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UNIVERSIDADE NILTON LINS ENGENHARIA CIVIL BEATRIZ ARAÚJO DE SOUZA SISTEMAS CONSTRUTIVOS LIGHT STEEL FRAMING E CONVENCIONAL MANAUS 2020 BEATRIZ ARAÚJO DE SOUZA SISTEMAS CONSTRUTIVOS LIGHT STEEL FRAMING E CONVENCIONAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Nilton Lins, como requisito parcial à obtenção do Grau de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof. Esp. Edmar de Oliveira Andrade MANAUS 2020 BEATRIZ ARAÚJO DE SOUZA SISTEMAS CONSTRUTIVOS LIGHT STEEL FRAMING E CONVENCIONAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Nilton Lins, como requisito parcial à obtenção do Grau de Bacharel em Engenharia Civil. Aprovada em: 03/12/2020. BANCA EXAMINADORA DEDICATÓRIA Dedico esta monografia ao meu filho Arthur, que se tornou combustível para a minha motivação diária. AGRADECIMENTOS A Deus por ter mе dado saúde е força para superar as dificuldades. Agradeço a minha mãe Edilene Araújo, que me deu apoio, incentivo nas difíceis, de desanimo e cansaço. Ao meu marido Caique Cardoso, pelo apoio e compreensão que teve comigo durante esse período. Ao meu orientador professor Edmar Andrade, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos. A minha professora de TCC Erika Pinheiro, por suas correções e dicas. A esta universidade, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro um horizonte superior EPÍGRAFE “Inteligência é a capacidade de se adaptar a mudanças. A genialidade é antes de tudo a habilidade de aceitar a disciplina. ” Stephen Hawking RESUMO O sistema convencional de construção além de retrógrado se mostra um dos grandes consumidores de recursos naturais e é um dos grandes responsáveis pela geração de resíduos no mundo. A procura mundial por alternativas construtivas mais eficientes, sustentáveis e rápidas de modo a aumentar a produtividade e atender a demanda crescente do mercado tem sido um dos grandes desafios. Afim de atender a esta demanda, novos métodos alternativos vêm sendo estudados e introduzidos na prática da construção civil. Entre os sistemas construtivos inovadores, citamos a light steel framing (LSF) que tem se tornado uma ótima alternativa para a construção rápida, e sua geração de resíduo e quase nula por se tratar de placas pré-moldadas. Também alvo de estudo o sistema convencional de construção e seus aspectos, será projetado uma residência modelo que se aplicara o sistema construtivo de light steel framing e o sistema convencional de construção, para demostrar os benefícios dessa construção. Palavra-chave: Light Steel Framing. Sistemas Construtivos. Resíduo. ABSTRACT The conventional construction system, besides being retrograde, is one of the great consumers of natural resources and is one of the great responsible for waste generation in the world. The worldwide demand for more efficient, sustainable and fast construction alternatives in order to increase productivity and meet the growing market demand has been one of the great challenges. In order to meet this demand, new alternative methods have been studied and introduced into the practice of construction. Among the innovative construction systems, we mention light steel framing (LSF) which has become a great alternative for fast construction, and its generation of waste and almost zero because it is pre-molded plates. Also subject of study the conventional construction system and its aspects, will be designed a model residence that will apply the light steel framing construction system and the conventional construction system, to demonstrate the benefits of this construction. Key word: Light Steel Framing. Construction Systems. Residue. LISTAS DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Sapata ....................................................................................................... 17 Figura 2- Sapata corrida ........................................................................................... 18 Figura 3- Sapata associada ....................................................................................... 18 Figura 4- Radier. ....................................................................................................... 19 Figura 5- Perfil em U. ................................................................................................ 21 Figura 6- Perfil em U enrijecido .................................................................................. 21 Figura 7- Contraventamento em x .............................................................................. 23 Figura 8- Contraventamento em v. ............................................................................ 23 Figura 9- Painel com contraventamento em treliça .................................................... 23 Figura 10- Placa cimentícia ....................................................................................... 25 Figura 11- Placa OSB................................................................................................ 25 Figura 12- Painel tipo sanduiche ................................................................................ 26 Figura 13- Placa de gesso acartonado ....................................................................... 27 Figura 14- Parafusos autobrocantes. ......................................................................... 27 Figura 15- Parafusos autobrocantes. ......................................................................... 28 Figura 16- Parafusos Autorachantes. ........................................................................ 28 Figura 17- Fluxograma processo das formas. ........................................................... 35 LISTAS DE TABELAS Tabela 1- Orçamento da estrutura convencional. ....................................................... 42 Tabela 2- Orçamento da estrutura em Light Steel Framing ........................................ 42 Tabela 3- Produtividade de montagem do sistema convencional ............................... 43 Tabela 4- Produtividade de montagem do sistema LSF ............................................ 43 Tabela 5- Quantidade de dias para a conclusão dos dois sistemas. ......................... 43 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14 1. OBJETIVOS .......................................................................................................... 15 1.1. Objetivo geral ...................................................................................... 15 1.3. Justificativa .......................................................................................... 16 2. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 17 2.1 Sustentabilidade na construção civil ........................................................ 17 2.2 Fundações ............................................................................................... 19 2.2.1 Fundações superficiais (rasas) .............................................................19 2.2.1.1 Sapata ............................................................................................... 19 2.2.1.2 Radier ................................................................................................ 21 2.3 Light steel framing – lsf ........................................................................ 22 2.3.2 Vedações externa ................................................................................. 27 2.3.2.1 Placa cimentícia ................................................................................ 27 2.3.2.2 Oriented strand board – osb .............................................................. 