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Fichamento Referencia Tópico: A era dos direitos P.26 a 32 Ideia apresentada Bobbio mantem uma visão critica positiva quanto ao futuro da humanidade, e defende a ideia de que quanto mais debates entre homens de cultura e politicos , tanto em seminários ou conferências internacionalmente abordando o tema dos direitos do homem, mais felicidade estará presente no futuro dos povos. O problema apontado pelo autor, a proteção dos direitos do homem, surgiu a partir dos jusnaturalistas em conjunto com as constituições dos Estados Liberais, sendo que da segunda guerra mundial em diante, o debate saiu do âmbito nacional e internacionalizou-se. Citações referentes “{...}desde o início da era moderna, através da difusão das doutrinas jusnaturalistas, primeiro, e das Declarações dos Direitos do Homem, incluídas nas Constituições dos Estados liberais, depois, {...}o nascimento, o desenvolvimento, a afirmação, numa parte cada vez mais ampla do mundo, do Estado de direito.” (BOBBIO,2004, p26) “{...}depois da Segunda Guerra Mundial é que esse problema passou da esfera nacional para a internacional, envolvendo pela primeira vez na história — todos povos.” (BOBBIO,2004, p 26) Abordagem teórica “Para o discurso de hoje, escolhi uma perspectiva diversa, que reconheço ser arriscada, e talvez até pretensiosa, na medida em que deveria englobar e superar todas as outras: a perspectiva que eu só saberia chamar de filosofia da história.” (BOBBIO,2004, p 26) “A perspectiva da filosofia da história representa a transposição dessa interpretação finalista da ação de cada indivíduo para a humanidade em seu conjunto, como se a humanidade fosse um indivíduo ampliado, ao qual atribuímos as características do indivíduo reduzido.” (BOBBIO,2004, p 27) Refletindo sobre o tema dos direitos do homem, pareceu-me poder dizer que ele indica um sinal do progresso moral da humanidade. Mas é esse o único sentido? Quando reflito sobre outros aspectos de nosso tempo — por exemplo, sobre a vertiginosa corrida armamentista, que põe em perigo a própria vida na Terra, sinto-me obrigado a dar uma resposta completamente diversa. (BOBBIO,2004, p 27) Vocabulário importante: Jusnaturalismo é o Direito Natural, ou seja, todos os princípios, normas e direitos que se têm como ideia universal e imutável de justiça e independente da vontade humana. Perguntas (incluir quaisquer perguntas que você tenha após a apresentação) Ideia apresentada Com o surgimento dos direito políticos, os direitos do homem adquiriram mais respeito e considerações, ainda que o ideal (que consistia na reprodução do estado natural de liberdade e igualdade) não tenha sido atingido. O que Bobbio propõe é justamente resgatar o valor moral, inserindo-o na política. Para ele, a abolição da pena seria um sinal claro de um progresso moral, pois tais sinais só se tornam claros à medida que postos em prática, em atos, objetivamente. Isto porque o indivíduo é posto em primeiro plano, levando a uma derrota do chamado “poder irresistível”. Vê-se, então, que Bobbio não abandona os direitos fundamentais, e faz uso da história para tirar certas conclusões. Citações referentes “Definindo o direito natural como o direito que todo homem tem de obedecer apenas à lei de que ele mesmo são legisladores, Kant dava uma definição da liberdade como autonomia, como poder de legislar para si mesmo. “(BOBBIO,2004, p 27) “A relação política por excelência é a relação entre governantes e governados, entre quem tem o poder de obrigar com suas decisões os membros do grupo e os que estão submetidos a essas decisões. “(BOBBIO,2004, p 29) Desde seu primeiro aparecimento no pensamento político dos séculos XVII e XVIII, a doutrina dos direitos do homem já evoluiu muito, ainda que entre contradições, refutações, limitações. “(BOBBIO,2004, p 31) Ideia apresentada História humana é ambígua para quem se põe o problema de atribuir-lhe um “sentido”. O autor questiona a natureza dos direitos apontando que as regras são essencialmente imperativas, negativas ou positivas, e visam a obter comportamentos desejados ou a evitar os não desejados, recorrendo a sanções celestes ou terrenas. Citações referentes “Ainda que todos estivéssemos de acordo sobre o modo de entender a moral, ninguém até agora encontrou “indicadores”, para medir o progresso moral de uma nação, ou mesmo de toda a humanidade, tão claros quanto o são os indicadores que servem para medir o progresso científico e técnico.” .” (BOBBIO,2004 p.28) “É nessa zona de luz que coloco, em primeiro lugar, juntamente com os movimentos ecológicos e pacifistas, o interesse crescente de movimentos, partidos e governos pela afirmação, reconhecimento e proteção dos direitos do homem.” (BOBBIO,2004 p.28) O mundo moral, tal como aqui o entendemos como o remédio ao mal que o homem pode causar ao outro, nasce com a formulação, a imposição e a aplicação de mandamentos ou de proibições, e, portanto, do ponto de vista daqueles a quem são dirigidos os mandamentos e as proibições, de obrigações. Isso quer dizer que a figura doentia originária é o dever, não o direito. .” (BOBBIO,2004 p.28) “O problema da moral foi originariamente considerado mais do ângulo da sociedade do que daquele do indivíduo. {..}aos códigos de regras de conduta foi atribuída a função de proteger mais o grupo em seu conjunto do que o indivíduo singular. Originariamente, a função do preceito “não matar” não era tanto a de proteger o membro individual do grupo, mas a de impedir uma das razões fundamentais da desagregação do próprio grupo. BOBBIO,2004 p.29) IDEIA APRESENTADA Como obter um estado de direito que permita a liberdade e felicidade com regras criadas para reprimir. O autor aponta que os códigos morais criados pela história são de caráter regulatório e não de liberdade. Cita os dez mandamentos que é cumprido até hoje na formação cristã. Os direitos sociais, como se sabe, são mais difíceis de proteger do que os direitos de liberdade. Mas sabemos todos, igualmente, que a proteção internacional é mais difícil do que a proteção no interior de um Estado, particularmente no interior de um Estado de direito. (BOBBIO,2004, p32) Busquemos não aumentar esse atraso com nossa incredulidade, com nossa indolência, com nosso ceticismo. . (BOBBIO,2004, p32)
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