lá ele é produzido do milho, muitas vezes transgênico, por ser mais resistente a pragas e a pesticidas. No Brasil, o etanol é 100% de cana- de-açúcar, e na Europa ele vem da fermentação de beterraba. A cana é disparada a mais barata. O valor atual para produção de álcool é de US$ 0,22 quando a matéria-prima é cana-de-açúcar, US$ 0,30/L, quando é milho, e US$ 0,53/L quando se usa beterraba. (…) O álcool no Brasil é usado também como aditivo à gasolina na porcentagem de 20% a 25%, por força de lei. Nesse caso, é o álcool anidro (sem água), de es- pecificação mínima 99,3° INPM (por peso), enquanto o álcool fornecido nos postos é o hidratado, de 92,6° a 93,8° INPM. (…) NETO, P.C. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/programa-alcool-brasil2.htm. Acesso em: 29 abr. 2011. ensino médio – bienal 1ª- série9 Objetivo Sedimentar conhecimento, oferecendo ao aluno uma base de conceitos referentes aos principais ele- mentos que compõem os diferentes climas do globo terrestre. Encaminhamento 1. Iniciar a Aula 40 mostrando quais são as gran- des camadas que formam o planeta Terra, ressal- tando a atmosfera e fazendo uma breve análise das características essenciais de cada uma das três subcamadas atmosféricas: a troposfera, a estratosfera e a ionosfera. Seria oportuno desta- car a importância da ionosfera para as telecomu- nicações, da camada de ozônio na estratosfera e dos fenômenos meteorológicos na troposfera. 2. Discutir com os alunos as principais diferenças entre os conceitos de tempo e clima, informando que rotineiramente usamos, de forma incorreta, os dois termos como se fossem sinônimos. Ex- plicar o papel fundamental que os conhecimen- tos sobre o clima apresentam para a economia moderna como, por exemplo, para a agricultu- ra, a produção hidrelétrica, a construção civil e a aeronáutica, entre outros setores. Incluir neste tópico uma análise das diferenças entre os con- ceitos de elemento e de fator climático. 3. Caracterizar a variação entre o elemento tempe- ratura e os fatores latitude e altitude, utilizando as tabelas disponíveis no Livro, incluindo breves explicações sobre por que latitude/temperatura e altitude/temperatura variam inversamente. 4. Resolver os exercícios 1, 2 e 3 da Apostila-ca- derno e recomendar as tarefas Mínima e Com- plementar. 5. Na Aula 41, comentar sobre a influência da ma- ritimidade e da continentalidade na configura- ção climática no mundo, relacionando-as com as diferenças de amplitudes térmicas existentes em locais situados em áreas de mesma latitude e altitude. 6. Destacar a importância das correntes marítimas na configuração do clima em determinadas áreas, como, por exemplo, na costa ocidental europeia (decorrente da ação da corrente quente do Golfo) e na costa ocidental da América do Sul (decor- rente da ação da corrente fria de Humboldt). 7. Analisar com os alunos o significado das massas de ar para a determinação dos climas na super- fície terrestre, partindo da definição de massa de ar, suas principais áreas de origem e caracterís- ticas mais relevantes. Comentar também o que é uma frente de ar, quando se forma e quais as suas influências sobre o clima. 8. Resolver os exercícios 4, 5 e 6 da Apostila-ca- derno e recomendar as tarefas Mínima e Com- plementar. 9. Chamar a atenção para as sugestões que são apresentadas depois da Tarefa Complementar, de filme e site sobre temas tratados nas Aulas 40 e 41. Veja a seguir sinopses dessas indicações, para que você possa recomendar, e sugestões de como utilizá-las com os alunos. http://www.youtube.com/watch?v=BFLeq0Rlfdk O filme produzido pela BBC destaca que os efei- tos do aquecimento global podem ser vistos no Brasil e em praticamente todo canto do planeta. O ambientalista inglês, David Attenborough, correu o mundo para registrar o que já está acontecendo. O resultado está no documentário “O Caos no Clima”. RECOMENDADOSITE http://mudancasclimaticas.cptec.inpe.br/ No site do INPE-CPTEC encontra-se informa- ções relacionadas às mudanças climáticas que es- tão ocorrendo no planeta como resultado das emis- sões de gases do efeito estufa na atmosfera. Comentários das respostas dos exercícios da Apostila-caderno 1. a) Os mais importantes elementos do clima são: temperatura, as precipitações, umidade do ar, pressão atmosférica e os ventos. Os Aulas 40 e 41 Fatores e elementos climáticos ensino médio – bienal 1ª- série10 fatores climáticos mais importantes são: a altitude, a latitude, as correntes marítimas, a continentalidade, a maritimidade e as mas- sas de ar. b) A latitude determina que as temperaturas médias anuais diminuam do Equador para os polos; a altitude determina que se verifique a ocorrência de diferenças de temperaturas em áreas de mesma latitude no mundo. 2. Em I, o fator responsável pelas diferenças tér- micas existentes entre as duas cidades é a la- titude, pois, quanto maior a latitude, ou seja, quanto mais nos afastamos do Equador, meno- res serão as médias térmicas anuais, porque, em razão da esfericidade da Terra, os raios so- lares a atingem em diferentes inclinações. Des- sa forma, em Belém, por estar situada nas pro- ximidades do Equador – onde os raios solares incidem verticalmente – o aquecimento é maior e, consequentemente, as temperaturas médias são mais elevadas. Já Porto Alegre, por situar- se além do Trópico de Capricórnio, a uma la- titude de, aproximadamente, 30ºS, apresenta temperaturas médias menos elevadas, uma vez que o ângulo de inclinação dos raios solares é maior, o que resulta num menor aquecimento. Em II, o fator responsável pelas diferenças en- tre as temperaturas médias das duas cidades é a altitude, uma vez que, quanto maior a altitu- de, menor é a temperatura. Assim, apesar de estarem localizadas em uma latitude de apro- ximadamente 20ºS, Belo Horizonte, situada numa altitude maior (852 metros), apresenta temperaturas médias mais baixas do que Vitó- ria, situada na área litorânea. 3. C O ar mais quente tropical, devido às suas ca- racterísticas físicas, retém maior vapor de água na atmosfera, aumentando as precipitações. 