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Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 1 www.cursoenfase.com.br Sumário PROCESSO LEGISLATIVO ................................................................................................. 2 1. Conceito .................................................................................................................. 2 2. Espécies Normativas ............................................................................................... 2 3. Ato Normativo Primário .............................................................................................. 3 4. Tipologia do Processo Legislativo ............................................................................... 3 4.1. Quanto às formas de organização política........................................................... 3 4.2. Quanto ao rito e aos prazos ................................................................................. 4 5. Fases do Processo Legislativo Ordinário ..................................................................... 4 6. Fase Introdutória ........................................................................................................ 4 6.1 Iniciativa Geral....................................................................................................... 4 6.2 Iniciativa Reservada, Privativa ou Exclusiva .......................................................... 4 6.3 Iniciativa Concorrente ......................................................................................... 14 6.4 Orçamento – PPA, LDO, LOA ............................................................................... 15 6.5 Princípio da Irrepetibilidade ................................................................................ 15 6.6 Iniciativa Popular de Leis ..................................................................................... 16 7. Fase Constitutiva ....................................................................................................... 17 7.1 Deliberação Legislativa ........................................................................................ 17 7.2 Deliberação Executiva: Sanção ou Veto (Art. 66 da CRFB) ................................. 19 8. Fase Complementar .................................................................................................. 21 8.1 Promulgação ....................................................................................................... 21 8.2 Publicação ........................................................................................................... 22 9. Processo Sumário ou de Urgência (art. 64, §§ 1° ao 4°) ........................................... 22 9.1. Pressupostos ...................................................................................................... 23 9.2 Processo de Outorga ou Renovação de Concessão, Permissão e Autorização para Serviço de Radiodifusão Sonora e de Sons e Imagens ......................................................... 23 9.3. Previsão Regimental de Regime de Urgência .................................................... 23 Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 2 www.cursoenfase.com.br PROCESSO LEGISLATIVO 1. Conceito É o conjunto de atos ordenados destinados à produção normativa pelo Poder Legislativo. 2. Espécies Normativas CRFB, Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. À exceção das emendas constitucionais, entre as demais espécies normativas não há hierarquia. 2016 / TRF - 3ª REGIÃO / Juiz Federal Substituto Examine as seguintes proposições e indique a alternativa correta: II. A Constituição Federal não estabelece hierarquia entre lei complementar e lei ordinária, nem entre lei federal e lei estadual, tampouco prevê iniciativa popular para emendar a Carta Magna. Item Correto CRFB, Art. 59, Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. A lei complementar exigida no dispositivo constitucional supratranscrito é a LC 95/98 (alterada pela LC 107/01) que, de um modo geral, não vem sendo cobrada em concursos público, salvo aqueles voltados para o Poder Legislativo. TRF 1ª Região – 2011 QUESTÃO 3 - Com relação às cláusulas pétreas e às normas constitucionais que versam sobre o processo legislativo, assinale a opção correta. Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 3 www.cursoenfase.com.br A O processo legislativo envolve a elaboração de várias espécies normativas, entre as quais se incluem as leis delegadas, as medidas provisórias, os decretos e os regulamentos. Item Errado O item está errado porque fala genericamente em decretos e regulamentos, quando o correto seria ter veiculado decretos legislativos e resoluções, já que decreto executivo e resoluções administrativas, por exemplo, não são espécies normativas que fazem parte do processo legislativo. 3. Ato Normativo Primário É o ato normativo que cria direitos e obrigações, inovando na ordem jurídica. Nesse contexto, cumpre destacar que as espécies normativas previstas no art. 59 da CF são formalmente atos normativos primários. Fora das hipóteses do art. 59 da CF, também é possível encontrar ato normativo primário, como um decreto presidencial autônomo. Tal espécie normativa, diversamente do decreto executivo regulamentar, não se limita a regulamentar uma lei específica. Assim, por não constar no rol do art. 59, da CF, o decreto autônomo não é um ato normativo formalmente primário, mas é materialmente primário, visto que dotado de abstração (regulação de situações hipotéticas ou valorativas), generalidade (destinatários indeterminados), imperatividade (obrigatoriedade e aplicação de sanção em caso de não observância) e autonomia (vinculação da norma diretamente à Constituição Federal, ou seja, entre a norma e a constituição não há norma interposta). 