Buscar

TCC - Análise comparativa entre dois sistemas construtivos

Prévia do material em texto

COMPARATIVO DE VIABILIDADE ECONÔMICA ENTRE OS DOIS SISTEMAS CONSTRUTIVOS DE EDIFÍCIOS MAIS UTILIZADOS NO BRASIL
ECONOMIC FEASIBILITY COMPARATIVE AMONG THE CONSTRUCTIVE BUILDING SYSTEMS MOST UTILEZED IN BRAZIL
Eduardo Marques Chamon¹; Matheus Magalhães Drummond Oliveira²;
Rafaela Batista de Oliveira Andrade³; Elizabeth Rodrigues Brito Ibrahim⁴
1. Graduando de Engenharia Civil. UNIBH, 2014. Belo Horizonte, MG. e.marqueschamon@gmail.com.
2. Graduando de Engenharia Civil. UNIBH, 2014. Belo Horizonte, MG. matheusmdo94@gmail.com.
3. Graduanda de Engenharia Civil. UNIBH, 2014. Belo Horizonte, MG. rafa.batistabh@hotmail.com.
4. Docente do UNIBH. Doutora pela UFV. Belo Horizonte, MG. elizabeth.ibrahim@prof.unibh.br.
Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG
Resumo: Nos últimos anos a economia brasileira passou por diversas dificuldades no que se refere à construção civil e hoje é visível um crescimento neste setor. Podemos afirmar que os investimentos na construção civil aumentaram significativamente. Muitos empreendimentos e empregos surgiram no setor. Na busca por uma melhor escolha por parte do incorporador, as construtoras se deparam com a necessidade de identificar qual é o sistema construtivo ideal para a realização de um determinado empreendimento. 
Este trabalho de conclusão de curso tem por objetivo realizar um estudo dos sistemas construtivos mais utilizados no Brasil, a fim de que possamos determinar qual é a melhor escolha para um empreendimento de classe média, levando-se em conta custo-benefício e rentabilidade, a partir de um comparativo entre o sistema de construção em concreto armado e o sistema de construção em alvenaria estrutural. Para tanto, nos dois sistemas construtivos levamos em conta o custo da alvenaria, da forma, do aço e do concreto, bem como o tempo gasto para se concluir a construção, a fim de identificarmos qual desses dois sistemas entregará o empreendimento ao investidor e ao incorporador em menor tempo e possibilitando o maior lucro possível.
Palavra-chave: Comparativo, Viabilidade, Sistemas Construtivos 
Abstract: Over the last years, the Brazilian economy has experienced several complications in construction and today a growing sector is visible. Hence, investments within construction have increased significantly, resulting in many enterprises and jobs for this sector. In the search for the best choice the investor can do,construction companies are faced with the ideal alternative of the building system. This Undergraduate Thesis analyzes the best solution taking into account the savings for a middle-class enterprise, presenting a comparison between the reinforced concrete construction system and the structural masonry system, using the cost obtained from the brickwork, steel and concrete in the two building systems to understand which building system will deliver to the enterpriser, and as a result developer the project with the shortest time and highest possible profit.
This course conclusion paper aims to carry out a study of the most used building systems in Brazil, an end-of-use that can determine which is the best option for a middle class enterprise, taking into account the cost-benefit and profitability, that of a comparison between the reinforced concrete construction system and the structural masonry construction system. Therefore, in both building systems we take into consideration the cost of masonry, formwork, steel and concrete, as well as the time taken to complete the construction, an end of identification, how these two systems delivered or projects to the investor and the investor. incorporate in the shortest time and enable the highest possible profit.
Keywords: Comparative, Viability, Building systems.
 
1. 
2. INTRODUÇÃO
Atualmente a economia brasileira atravessa um momento de crise. As reformas estruturantes no País estão acontecendo com lentidão, o Produto Interno Bruto (PIB) não apresenta crescimento como o que ocorria em 2010, que era em torno de 7,5% a.a. (SARAIVA, 2011). Com a crise na economia, a produção industrial fechou o 1º semestre deste ano com uma queda de 1,6% comparado ao mesmo período de 2018. 
No setor da Construção Civil, o PIB recuou cerca de 2,2% comparado ao mesmo período do ano passado, chegando assim a marcar 20 trimestres de quedas consecutivas, como aponta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019.