4. Isso acontece porque existem outros fatores in- fluenciando na dinâmica da temperatura de um lugar, como, por exemplo, a latitude, a altitude, a maritimidade e a continentalidade. A altitude influencia no comportamento das médias térmicas em uma localidade. Sua in- fluência é inversamente proporcional, pois se verifica declínio das médias térmicas com o aumento da altitude. A influência desse fator climático explica, inclusive, a existência de di- ferentes médias térmicas em áreas de mesma latitude, ou ainda, de climas do tipo frio mon- tanhoso na zona climática tropical. 5. A As áreas localizadas próximas ao mar apresen- tam nível de umidade relativa do ar mais eleva- da do que as áreas mais continentais. Isso faz com que seus verões sejam mais brandos e os seus invernos, menos rigorosos que os das áre- as continentais. Isso significa dizer que onde há influência da maritimidade, encontramos am- plitude térmica anual menor do que nas áreas continentais. 6. B De acordo com o enunciado, as possíveis con- sequências do aumento da temperatura média no planeta serão: • alteração no clima, que será mais quente e úmido; • ocorrência de mais enchentes em algumas áreas e de secas crônicas em outras; • desaparecimento das geleiras, aumento do nível dos oceanos e inundação de certas áre- as litorâneas. Todas as consequências citadas acima têm re- lação com os processos do ciclo da água que envolvem mudanças de estado físico. Atividade Extra Os textos abaixo podem contribuir na discussão sobre os assuntos das Aulas 40 e 41. O efeito estufa O efeito estufa é o fenômeno natural pelo qual a energia emitida pelo Sol – em forma de luz e radiação –é acumulada na superfície e na atmosfera terrestres, aumentando a temperatura do planeta. De suma im- portância para a existência de diversas espécies bio- lógicas, o efeito estufa acontece principalmente pela ação de dióxido de carbono (CO2), CFCs, metano, óxi- do nitroso e vapor de água, que formam uma barrei- ra contra a dissipação da energia solar. A maioria dos cientistas climáticos crê que um aumento na quanti- dade desses gases provocará uma elevação na tempe- ratura da Terra. (...) Com o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis cada vez mais intensos, a concentração des- ses gases está aumentando, especialmente as de CO2 e metano. Desde 1800, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera cresceu 30%, enquanto a de metano aumentou 130%. Analisando camadas de gelo ensino médio – bienal 1ª- série11 da Antártica, cientistas europeus descobriram que o ritmo de aumento na concentração de CO2 é impres- sionante: nos últimos 150 anos, o gás propagou-se pela atmosfera do planeta cerca de 200 vezes mais rápido que nos últimos 650.000 anos. (...) Os maiores emissores de gases responsáveis pelo efeito estufa são Estados Unidos, União Europeia, China, Rússia, Japão e Índia. Entre essas nações, os Estados Unidos – responsáveis por cerca de 36% do total mundial – lideram as emissões tanto em termos absolutos como per capita. Entre 1990 e 2002, os EUA aumentaram em 15% o nível de emissão de gases, chegando a 6 bilhões de toneladas ao ano. Para efeito de comparação, todos os países-membros da UE emi- tiram, juntos, cerca de 3,4 bilhões em 2002. A China, terceira colocada no ranking, emitiu 3,1 bilhões de toneladas. (...) Há diversas evidências de que a temperatura glo- bal aumentou. Os termômetros subiram 0,6°C entre meados do século XIX e o início do século XXI – des- ses, 0,5°C apenas nos últimos 50 anos. Outra evidência é a elevação de 10 cm a 20 cm no nível dos oceanos nesse período. Além disso, as regiões glaciais do pla- neta estão diminuindo: em algumas zonas do Ártico, por exemplo, a cobertura de gelo encolheu até 40% em décadas recentes. Cientistas também consideram prova do aquecimento global a diferença de tempera- tura entre a superfície terrestre e a troposfera – zona atmosférica mais próxima do solo. (...) Os cientistas climáticos são unânimes em afirmar que o impacto do aquecimento será enorme. A maioria prevê falta de água potável, mudanças drásticas nas condições de produção de alimentos e aumento no nú- mero de mortes causadas por inundações, secas, tem- pestades, ondas de calor e fenômenos naturais como tufões e furacões. Além disso, pesquisadores europeus e americanos estimam que, caso as calotas polares der- retam, haverá uma elevação de cerca de 7 metros no nível dos oceanos. Outro impacto provável é a extinção de diversas espécies animais e vegetais. Disponível em: http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/ perguntas_respostas/aquecimento_global/index.shtml – Acesso em: 18 out. 2010. Domínios climatobotânicos no mundo Aula 42 Objetivo Apresentar o funcionamento da circulação at- mosférica a partir do conhecimento da origem, des- locamento e influências das massas de ar na defini- ção dos climas, e explicar as fortes inter-relações existentes entre as paisagens climáticas e as paisa- gens botânicas. Encaminhamento 1. Mostrar a divisão dos grandes climas do mun- do, utilizando mapas, fazendo uma breve aná- lise das principais características de cada um deles e relacionando-os com a posição geográfi- ca. Seria interessante também, em alguns casos, comentar a influência de outros fatores, como o relevo, a vegetação, a maritimidade, etc. 2. Mostrar a divisão das grandes formações vege- tais do mundo, utilizando mapas, fazendo uma breve análise das principais características de cada uma delas, relacionando-as às condições climáticas existentes em suas áreas de ocorrên- cia. Seria interessante também, em alguns casos, comentar sobre o processo de desmatamento que ocorreu ao longo da história, por ação an- trópica, especialmente nos domínios onde se lo- calizavam as grandes florestas temperadas. 