4. Tipologia do Processo Legislativo 4.1. Quanto às formas de organização política (i) Autocrático: a produção legislativa é feita pelo governante sem a participação do povo ou dos seus representantes; (ii) Direto: a discussão e votação das leis são realizadas pelo próprio povo; (iii) Indireto ou Representativo: representantes do povo elaboram as leis; (iv) Semidireto ou participativo: as leis elaboradas pelos representantes são submetidas à consulta popular mediante referendo. Em regra, as normas são elaboradas de forma indireta. Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 4 www.cursoenfase.com.br 4.2. Quanto ao rito e aos prazos (i) Processo Ordinário: Processo de elaboração da lei ordinária caracterizadopela inexistência de prazos rígidos para a conclusão das fases; (ii) Processo Sumário: Estruturalmente idêntico ao processo ordinário, mas sujeito a prazos definidos; (iii) Processos Especiais: Processos específicos de determinadas espécies normativas (exemplo, lei complementar, emenda à Constituição, medida provisória). 5. Fases do Processo Legislativo Ordinário Fases do Processo Legislativo (3 fases) (i) Introdutória: iniciativa do projeto de lei, fase de apresentação; (ii) Constitutiva: parte central do processo em que haverá o debate. a. Deliberação Legislativa: discussão e votação pelo Legislativo e manifestação pelo Congresso Nacional sobre eventual veto; b. Deliberação Executiva: manifestação do chefe do Executivo (sanção ou veto). (iii) Complementar: promulgação e publicação da lei já aprovada. 6. Fase Introdutória 6.1 Iniciativa Geral Chega-se à definição do que é iniciativa geral por exclusão, diante do que se define como a apresentação de propostas de lei sobre matérias sem legitimado específico previsto na Constituição Federal. 2015 / TRT - 16ª REGIÃO (MA) / Juiz do Trabalho Substituto Sobre o processo legislativo, é CORRETO afirmar: I. A iniciativa do Presidente da República, parlamentares e cidadãos é geral (salvo a matéria de iniciativa reservada); as do Procurador Geral da República e do Poder Judiciário são restritas a determinadas matérias. Item Correto 6.2 Iniciativa Reservada, Privativa ou Exclusiva Hipótese em que a própria Constituição determina quem deve apresentar um projeto de lei: (i) Chefe do Executivo – Art. 61, §1º : CRFB. Art. 61 § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 5 www.cursoenfase.com.br I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios; c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) Os temas dos incisos supra são, mutatis mutantis, de reprodução obrigatória no âmbito estadual, distrital e municipal. Entretanto, destaca-se o fato de que a parte que trata dos Territórios nas alíneas “b” e “d”, inc. II, §1 do art. 61 da CF não é norma de repetição obrigatória nas Constituições Estaduais porque nos Estados não há nada equivalente a Territorios. Ademais, salienta-se que projeto de lei sobre matéria tributária no âmbito da União não é de inciativa privativa do Presidente da República. 2015 / CESPE / AGU / Advogado da União Acerca de aspectos diversos relacionados à atuação e às competências dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do presidente da República e da AGU, julgue o item a seguir. Caso uma lei de iniciativa parlamentar afaste os efeitos de sanções disciplinares aplicadas a servidores públicos que participarem de movimento reivindicatório, tal norma padecerá de vício de iniciativa por estar essa matéria no âmbito da reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo. Gabarito: Certo Processo Legislativo. Inconstitucionalidade. Vício de iniciativa. É inconstitucional lei de iniciativa parlamentar que conceda anistia a servidores públicos. Competência do Chefe do Poder Executivo. É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que conceda anistia a servidores públicos punidos em virtude de participação em movimentos Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 6 www.cursoenfase.com.br reivindicatórios. Existe um vício formal. Isso porque a CF/88 prevê que compete ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa de lei que trate sobre os direitos e deveres dos servidores públicos (art. 61, § 1º, II, “c”, da CF/88). STF. Plenário. ADI 1440/SC, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 15/10/2014 (Info 763). (ii) Judiciário: O Estatuto da Magistratura, Lei Complementar, é de iniciativa reservada ao STF, já o art 96, II da CF prescreve determinados temas cujo PL é de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores e Tribunais de Justiça, nos respectivos âmbitos; CRFB Art. 96. Compete privativamente: (...) II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; (iii) Tribunais de Contas: art. 73 estende aos TC’s, no que couber, as atribuições previstas no art. 96: CRFB. Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. A criação e extinção de cargos, a remuneração e o subsídio são assuntos, por exemplo, cujo projeto de lei é de inciativa do Tribunal de Contas. Nesse sentido, segue a jurisprudência do STF: Ação direta de inconstitucionalidade. ATRICON. Lei estadual (TO) nº 2.351, de 11 de maio de 2010. Inconstitucionalidade formal. Vício de iniciativa. Violação às prerrogativas da autonomia e do autogoverno dos Tribunais de Contas. Inconstitucionalidade formal da Lei estadual, de origem parlamentar, que altera e revoga diversos dispositivos da Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins. A Lei estadual nº 2.351/ 2010 dispôs sobre forma de atuação, competências, garantias, deveres e organização do Tribunal de Contas estadual. 2. Conforme reconhecido pela Constituição de 1988 e por esta Suprema Corte, gozam as Cortes de Contas do país das prerrogativas da autonomia e do autogoverno, o que inclui, essencialmente, a iniciativa reservada para instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e seu funcionamento, como resulta da interpretação sistemática dos artigos 73, 75 e 96, II, “d”, da Constituição Federal (cf. ADI 1.994/ES, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 8/9/06; ADI nº 789/DF, Relator o Ministro Celso de Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministradapelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 7 www.cursoenfase.com.br Mello, DJ de 19/12/94). 