A área mais prejudicada com a desaceleração da economia é a Construção Civil, já que para se desenvolver ela depende de investimentos em todas as áreas, como nas áreas de infraestrutura, comércio, indústria, agropecuária, transporte, mineração e outras, como também do governo e de investimentos externos (GRAVAS, O ESTADO DE S. PAULO, 2018).
Estamos falando da área que mais tem a capacidade de elevar a taxa de emprego, de produto e de renda, seja no curto, médio ou longo prazo, pois sua competência de absorver mão de obra é muito grande, chegando a diminuir a taxa de desemprego nos momentos em que a economia não anda bem. A área da Construção Civil representa aproximadamente 16% do PIB brasileiro (IBGE, 2019). Para que isso ocorra, construtores, incorporadores e investidores devem ter um bom retorno financeiro para que não migrem a outro negócio. É de extrema importância analisar todas as economias possíveis na construção de um empreendimento.
Diante do exposto acima, podemos afirmar que para que um construtor no Brasil consiga hoje ter uma boa rentabilidade e segurança em seu investimento, gerando resultados satisfatórios, é preciso que a sua incorporação apresente o menor custo em menor período de retorno possível. 
Um dos principais desafios de um construtor é saber identificar qual sistema construtivo deverá utilizar para atingir um maior porcentual de rendimento. Realizar um estudo comparativo econômico é de suma importância para qualquer que seja a área de atuação profissional, mas tal estudo se faz ainda mais necessário na área da Construção Civil, já que o mesmo é imprescindível para se determinar a estimativa correta dos materiais e dos serviços especializados a serem contratados. A sofisticação dos materiais a serem utilizados durante a execução da obra e a urgência no atendimento dos prazos são fatores que dificultam e colocam em risco a veracidade do estudo de viabilidade econômica. Ainda que tais dificuldades existam, a análise de um estudo comparativo dos sistemas construtivos é uma ótima opção para quem busca executar um empreendimento com custos reduzidos, já que a escolha de uma solução estrutural correta irá proporcionar uma redução significativa no custo da edificação, tornando-a mais lucrativa (GERALDO, 2017).
Existem hoje vários tipos de soluções estruturais, como por exemplo estruturas metálicas, estruturas de madeiras, estruturas protendidas, estruturas em concreto armado e alvenaria estrutural. O presente estudo visa conduzir uma pesquisa e realizar um estudo de caso, abordando um comparativo dos aspectos técnicos e econômicos de dois determinados tipos de sistemas construtivos em um empreendimento. 
Tendo em vista os parâmetros acima citados, iremos abordar os dois tipos de sistemas construtivos mais utilizados no Brasil: a estrutura em Concreto Armado, que é o mais utilizado, comparado com o sistema construtivo em Alvenaria Estrutural, hoje bastante utilizado no Brasil, porém sem tanta credibilidade por ser uma tecnologia mais nova.
O presente estudo tem como objetivo analisar, a partir de um estudo comparativo, estes dois tipos de sistemas construtivos, visando encontrar a melhor solução para que seja gerado, num menor prazo de entrega, o maior porcentual de retorno ao investimento, o que será de grande importância para auxiliar na decisão e proporcionar maior retorno financeiro a construtoras, incorporadoras e investidores.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
 2.1 SISTEMA CONSTRUTIVO
Para a execução de uma edificação, existem atualmente no ramo da Construção Civil vários tipos de sistemas construtivos, a saber: estruturas metálicas, estruturasde madeiras, estruturas protendidas, estruturas em concreto armado e alvenaria estrutural.
O método hoje mais utilizado no Brasil é a estrutura em concreto armado. No entanto, novas tecnologias vão surgindo e se tornando bastante utilizadas, como as estruturas em alvenaria estrutural. No presente estudo, iremos abordar estes dois tipos de sistemas construtivos, que são os mais utilizados no Brasil, ou seja, a estrutura em Concreto Armado e a Alvenaria Estrutural (PEREIRA, 2018).
 2.2 CONCRETO ARMADO
Edificação executada em estrutura de Concreto Armado tem sido usada nos processos construtivos desde a Antiguidade. Apresentamos a seguir um resumo cronológico dos fatos mais importantes do início da utilização do concreto armado (Carvalho, 2012).
- 1824: o francês J. Aspdin inventa o cimenta Portland;
- 1855: o francês J. L. Lambot constrói um barco com argamassa de cimento;
- 1861: o francês J. Monier constrói um vazo de flor em concreto com armadura em arame;
- 1873: o americano W. E. Ward constrói em Nova York uma casa de concreto armado – o Word’s Castle -, existente até os dias atuais;
- 1888: Dohring, de Berlim, Alemanha, obtém uma patente segundo a qual é possível aumentar a resistência de placas e pequenas vigas por meio de protensão da armadura;
- 1900: início do desenvolvimento da teoria do concreto armado por Koenen; posteriormente, Morsch desenvolve a teoria iniciada por Koenen, com base em numerosos ensaios. Conceitos cujos fundamentos são válidos até hoje.