3. Resolver os exercícios 1, 2 e 3 da Apostila-caderno e recomendar as tarefas Mínima e Complementar. ensino médio – bienal 1ª- série12 4. Chamar a atenção para as sugestões que são apresentadas depois da Tarefa Complementar, de site e programa do Geografia ao Vivo sobre temas tratados na aula. Veja a seguir sinopses dessas indicações, para que você possa reco- mendar, e sugestões de como utilizá-las com os alunos. RECOMENDADOSITE http://www.institutoaqualung.com.br/info_desma- tamento26.html No site do Instituto Ecológico Aqualung você encontra informações sobre o processo de desma- tamento que ocorreu nas áreas de ocorrências de formações florestais existentes nas zonas climáticas temperadas e intertropicais, bem como sobre as im- plicações decorrentes desse desmatamento para os seres humanos. Geografia ao Vivo O Furacão Katrina e suas consequências Após a definição do que é um furacão e como esse fenômeno se origina, o programa analisa a questão do furacão Katrina, destacando não apenas a devastação material por ele provocada, mas também a disparidade social que revelou existir nos Estados Unidos. Comentários das respostas dos exercícios da Apostila-caderno 1. B O gráfico denominado climograma representa, ao mesmo tempo, duas importantes variáveis na análise climática: a temperatura e a precipitação. A temperatura, por ser um fenômeno constante (está sempre ocorrendo), é representada através de uma linha contínua, e seus valores, em mé- dias mensais, são indicados na escala ao lado, em graus Celsius. A precipitação, que corresponde à ocorrência das chuvas, por ser um fenômeno inconstante, é re- presentada através de colunas, e seus valores, em quantidades acumuladas no período de um mês, são indicados na escala ao lado, em milímetros. A caracterização de um clima pode ser feita a partir dos dados representados nesse climogra- ma, interessando na análise tanto a variação mês a mês das temperaturas, quanto a determinação da amplitude térmica anual, o mesmo ocorren- do com relação às chuvas, pois é tão importante analisar o total anual das precipitações, quanto a distribuição dessas chuvas durante o ano. 2. 02 + 16 = 18 Os climogramas I, II, III, IV, V e VI se referem, respectivamente, aos climas Temperado, Equa- torial, Desértico, Tropical, Subtropical e Polar. 3. Florestas tropicais e Savanas tropicais. Os grandes domínios climáticos no Brasil Aulas 43 e 44 Objetivo Apresentar as principais características que mar- cam a paisagem climatobotânica brasileira a partir do funcionamento das massas de ar dominantes em nosso território e explicar as inter-relações entre os climas e as paisagens vegetais no país. Encaminhamento 1. Na Aula 43, destacar os principais fatores cli- máticos atuantes na determinação dos climas brasileiros, analisando a ação da variação das latitudes e altitudes nas temperaturas e amplitu- des térmicas na maior parte do país. ensino médio – bienal 1ª- série13 2. Analisar a ação das principais massas de ar atuantes no país, priorizando as implicações re- sultantes da presença da massa Polar atlântica (mPa), da massa Tropical atlântica (mTa) e da massa Equatorial continental (mEc). 3. Resolver os exercícios 1 e 2 da Apostila-caderno e recomendar as tarefas Mínima e Complementar. 4. Na Aula 44, observar no mapa a classificação cli- mática do Brasil e sua distribuição espacial, apre- sentando as principais características de cada um dos climas representados, localizando-os no mapa, e analisando o respectivo climograma. 5. Resolver os exercícios 3, 4 e 5 da Apostila-caderno e recomendar as tarefas Mínima Complementar. 6. Chamar a atenção para as sugestões que são apre- sentadas depois da Tarefa Complementar, de site e programa do Geografia ao Vivo sobre temas tratados nas aulas. Veja a seguir sinopses dessas indicações, para que vocêpossa recomendar, e sugestões de como utilizá-las com os alunos. RECOMENDADOSITE http://www.inmet.gov.br/ O site apresenta uma série de informações re- lacionadas com o comportamento da dinâmica do tempo no país, bem como das mudanças climáticas que estão ocorrendo no planeta como resultado do aquecimento global. Geografia ao Vivo Brasil: domínios morfoclimáticos Após conceituar o que é paisagem e sua dinâmica, são apresentados os seis domínios morfoclimáticos brasilei- ros, destacando os aspectos naturais mais significativos de cada um deles. Comentários das respostas dos exercícios da Apostila-caderno 1. E O fenômeno da friagem na Amazônia ocidental ocorre, por ação da mPa, no inverno austral, portanto, no período de junho a setembro. 2. a) Massa Polar Atlântica. b) Chuvas Frontais. 3. B O climograma I corresponde ao clima equato- rial, que no mapa aparece identificado com a letra A. Trata-se de um clima quente e úmido com média térmica anual por volta de 25°C e altos índices pluviométricos anuais, não apre- sentando estação seca definida. Já o climograma II corresponde ao clima tropi- cal, identificado no mapa pela letra D. Esse clima apresenta duas estações bem defini- das – verão chuvoso e inverno seco – e tempe- ratura média anual na casa de 22°C. 4. A Observam-se, no climograma localizado à es- querda, as variações termopluviométricas do cli- ma subtropical da região Sul, caracterizado por grandes amplitudes térmicas anuais e chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Já o segundo gráfico apresenta elevadas temperaturas com chuvas escassas e irregulares, condições essen- ciais para caracterizar o clima semiárido. E, por fim, observam-se, no climograma localizado à direita, as variantes térmicas e pluviométricas do litoral nordestino (Zona da Mata), caracte- rizadas pela elevada temperatura anual e por chuvas concentradas no inverno decorrentes da ação das massas Tropical e Polar atlântica. 5. B Os gráficos termopluviométricos (climogramas) mostram que a localidade A encontra-se em uma área de clima tropical de sazonalidade pluvial bem definida (chuvas de verão e secas de inver- no) e a B em área de clima subtropical de sazona- lidade térmica e relativa uniformidade pluvial. ensino médio – bienal 1ª- série14 Objetivo Apresentar as principais características que mar- cam a paisagem climatobotânica brasileira a partir do funcionamento das massas de ar dominantes em nosso território e explicar as inter-relações entre os climas e as paisagens vegetais no país. Encaminhamento 1. Na Aula 45, analisar as grandes paisagens ve- getais presentes no país, destacando o que se entende por formações florestais latifoliadas e aciculifoliadas, complexas e herbáceas, relacio- nando-as às condições do solo e do clima. 