3. Deferido o pedido de medida cautelar para suspender a eficácia da Lei nº 2.351, de 11 de maio de 2010, do Estado do Tocantins, com efeitos ex tunc. (ADI 4418) (iv) Câmara dos Deputados: CRFB. Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, // e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Todas as matérias veiculadas no art. 48 da CF devem ser disciplinadas ou por lei complementar ou por lei ordinária, uma vez que essas são as únicas espécies normativas que dependem de sanção do Presidente da República. Já as matérias elencadas nos arts. 48, 51 e 52 da CF não precisam ser regulados por lei, tendo em vista que independem de sanção presidencial. CRFB. Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: Contudo, quando o art. 51, IV da CF prevê que cabe a Câmara dos Deputados a iniciativa de lei para a fixação da respectiva remuneração, fica evidente que essa hipótese específica depende da sanção presidencial, devendo ser utilizada aqui uma intepretação sistemática. Esse mesmo raciocínio também se aplica ao art. 52, XII da CF abaixo transcrito: (v) Senado Federal: Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. (vi) Iniciativa do Governador de Estado: norma de reprodução obrigatória da iniciativa do Pres. da República ADI 1689/PE (DJU de 2.5.2003). ADI 1144/RS, rel. Min. Eros Grau, 16.8.2006. Ademais, salienta-se que emenda à Constituição Estadual de iniciativa Parlamentar não pode dispor sobre matéria de competência exclusiva do Governador que, por sua vez, poderia através de proposta de emenda à Constituição Estadual dispor sobre a referida matéria. Nesse sentido, segue o Informativo 436 do STF: Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 8 www.cursoenfase.com.br Constituição Estadual ou EC à Constituição Estadual de Iniciativa Parlamentar não pode versar sobre temas cuja iniciativa do PL é do chefe do Executivo. É inconstitucional o dispositivo de Constituição estadual que disponha sobre a revisão concomitante e automática de valores incorporados à remuneração de servidores públicos em razão do exercício de função ou mandato quando reajustada a remuneração atinente à função ou ao cargo paradigma, matéria cuja iniciativa de projeto é reservada ao Governador. Com base nesse entendimento, o Plenário julgou procedente pedido formulado em ação direta para declarar a inconstitucionalidade do art. 89, § 6o, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro (“O valor incorporado a qualquer título pelo servidor ativo ou inativo, como direito pessoal, pelo exercício de funções de confiança ou de mandato, será́ revisto na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração do cargo que lhe deu causa”). ADI 3848/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, 11.2.2015. (vii) No caso de iniciativa Parlamentar em matéria de iniciativa privativa do Pres. da República a sanção deste não convalida o vício - ADI 1.070-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 15/9/95. CESPE - 2013 - SERPRO - Analista – Advocacia Acerca dos Poderes Executivo e Legislativo, julgue os itens seguintes. Segundo entendimento do STF, se uma comissão da Câmara dos Deputados obtiver a aprovação de projeto de lei no Congresso Nacional que seria de iniciativa privativa do presidente da República, a sanção presidencial do referido projeto não sanará o vício de iniciativa. Item Correto (viii) Matéria Tributária. Com o julgado abaixo, ratifica-se a iniciativa parlamentar para apresentar proposta de lei sobre assunto tributário, salvo no que tange aos Territórios: Lei de iniciativa parlamentar. Ausência de vício formal. Não ofende o art. 61, § 1º, II, b da Constituição Federal - ADI 2.464, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 11-4-07, DJ de 25- 5-07 2015 / FUNIVERSA / PC-DF / Delegado de Polícia No que se refere a processo legislativo, assinale a alternativa correta segundo previsão da CF. c) Suponha-se que um Senador tenha proposto projeto de lei, dispondo acerca da criação de uma nova taxa. Nesse caso, esse projeto será inconstitucional, visto que compete privativamente ao presidente da República a iniciativa de propor projeto de lei que disponha acerca de matéria tributária. Item Errado Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 9 www.cursoenfase.com.br (ix) Emenda Parlamentar em Projeto de Lei de Iniciativa do Poder Executivo ou do Poder Judiciário é possível desde que atenda aos seguintes pressupostos: a. Não haja aumento de despesa sem dotação orçamentária; e b. Guarde pertinência temática. Importa ressaltar que a CRFB (art. 63) exige apenas o primeiro pressuposto. CRFB, Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º; II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. Todavia, o STF, avançando, entende pela necessidade da pertinência temática: A iniciativa de competência privativa do Poder Executivo não impede a apresentação de emendas parlamentares, presente a identidade de matéria e acompanhada da estimativa de despesa e respectiva fonte de custeio. Com base nessa orientação, o Plenário julgou improcedente pedido formulado em ação direta em face do art. 2o da Lei 11.075/2004, que dispõe sobre a criação de 435 cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS e Funções Gratificadas - FG. O Plenário enfatizou que a Lei 11.075/2004 resultaria da fusão de conteúdo de duas normas de iniciativas presidenciais que contaram com parecer de comissão mista parlamentar incumbida da apreciação da matéria. Asseverou que, no caso, a incorporação ou a fusão de um projeto de lei em outro — projeto de conversão de medida provisória em lei — por emenda parlamentar seria admissível, desde que ambos tivessem sido propostos pela mesma autoridade, em respeito à competência para iniciar o processo legislativo. Frisou que a emenda parlamentar não desvirtuara a proposta inicial e tampouco incorrera na vedação ao aumento da despesa originalmente prevista (CF, art. 63, I e II). Ademais, a eventual superação do limite estabelecido pela LC 101/2000 para despesas com pessoal, decorrente da criação de novos cargos em comissão e das funções gratificadas, não importaria em ofensa direta e imediata à Constituição, porque seu exame estaria restrito à verificação de sua legalidade. ADI 3942/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 5.2.2014.