28 2.3.2.3 Painéis de aço tipo sanduiche ........................................................... 28 2.3.3 Vedação interna ................................................................................... 29 2.4.3.1 Chapas de gesso acartonado ............................................................ 29 2.3.4 Parafusos ............................................................................................. 30 2.3.1 Etapas .................................................................................................. 31 2.3.1.1 Serviços preliminares ........................................................................ 31 2.3.1.2 Equipe ............................................................................................... 31 2.3.1.3 Equipamentos .................................................................................... 32 2.3.1.4 Movimento de terra ............................................................................ 32 2.3.1.5 Fundação .......................................................................................... 32 2.3.1.6 Estrutura em lsf ................................................................................. 33 2.3.1.7 Paredes autoportantes ...................................................................... 33 2.3.1.8 Laje .................................................................................................... 33 2.3.1.9 Treliças e tesouras do telhado ........................................................... 34 2.3.1.10 Painéis do telhado ........................................................................... 34 2.3.1.11 Fechamento de paredes .................................................................. 34 2.3.1.12 Cobertura ........................................................................................ 35 2.3.1.12 Instalações elétricas ........................................................................ 35 2.3.1.13 Instalações sanitárias ...................................................................... 35 2.3.1.14 Instalações hidráulicas .................................................................... 35 2.3.1.15 Acabamento .................................................................................... 35 2.3.1.16 Planejamento ................................................................................... 36 2.4 Sistema convencional de construção .................................................. 36 2.4.1 Componentes da alvenaria convencional ............................................. 37 2.4.1.1 Concreto ............................................................................................ 37 2.4.1.2 Fôrmas .............................................................................................. 37 2.4.1.3 Armaduras ......................................................................................... 38 2.4.1.4 Blocos cerâmicos .............................................................................. 38 2.4.2 Etapas .................................................................................................. 38 2.4.2.1 Serviços preliminares ........................................................................ 38 2.4.2.2 Equipe ............................................................................................... 39 2.4.2.3 Equipamentos .................................................................................... 39 2.4.2.4 Movimento de terra ............................................................................ 39 2.3.2.5 Fundação........................................................................................... 39 2.4.2.6 Estrutura ............................................................................................ 40 2.4.2.7 Paredes de blocos cerâmicos ............................................................ 40 2.4.2.8 Laje .................................................................................................... 40 2.4.2.9 Treliças e tesouras do telhado ........................................................... 40 2.4.2.10 Terças e caibros .............................................................................. 40 2.4.2.11 Fechamento de paredes .................................................................. 41 2.4.2.12 Cobertura ........................................................................................ 41 2.4.2.12 Instalações elétricas ........................................................................ 41 2.4.2.13 Instalações sanitárias ...................................................................... 41 2.4.2.14 Instalações hidráulicas .................................................................... 41 2.4.2.15 Acabamento .................................................................................... 41 2.3.1.16 Planejamento ................................................................................... 42 3. METODOLOGIA ................................................................................................... 43 4. COMPARAÇÃO ENTE OS SISTEMAS CONVENCIONAL DE CONSTRUÇÃO E LIGHT STEEL FRAMING ......................................................................................... 44 4.1 Orçamento dos sistemas ...................................................................... 44 4.2 Produtividade e mão de obra ............................................................... 47 4.3 Geração de residuos ............................................................................. 49 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ......................................................................... 51 OBRAS CONSULTADAS ......................................................................................... 53 14 INTRODUÇÃO A busca pela melhoria de vida sempre esteve em primeiro plano, ela fez com que os homens das cavernas saíssem de suas vidas nômades e buscassem por uma vida mais estável em sociedade, fez com que fosse possível o desenvolvimento tecnológico e possibilitou superar barreiras mercantilista. Mas, por tais desenvolvimentos acabou-se por condenar de maneira errônea o meio ambiente, e com isso mais tarde, foi possível perceber sua real degradação. A nova geração que surge, busca um meio de conviver de forma equilibrada com o meio ambiente, após se deparar com as consequências de um espaço de progresso desregrado e imprudente, tenta redimir prejuízos causados por uma postura irrefletida. Essa concepção tem ganhado força no meio comercial, através de propagandas de vidas sustentáveis, as quais encontra seu principal recurso na construção sustentável. As residências para se qualificar como sustentável, devem cumprir requisitos como economia de energia, reaproveitamento da água, uso de materiais primas naturais e melhor ocupação e uso dos espaços. Em vista disto, percebesse que a pratica sustentável na construção civil deve partir desde a idealização do projeto, quais os materiais que serão empregados e quais geraram resíduos no final da obra e quais os danos ao meio ambiente gerados com a construção daquela edificação. Pensando nas discursivas, o benefício daresidência sustentável vai além do meio ambiente, pois existe sistemas que fazem com que ela se torne mais econômica na fase inicial da obra, após, e durante a sua utilização. Os projetos em Light Steel Framing têm um forte caráter ambiental, isso porque, na maioria dos casos segue uma filosofia construtiva alinhada com o conceito de construção energicamente sustentável, ela um sistema já conhecido fora do Brasil, e tem ganhado uma grande expansão nos últimos anos, o sistema trabalha o planejamento antes do início da obra, e garante que não haja surpresas orçamentarias e estrutural durante a sua aplicação. Por eventuais benefícios a construção a seco deve ser analisada para que seja possível ressaltar os seus benefícios em comparação ao sistema de construção convencional. 