2. Apresentar as principais características da Flo- resta Latifoliada Equatorial, ou Floresta Amazô- nica, destacando a sua localização e a relação com o clima, e caracterizar suas subdivisões de acordo com a topografia do relevo e o processo de inundação. 3. Apresentar as principais características da Flo- resta Latifoliada Tropical localizada no litoral, conhecida como Mata Atlântica, destacando sua relação com o clima e os fatores responsáveis pela sua devastação, e da Floresta Latifoliada Tropical localizada no interior, conhecida como Mata da Bacia do Paraná, destacando os fatores responsáveis pela sua devastação. 4. Apresentar as principais características da flo- resta de transição conhecida como Mata dos Cocais e da Floresta Aciculifoliada Subtropical, ou Mata de Araucária, destacando os fatores responsáveis pela sua devastação. 5. Resolver os exercícios 1, 2 e 3 da Apostila-ca- derno e recomendar as tarefas Mínima e Com- plementar. 6. Na Aula 46, destacar as mais importantes ca- racterísticas da formação complexa do Cerrado, da Caatinga e do Pantanal, relacionando-as às condições climáticas e pedológicas de suas áre- as de ocorrência. 7. Resolver os exercícios 4, 5 e 6 da Apostila-ca- derno e recomendar as tarefas Mínima e Com- plementar. 8. Chamar a atenção para as sugestões que são apresentadas depois da Tarefa Complementar, de filme, site e programa do Geografia ao Vivo sobre temas tratados nas Aulas 40 e 41. Veja a seguir sinopses dessas indicações, para que você possa recomendar, e sugestões de como utilizá- las com os alunos. http://www.youtube.com/watch?v=sSDfsJqVyV0& feature=related O filme destaca aspectos da posição oficial do Brasil, em 2010, frente a questão da defesa da biodi- versidade existente nos grandes biomas brasileiros. RECOMENDADOSITE http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/por-que-o- desmatamento-esta-caindo-no-brasil O site apresenta informações sobre o desmata- mento que está ocorrendo no Brasil, bem como de medidas que estão sendo tomadas para diminuir a intensidade desse processo em seu território. Geografia ao Vivo Hotspots O entrevistado inicia o programa definindo o que são hotspots e mostrando, com ajuda de imagens, a sua localização. São destacados os biomas brasileiros que fazem parte dessa classificação, bem como as causas dos problemas ambientais que os atingem. Comentários das respostas dos exercícios da Apostila-caderno 1. B As formações florestais são a Mata Amazôni- ca e a Mata Atlântica, marcadas por apresen- tarem uma estrutura arbórea latifoliada, clima úmido e rica biodiversidade. Aulas 45 e 46 As grandes formações vegetais do Brasil ensino médio – bienal 1ª- série15 2. C A Mata Atlântica originalmente recobria exten- sa faixa do litoral brasileiro, com largura média de 200km, ultrapassando, em alguns trechos, os 500km, atingindo o vale do rio Paraná, com o nome de Floresta Tropical do Interior (ou ainda, Mata da Bacia do Paraná). Sua devastação ocorreu com o processo de ocupação das terras brasileiras e, consequen- temente, da construção de novos espaços geo- gráficos pelo homem. As atividades desenvolvidas no Brasil – como: a extração do pau-brasil; a agroindústria da cana-de-açúcar, principalmente no Nordeste; a cultura do tabaco, no Recôncavo Baiano; o desbaste provocado pelo cacau; mais a ativida- de mineradora e a cafeicultura – lançaram-se violentamente sobre a floresta tropical, provo- cando assim sua destruição e, por consequên- cia, substituição de 95% de sua área. 3. D A Mata Atlântica é uma paisagem vegetal típica da faixa litorânea brasileira sob domínio climático tropical (Nordeste e Sudeste) e subtropical (Sul), com elevadas precipitações anuais. Por outro lado, as unidades de relevo marcadas pela presen- ça dessa paisagem vegetal apresentam diferentes níveis altimétricos. No Sudeste, por exemplo, a Mata Atlântica ocorria, originalmente, no conjun- to de terras mais elevadas do país (terras altas do Sudeste), enquanto no Nordeste ela ocupava os baixos planaltos próximos ao litoral. 4. A O domínio em questão é o do Cerrado, cuja lo- calização no Brasil é indicada no mapa com o número 4. 5. E A questão apresenta algumas características do clima da vegetação do domínio tropical se- miárido. As três afirmativas estão corretas. 6. Os manguezais se desenvolvem em áreas de águas pouco movimentadas ou alagadas nas reentrâncias dos litorais (baías, enseadas, es- tuários e deltas). Os solos argilosos e lodosos, ricos em matéria orgânica, dão origem a um tipo de vegetação, que revela grande capacida- de de adaptação a duas condições adversas: a salinidade do solo e a deficiência de oxigênio, em virtude do alagamento pelas oscilações das marés. Por essa razão, as espécies arbustivas e arbóreas dos mangues tiveram que desenvolver características morfofisiológicas especiais para absorver o oxigênio, como as raízes aéreas e as pneumatóforas (respiratórias). Essas espécies, de modo geral, apresentam tronco fino, peque- na altura e são classificadas como halófitas e higrófilas. O intenso processo de urbanização das áreas litorâneas tem levado à degradação desse ecossistema, como o desmatamento, os aterrospara expansão imobiliária e a contami- nação por resíduos sólidos, esgotos, vazamen- tos de navios (petroleiros e outros), efluentes e/ ou vazamentos industriais. Hidrologia geral Aulas 47 a49 Objetivo Explicar o funcionamento do ciclo hidrológico e a importância das Bacias Hidrográficas, especial- mente no contexto dos transportes. Encaminhamento 1. Na Aula 47, comentar as camadas que envolvem o nosso planeta, enfatizando a importância da hidrosfera como um todo e, em particular, dos cursos d’água, ressaltando as diferentes formas de aproveitamento das águas dos rios pelas so- ciedades. 