- 1904: são publicados, na Alemanha, as “Instruções provisórias para preparação, execução e ensaio de construções de concreto armado”.
 O concreto armado é um material composto de água, cimento, areia e brita, podendo conter outros agregados. O cimento é um material caro e a função dos agregados de maiores dimensões é reduzir os custos sem que a qualidade do material seja muito prejudicada. Para a utilização estrutural, o concreto sozinho não é adequado como elemento estrutural, pois enquanto possui boa resistência a compressão, apresenta pouca resistência a tração (cerca de 10% da resistência a compressão), mas é um tipo de solicitação quase sempre presente nos elementos estruturais de construções usuais. Consequentemente, para aumentar a resistência da estrutura em concreto armado, é necessária a utilização de um material que tenha boa resistência a tração e seja mais deformável, sendo muito comum nos dias atuais a utilização do aço. Dessa maneira, estes dois materiais (o concreto e o aço) deverão trabalhar solidariamente, sendo isso possível devido à força de aderência entre a superfície do aço e o concreto (FIGUEIREDO, 2012).
 O sistema construtivo em Concreto Armado é composto de elementos estruturais, sendo eles: vigas, pilares e lajes. Estes elementos têm como função a sustentação de toda a edificação e a alvenaria tem a finalidade de vedar e separar os ambientes. 
 Para dar forma aos elementos estruturais, em sua execução é preciso utilizar fôrmas, geralmente feitas de tábuas e sarrafos de madeiras, fixadas e amarradas com pregos, arames e/ou parafusos. Para dar sustentação às fôrmas durante a execução dos elementos estruturais, é necessário a utilização de escoras. A fim de evitar que estes elementos cedam após a retirada das escoras, é realizada a contra-flecha, que é o deslocamento de 2cm da laje ou viga para cima durante a montagem, formando uma “barriga”; assim que as escoras são retiradas, os elementos voltam para a sua posição horizontal sem danos na estrutura (CARVALHO, 2012).
Este tipo de estrutura é a mais utilizada, pois tem boa trabalhabilidade e, por isso, adapta-se a várias técnicas de construção, sendo razoavelmente dominada em todo o país. Trata-se de um material durável desde que seja bem executado conforme normas, podendo assim, ser escolhida a mais conveniente por alguns projetistas (Carvalho, 2012).
2.3 ALVENARIA ESTRUTURAL
A alvenaria estrutural é o mais antigo sistema construtivo da humanidade, tendo sua origem na Pré-História. As primeiras alvenarias, em pedra ou tijolo cerâmico seco ao sol, apresentavam grandes espessuras em suas obras mais imponentes e eram erguidas segundo regras puramente empíricas e intuitivas, baseadas nos conhecimentos adquiridos de forma ao longo do tempo (Pestana, 2014).
Os métodos de cálculo foram evoluindo e começando a ser bastante utilizados, tornando-se mais precisos e viáveis. O sistema construtivo em Alvenaria Estrutural é o resultado de uma composição básica em obra, de resistentes tijolos ou blocos unidos entre si por argamassas, constituindo um sistema construtivo com bastante resistência e estabilidade. A alvenaria estrutural é toda a estrutura em alvenaria, dimensionada por procedimentos racionais de cálculo para suportar cargas além do seu peso próprio. Mais especificamente, é uma estrutura cuja resistência está diretamente ligada a unidades de alvenaria argamassadas (constituídas por blocos cerâmicos, blocos de concretos, tijolos cerâmicos maciços ou bloco sílico-calcáreo) (Oliveira, 2016), que além do seu peso próprio resiste a todas outras cargas. O dimensionamento deste tipo de estrutura é obtido através de cálculo racional e o canteiro de obra deve, quando possível, funcionar como uma linha de montagem (SONDA, 2007).
4. MATERIAIS E MÉTODOS 
Após caracterização, foi realizado um estudo comparativo entre os dois sistemas construtivos na construção de um edifício de habitação de classe média (Imagem 1), o qual será descrito a seguir. 