15 1. OBJETIVOS 1.1. OBJETIVO GERAL Comparar o sistema Light Steel Framing (LSF) ao sistema de construção convencional, realizando levantamentos bibliográficos para demostrar os benefícios do sistema de LSF, para que seja possível provar a sua relevância em meio ao sistema já empregado. 1.2 Objetivo específico • Realizar um levantamento bibliográfico sobre o sistema construtivo Light Steel Framing; • Analisar o sistema construtivo de alvenaria convencional • Identificar através de um projeto e orçamento qual é o melhor sistema. 16 1.3. JUSTIFICATIVA O conceito de residência moderna sem a implementação de sistemas eco eficientes e de origem recente, pois ao olharmos para o passado mais remoto da civilização, podemos constatar que apesar de termos evoluído, a partir do período neolítico, a civilização andou lentamente. O conceito de menos vegetação nos ambientes chegou com a revolução industrial, que trouxe pessoas do campo para as cidades em busca de empregos e melhoria de vida, desta forma a demanda por espaço nas cidades só aumentou, e a mesma embarcou em um conceito mais industrialista. Neste contexto a sociedade está se reconectando as origens do ser humano, buscando causar menos impacto no meio ambiente, pois foi possível constatar o quão prejudicial será continuar neste caminho. Tendo em vista esses argumentos, se faz necessário o estudo mais aprimorado de sistemas eficazes para a melhoria de vida dos habitantes sem prejudicar o meio ambiente. 17 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1 SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL A sustentabilidade está relacionada ao desenvolvimento sustentável, composta por um conjunto de ideia, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas. Serve como alternativa para garantir a sobrevivência dos recursos naturais do planeta, ao mesmo tempo que permite aos seres humanos e sociedades soluções ecológicas de desenvolvimento. Acredita-se que a sustentabilidade seja o fruto do desejo do homem se reconectar com o natural, que se caracteriza na forma mais orgânica de viver, sem causar mudanças no meio em que vive. O termo sustentabilidade domina grandes parte de discursos de diferentes setores da sociedade. Segundo a declaração da Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento caracteriza o desenvolvimento sustentável como: [...] aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades. (CMMAD, 1991, p.46) O interesse em preservar ambiente para proporcionar as gerações futuras um meio limpo e adequado para atender as necessidades, se tornou uma preocupação corrente no meio global de desenvolvimento sustentável. As comissões de desenvolvimento sustentável propuseram diretrizes para os processos industriais tais como o Relatório de Brundtland, Agenda 21, o Protocolo de Quioto e a Rio +20, foram criados a fim de atender a esse vácuo das questões ambientais associadas ao processo de desenvolvimento e estabelecer instrumentos capazes de impulsionar a redução de impactos sociais, econômicos e ambientais. O Protocolo de Quioto que foi criado em 1997 na terceira reunião da Conferência entre as Partes (CoP3), realizada em Quioto no Japão que propôs metas de redução de emissão para países desenvolvidos e responsáveis pelo aumento da temperatura (o aquecimento global) os países comprometeram-se a diminuir a emissão de gases de efeito estufa para, no mínimo, 5,1% (em média) abaixo dos 18 valores de 1990. Esta diminuição deveria ocorrer entre 2008 e 2012, passando pouco tempo após o Protocolo entrar em vigor, o Estados Unidos da América declarou que os custos seriam demasiadamente altos para a economia e também com a exclusão de países em rápido desenvolvimento de qualquer compromisso para controlar a emissão de gases poluentes, fez com que outros países desistissem do acordo. A metodologia do Protocolo falhou, pois entre 2005 e 2012 as emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) cresceram 16,2%. Com a falha prematura do Protocolo de Quioto resolveram adotar o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), que através deste implantou o credito de carbono, que consiste em Certificações dadas a empresa e industrias que conseguem diminuir a emissão de GEE na atmosfera. Condecora através de selos e benefícios empresas que se utilizam de medidas alternativas como reflorestamento, troca de energias fósseis por energias renováveis, controle de poluição, projetos de produção sustentável entre outros. A conferência Rio +20 foi promulgada pelas nações unidas em 2012 tendo a participação de mais de 190 nações, buscava consolidar acordos acerca do desenvolvimento sustentável e tinha como pretensão reafirmar a postura cooperativa dos líderes participantes através da proposição e aderência de ações para garantir a sustentabilidade, ressaltar a importância da economia verde além de um balanço do que foi feito nos 20 anos anteriores. Realizada na cidade do Rio de Janeiro, o evento foi marcado por impasses entre os interesses de países em desenvolvimento e países desenvolvidos, o documento final não retrocede apesar de ser considerado menos efetivo do que o esperado, contendo diversas intenções com soluções paliativas para problemáticas cujas resoluções com a tratativa de medidas práticas foram postergadas para anos posteriores. A construção civil como uma das maiores produtoras de resíduos do mundo, precisou se reeducar para novas medidas de manejo de material e destinação de RCC (resíduos de construção civil), realizando investimentos no campo educacional, através de pesquisas e testes realizados com sobras de materiais e criação de novos equipamentos e sistemas. Na última década entrou com força no debate mundial de meios sustentáveis, através da utilização e adaptação de Certificações ambientais para prédios, residências e condomínios. As certificações vão além da reutilização dos RCC, mas prevê um sistema ecoeficiente para a edificação antes, durante e depois da sua construção. 19 2.2 FUNDAÇÕES É uma estrutura destinada a transmitir as cargas para o solo subjacente. E as camadas subjacentes do solo, que devem impedir grandes deformações, para que não se comprometa a estrutura. Na engenharia civil existe dois tipos de fundações: 2.2.1 Fundações Superficiais (Rasas) Segundo a Norma ABNT NBR 6122 define fundações superficiais como: Elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno, predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, e em que a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior aduas vezes a menor dimensão da fundação. (ABNT NBR 6122, 1996) 2.2.1.1 Sapata São elementos que trabalham à compressão e à flexão, e dimensionada de modo que as tensões de tração nela produzidas não sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego da armadura inferior. Pode possuir espessura constante ou variável,sendo sua base em planta normalmente quadrada, retangular ou trapezoidal conforme figura 1. Quando acompanham a linha das paredes, são chamadas de sapatas corridas (figura 2). Quando duas sapatas estão com pilares próximos, usa-se uma sapata única denominada sapata associada (figura 3). Seu principal material e o concreto armado. É construída numa vala sobre um solo cuja resistência deve ser igual a intensidade de carregamento a ele transmitida pela largura da base da sapata. O solo do fundo da vala, deve contar com um lastro de concreto magro. 