2. Explicar para os alunos, utilizando o esquema que está na Apostila-caderno, o que vem a ser o ciclo da água (hidrológico) e sua importân- cia para o contínuo abastecimento dos rios. Discutir a gravidade da poluição dos solos (por exemplo, pelos agrotóxicos e pelos lixões), que pode afetar os lençóis freáticos de determinado lugar. ensino médio – bienal 1ª- série16 3. Fazer os exercícios 1, 2 e 3 da Apostila-caderno e recomendar as tarefas Mínima e Complementar. 4. Na Aula 48, definir concretamente o que sig- nifica uma rede hidrográfica, uma bacia hidro- gráfica e um divisor de águas, bem como os diferentes usos econômicos dos rios, exempli- ficando com o caso brasileiro. 5. Apresentar as principais características da hi- drografia, destacando duas delas: os regimes fluviais, com ênfase no regime tropical, que ca- racteriza a maior parte do Brasil. 6. Comentar os fatores da paisagem natural bra- sileira que estão intimamente relacionados com a presença de grandes bacias hidrográficas no Brasil, como a localização geográfica na faixa intertropical do planeta, o domínio dos climas tropicais no país, a presença de uma exuberan- te floresta na faixa equatorial e a atuação das massas de ar provenientes do oceano. 7. Fazer os exercícios 4, 5 e 6 da Apostila-caderno e recomendar as tarefas Mínima e Complementar. 8. Na Aula 49, utilizando o mapa da Apostila-ca- derno, mostrar a divisão do território brasilei- ro em nove bacias hidrográficas, explicando a subdivisão em seis bacias isoladas e três agru- padas, destacando as principais características de cada uma delas e os principais centros dis- persores da hidrografia brasileira. 9. Comentar as vantagens da utilização dos rios como hidrovias, comparando esse sistema com as rodovias e ferrovias, principalmente quanto à capacidade de cargas transportadas pelas em- barcações e ao consumo de combustível. Expli- car também o processo de construção de eclusas e o seu significado para a navegação fluvial. 10. Discorrer sobre a estrutura de transportes no Brasil, que prioriza o setor rodoviário em de- trimento dos setores ferroviário e hidroviário, comentando as hidrovias que são exceções no nosso país: a do Madeira, a do Paraguai e a do Tietê-Paraná. Comentar o significado de cada uma delas para o desenvolvimento das regiões que atravessam. 11. Fazer os exercícios 7, 8 e 9 da Apostila-caderno e recomendar a execução das tarefas Mínima e Complementar. 12. Chamar a atenção para as sugestões que são apre- sentadas depois da Tarefa Complementar, de site e programa do Geografia ao Vivo sobre temas tratados nas aulas. Veja a seguir sinopses dessas indicações, para que você possa recomendar, e sugestões de como utilizá-las com os alunos. RECOMENDADOSITE CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo-http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/Aguas-Su- perficiais/37-O-Problema-da-Escassez-de-Agua-no- Mundo Apresenta informações sobre o problema da es- cassez de água no mundo e o seu agravamento como decorrência do crescimento da população mundial e, também, dos grandes centros urbanos no mundo. Geografia ao Vivo Água: escassez e conflitos Primeiramente é demonstrada a escassez de água doce no mundo, para depois discutir sua irregular distribuição geográfica. São apontados os fatores que transformam esse recurso em importante elemento da análise geo- política atual e são mostrados exemplos de locais que já têm ou tiveram conflitos em função das disputas pela água. Comentários das respostas dos exercícios da Apostila-caderno 1. A O vapor de água resultante da evaporação dos mares, ao atingir determinada altitude, forma nuvens. Algumas delas, transportadas pelo ven- to, alcançam o continente, onde ocorrem preci- pitações (chuvas), compensando, dessa manei- ra, as águas dos rios que deságuam no mar. 2. C Utilizando-se fertilizantes e aterros sanitários, há grandes probabilidades de se contaminar, por infiltração, o lençol freático. O desmata- mento leva ao desnudamento do solo, incre- mentando, portanto, a evaporação da água. A impermeabilização do solo urbano, impedindo a infiltração da água de chuva, contribui para que ocorram enchentes e inundações. 3. a) O consumo de água nos Estados Unidos, em 1995, era inferior a 20% do total disponível. Embora esse país utilizasse grande volu- me desse recurso, devido ao uso intensivo de irrigação, à elevada industrialização e à numerosa população, a quantidade de água ensino médio – bienal 1ª- série17 utilizada sobre o total disponível era relati- vamente pequena, graças à grande disponi- bilidade de recursos hídricos de que dispu- nha. A previsão de consumo entre 20 e 40% do total disponível para 2025 é preocupante, mas está longe da situação de alerta dos pa- íses que atualmente utilizam (ou no futuro consumirão) mais de 40% do que dispõem. Quanto à Índia, a situação era e será bem di- ferente. Pressionada por uma enorme popu- lação absoluta (a segunda mundial), utiliza- va, já em 1995, quantidade de água superior a 20% do total disponível. O uso de mais de 40% da água disponível em 2025 colocará o país em situação de alerta, o que sem dúvi- da será trágico, dado o alto grau de pobreza que o caracteriza. b) Esses países estão em situação pior que a do Brasil no que se refere ao consumo de água. No Brasil, o consumo de água é (e deve per- manecer em 2025) inferior a 10% do total dis- ponível, o que se explica, principalmente, pela abundância dos seus recursos hídricos e pelo uso relativamente pequeno das técnicas de ir- rigação, reconhecidamente uma das principais formas de utilização desse precioso líquido. 4. C O texto descreve algumas características do Aquífero Guarani que induzem à compreen- são de que esse reservatório de água, para ser aproveitado, precisa ser estudado com maior detalhamento. 5. B O regime do tipo pluvial tropical é o que segue a distribuição das chuvas na maior parte do chamado mundo tropical, ou seja, a ocorrência de cheias no período muito chuvoso (o verão) e de vazantes no período muito seco (o inverno). 6. E O Brasil é, reconhecidamente, possuidor de uma das maiores reservas de água doce do Pla- neta. Portanto a ocorrência de uma grave crise de água em nosso país só poderia ser motivada pelo mau uso desse recurso, pelo seu desper- dício e, sobretudo, pela degradação de seus mananciais – fato que já vem se verificando em algumas áreas do território nacional. 