O edifício em estudo é composto por uma área construída de 906,54 m², situada no bairro Sagrada Família, no Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, composto por 5 pavimentos, sendo o 1º pavimento destinado a garagem e ao hall de entrada, o 2º pavimento composto por 3 apartamentos com área privativa, o 3º e 4º pavimento possui três apartamentos tipo cada, o 4º pavimento é composto por duas coberturas e o 5º pavimento é a área externa das coberturas citadas e caixa d’ água. Os apartamentos possuem áreas variadas, que vão de 42m² a 142m², contendo quartos, banheiros, suíte, lavabo, varanda, e área externa. 
A escolha desta obra se dá pelo fato de que temos acesso ao orçamento e aos projetos, inclusive o estrutural, em Alvenaria Estrutural, a partir do qual está sendo construído o edifício. A partir do projeto arquitetônico existente, elaboramos um projeto estrutural de Concreto Armado com o software Cypecad, segundo a NBR 6118:2003 (Projetos de estrutura de concreto). Esta é, portanto, uma obra interessante para realizarmos o estudo comparativo. Fizemos o levantamento do quantitativo e preço nos serviços de superestrutura, assentamento do bloco cerâmico e tudo que o envolve, inclusive a mão de obra para cada serviço, utilizando o software Sienge. Os valores utilizados são do mercado da Construção Civil no Estado de Minas Gerais de 2019 e tabelas prontas como a disponível pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI).
De posse dos dados coletados e dos projetos provenientes, foi realizado um comparativo com o intuito de mostrar qual solução se sobressai à outra, levando em conta os custos e o tempo.
Para um melhor entendimento do leitor, a partir de tabelas produzidas no Excel, foram apresentadas as diferenças dos quantitativos utilizados em cada modelo de construção, além da elaboração de um cronograma não existente do sistema construtivo em Concreto Armado, tendo como base o Diagrama de Gantt, o qual permite fazer a programação das tarefas mostrando a dependência entre elas, onde os intervalos de tempo são representados pelas barras sobre o eixo horizontal do gráfico e os dados e prazos utilizados são provenientes da planilha de orçamento existente, de pesquisas e vivência. Em seguida, demonstramos em porcentagem o comparativo de custos dos dois tipos de sistemas construtivos estudados no empreendimento escolhido.
Analisamos os resultados dos artigos e, ao final, foi possível comparar os resultados gerados com os resultados existentes, a fimde se chegar a uma determinada conclusão.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 - PARÂMETROS DE PROJETO
Com a intenção de facilitar a compreensão do leitor, serão apresentados os critérios utilizados no projeto e as características dos insumos utilizados na execução.
Tabela 1: Parâmetros de projeto utilizados na edificação.
4.2 - LEVANTAMENTO DOS QUANTITATIVOS
No sistema construtivo em Alvenaria Estrutural, foi feito o levantamento dos quantitativos a partir dos projetos estruturais e arquitetônico. Paralelo a leitura e interpretação dos projetos discriminados anteriormente, utilizamos o software Sienge para acessar as informações de composição de custo dos itens estudados: concreto, forma, aço, laje pré-moldada, pilar PT e alvenaria. A seguir demonstramos a tabela dos resultados obtidos com este levantamento. 
	Tabela Quantitativa do Sistema Construtivo em Alvenaria Estrutural
	
	Pavimento
	Forma (m²)
	Concreto (m³)
	Aço (kg)
	Alvenaria (m²)
	Laje Pré-Moldada
(m)
	Pilar PT
	Térreo
	240,06
	15,7
	1420,0
	66,65
	-
	-
	1º Pavimento
	198,64
	53,5
	3856,6
	288,12
	-
	6
	2º Pavimento
	35,04
	26,9
	2034,6
	347,17
	30,78
	10
	3º Pavimento
	39,23
	27,6
	2160,6
	347,17
	61,56
	 10
	4º Pavimento
	39,23
	28,9
	1994,6
	321,88
	61,56
	10
	5º Pavimento
	42,51
	18,4
	1222,7
	301,22
	61,56
	10
	Caixa d' água
	97,21
	8,4
	558,5
	33,4
	-
	10
	Cobertura da Caixa d' água
	38,47
	2,7
	494,5
	11,2
	61,56
	4
	TOTAL
	730,4
	182,1
	13742
	1716,81
	277,00
	60
Tabela 2: Tabela quantitativa dos materiais utilizados em Alvenaria Estrutural.