(Informativo 773 - 2015) O Plenário, por maioria, confirmou medida acauteladora e julgou procedente pedido formulado em ação direta para declarar a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei 10.385/1995 do Estado do Rio Grande do Sul. O artigo impugnado decorre de emenda parlamentar ao texto de iniciativa do Poder Judiciário. Considera, de efetivo exercício, “para todos os efeitos legais, os dias de paralisação dos servidores do Poder Judiciário, compreendidos no período de 13 de março de 1995 a 12 de abril de 1995, mediante compensação a ser definida pelo próprio Poder”. O Tribunal asseverou que a Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 10 www.cursoenfase.com.br jurisprudência do STF admitiria emendas parlamentares a projetos de lei de iniciativa privativa dos Poderes Executivo e Judiciário, desde que guardassem pertinência temática e não importassem em aumento de despesas. O cotejo entre o Projeto de Lei 54/1995, apresentado pelo Poder Judiciário gaúcho e a Proposta de Emenda Parlamentar 4/1995, que dera origem à norma ora impugnada evidenciaria que a emenda não guardaria pertinência temática com o projeto originário — reajuste de vencimentos dos servidores do Poder Judiciário gaúcho. Ao fundamento de que o preceito desrespeitaria os limites do poder de emenda, o Tribunal entendeu haver ofensa ao princípio da separação de Poderes (CF, art. 2º). Por se tratar de iniciativa de competência do Poder Judiciário, inviável à assembleia legislativa gaúcha propor emendas que afetassem a autonomia financeira e administrativa do Poder Judiciário, sob pena de exercer poder de iniciativa paralela. Vencido o Ministro Marco Aurélio, que julgava improcedente o pedido. Apontava que a Constituição, em seu art. 96, nada disporia sobre a iniciativa privativa de lei voltada à anistia. Dessa forma, o Poder Legislativo poderia atuar no sentido de implementar a anistia. ADI 1333/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, 29.10.2014. (Informativo 765 - 2014) É possível emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa reservada ao Chefe do Poder Executivo, desde que haja pertinência temática e não acarrete aumento de despesas. (...) No caso, a norma contestada resultara de processo legislativo desencadeado pela governadora do estado-membro que, com base no art. 37, § 12, da CF, encaminhara à assembleia legislativa proposta de alteração de um único artigo da Constituição Estadual (art. 26, XI), que passaria a prever o subsídio mensal, em espécie, dos desembargadores do tribunal de justiça, como teto para a remuneração de todos os servidores estaduais, à exceção dos deputados estaduais, conforme determinado pela Constituição Federal após a EC 41/2003. No curso de sua tramitação na casa legislativa, o projeto fora alterado pelos parlamentares para excluir, do referido teto, as verbas contidas no art. 31 do ADCT. O Tribunal afirmou que os traços básicos do processo legislativo estadual deveriam prestar reverência obrigatória ao modelo contemplado no texto da Constituição Federal, inclusive no tocante à reserva de iniciativa do processo legislativo. Sublinhou que, por força da prerrogativa instituída pelo art. 61, § 1º, II, a, da CF, somente o Chefe do Poder Executivo estadual teria autoridade para instaurar processo legislativo sobre o regime jurídico dos servidores estaduais, no que se incluiria a temática do teto remuneratório. Salientou que esta prerrogativa deveria ser observada mesmo quanto a iniciativas de propostas de emenda à Constituição Estadual. A Corte frisou que o dispositivo ora impugnado configuraria imoderação no exercício do poder parlamentar de emenda. Concluiu que, ao criar hipóteses de exceção à incidência do teto remuneratório do serviço público estadual e, consequentemente, exceder o prognóstico de despesas contemplado no texto original do projeto encaminhado pelo Chefe do Poder Executivo estadual, a assembleia legislativa atuara em domínio temático sobre o qual não lhe seria permitido interferir, de modo a configurar abuso de poder legislativo. Vencido, em parte, o Ministro Marco Aurélio, que deferia a medida cautelar em menor extensão para suspender, por vício material e formal, os dispositivos que excluem do teto o adicional por tempo de serviço e, de uma forma Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 11 www.cursoenfase.com.br genérica, outras vantagens pessoais percebidas até 31.12.2003. Pontuava que a Constituição Federal excluiria do teto as verbas recebidas a título de indenização, nelas incluída o abono de permanência (CF, art. 40, § 19). ADI 5087 MC/DF, rel. Min. Teori Zavascki, 27.8.2014. (Informativo 756 - 2014) Plenário julgou improcedentes pedidos formulados em ações diretas de inconstitucionalidade, ajuizadas pelo Governador do Estado do Rio Grande do Sul, contra o art. 2º da Lei gaúcha 11.639/2001 e os artigos 6º, parágrafo único, 10, caput, e §§ 1º, 3º e 4º, e 21, parágrafo único, da Lei gaúcha 11.770/2002, todos resultantes de emenda parlamentar. As normas questionadas dispõem sobre cadastro de contratações temporárias, bem como sobre alterações nos quadros de cargos de provimento efetivo, de cargos em comissão e de funções gratificadas do instituto-geral de perícias daquela unidade federativa, respectivamente. Assinalou-se que os projetos de lei seriam de iniciativa do Chefe do Poder Executivo estadual. Ademais, consignou-se que as emendas possuiriam pertinência temática com o projeto de lei originário e que delas não decorreria aumento da despesa global prevista. ADI 2583/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, 1º.8.2011. (ADI-2583) /ADI 2813/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, 1º.8.2011. (Informativo 634 – 2011) (x) Decreto Regulamentar do Poder Executivo não convalida o vício, segundo o STF: (...) o dispositivo pelo qual foi instituída a pensão, inserido em lei com manifesta ofensa ao princípio da iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo estadual, então consagrado no art. 65 da EC 1/1969, vício que não pode ser considerado sanado pela superveniência de regulamento da referida vantagem por meio de decreto... (RE 290.776, voto do Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 2-3-2005, Plenário, DJ de 5-8-2005.) 