7. B O mapa apresenta uma divisão em nove unida- des, que correspondem às bacias hidrográficas brasileiras, sendo seis isoladas e três agrupadas. 8. C As bacias descritas são, respectivamente: a Ama- zônica, São Francisco, Paraná e do Tocantins. 9. Em função de sua relação com o relevo, os rios são classificados como de planície (rio Para- guai) e de planalto (rio Paraná). O perfil longi- tudinal do rio Paraná revela a grande declivi- dade que ele apresenta em território brasileiro (alto e médio curso) e, consequentemente, o seu grande potencial energético, o que justifica a existência de grandes hidrelétricas em sua ba- cia. Apresenta, entretanto, trechos navegáveis, com destaque para a hidrovia Tietê-Paraná, através de eclusas. O perfil longitudinal do rio Paraguai evidencia a sua pequena declividade (os desníveis altimétricos são reduzidos) o que o caracteriza como rio de planície. Em conse- quência, tem grandepotencial e importância para a navegação. A geração de energia elétrica no Brasil Aulas 50 a52 Objetivo Proporcionar condições para os alunos entende- rem como a exploração de determinados recursos naturais pode alcançar um significado econômico extremamente importante, a partir do exemplo da geração de eletricidade de origem hidráulica. É fun- damental que, nessa análise, os alunos visualizem as vantagens e desvantagens da opção hidrelétrica comparativamente com outras fontes, renováveis ou não, e obtenham uma visão mais abrangente do sig- nificado da hidreletricidade no quadro socioeconô- mico brasileiro. É importante também que eles en- tendam como ocorre o processo de interferência do ensino médio – bienal 1ª- série18 homem na hidrografia, em suas diversas formas, ao se apropriar dos rios para atender a seus interesses – seja para maximizar o aproveitamento econômico e social dos rios, seja na atuação predatória, gerando a poluição das suas águas e do ambiente. Encaminhamento 1. Na Aula 50, destacar a importância da geração de energia elétrica para o desenvolvimento de um país, especialmente no campo da produção industrial. 2. Explicar, de forma generalizada, o funciona- mento das usinas que mais geram energia elé- trica no mundo, portanto, das termelétricas, hidrelétricas e termonucleares. 3. Destacar o fato de a maior parte da energia elé- trica usada no Brasil ser gerada em usinas hidre- létricas, portanto, que se utilizam das águas dos rios como fonte de energia primária. 4. Explicar por que esse fato é enxergado por muitos analistas como uma vantagem econômica e am- biental para o Brasil, considerando que as usinas hidrelétricas se utilizam de uma fonte de energia primária (água corrente dos rios) renovável, gra- tuita e limpa (não poluente). 5. Comentar um dado de extrema importância quan- to à distribuição da capacidade hidrelétrica brasi- leira pelas principais bacias hidrográficas, ressal- tando o fato de que o maior potencial disponível para a produção está na Amazônia e de que a maior potência instalada está na bacia do Paraná. 6. Analisar a distribuição do consumo de eletrici- dade por setor, comentando a expressiva partici- pação da atividade industrial nessa distribuição, bem como do consumo residencial, duas formas intimamente relacionadas com o processo de ur- banização do país. 7. Fazer os exercícios 1 e 2 da Apostila-caderno e recomendar a execução das tarefas Mínima e Complementar. 8. Na Aula 51, observar a distribuição das maio- res usinas hidrelétricas do país e comentar as principais características de algumas delas, em particular das duas maiores: Itaipu e Tucuruí. 9. Comentar seus principais aspectos negativos, como a necessidade de inundação de grandes áreas e os problemas socioambientais decor- rentes da implantação no Brasil de grandes hidrelétricas. Exemplifique, destacando proble- mas que ocorreram quando da implantação de usinas, como a de Itaipu, no rio Paraná, e de Sobradinho, no rio São Francisco. 10. Comentar sobre o esgotamento das possibilida- des de implantação de hidrelétricas de grande porte nas bacias hidrográficas do São Francis- co e do Paraná, relacionando esse fato com a necessidade de expandir o número desse tipo de usina na Amazônia. 11. Discutir os principais problemas de ordem so- cial, econômica e ambiental relacionados à im- plantação de grandes usinas hidrelétricas na Amazônia. Exemplifique destacando problemas que ocorreram quando da implantação de usi- nas como a de Tucuruí e Balbina. 12. Destacar a localização e aspectos da construção das usinas em implantação na Amazônia, como a de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, e Belo Monte, no rio Xingu. 13. Fazer os exercícios 3, 4 e 5 da Apostila-caderno e recomendar a execução das tarefas Mínima e Complementar. 14. Na Aula 52, comentar sobre as vantagens e des- vantagens das usinas termelétricas, destacando como um fator positivo o fato de elas poderem ser construídas próximas aos grandes centros consumidores de energia elétrica, e, negativo, o fato de elas se utilizarem de fontes de energia primária muito poluentes. 15. Comentar sobre as vantagens e desvantagens das usinas termonucleares, destacando como um fator positivo o fato de elas poderem ser construídas próximas aos grandes centros con- sumidores de energia elétrica, e, negativo, o fato de elas se utilizarem de fontes de energia gera- dora de resíduos radioativos (lixo atômico). 16. Caracterizar, de forma genérica, a pequena par- ticipação relativa da geração termelétrica e ter- monuclear na matriz de energia elétrica no Bra- sil, bem como a distribuição dessas usinas em seu território. Relacionar essa distribuição, no caso das termelétricas, com a ocorrência de car- vão mineral no sul do Brasil e com a importação de gás natural da Bolívia. 17. Fazer os exercícios 6, 7 e 8 da Apostila-caderno e recomendar a execução das tarefas Mínima e Complementar. 