20 Figura 1- Sapata Fonte: Toca obra (2020) Figura 2- Sapata corrida Fonte: Toca Obra (2020) Figura 3- Sapata associada Fonte: Toca Obra (2020) 21 2.2.1.2 Radier É um tipo de fundação rasa, constituída de uma laje em concreto armado com sua altura bem próxima da superfície do terreno, na qual toda estrutura se apoia. Geralmente, é dimensionado com base no modelo de placa sobre base elástica. Neste caso, o solo é visto como um meio elástico formando infinitas molas que agem sob o inferior da placa, gerando uma reação proporcional ao deslocamento. Estruturalmente, ele pode ser liso ou formado por lajes com vigas de bordas e internas, para aumentar sua rigidez. A escolha do esquema depende da resistência do solo, das cargas atuantes sobre o radier e da intensidade e aplicação das ações da estrutura. A literatura recomenda o uso, apenas quando a soma das áreas das sapatas é grande em relação à projeção da edificação. O radier deve possuir desnível em seu contorno para que o painel fique protegido da unidade. A distância do contrapiso ao solo, conforme recomenda a norma deve ser de pelo menos 15cm, para evitar a penetração de umidade. A execução do radier permite locar as furações para instalações hidráulicas, sanitárias, elétricas e de telefonia. Essas locações devem ser precisas em relação às posições e diâmetro dos furos, para que não ocorram transtornos na montagem dos painéis, nas colocações das tubulações e dos acessórios e nos serviços subsequências. Se a altura para dimensionamento do radier demandar que parte dele fique enterrado, pode-se utilizar o solo como fôrma em suas faces, desde que possua resistência necessária. Para a execução é necessária a limpeza da superfície do terreno ou até mesmo a retirada de uma camada superficial que pode prejudicar a transmissão da carga para o terreno. Em seguida, deve-se proceder a correta compactação do solo, para se obter uma boa camada de suporte. 22 Figura 4- Radier Fonte: Fabrilar (2020) 2.3 LIGHT STEEL FRAMING – LSF Utilizada inicialmente no Estados Unidos no século XIX, suas primeiras aplicações foram para a construção de residências em madeiras construídas pelos colonizadores no território norte-americano. A LSF foi empregada para atender ao crescimento da população, pois havia a necessidade de empregar métodos mais rápidos e produtivos na construção de habitações. Após a Segunda Guerra Mundial, houve um grande avanço nos processos de fabricação de perfis formados a frio, e logo estes perfis viriam a substituir o sistema estrutural de madeira. Os perfis de aço tornaram-se vantajosos, pois, devido à maior resistência e eficiência estrutural conseguiu-se que a estrutura resistisse as catástrofes naturais. A LSF é um sistema construtivo estruturado em perfis de aço galvanizado formados a frio, projetados para suportar as cargas da edificação ou trabalhar em conjunto com outros sistemas industrializados, afim de garantir os requisitos de funcionamento da edificação. A sua utilização vai além do uso para residências, pode ser empregado em edifícios de até 5 pavimentos, sobrados e fachadas. 23 2.3.1 Componentes Light Steel Framing 2.3.1.1 Tipos de perfis utilizados Obtidos por conformação a frio a partir de bobinas de aço revestidas com zinco ou liga alumínio-zinco pelo processo contínuo de imersão a quente ou por eletrodeposição. As espessuras das chapas variam entre 0,80 e 3,0 mm, sendo as seções mais comuns nas formas de “U” ou “U” enrijecido para montantes e vigas, e o “U” que é usado como guia na base e no topo dos painéis. O limite de escoamento dos perfis de aço zincado, não deve ser inferior a 230 Mpa. Os painéis de funções estruturais ou não estruturais do sistema podem ser pré-fabricados fora do canteiro e apenas montados no local. Esse método tem como principais benefícios a redução do tempo de construção, além de aumentar a precisão e o controle de qualidade, os painéis e subsistemas são conectados no local usando as técnicas convencionais. Figura 5- Perfil em “U” Fonte: Aços Sorocaba (2020) 24 Figura 6- Perfil em “U” enrijecido Fonte: Aços Sorocaba (2020) 2.3.1.2 Fundação e fixação dos painéis A estrutura de aço e muito leve, seus componentes solicitam menos esforços da fundação. Mas há um contraponto, ela distribui uniformemente sua carga, então sua fundação deve ser contínua, suportando os painéis ao longo de toda a sua estrutura. A escolha da fundação dependera das características do solo e da solicitação estrutural, assim como os demais sistemas é necessário a impermeabilização da fundação, para que a umidade não afete a estrutura. A superestrutura deve ser ancorada na fundação, pois deve resistir firmemente a translação ou tombamento com rotação da estrutura. A escolha da ancoragem vai depender do tipo de fundação e das solicitações de carga, condições climáticas, dentre outras. Segundo Klein e Maronezi em relação ao tipo de ancoragem (dimensões e espaçamentos) são definidos no projeto estrutural, como principais tipos de ancoragem temos a química (com barra roscada) e a (expansível com parabolts) Durante o processo de montagem dos painéis na estrutura do pavimento térreo, os painéis são fixados na fundação, através de sistema de finca-pino que aciona a pólvora que utiliza a energia de uma carga (fincapinos) criando pressão suficiente para deslocar e penetrar os pinos de aço no concreto. 25 2.3.1.3 Painéis estruturais ou autoportantes Os painéis são compostos por elementos verticais de seção transversal tipo “U enrijecido”, que são denominados montantes e elementos horizontais de seção transversal tipo “U” conhecidas como guias. Os montantes transferem as cargas verticais por contato direto através de suas almas, estando suas seções em coincidência de um nível a outro, assim alinhando a estrutura. Quando não é possível atender a esse alinhamento, e posto uma viga sob o painel capaz de distribuir uniformemente as cargas excêntricas. Os montantes são unidos em seus extremos inferiores e superiores pelas guias, perfil de seção transversal “U” simples. O comprimento da guia define a largura do painel, e o comprimento do montante, sua altura. Para unir os perfis que compõe a estrutura são utilizados parafusos auto brocantes ou auto atarrachantes, do tipo metal-metal. Para evitar a perda de estabilidade da estrutura deve-se prover de ligações rígidas, como no uso de contraventamentos nos painéis. Tem-se dois modos de contraventar a estrutura, o antirantado e o treliçado. O antirantamento e com uma peça que trabalha na diagonal que faz a fixação do painel, geralmente e feito por uma tira de aço que é posto um parafuso nas suas extremidades, e depois é fixado um parafuso na parte inferior ao cruzamento dos tirantes, para o esticar o mesmo. Pode ser disposto em “X” e em “V”, como podemos ver nas figuras 7 e 8. O treliçado (figura 9) trata-se de uma treliça que posta na vertical para segurar os painéis disposto nas laterais, assim garantindo uma estrutura rígida. Figura 7- Contraventamento em “X” Fonte: Núcleo do Conhecimento (2020) 26 Figura 8- Contraventamento em “V” Fonte: Núcleo do Conhecimento (2020) Figura 9- Painel comcontraventamento em treliça Fonte: aec web (2020) 2.3.1.4 Fechamento externo e interno O fechamento externo deve proteger a área interna da edificação, evitando entrada de água e vento pelo lado externo da estrutura. Garantindo a proteção por completo dos elementos internos da edificação. O revestimento desta, deve ser capaz de deixar escapar para o exterior o vapor de água interno, evitando que o mesmo se condense dentro da parede. Os principais materiais empregados para a função de proteção da parede externa são as chapas cimentícia e de fibrocimento. 