2015 / FCC / TRT - 15ª Região / Juiz do Trabalho Substituto Deputado Federal apresentou projeto de lei pelo qual a União deveria adotar as providências necessárias para que toda a população fosse vacinada contra determinada moléstia grave causadora de epidemia no País. Na Câmara dos Deputados, o projeto de lei sofreu emendas parlamentares, dentre as quais a que majorou a remuneração de servidores públicos federais da área da saúde pública, o que se deu em razão da greve realizada pelos mesmos servidores, que pleiteavam reajuste remuneratório. Aprovado em ambas as casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da República, que a) poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que importem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da República, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias corridos. b) poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que criam obrigações ao Poder Executivo e que importem majoração de Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores apartir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 12 www.cursoenfase.com.br remuneração de servidores públicos são de iniciativa privativa do Presidente da República, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias corridos. c) poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa dessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis. d) não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, ainda que possa vetá-lo por entender contrário ao interesse público, devendo fazê-lo no prazo de quinze dias úteis. e) ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou veto presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação de poderes. Gabarito: C TRF 1ª Região – 2011 QUESTÃO 3 - Com relação às cláusulas pétreas e às normas constitucionais que versam sobre o processo legislativo, assinale a opção correta. C - Compete ao STF a iniciativa de proposição de lei complementar que disponha sobre o Estatuto da Magistratura. D - São de competência da União as leis que disponham sobre a organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração do DF. Item C – Correto // Item D - Errado (xi) Iniciativa Reservada a Outro Poder e Emenda Parlamentar: não cabe aumento de despesa sem previsão orçamentária; CRFB. Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista: II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público. Processo legislativo da União: observância compulsória pelos Estados de seus princípios básicos, por sua implicação com o princípio fundamental da separação e independência dos poderes: jurisprudência do Supremo Tribunal. Processo legislativo: emenda de origem parlamentar a projeto de iniciativa reservada a outro poder: inconstitucionalidade, quando da alteração resulte aumento da despesa consequente ao projeto inicial (...). (ADI 774, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 10-12 1998, Plenário, DJ de 26-2-1999.) CESPE - 2013 - TC-DF – Procurador Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 13 www.cursoenfase.com.br Com relação ao processo legislativo, julgue os próximos itens. Os projetos de lei de iniciativa reservada, como os que dispõem sobre a organização dos serviços administrativos dos tribunais federais e do MP, não admitem a apresentação de emenda parlamentar. Gabarito: Errado (xii) Tipos de Emenda Parlamentar: a. De acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados: RICD. Art. 118. Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra, sendo a principal qualquer uma dentre as referidas nas alíneas a a e do inciso I do art. 138. § 1º As emendas são supressivas, aglutinativas, substitutivas, modificativas ou aditivas. § 2º Emenda supressiva é a que manda erradicar qualquer parte de outra proposição. § 3º Emenda aglutinativa é a que resulta da fusão de outras emendas, ou destas com o texto, por transação tendente à aproximação dos respectivos objetos. § 4º Emenda substitutiva é a apresentada como sucedânea a parte de outra proposição, denominando-se "substitutivo" quando a alterar, substancial ou formalmente, em se conjunto; considera-se formal a alteração que vise exclusivamente ao aperfeiçoamento da técnica legislativa. § 5º Emenda modificativa é a que altera a proposição sem a modificar substancialmente. § 6º Emenda aditiva é a que se acrescenta a outra proposição. § 7º Denomina-se subemenda a emenda apresentada em Comissão a outra emenda e que pode ser, por sua vez, supressiva, substitutiva ou aditiva, desde que não incida, a supressiva, sobre emenda com a mesma finalidade. § 8º Denomina-se emenda de redação a modificativa que visa a sanar vício de linguagem, incorreção de técnica legislativa ou lapso manifesto. b. Segundo o Regimento Interno do Senado Federal: RISF, Art. 246. As proposições serão numeradas de acordo com as seguintes normas: II – as emendas serão numeradas, em cada turno, pela ordem dos artigos da proposição emendada, guardada a sequência determinada pela sua natureza, a saber: supressivas, substitutivas, modificativas e aditivas Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 14 www.cursoenfase.com.br 6.3 Iniciativa Concorrente A lei ordinária é uma lei geral que vale para o Ministério Público Federal e Estadual, cuja iniciativa de apresentação da proposta é do Presidente da República (Art. 61, § 1º da CF). Já a exigência de lei complementar (Art. 128, §5º da CF) é para cada MP, cuja iniciativa é concorrente do Chefe do Executivo e do Procurador-Geral. CRFB, Art. 61, § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: II - disponham sobre: d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; Art. 128, §5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: (…) 2015 / ESAF / PGFN / Procurador da Fazenda Nacional A Constituição Federal de 1988 (CF/88) atribui, em casos específicos, a iniciativa legislativa a determinada autoridade, órgão ou Poder. Sobre ela (iniciativa para deflagrar o processo legislativo, para formalmente apresentar proposta legislativa), é correto afirmar que: a) Compete privativamente ao Presidente da República e ao Procurador-Geral da República a iniciativa legislativa sobre a organização, estrutura e aumento salarial da Procuradoria-Geral da República. b) A Constituição Federal de 1988 estabelece que compete concomitantemente ao governador de Estado, juntamente com o Procurador-Geral de Justiça, a iniciativa legislativa sobre a Lei Orgânica do Ministério Público estadual. c) a Emenda Constitucional n. 45/04, entre outras modificações, alterou o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) para autorizar a criação de Varas Municipais, nos municípios com população superior a 500 mil habitantes. d) sobre criação de Tribunais Regionais Federais, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 2013, em sede de medida cautelar em ADI, que sequer a utilização de emenda à Constituição pode atalhar a prerrogativa de iniciativa do Poder competente, de modo que a iniciativa para criar tribunais é do Poder Judiciário, via projeto de lei. e) sobre criação de Varas no âmbito da Justiça Estadual, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 2013, em sede de medida cautelar em ADI, que a Assembleia Legislativa do Estado pode propor a criação dessas Varas, desde que devidamente autorizada pela Constituição do Estado. Gabarito: DCurso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 15 www.cursoenfase.com.br MPE-SC - 2013 – Promotor de Justiça ANALISE CADA UM DOS ENUNCIADOS DAS QUESTÕES ABAIXO E ASSINALE "CERTO" (C) OU "ERRADA" (E) A iniciativa de lei que disponha sobre organização ou normas gerais para organização do Ministério Público da União e dos Estados é privativa, respectivamente, do Procurador- Geral da República e dos Procuradores-Gerais de Justiça. Gabarito: Errado 6.4 Orçamento – PPA, LDO, LOA O STF já afirmou que as leis orçamentárias são de iniciativa exclusiva do Presidente da República- ADI 1759/98 CRFB, Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. 6.5 Princípio da Irrepetibilidade CRFB, Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. Aplica-se também às PEC’s (art. 60, §5º) e às MP’s (art. 62, § 10). No entanto, nesses casos não há exceção (ou seja, a irrepetibilidade é absoluta). À exceção do art. 67 da CF não se aplica às matérias cujo PL é de iniciativa reservada, como matéria de iniciativa reservada do Presidente da República por exemplo. 2015 / FUNIVERSA / PC-DF / Delegado de Polícia No que se refere a processo legislativo, assinale a alternativa correta segundo previsão da CF. b) Um projeto de lei que tratava da matéria X foi rejeitado. Nesse caso, essa mesma matéria X pode ser objeto de outro projeto de lei na mesma sessão legislativa, desde que proposta pela maioria absoluta dos membros de qualquer das casas do Congresso Nacional. Item Correto CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 16 www.cursoenfase.com.br Acerca do processo legislativo e das comissões parlamentares de inquérito, julgue os itens que se seguem. A matéria constante de projeto de lei rejeitado no Congresso Nacional só pode ser objeto de novo projeto, na mesma legislatura, mediante proposta assinada pela maioria absoluta dos membros de qualquer uma das Casas. Gabarito: Errado 6.6 Iniciativa Popular de Leis CRFB, Art. 61, §2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. Requisitos: (i) 1% do Eleitorado Nacional; (ii) 0,3% do Eleitorado de, pelo menos, 5 Estados Leis elaboradas por iniciativa popular: (i) Lei 8930/94 (Glória Perez) – tipifica certos crimes hediondos. (ii) Lei 9840/99 – contra captação de sufrágio (combate Lei 11.124/05 – cria Fundo Nacional de Habitação e Interesse Social; (iii) LC 135/10 – Lei Ficha Limpa. Acerca da iniciativa popular de PEC, destaca-se que não há previsão constitucional . Outrossim, não cabe Iniciativa popular de matérias que apresentam iniciativa reservada. Acerca da iniciativa popular de Leis no âmbito estadual: CRFB, Art. 27, § 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. Sobre a iniciativa popular de Leis no âmbito municipal: CRFB, Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 17 www.cursoenfase.com.br 7. Fase Constitutiva É o momento do processo legislativo em que ocorrer a discussão e a aprovação nas Casas Legislativas. 7.1 Deliberação Legislativa (i) A discussão ocorrerá em Plenário ou Comissão Parlamentar. A regra é passar pelas Comissões Parlamentares, cujo número é determinado pelo Regimento interno, após a discussão vai para o plenário. O art. 58, §2°, I da CF veicula a possibilidade de dispensa da discussão pelo Plenário (processo legislativo abreviado) e atribui ao Regimento Interno de cada Casa legislativa a previsão dos casos específicos. CRFB. Art. 58, § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; Essa dispensa não é absoluta porque pode haver recurso para o próprio plenário. Exemplo: art. 54, I do Regimento Interno da Câmara dos Deputados: RICD. Art. 54. Será terminativo o parecer: I – da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, quanto à constitucionalidade ou juridicidade da matéria; A Presença Mínima para debater é Maioria Absoluta – art. 47 – que é a metade mais um, ou seja, se por exemplo houver 500 deputados, devem estar presentes 251. Pela Regra Geral, a aprovação de projeto de lei exige Maioria Simples (Relativa). Exemplo: 500 deputados. Se estiverem presentes 300 deputados, restará satisfeito o quórum de presença mínima. Por conseguinte, para a aprovação será necessário o voto de 151 deputados. Nesse contexto, salienta-se que na ausência de quórum especial previsto na Constituição Federal, vale, como regra geral, o quórum supramencionado, qual seja presença mínima de maioria absoluta e aprovação por maioria simples. Em contrapartida, destaca-se que lei complementar e emenda constituição possuem regra específica. 