18. Chamar a atenção para as sugestões que são apresentadas depois da Tarefa Complementar, de filme, site e programa do Geografia ao Vivo sobre temas tratados nas aulas. Veja a seguir sinopses dessas indicações, para que você possa recomendar, e sugestões de como utilizá-las com os alunos. ensino médio – bienal 1ª- série19 http://www.youtube.com/watch?v=_HbNz7uU1Mg O filme destaca aspectos da localização e da obra da usina hidrelétrica de Jirau, integrante do Com- plexo Hidrelétrico do rio Madeira, na Amazônia. RECOMENDADOSITE http://www.itaipu.gov.br/ O site apresenta informações sobre a localização, estrutura e importância da usina hidrelétrica de Itai- pu no contexto energético brasileiro. Geografia ao Vivo Hidrelétricas na Amazônia Após apresentar a matriz energética brasileira, discute- se a necessidade de penetração na Amazônia e seu uso econômico de forma racional. São apresentados os possíveis impactos negativos que hidrelétricas podem ter em áreas densamente florestadas, bem como as técnicas para a sua implantação com o mínimo de im- pacto ambiental possível. Discute-se ainda o potencial hidrelétrico da região amazônica e os projetos para sua utilização. São apresentados alguns casos de ocupação regional, como Balbina e Belo Monte. Comentários das respostas dos exercícios da Apostila-caderno 1. E O elevado potencial hidrelétrico existente no Brasil é determinado pela ocorrência de climas quentes e úmidos e, também, pela predomi- nância de planálticos; a maior parte das hidre- létricas brasileiras localiza-se nas áreas onde se verifica um grande consumo de energia elé- trica, viabilidade econômica para construí-las e, também, políticas públicas que estimulem a sua construção. 2. B Entre os impactos ambientais provocados pela construção de hidrelétricas, encontram-se a pos- sível alteração do trajeto do rio nas proximidades da obra e o desenvolvimento de obras de terra- planagens para a instalação de obras de apoio. 3. A A hidrelétrica de Itaipu localiza-se no rio Para- ná, próximo a foz do rio Iguaçu, um dos seus afluentes, e destaca-se como a maior usina bra- sileira. A usina de Itaipu é binacional, pois foi construída em parceria com o Paraguai, e o seu contrato prevê que a energia não consumida por um dos sócios deve ser vendida preferen- cialmente ao outro. 4. E A usina e o rio em questão são, respectivamen- te, a usina de Tucuruí e o rio Tocantins. 5. B A Bacia do rio da Prata ou Platina é composta pelas bacias do Paraná, Uruguai e do Paraguai. A maior potência hidrelétrica instalada do Bra- sil encontra-se na Bacia do Paraná. 6. A A geração de eletricidade nas usinas hidrelé- tricas exige a manutenção de um certo nível de água nas barragens para que, nas turbinas, a vazão (fluxo de água) seja compatível com a po- tência requerida. 7. A O “lixo atômico”, em grande parte, é formado por substâncias radioativas que se caracterizam pela emissão de ondas eletromagnéticas de alta energia. Por esse motivo, essasradiações são nocivas ao meio ambiente e à saúde humana. O período de emissão dessas radiações pode atingir milhares de anos e não pode ser inter- rompido pela ação humana. 8. D Em relação às afirmativas, pode-se dizer: I. Nas reações de fissão, não ocorre a liberação de CO2 e óxidos de enxofre e nitrogênio, os principais responsáveis pelo efeito estufa e pela chuva ácida. II. Como os combustíveis utilizados em usinas nucleares são radioativos, sempre há riscos para o meio ambiente e para os seres vivos, em caso de acidente. Evidentemente, há riscos para o ambiente e para os seres vivos sempre que um acidente acontece em alguma obra de engenharia. O progresso tecnológico proporcionou meca- nismos de prevenção de falhas que permitem a operação de usinas termonucleares, com segurança, em vários países. Assim, o primeiro argumento é claramente váli- do e o segundo, passível de discussão mais apu- rada. Dada a estrutura das alternativas, escolhe- mos a que melhor se adapta. ensino médio – bienal 1ª- série20 Exercício Extra Esta questão pode contribuir para a discussão do assunto. (PUC-SP) A queda de algumas torres (por sabo- tagem, falha humana ou acidentes naturais) que sustentavam linhas de transmissão de energia elétrica a grandes distâncias (os “linhões”) – como a que ocorreu no Centro-Sul do Brasil – propicia algumas reflexões geográficas sobre esse sistema técnico. Considere as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta. I. Os problemas no fornecimento de energia elétrica à distância não afetaram as regiões mencionadas, pois predomina nessas áreas o uso de outras fontes de energia. II. Os sistemas de geração e transmissão de energia à distância constituem uma rede téc- nica espacial que integra e torna interdepen- dentes várias regiões do território brasileiro. III. A distribuição por vastos territórios de redes técnicas espaciais de energia é uma solução muito usada no Centro-Sul, que apresenta grande potencial hidrelétrico. IV. A rede de energia elétrica do Sudeste, so- mada ao seu sistema espacial de comunica- ções e transportes, confere ao espaço dessa região um alto conteúdo técnico. a) Somente a afirmação IV está certa. b) Todas as afirmações estão certas. c) II, III e IV estão certas. d) II e IV estão certas. e) Somente a afirmação I está certa. Resposta do Exercício Extra C A afirmação I é incorreta, pois no Centro-Sul a fonte de energia mais utilizada é a de origem hi- drelétrica. As demais afirmações estão corretas, pois elas destacam a concentração de importan- te infraestrutura energética, de transporte e de comunicação, interdependentes com as de ou- tras regiões. Essa concentração de tecnologia e de infraestrutura foi causada pela centralização histórica de capitais no Centro-Sul. O Complexo Regional do Centro-Sul Aulas 53 e 54 Objetivo Desenvolver nos alunos a capacidade de relacio- nar a paisagem natural do Complexo Regional do Centro-Sul com o processo histórico de sua ocupa- ção territorial, pela análise do aproveitamento eco- nômico do seu espaço. É importante que eles tam- bém entendam esse processo de ocupação a partir das relações históricas e políticas entre o Centro- Sul e as outras regiões do território nacional. Encaminhamento 1. Na Aula 53, iniciar o assunto relembrando que no Brasil existem duas divisões regionais mais utilizadas: a das Macrorregiões do IBGE (Nor- te, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e a das regiões geoeconômicas, que correspondem aos Complexos Regionais – do Centro-Sul, da Amazônia e do Nordeste. Lembre-se de que este assunto já foi abordado no primeiro semestre deste ano. Portanto, no momento, deve-se fazer uma apresentação mais superficial. 