Foi utilizado o software Cypecad juntamente com o projeto arquitetônico para realizar o projeto estrutural em Concreto Armado. Assim 
sendo, foi feito o levantamento dos quantitativos para se chegar aos resultados apresentados nas tabelas a seguir:
Tabela 3: Tabela quantitativa dos materiais gastos em estrutura de Concreto Armado.
	Tabela Quantitativa do Sistema Construtivo em 
Concreto Armado
	
	Pavimento
	Forma (m²)
	Concreto (m³)
	Aço (kg)
	Térreo
	298,95
	20,25
	1950
	1º Pavimento
	698,3
	68,83
	5296
	2º Pavimento
	363,03
	34,66
	2794
	3º Pavimento
	365,9
	35,52
	2967
	4º Pavimento
	391,45
	37,23
	2739
	5º Pavimento
	253,81
	23,72
	1679
	Caixa d' água
	121,06
	10,82
	767
	Cobertura da Caixa d' água
	47,91
	3,43
	679
	TOTAL
	2540,41
	234,46
	18871
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
5.1 
5.2 
4.3 - CRONOGRAMA		
	O cronograma do sistema construtivo em Alvenaria Estrutural foi executado pelo engenheiro da construtora CHR Construções para a execução do edifício. Quanto ao cronograma do sistema construtivo em Concreto Armado foi realizado por nós. Ambos têm base no diagrama de Gantt, no qual permite fazer a programação das tarefas mostrando a dependência entre elas, onde os intervalos de tempo são representados pelas barras sobre o eixo horizontal do gráfico e os dados e prazos utilizados são provenientes da planilha de orçamento existente, de pesquisas e vivência conforme apresentamos nas seguintes tabelas.
Tabela 04: Tabela do Cronograma de execução estrutural em Concreto Armado.
Tabela 05: Tabela do Cronograma de execução estrutural em Alvenaria Estrutural.
4.4 - ORÇAMENTOS
A seguir, serão apresentadas as tabelas de custos de gestão e projetos necessários de cada sistema construtivo. Os itens descritos foram baseados naqueles em que as quantidades de materiais são diferentes em cada sistema. Foi utilizado o software Sienge, que apresenta a composição de custo de cada serviço, conforme apresentado na Imagem 4 em Anexos.
No item 1 foi considerado o custo unitário por m² de formas com reaproveitamento das mesmas em 5 aplicações, está incluso a mão de obra (em horas de servente e carpinteiro), as escoras necessárias para realização da 
concretagem em cada elemento estrutural e os insumos, como: prego, arame, sarrafo e pontalete. No concreto, item 2, o custo unitário é considerado por m³ e calculado 10% de perda, incluindo a mão de obra do servente e pedreiro. Para o aço, item 3, a unidade de medida é o kg e foi considerado a mão de obra do armador e arame, há uma perda de 10%. No item 4, o custo unitário está na produção de 1 m², composto de: valor do pedreiro e servente por hora, preço do cimento, areia, cal e do respectivo bloco para o assentamento de 1 m², como consta no anexo Imagem 5. O item 5 está composto da instalação das lajes pré-moldadas em m², incluso a locação de escoras, horas do servente e pedreiro e os insumos, como: prego, aço, pontalete, tábua, sarrafo e concreto. Por fim, o item 6 está composto por unidade e fracionado em: mão de obra em horas (servente e pedreiro), bloco estrutural, armação e graute.	
Tabela 06: Tabela Quantitativa do Orçamento do Sistema Construtivo em Concreto Armado.
Tabela 07: Tabela Quantitativa do Orçamento do Sistema Construtivo em Alvenaria Estrutural. 
1. 
2. 
3. 
4. 
4.5 - COMPARATIVO DE CUSTOS
Com base nos dados orçados, percebemos que a Alvenaria Estrutural se portou de forma mais viável em relação ao método convencional em Concreto Armado, uma vez que apresentou menores gastos com formas, concreto e aço. 
O sistema em Alvenaria Estrutural gerou em custos diretos da superestrutura do edifício uma economia de aproximadamente 24% comparada ao sistema construtivo em Concreto Armado. Os valores e comparativo estão representados na tabela abaixo:
Tabela 8: Tabela Comparativa de Custo dos Sistemas Construtivos em Alvenaria Estrutural e Concreto Armado.
 
Gráfico 1: Análise de gastos mensais em ambos sistemas construtivos
5. IMAGENS E ANEXO
Imagem 1: Composição de custos por produção de cada elemento (software Sienge).
Imagem 2: Composição de custos por produção de cada elemento (software Sienge).