2016 / MPE-GO / Promotor de Justiça Substituto Assinale a alternativa incorreta: c) Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, inclusive de suas Comissões, serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Item Correto Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 18 www.cursoenfase.com.br Via de regra, a discussão e votação de projeto de lei e de medida provisória tem início na Câmara dos Deputados (art. 64 e art. 62, §8º da CF). CRFB, Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. Art. 62 § 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) A exceção ocorre quando o projeto de lei for de iniciativa do Senado, caso em que iniciará a discussão e a votação. 2016 / MPE-SC / Promotor de Justiça A discussão evotação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início no Senado Federal. Gabarito: Errado Casa Iniciadora Casa Revisora Consequência Aprovação Aprovação LO ou LC: Segue para veto ou sanção do Presidente Aprovação Rejeição Arquivamento Aprovação Modificação não Substancial Considerado aprovado Aprovação Modificação Substancial Retorno à Casa Iniciadora Retorno à Casa Iniciadora Aprovação da Alteração Remessa à Sanção (PL) ou Promulgação pelas Mesas (PEC) do Texto alterado. Rejeição da Alteração Remessa à Sanção (PL) ou Promulgação pelas Mesas (PEC) do Texto originário (primazia da Casa Iniciadora). Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 19 www.cursoenfase.com.br Se a Casa Revisora não rejeita e arquiva o projeto de lei, mas o altera e manda para a Casa Iniciadora, aquela está aceitando o risco de que esta pode não concordar com a alteração e mandar o texto originário para a sanção presidencial, se for projeto de lei, ou para promulgação, se for uma emenda constitucional. Acerca da do fenômeno da modificação não substancial pela Casa Revisora, segue a jurisprudência do STF: Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira- CPMF (arts. 84 e 85, acrescentados ao ADCT pelo art. 3º da Emenda Constitucional nº 37, de 12 de junho de 2002. Proposta de emenda que, votada e aprovada na Câmara dos Deputados, sofreu alteração no Senado Federal, tendo sido promulgada sem que tivesse retornado à Casa iniciadora para nova votação quanto à parte objeto de modificação. Inexistência de ofensa ao art. 60, § 2º da Constituição Federal no tocante à supressão, no Senado Federal, da expressão 'observado o disposto no § 6º do art. 195 da Constituição Federal', que constava do texto aprovado pela Câmara dos Deputados em 2 (dois) turnos de votação, tendo em vista que essa alteração não importou em mudança substancial do sentido do texto (Precedente: ADC 3, Rel. Min. Nelson Jobim).” (ADI 2.666, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 06/12/02) 7.2 Deliberação Executiva: Sanção ou Veto (Art. 66 da CRFB) (i) Sanção a. Expressa (Prazo: 15 dias úteis); ou b. Tácita. (ii) Veto: Características: a. Expresso e Formal (Prazo de 15 dias úteis); b. Motivado: podendo ser por motivação política, por contrariedade ao interesse público (art. 66, §1 da CF) ou por motivação jurídica, por inconstitucionalidade. (Comunicação das Razões em 48h ao Presidente do Senado Federal). O veto é sempre um ato de natureza política, a motivação é que pode ser jurídica ou política; c. Supressivo: Total ou Parcial (Princípio da Não Parcelaridade segundo o qual o veto parcial não pode incidir sobre palavras ou expressões); d. Irretratável; e. Relativo ou Superável: Controle Político do Congresso Nacional - Apreciação pelo Legislativo – 30 dias; f. Insuscetibilidade de Apreciação Judicial (ou Insindicabilidade ou Impossibilidade de Controle Judicial). O veto é ato de natureza política do Presidente da República: “senhor soberano do ato”. Já há Controle Político do Congresso Nacional (MS 24675 MC Rel. MIN. CEZAR PELUSO, DJ 18/03/2004). Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 20 www.cursoenfase.com.br Contra o veto não cabe ADPF: não há controle abstrato preventivo (ADPF 1- QO, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 3-2-00, DJ de 7-11-03). 2016 / VUNESP / IPSMI / Procurador No processo legislativo, a) a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. b) a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de um quarto, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. c) prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de cento e vinte dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. d) decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará veto. e) as leis complementares serão aprovadas por dois terços dos membros do Congresso Nacional. Gabarito.: A 2015 / CESPE / AGU / Advogado da União Acerca de aspectos diversos relacionados à atuação e às competências dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do presidente da República e da AGU, julgue o item a seguir. O veto do presidente da República a um projeto de lei ordinária insere-se no âmbito do processo legislativo, e as razões para o veto podem ser objeto de controle pelo Poder Judiciário. Gabarito: Errado 2015 / MPDFT / Promotor de Justiça Adjunto Relativamente à disciplina constitucional da sanção e do veto, decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Presidente da República importa a) veto total, que ainda será apreciado em sessão conjunta das Casas do Congresso Nacional b) veto total, que ainda será apreciado em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. c) sanção tácita, o que exclui a possibilidade de o Chefe do Poder Executivo ajuizar ação direta de inconstitucionalidade contra a lei. d) sanção tácita, o que convalida eventual vício de iniciativa, ainda que da lei decorra aumento de despesa. Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 21 www.cursoenfase.com.br e) sanção tácita, o que não exclui a possibilidade de o Chefe do Poder Executivo promulgar a lei. Resp.: E MPE-SC - 2013 - Promotor de Justiça ANALISE CADA UM DOS ENUNCIADOS DAS QUESTÕES ABAIXO E ASSINALE "CERTO" (C) OU "ERRADA" (E) Em vetando parcialmente algum projeto de lei, a Presidência da República não poderá, ainda que fundamentadamente, limitar seu ato a alguma expressão ou conjunto de palavras, devendo fazer com que abranja, ao menos, texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. Gabarito: Correto TRF 2ª Região / Juiz Federal / 7º Concurso 5ª Questão: É admissível a argüição de descumprimento de preceito fundamental tendo por escopo questionar a constitucionalidade de veto a projeto de lei aposto por Chefe do Poder Executivo? Justifique a resposta de acordo com a jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal. Cespe – TJ/ Bahia – Juiz Substituto Acerca do controle de constitucionalidade, julgue os itens a seguir. 6. A argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) caracteriza-se por levar ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) determinados atos do poder público que não são passíveis de controle de constitucionalidade por outras vias processuais. Nessa perspectiva, é juridicamente admissível o ajuizamento de ADPF para que o STF declare a constitucionalidade de veto do presidente da República a projeto de lei regularmente aprovado pelo Congresso Nacional. Gabarito: errado 8. Fase Complementar 8.1 Promulgação (i)Ato solene de constatação da existência da norma, declara a sua eficácia (ou seja, a sua aptidão para produzir efeitos). Há uma controvérsia sobre o momento em que o projeto de lei transforma-se em lei, existindo duas correntes, uma no sentido de que o projeto de lei torna-se lei com a sanção (corrente majoritária, considerando que a promulgação apenas promulga uma lei já existente) e a outra no sentido de que o projeto de lei converte-se em lei com a promulgação; Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 22 www.cursoenfase.com.br (ii) Atribuição: em regra, Presidente da República (mesmo no caso de rejeição do veto pelo Congresso Nacional); (iii) Prazo: 48h; (iv) Omissão do Presidente: atribuição do Presidente do Senado em Promulgar (na sua falta, do Vice-Presidente). 2015 / FGV / TJ-PI / Analista Judiciário - Oficial de Justiça e Avaliador O processo legislativo brasileiro contempla institutos como a iniciativa legislativa, a sanção, o veto e a promulgação, os quais possuem uma funcionalidade extremamente importante no surgimento das normas de conduta. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que: a) todas as espécies legislativas estão sujeitas à sanção e ao veto; b) a sanção aposta ao projeto de lei supre eventual vício de iniciativa; c) o veto tácito será apreciado, pelo Congresso Nacional, da mesma forma que o veto expresso; d) a promulgação não é ato privativo do Presidente da República; e) somente é constitucional a sanção expressa, não a sanção tácita. Gabarito: D 8.2 Publicação Ato para dar ciência da existência da norma. CESPE - 2013 - MPU - Analista – Direito Acerca do processo legislativo, julgue os seguintes itens. Promulgação é ato que incide sobre projeto de lei, transformando-o em lei e certificando a inovação do ordenamento jurídico Gabarito: Errado 9. Processo Sumário ou de Urgência (art. 64, §§ 1° ao 4°) CRFB. Art. 64 § 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa. § 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar- se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 23 www.cursoenfase.com.br § 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior. § 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código. 9.1. Pressupostos (i) Iniciativa do Projeto de Lei Ordinária pelo Presidente da República. Não é necessário que seja iniciativa privativa; (ii) Solicitação de Urgência pelo Presidente; (iii) Prazos: a. 45 dias para a Câmara; b. 45 dias para o Senado; c. 10 dias, se for o caso de retorno à Câmara. (iv) Em caso de violação do prazo, ocorrerá o sobrestamento das demais deliberações legislativas, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado (exemplo, Medidas Provisórias); (v) Os prazos não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional. Há, portanto, uma suspensão, e não interrupção do prazo; (vi) Projeto de Códigos: impossibilidade de regime de urgência constitucional. 9.2 Processo de Outorga ou Renovação de Concessão, Permissão e Autorização para Serviço de Radiodifusão Sonora e de Sons e Imagens Ainda que não se cuide de processo legislativo, salienta-se que a CRFB, no art. 223, §1°, determina que o Congresso Nacional apreciará o ato do Poder Executivo de outorga e renovação de concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens no prazo do art. 64, § 2º e § 4º, a contar do recebimento da mensagem. 9.3. Previsão Regimental de Regime de Urgência Os regimentos internos podem prever regime de urgência para certas matérias. 2015 / CESPE / TCU / Procurador do Ministério Público Com relação aos mecanismos de freios e contrapesos admitidos pela CF, assinale a opção correta. c) Não observado o prazo para deliberação congressual de projeto de lei apresentado pelo presidente da República com pedido de urgência, a proposta estará automaticamente aprovada. Curso de Direito Constitucional de A a Z -2016 online 101.01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 24 www.cursoenfase.com.br Item errado CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária Considerando as disposições constitucionais a respeito do Poder Executivo, julgue os itens seguintes. O presidente da República pode solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa, hipótese em que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal terão, sucessivamente, quarenta e cinco dias para se manifestar sobre a proposição, sob pena de trancamento da pauta, salvo no que diz respeito às deliberações com prazo constitucional determinado. Gabarito: Correto
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