2. Localizar, em um mapa, os limites do Complexo Regional do Centro-Sul; citar quais são as suas unidades componentes (total ou parcialmente), com destaque para sua participação no total da superfície territorial do país. 3. Enfatizar o fato de o Complexo Regional do Centro-Sul ser a região mais populosa e a mais povoada do Brasil. Apresentar alguns dados nu- méricos sobre esse tema. ensino médio – bienal 1ª- série21 4. Comentar um dos aspectos sociais mais carac- terísticos dessa região – é a mais urbanizada do país – e destacar as grandes metrópoles exis- tentes. 5. A partir de uma análise histórica, relacionar o intenso processo de urbanização dessa região com seu desenvolvimento econômico e sua for- te dinâmica econômica regional. 6. Fazer os exercícios 1, 2 e 3 da Apostila-caderno. Recomendar a resolução das tarefas Mínima e Complementar. 7. Na Aula 54, analisar o fato de a ocupação re- gional do Centro-Sul ter sido feita em três eta- pas distintas: a dos imigrantes que povoaram o sul do país; a dos imigrantes que vieram desen- volver a cafeicultura em São Paulo; e as frentes pioneiras de migrantes nacionais. 8. Explicar as razões que deram início ao proces- so de atração de imigrantes europeus para o Brasil e a necessidade de ocupação das terras do sul do país – e discorrer sobre o processo desenvolvido pelo governo brasileiro para fixar esses imigrantes no sul, com o uso da política de doação de lotes. Citar exemplos de cidades que surgiram dessa forma. 9. Analisar as relações entre os elementos do qua- dro natural de São Paulo e o desenvolvimento da cafeicultura. Enfatizar os problemas com o relevo e a devastação no Vale do Paraíba e as vantagens do solo e da topografia no interior do estado. 10. Ressaltar a expansão das novas fronteiras agrí- colas do país a partir da década de 1950, espe- cialmente para a porção mais ao norte e a noro- este do Complexo Regional do Centro-Sul, nos Estados de Goiás e de Mato Grosso. Comentar a importância da construção de Brasília e da aber- tura de novas estradas para esse processo. 11. Fazer os exercícios 4, 5 e 6 da Apostila-caderno. Recomendar a resolução das tarefas Mínima e Complementar. 12. Chamar a atenção para as sugestões que são apresentadas depois da Tarefa Complementar, de filme, site e programa do Geografia ao Vivo sobre temas tratados nas aulas. Veja a seguir sinopses dessas indicações, para que você pos- sa recomendar, e sugestões de como utilizá-las com os alunos. http://www.youtube.com/watch?v=EbdeaWL7Hog& feature=related O filme produzido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, destaca o trabalho do Brasil e as- pectos da produção de etanol no Centro-Sul do país, de forma limpa, sustentável e sem impacto na produ- ção de alimentos. Geografia ao Vivo A produção cafeeira e a ocupação de São Paulo O programa faz uma interdisciplinaridade com a História, mostrando como a expansão da cultura cafeeira no século XIX e começo do XX se relacionou à ocupação do espaço geográfico do estado de São Paulo e ao aumento da imigração. Comentários das respostas dos exercícios da Apostila-caderno 1. D A parte setentrional do estado de Minas Ge- rais, por apresentar semelhanças geográficas com o Sertão da Bahia, inclui-se no Complexo Regional do Nordeste. 2. Entre esses fatores pode-se citar a existência nessa região: de uma bacia hidrográfica com elevado potencial hidráulico, a do Paraná, que favoreceu a implantação de hidrelétricas; de ja- zidas de carvão mineral, que favoreceu a im- plantação de usinas termelétricas; de grandes consumidores de energia elétrica do país. 3. E Trata-se de Santa Catarina, estado esse que sofre a influência urbana de Curitiba (PR) e de Porto Alegre (RS). 4. Entre esses fatores destacam-se os vinculados ao processo de expansão da demanda por açú- car no mercado interno e externo e, também, por etanol (álcool combustível) no país. 5. A A herança cultural brasileira foi recebida prin- cipalmente dos portugueses, cuja presença se faz sentir desde o período colonial em maior ou menor escala, em todo o país. 6. Acumulação de capitais, expansão do mercado consumidor e dos sistemas viários. ensino médio – bienal 1ª- série22 AlmanaqueAbril. São Paulo, 2000. ANDRADE, M. C. de. Geografia econômica. São Paulo: Atlas, 1978. ENCICLOPÉDIA BRITANNICA DO BRASIL. Ciência e Futuro. São Paulo: Britannica do Brasil, 1999. FORSDYKE, A. G. Previsão do tempo e clima. São Paulo: Melhoramentos/Edusp, 1969. (Prisma). FUNBEC. “Investigando a Terra”. In: Earth Science Curriculum Project. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Anuário estatís- tico do Brasil. Rio de Janeiro, 1996. MORAES, P. R; SILVA, V. A. da. Clima e tempo. São Paulo: Harbra, 1998. NIMER, E. Climatologia do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 1989. VICENTINO, C; DORIGO, G. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1998. LEITURA RECOMENDADA AYOADE, J. O. Introdução à Climatologia para os trópicos. São Paulo: Difel, 1986. Livro bastante interessante, pois aborda um tema da chamada Geografia Física – o clima – com um enfoque vinculado às relações entre a paisagem climática e os seres humanos, tais como a alimenta- ção, a arquitetura e o vestuário. O autor trata desde os princípios fundamentais da Climatologia, pas- sando pelo desenvolvimento de novas tecnologias na análise meteorológica, até as influências do clima na agricultura. En si n o M é d io Manual do Professor Geografia PH_EM_BIENAL_MP_GEO_Mont.indd 6-7 11/22/11 11:28 AM 3 52 81 57 31 2
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