27 A parede interna sua função e dividir os cômodos e garantir privacidade para os usuários, e também esconder canos, eletrodutos, isolamento e a própria estrutura. 2.3.1.5 Isolamento termo acústico O isolamento termo acústico no sistema LSF baseia-se em conceitos mais atuais de isolação multicamada, que consiste em combinar placas leves de fechamento afastadas, formando um espaço entre os mesmos, preenchido por material isolante (lã de vidro ou rocha). Por conseguinte, podem ser feitas diversas combinações a fim de aumentar o desempenho do sistema, através da colocação de mais camadas de placas ou aumentando a espessura do material isolante (BRASILIT, 2010). O material isolante é colocado no interior da estrutura, ou seja, entre o fechamento externo e interno. É feito após a etapa de fechamento externo e passagem das instalações elétricas e hidráulicas, mas antes do fechamento interno (BRASILIT, 2011). 2.3.2 Vedações externa Proteção externa contra as intempéries, deve assegurar a estabilidade da estrutura e dos compartimentos internos. No sistema de Light Steel Framing são empregados frequentemente a placa cimentícia “oriented strand Board” e painéis de aço tipo sanduiche, serão descritos a seguir: 2.3.2.1 Placa cimentícia É um painel prensado e impermeabilizado feito de cimento, celulose, fio sintético e alguns aditivos. É utilizada para vedação de paredes, serve também como revestimento para piso, forros, fachadas, beirais, oitões, shafts, entre outras aplicações. Pode ser observado na figura 10. 28 Figura 10- Placa cimentícia Fonte: Fórum da Construção (2020) 2.3.2.2 Oriented Strand Board – OSB E um painel de madeira que, assim como outros derivados, possui variações de espessura e densidade. Para confeccionar, as tiras de madeira são dispostas em uma direção como mostrado na figura 11, são prensadas em camadas perpendiculares entre si e coladas com resina sob alta temperatura e pressão. E um material duro e resiste a humidade, mas, não a água. Figura 11- Placa de OSB Fonte: India mart (2020) 2.3.2.3 Painéis de aço tipo sanduiche Os painéis são formados por duas lâminas metálicas vinculadas entre si por meio de um material poroso (poliuretano) com propriedades isolantes de espessuras 29 variadas. Funciona como isolante térmico e sua acústica e significativa. Pode-se conferir conforme a figura 12. Figura 12- Painel tipo sanduiche Fonte: Alibaba (2020) 2.3.3 Vedação interna Instalação interna que tem por objetivo a divisão dos cômodos, e esconder as instalações elétricas, hidráulicas assim como as estruturas. 2.4.3.1 chapas de gesso acartonado Gesso acartonado (figura 13) ou drywall, é um tipo de placa formada por gesso e papel cartão, sustentada por perfis estruturais fabricados. E comumente utilizado nas paredes ou teto, seus perfis de sustentação podem ter até três medidas diferentes: 40 mm (para paredes estreitas e/ ou divisórias), 70 mm (para paredes comuns) e 90 mm quando há necessidade de incluir material isolante. Figura 13- Chapa de gesso acartonado Fonte: Gypsum (2020) 30 2.3.4 Parafusos Os parafusos utilizados para a fixação das placas para as vedações internas e externas, são os autobrocantes ou autoatarrachantes, do tipo metal-metal. O parafuso autobrocante com asa tem a capacidade de perfurar, atarraxar e vedar em uma única operação, ele tem duas abas laterais que abrem espaço para a sua cabeça. Garante uma superfície lisa, e utilizado mais nos projetos, pois do ponto de vista estético garante um bom acabamento. Figura 14- Parafusos autobrocantes Fonte: Brasilit (2020) Figura15- Parafusos autobrocantes Fonte: Brasilit (2020) 31 O parafuso autoatarrachante dispensa a criação de rosca no material como podemos observar na figura 16, não necessita de porca em sua finalização. Ele tem uma rosca mais fina e cortante que “agarra” a peça. Se utiliza comumente para a fixação de tesouras. Figura 16- Parafusos autoatarrachantes Fonte: walsywa (2020) 2.3.1 Etapas É de extrema importância o entendimento de todas as etapas construtivas e dos serviços que o compõem. Algumas etapas são iguais a qualquer sistema construtivo. A seguir as etapas mais utilizadas em obras de LSF. 2.3.1.1 Serviços Preliminares Consiste nos serviços básicos para execução de uma obra. Estão inclusos nesta etapa serviços como limpeza de terreno, ligações provisórias, barracão de obras, vestiários, tapumes, refeitórios, almoxarife, banheiros e as áreas de trabalho. É importante possuir uma área de dimensões mínimas igual ao maior painel da obra para se montar os painéis em LSF no local. 2.3.1.2 Equipe A equipe técnica deve seguir os passos de qualquer obra. A decisão da quantidade do corpo técnico, deve-se levar em consideração o tamanho e a 32 complexidade da obra. Por ser um método construtivo não convencional, é de se esperar que os profissionais desta etapa de serviço tenham um valor um pouco mais elevado por conta de sua especialização. Esta etapa é formada pela mão de obra necessária para administrar a construção, isso é, engenheiros, arquitetos, técnicos, almoxarifes, auxiliares, mestres e encarregados. 2.3.1.3 Equipamentos Esta etapa refere-se ao aluguel ou aquisição de equipamentos, devendo ficar atento que alguns equipamentos estão inclusos dentro das composições dos serviços. Não são necessariamente utilizados sempre na execução dos serviços, como, por exemplo, no chapeamento de placas cimentícias, não estão inclusos andaimes. Porém caso a edificação tenha mais de um pavimento, é necessário a utilização de tal equipamento. 2.3.1.4 Movimento de Terra Estão inclusos todos os serviços, que consistem em movimento terra, aterro, compactação, sejam eles para a execução de instalações, fundações entre outros. Todos os movimentos de terra devem estar inclusos nesta etapa. Não existe diferença nesta etapa para obras em LSF ou para outros sistemas construtivos. 2.3.1.5 Fundação A fundação em LSF tem a liberdade de ser adotada de acordo com as necessidades do terreno, da carga e das soluções disponíveis. Por se tratar de um carregamento distribuído ao longo de toda a fundação, e mais satisfatório a utilização de radier, pela forma de combate às solicitações de maneira distribuída, tal como a estrutura. Esta etapa contempla a execução das formas, lastros, drenos, colchões drenantes, impermeabilização, concretagem, transporte e lançamento. 33 2.3.1.6 Estrutura em LSF A estrutura é formada basicamente por cinco tipos de elementos: paredes autoportantes, laje, painéis do telhado, treliças e tesouras do telhado. A perfiladeira faz a dobra do aço estrutural em LSF, e importante o conhecimento produtivo da mesma, uma vez que a produtividade da montagem das peças é totalmente dependente deste parâmetro. Atualmente no mercado existem máquinas que cortam exatamente da forma e tamanho necessário, com rebaixo para parafuso e impressão do tipo e nome da peça, o que aumentou ainda mais a produtividade, diminuindo o tempo de procura pela peça na montagem em canteiro. Também se tem no mercado os painéis panelizados, quesão painéis já perfilados e montados, só para encaixar na estrutura geral. 2.3.1.7 Paredes Autoportantes As paredes são normalmente formadas por montantes na posição vertical, distribuídos a cada 30 ou 50cm, podendo variar livremente conforme a solução de projeto para a vedação. Duas guias, uma superior e uma inferior na posição horizontal, podem ser utilizados com o objetivo de prender e combater a flambagem dos montantes. Como a distribuição dos perfis não é padronizada, então é preciso usar como o valor determinante a massa de aço, tal como é feito convencionalmente, outra solução plausível é calcular o valor pelo comprimento linear de cada tipo de perfil. 