Imagem 3: Planta baixa do pavimento tipo da edificação estudada.
Imagem 4: Planta estrutural em Concreto Armado do pavimento tipo.
Imagem 5: Planta estrutural em Alvenaria Estrutural do pavimento tipo.
Imagem 6: Projeto 3d da edificação estudada e imagem da edificação em andamento.
6. CONCLUSÃO
A partir deste estudo comparativo entre os dois sistemas construtivos mais utilizados no Brasil, concluímos que, quando se analisa um empreendimento de pequeno porte ou que tenha um número reduzido de pavimentos, o sistema construtivo em Alvenaria Estrutural se torna mais viável que o sistema construtivo em concreto armado, podendo se observar, neste caso, uma economia direta de 24% quando levamos em conta a redução de custos de mão de obra e material. 
Mas é preciso considerar que esta economia vai depender de organização, concepção de projetos e planejamento, que se torna mais complicada e custosa em múltiplos pavimentos, mesmo assim, tem se mostrado competitiva, porém não pode ser aplicada em todo e qualquer tipo de empreendimento.
Outras grandes vantagens de se construir um empreendimento em Alvenaria Estrutural é a economia de custo por menor prazo de execução e a redução de resíduos decorrente da eliminação de rasgos para embutir as instalações hidráulicas e elétricas, já que em ambas as instalações a infraestrutura é inserida dentro dos próprios blocos estruturais, o que evita quebras, desperdícios e entulhos na obra.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, A T. Análise de alternativas estruturais para edifícios em concreto armado. 1999. 100f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) – EESC, Universidade de São Paulo, São Carlos;
CARVALHO, 2012, K.S ELLIOTT — Multi-storey Precast Concrete Framed Structures, Second Edition;
CHR EMPREENDIMENTOS E CONSTRUÇÕES EIRELI (Custos gerais para dimensionamento da obra), 2019.
FIGUEREDO, 2012. Cálculo de Concreto Armado V.
GERALDO, Bruno Junqueira, 2017 – Comparativo de custo entre Alvenaria Estrutural e Estrutura Convencional de Concreto em edifícios de habitações populares, artigo publicado em Revista Especialize On-line IPOG – Goiânia – Ano 8, Edição nº 14 Vol. 01;
GRAVAS, Lucas Gravas, 2018 — colunista do Jornal O Estado de São Paulo;
IBGE, InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística, 2019;
NBR 15270-1/2005 – Componentes Cerâmicos. Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação;
NBR 15812-2/2010 – Alvenaria Estrutural — Blocos cerâmicos;
NBR 15961-1/2011 – Alvenaria Estrutural — Blocos de Concreto. Parte 1: Projeto;
NBR 15961-2/2011 – Alvenaria Estrutural —Blocos de Concreto. Parte 2: Execução e controle de obras;
NBR 6118:2003 (Projetos de estrutura de concreto);
OLIVEIRA AUGUSTO. J.H. Alvenaria de vedação, 2016;
PEREREIA, 2018, L.M.; MUZANDO C.; SANTOS. Estruturas de concreto. USP – EESC;
PESTANA JUNIOR, L.R.; OLIVEIRA, A. L.; BEDIN, C.A. Alvenaria esrtutural de blocos de concreto. Florianópolis. Pallotti, 2014;
RAMALHO, M .A.; CORREA, R. S. Projeto de edifícios de alvenaria estrutural. 1ed. São Paulo, Pini, 2003;
SANTOS, L.M Cálculo de Concreto Armado, v.I, São Paulo, Ed. LMS, 1983, 541p;
SARAIVA, Augusto Saraiva, 2011 — Crise na Economia;
SINAPI, TABELA SINAPI – GOVERNO FEDERAL – REFERÊNCIAS DE PREÇOS E INSUMOS, 2019.
SONDA, A. Lauretto – Dimensionamento da Alvenaria Estrutural, 2007;
Análise de gastos mensais em ambos sistemas construtivos
Alvenaria Estrutural	43374	43405	43435	43466	43497	43525	43556	43586	43617	12274.002	48558.934702702703	97	603.628868352214	148745.30238884044	199886.97590932867	261471.6494298169	278533.50899999996	278533.50899999996	278533.50899999996	Concreto Armado	43374	43405	43435	43466	43497	43525	43556	43586	43617	16509.455542261741	61829.205300573754	111032.55999572788	160235.914690882	209439.26938603612	258642.62408119024	307845.97877634433	357049.33347149845	366028.1633	0000001

Continue navegando