2.3.1.8 Laje A laje no sistema LSF tem várias possibilidades de solução construtiva, tais como steel deck e laje seca com treliças metálicas e cobertas com OSB. A laje com treliças, também não é possível mensurar o custo por metro quadrado. A taxa de aço é calculada de acordo com a carga de utilização e de solicitação. Porém, a cobertura em OSB apresenta variação de acordo com a área e não com a taxa de aço, tornando assim necessário separar esses dois serviços e mensurá-los da seguinte forma: treliças em metro linear de aço ou massa, e OSB, em um serviço separado variando por metro quadrado. Caso se opte pela utilização da laje em OSB, se faz necessário a utilização de argamassa, e assim calcular seus valores de acordo o uso. 34 2.3.1.9 Treliças e Tesouras do Telhado Esta etapa da estrutura é bem similar ao de uma obra convencional, tendo em vista que é bastante usual a utilização de estruturas metálicas em telhados. Nesse caso, a única diferença é que, utilizando perfis formados a frio, o orçamento pode ser por quilograma ou área de cobertura, considerando a distância entre cada treliça e/ou tesoura, ou por metro linear de perfis em LSF. 2.3.1.10 Painéis do Telhado Os painéis do telhado substituem as terças e os caibros. Estes painéis são resquícios da cultura americana, que utilizam o shingle, que está aos poucos tomando espaço nas residências brasileiras, pela sua facilidade de manutenção e beleza. Este telhado tem a necessidade de instalação de placas de OSB antes da instalação das telhas, sendo necessário essa padronização dos painéis para fixação das placas, haja vista não ser possível fixá-las sobre caibros e terças. Caso a opção seja por um telhado com telhas cerâmicas ou de concreto, é necessário prever ripas com Perfis cartolas, para o encaixe da galga na estrutura. Para fins de projeto estrutural, e, consequentemente, de orçamento, é necessário então primeiramente analisar a especificação do telhado. 2.3.1.11 Fechamento de Paredes As configurações mais convencionais para vedações de paredes externas estão indicadas no Item 2.3.2, e as mostradas no Item 2.3.3 para paredes internas, é possível montar duas formas de orçamento. A primeira consiste em montar uma composição para cada tipo de parede que se encontra no projeto, e a segunda, em separar cada um dos tipos de fechamento em um serviço diferente. Ambas as formas trazem resultados satisfatórios, ficando a escolha livre para que cada um adote a forma que achar mais conveniente ao seu projeto. 35 2.3.1.12 Cobertura Esta etapa refere-se aos serviços de cobrimento do telhado, que não inclui a estrutura. O sistema LSF não possui qualquer tipo de restrição quanto aos tipos de telhas e coberturas, sendo possível desde lajes impermeabilizadas até telhados com telhas SHINGLE. 2.3.1.12 Instalações Elétricas As instalações elétricas é preciso considerar uma maior produtividade, pelo fato de não existir demolições e recomposições de parede. Porém, é necessário o uso de protetores de plástico para os eletrodutos que passam por dentro da estrutura. Também deve-se prever fixadores plásticos para eletrodutos, para que não fiquem soltos nas paredes, dificultando assim a passagem e manutenção do sistema. 2.3.1.13 Instalações Sanitárias Refere-se a todos os serviços de esgoto, incluindo caixa de passagens entre outros. Ao que seja pertinente a parte orçamentária, não é necessário fazer nenhuma consideração diferente do sistema convencional. Deve-se considerar todos os tubos e conexões de projeto. 2.3.1.14 Instalações Hidráulicas As instalações hidráulicas e preciso considerar uma maior produtividade e a fixação dos dutos de água, considerando também os protetores e fixadores plásticos para os dutos. 2.3.1.15 Acabamento Os demais processos são completamente idênticos ao de uma obra convencional em estrutura de concreto e alvenaria de vedação, citando apenas a título informativo: • Esquadrias; 36 • Revestimento de Piso; • Revestimento de Paredes; • Revestimento de Forro; • Louças e Metais; • Pintura; • Limpeza. 2.3.1.16 Planejamento É de extrema importância um planejamento eficiente em todas as etapas nas construções em LSF, pois ela se viabiliza pelo do curto prazo de tempo. Caso o prazo inicial seja muito dilatado, os prejuízos tendem a ser grandes. Além deste planejamento, é necessário executar um alinhado preciso do plano de compras e entregas, considerando prazos em dias de cada uma das etapas. Isto é essencial para que a construção alcance os objetivos planejados. 2.4 SISTEMA CONVENCIONAL DE CONSTRUÇÃO Neste trabalho o sistema convencional será descrito para edificações com estrutura de vigas, pilares e lajes em concreto armado e com vedação em blocos cerâmicos. Segundo o Manual da Construção Industrializada: “(...) A construção executada com processo convencional, ainda largamente utilizada no Brasil, frequentemente é marcada por processos com altos custos, baixo nível de planejamento, baixa qualificação do trabalhador, altos índices de desperdícios, baixa qualidade e incidências de manifestações patológicas e baixo desempenho ambiental. ” (MCI, pag.25) O sistema convencional de construção e o mais antigo dentre os seus concorrentes, e é o mais utilizado no Brasil caracterizado pelo uso de métodos ou processos convencionais, e alterado com a utilização do concreto armado, onde passou a ser utilizado o sistema independente de estrutura de concreto armado e 37 alvenaria de vedação de tijolos e blocos cerâmicos ou de concreto com o uso excessivo de mão de obra. E por ventura gera muito desperdícios durante a quebra e transporte da alvenaria, gerando uma carga muito grande de resíduos de construção, que eventualmente serão descartados em jazidas de matérias. 2.4.1 Componentes da alvenaria convencional 2.4.1.1 Concreto O concreto é uma mistura simples e homogenia composta por água, cimento, areia, pedra e água, podendo também conter adições e aditivos químicos com a finalidade de modificar suas propriedades básicas. Segundo Adão e Hermely (2002), por seu baixo custo em comparação a sua resistência, fez com que se tornasse popular no meio da construção civil. Apesar de ser simples a sua composição e fabricação, pode ser ainda feito em produção industrial, essa escolha irá depender do tipo de obra e sua função. Para obras de médio e grande porte, geralmente se faz o uso de concretos usinados, devido a diversos fatores como por exemplo a precisão na dosagem e maior capacidade de produção. Por ser usado em grande volume na obra, e preciso ter central de concreto para atender a demanda da obra. Sua principal propriedade é sua grande resistência à compressão. E responsável por resistir a compressão no elemento estrutural. 2.4.1.2 Fôrmas As fôrmas geralmente são peças retangulares de madeira, que tem por objetivo conter, moldar, e sustentar até que tenha resistência suficiente para se sustentar por si só. As fôrmas podem ser reutilizadas em outras obras, dependendo do seu estado, quando não atendem ao seu trabalho,são descartadas juntamente com o resíduo de construção civil, que será destinado a um depósito de resíduos. 38 2.4.1.3 Armaduras As armaduras exercem um papel importante na estrutura de concreto armado, elas resistem as tensões de tração e cisalhamento que a estrutura e submetida. As fôrmas seguem um conjunto de processos que será demostrado na figura 17: Figura 17- Fluxograma de processo das fôrmas Fonte: Autor (2020) 2.4.1.4 Blocos cerâmicos São fabricados com uma combinação de argilas, que são extraídas de jazidas. Depois, elas passam por um processo de cura ou sazonamento, onde são dispostas em camadas intercaladas de argila e silte (reduz o poder de retração da massa). Após a cura, é realizada a mistura da argila curada com o cascalho moído, logo depois a mistura é colocada nas fôrmas e depois em estufas ou secadores para retirada da umidade e por fim são postas em fornos a temperatura média de 950°C para enrijecer a massa. 2.4.2 Etapas Suas etapas são semelhantes com as LSF, o que se pode dizer e que os demais sistemas utilizaram as etapas deste sistema para satisfazer as dos seus projetos. 2.4.2.1 Serviços Preliminares 39 Consiste nos serviços básicos para execução de uma obra. Estão inclusos nesta etapa serviços como limpeza de terreno, ligações provisórias, barracão de obras, vestiários, tapumes, refeitórios, almoxarife, banheiros e as áreas de trabalho. E garantir espaço para a implantação do deposito de matérias, almoxarifado e deposito de equipamentos. 2.4.2.2 Equipe A equipe e de caráter variante, estão presentes técnicos da área como engenheiros, arquitetos, mestre de obras e a parte com a mão de obra menos qualificada como os pedreiros, ajudantes e pintores. Nesse sistema a quantidade de mão de obra pode ser bem maior a de LSF, mas por sua maior parte ser composta de mão de obra não qualificada, acaba por se pagar menos a estes empregados. 2.4.2.3 Equipamentos Assim como no Item 2.3.1.3 esta etapa refere-se ao aluguel ou aquisição de equipamentos, devendo ficar atento aos equipamentos que estão inclusos dentro das composições de serviços. 2.4.2.4 Movimento de Terra Como já mencionado anteriormente no Item 2.3.1.4 estão inclusos todos os serviços, que consistem em movimento terra, aterro, compactação, sejam eles para a execução de instalações, fundações entre outros. Todos os movimentos de terra devem estar inclusos nesta etapa. 2.3.2.5 Fundação A fundação no sistema de construção convencional irá variar de acordo com o tipo de solo e o peso da estrutura. Por se tratar de carregamentos concentrados, pode se utilizar de sapatas, blocos, estacas, e até mesmo de radier. 40 2.4.2.6 Estrutura A estrutura é formada por lajes, vigas, pilares treliças e tesouras de telhado. Sua montagem depende geralmente do tempo de cura do concreto, deve-se respeitar cada etapa da estrutura, começando com a fundação e logo após o levantamento das paredes juntamente com os pilares, e após as vigas e a estrutura que recebera o telhado. Esta etapa fica nitidamente propícia a interferências climáticas, sendo assim podendo ocasionar atraso nos demais passos. 2.4.2.7 Paredes de blocos cerâmicos As paredes são compostas por blocos cerâmicos e argamassa para a ligação. Sua colocação deve ser precisa, respeitando o ângulo de 90°, e a colocação dos blocos devem seguir uma linha disposta como guia para o seu assentamento. 2.4.2.8 Laje A laje no sistema convencional de construção pode ser maciça ou vazada com formas. Ela deve ser de concreto armado, respeitando o limite de cada armadura disposta. Deve ser previamente calculo seus valores de carregamento para chegar a espessura da mesma. Sua concretagem deve ser feita sem vazios, e após a cura do concreto ser impermeabilizada se for usar como cobertura ou protegida durante a construção do pavimento superior. 2.4.2.9 Treliças e Tesouras do Telhado Seu material pode ser madeira ou até mesmo a utilização de estrutura metálica. E feita na maioria das obras com uso da madeira, sua quantificação deve ser feita pela metragem cubica da madeira ou quilograma do aço. 2.4.2.10 Terças e caibros 41 Os terços e caibros iram depender do tipo de telhado que vai empregado, respeitando o caimento de encaixe de cada um. Dependendo do telhado será usado ou não os caibros. Sua quantificação também é igual à do Item 2.4.1.9 2.4.2.11 Fechamento de Paredes O seu fechamento depende unicamente dos tijolos cerâmicos, tanto interno quanto externo. Só após a realização dos fechamentos que se poderá passar as tubulações e eletredutos. Que dependera da quebra de certas regiões na parede. 2.4.2.12 Cobertura Nessa etapa não se tem restrições ao tipo de cobertura para o telhado, podendo ser aço galvanizado, telha de fibrocimento e a de barro entre outros modelos. 2.4.2.12 Instalações Elétricas Se processo é mais vagarosa, pois depende das demolições e recomposições de parede. Após a demolição se faz a passagem dos eletrodutos e o cobrimento com argamassa. E só depois de concluir essa etapa que se faz a passagem da fiação. 2.4.2.13 Instalações Sanitárias Refere-se a todos os serviços de esgoto, incluindo caixa de passagens entre outros. Deve-se considerar todos os tubos e conexões de projeto. 2.4.2.14 Instalações Hidráulicas As instalações hidráulicas seu processo e similar ao das instalações elétricas. Que só após a demolição que se passa as tubulações. 2.4.2.15 Acabamento 42 O sistema LSF utiliza o mesmo método de acabamento o sistema convencional de construção, podem ser citados a seguir: • Esquadrias; • Revestimento de Piso; • Revestimento de Paredes; • Revestimento de Forro; • Louças e Metais; • Pintura; • Limpeza. 2.3.1.16 Planejamento O planejamento nesse tipo de obra deve ser feito rígido e com folgas para eventuais problemas, como chuva, atraso de materiais e possível improdutividade dos funcionários. E geralmente realizado metas a se cumprir, pois se trata de uma obra longa, que demanda um grande tempo de execução e demanda muitos recursos. 43 3. METODOLOGIA A pesquisa se classifica em exploratória e descritiva devido ao interesse investigativo profundo na literatura de sistemas construtivos sustentáveis (light steel framing). Sua base será livros, sites, artigos para a complementação da ideia central. A forma de abordagem qualitativa tem como foco a interpretação do pesquisador. Trata-se inegavelmente de uma pesquisa mais aceitável, sua forma de abordagem reveste-se de particular importância o uso de métricas estatísticas como instrumento de medida. A pesquisa tem a abordagem qualitativa a interpretação de dados gráficos que serão estudados. O método de análise escolhido foi o hipotético-dedutivo devido a pesquisa girar em torno de uma hipótese e problema conforme já mencionado. 44 4. COMPARAÇÃO ENTE OS SISTEMAS CONVENCIONAL DE CONSTRUÇÃO E LIGHT STEEL FRAMING O método comparativo se valera de quatro parâmetros para a análise, sendo os dois primeiros uma análise quantitativa dos valores, o segundo uma análise temporal e o último uma análise qualitativa em relação ao meio ambiente entre os sistemas. Entre as análises do espectro quantitativo será a primeira à observação dos valores entre os orçamentos da estrutura, pois as demais instalações são muito semelhantes, e o segundo os valores gerados pela mão de obra dos sistemas. No que tange a analise temporal, será observada o seu tempo de duração e eventuais atrasos. E por fim uma análise no contexto ambiental, de que forma esses sistemas afetam ao meio ambiente. 4.1 ORÇAMENTO DOS SISTEMAS O orçamento será elaborado a partir de uma planta baixa de uma residênciatérrea, que tem por características: 2 quartos, sala/cozinha, área de serviço e banheiro. 45 Como o foco será a análise dos sistemas e não de seus demais aparelhos, foi realizado o orçamento da estrutura, no caso do sistema convencional se utilizou a estrutura de concreto armado, com o concreto estrutural de 25fck. Os valores utilizados como referência são os da tabela SINAPI. Foram postos 11 pilares de 15x25cm, com 3 metros de altura, e 69 metros linear de vigas de 15x40. O concreto a ser utilizado e o C25, com o ferro das armaduras de o CA-50. Para o sistema de LSF foram usados os perfis 240 montantes do tipo Ue, de 90x40x12x0,95mm de 3 metros cada. E para as guias posicionados horizontalmente na base e no topo dos painéis, foram 36 perfis do tipo U simples de 92x40x12,5x0,95mm de 6 m. 46 Tabela 1: Orçamento da estrutura do sistema convencional ESTRUTURA COD. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS UNID. QUANT. PR. UNIT. (R$) VALOR (R$) 94964 Concreto 25 FCK M³ 4 382,6 1.652,8 43055 Aço CA-12,5 mm ou 16 mm vergalhão Kg 126 5,49 691,74 92409 Montagem e desmontagem de fôrma de pilares retangulares e estruturas M² 18,9 127,84 2.416,176 87495 Alvenaria de vedação de blocos cerâmicos furados na horizontal de 9x19x19 M² 235,5 65,82 15500,61 87900 Chapisco aplicado em alvenaria M² 471 5,43 2.557,53 87548 Massa única para recebimento de pintura em argamassa traço 1:2:3 M² 471 22,58 10.635,18 Total: 33.454,1 Fonte: Autor (2020) No orçamento para o sistema light steel framing, se fez o levantamento de preços por propostas de lojas. Tabela 2: Orçamento da estrutura do sistema Light Steel Framing ESTRUTURA DESCROÇÃO DOS SERVIÇOS UNID. QUANT. PR. UNIT. (R$) VALOR (R$) Guia tipo U de 92mm, 6 metros PC 36 79,9 2.876,4 Montante tipo Eu de 90mm, 3 metros PC 240 43,7 10.488,0 Banda acústica rolo de 25mx90m Rolo 3 98,15 294,45 Chapa OSB para fechamento externo 1200x2400 mm Unid. 46 70,0 3.220,0 Chapa cimenticia fechamento externo 1200x2400 mm Unid. 46 120,0 5.520,0 Chapa de gesso acartonada para fechamento interno 1200x2400mm Unid. 83 39,9 3.311,7 Lã de vidro 1,2x12,5mx50mm Unid. 10 110,0 1.100,0 Membrana tyvek 0,91x30,5m Rolo 9 240,0 2.160,0 Total: 28.970,55 Fonte: Autor (2020) A variação de preços entre esses modelos são respectivamente 33.454,1 R$ para o sistema convencional e 28.970,55 R$ para o light steel framing. Entre o contraste pode-se notar, baseado nos trabalhos e artigos consultados, que há 47 uma considerável redução no valor precificado em comparação ao uso de LSF. Em percentual, a construção sob o sistema convencional apresenta um custo 14% mais cara que a sob uso de LSF. 4.2 PRODUTIVIDADE E MÃO DE OBRA A produtividade foi medida seguindo a tabela Domarascki e Fagiani de produtividade. Alterando apenas a quantidade de total de horas, resultando em um total de horas que será dividido pela a área da casa em m², que resultara em uma produtividade em m². Tabela 3: Produtividade de montagem do sistema convencional PRODUTIVIDADE CONVENCIONAL DERCRIÇÃO PROD. M² QUANT. M² TOTAL (HORAS) Montar armadura (metro corrido) 0,4 132,0 52,8 Forma montagem e desmontagem 0,042 127,84 5,369 Fechamento com bloco cerâmico 2,1 235,5 494,55 Chapisco 0,5 471 235,5 reboco 1,7 471 805,41 Total de horas 1.593,629 Área da casa m² 110,0 Produtividade m² 14,487 Fonte: Autor (2020) 48 Tabela 4: Produtividade de montagem do sistema LSF PRODUTIVIDADE LSF DESCRIÇÃO PROD. M² QUANT. M² TOTAL (HORAS) Montar painéis 0,25 187,5 46,875 Fechamento externo com placa cimenticia 0,22 132 29,04 Fechamento externo com OSB 0,22 132 29,04 Fechamento interno com gesso acartunado 0,22 75 16,5 Isolar com lã de vidro 0,06 75 4,5 Instalar membrana hidrofuga 0,06 132 7,92 Total de horas 133,875 Área as casa m² 110 Produtividade m² 1,217 Fonte: Autor (2020) Tabela 5: Quantidade de dias para a conclusão dos dois sistemas HORAS PESSOAS DERCRIÇÃO QUANT. HORAS/DIA HORAS/ PESSOAS/ DIAS Pessoas 3 8,8 26,4 TOTAL DE DIAS PARA A CONCLUSÃO SISTEMAS HORAS NECESS ARIAS PESSOAS/ DIAS QUANT.DIAS LSF 133,875 26,4 5,1 Convencional 1.593,63 26,4 60,36 Fonte: Autor (2020) Nas tabelas 3 e 4 demostrou a produtividade da mão de obra dos sistemas, e pode-se notar que o resultado na tabela 4 e expressivo em relação ao resultado mostrado na tabela 3. Com o resultado das duas tabelas, já era possível apontar o resultado final da quantidade de dias para a conclusão dos dois sistemas. Na tabela 5, demostra o resultado final de cada sistema. Nesta tabela adotou-se o mesmo número de funcionários para os dois sistemas, sendo que eles podem ser especialistas, pedreiros e ajudantes. 49 Nota-se que o sistema convencional de construção precisara de um maior número de dias para a finalização da construção da estrutura sendo estimado em cerca de 95% maior que o outro sistema, o sistema LSF por sua vez mostra um sistema eficaz e ágil em relação a duração do serviço. 4.3 GERAÇÃO DE RESIDUOS A geração de resíduos sólidos gerados pela construção civil, tem se tornado um grande problema para indústria. Além do que muitos desses resíduos não são destinados a locais especializados para o tratamento do mesmo, gerando um dano irreversível ao meio ambiente. Por se preocupar com o meio para as futuras gerações, há um debate nacional da destinação e manejo que se tornou uma prioridade, pois cerca de 51% a 70% dos resíduos coletados nas áreas urbanas são provenientes da construção civil. Pelo Brasil ter uma grande demanda de moradias, faz com se torne um grande gerador de resíduos de construção civil (RCC), mas mediante a tanto desperdício de material, está sendo realizado investimentos em novos sistemas de construção e técnicas de manejo e novos estudos voltados a pesquisa do reuso desses materiais. Pensando nesse problema, e preciso optar por sistema de construção que não se tenha tanto desperdício, que se vala de um uso mais racional dos recursos ambientais. O sistema convencional de construção gera resíduos desde o início da obra, através de perda de tijolos, a quebra do mesmo, resto de madeira entre outros. O LSF por ser um sistema de fácil controle de qualidade, tem sido um dos menores geradores de RCC em comparação aos outros sistemas, gerando menos de 12% de RCC, pois o material que seria descartado pode ser incorporado a obras futuras. O sistema convencional por sua vez e um maior consumidor de recursos como o que mais gera desperdícios de materiais, chegando a 24% do material utilizado na obra. 50 CONCLUSÃO É pelas constantes evoluções tecnológicas abruptas que são típicas a sociedade humana desde do seu primitivo laço a um espaço que concebe por abrigo/moradia, que se espera suscitavas e efetivas adaptações as técnicas e os modelos para as mais variadas construções a fim de que atendam aos desafios e demandas humanas que se apresentam em diferentes épocas. É no afã desse proposito que a presente análise se debruçou sobre a comparação entre dois modelos distintos, o sistema convencional, tradicionalmente usado pelo setor, e o sistema Light Steel Framing que se apresenta como uma alternativa. Então o trabalho versou a amplitude dessa nova proposta e suas características. Para tanto, foi possível notar uma discrepância nos valores resultantes dos sistemas, o sistema LSF mostrou eficiência superior ao sistema convencional em todos os itens analisados. Percebeu-se inicialmente entre as obras da pesquisa para o escopo da análise que se mostraram contrarias ao sistema LSF no orçamento da estrutura, porem os demais orçamentos se mostraram favoráveis. Mediante o resultado encontrado foi possível constatar a viabilidade do sistema LSF, e tambémincógnitas que podem ser facilmente respondidas, sendo uma delas o porquê de sua aplicabilidade não ser tão corriqueira no mercado da construção civil, uma vez que seus resultados são amplamente positivos, e que tende a baratear mais ainda as futuras construções. A resposta tange diretamente a cultura regional, onde o uso frequente e corriqueiro do sistema tradicional está enraizado no preceito de que esse sistema seria entre todos, mais durável. Pelo sistema de LSF ser um sistema de montagem a seco, muitos construtores descredibilizam-o, por acharem o sistema fraco aos agentes que atuam na construção. Portanto, para que ocorra uma mudança necessária e efetiva faz-se necessário uma maior divulgação dos benefícios da construção a seco, pois foi possível notar sua credibilidade correlação ao sistema que vigora atualmente. 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BRUDTLAND, Gro. 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