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exercicios exigir contas

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ALUNO: ALEX ALBERTO MÜLLER
1) Quem tem legitimidade ativa e passiva na ação de exigir contas? Fundamente.
Legitimidade será todo aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas. Assim, tão somente o credor de contas poderá utilizar-se do rito especial para exigir sua prestação.
Só pode partir da iniciativa de quem tem o direito de exigi-las. No entanto, na composição das verbas reunidas nas contas discutidas em juízo a iniciativa é bilateral. Ambas as partes podem reclamar inserção e exclusão de parcelas e podem pretender alterações quantitativas. Por isso, que se trata de ação dúplice, já que qualquer dos sujeitos da relação litigiosa pode ocupar indistintamente a posição ativa ou passiva da relação processual.
2) A Ação de exigir contas é considerado com procedimento bifásico. Porque?
Durante o desenvolvimento do processo,tanto o autor como o réu podem formular pedidos no tocante às verbas e respectivos montantes, sem depender de reconvenção. É nesse sentido quês e pode considerar dúplice a ação de prestação de contas, seja ela intentada para apresentar ou exigir as contas. Na ação simples, as posições das partes são completamente distintas: só o autor formula pedido e o réu apenas resiste, passivamente,ao pedido do autor. Nas dúplices, como as de prestação de contas, a formulação de pedidos é comum ao auto e ao réu. Daí afirmar-se que não há distinção entre as posições processuais dos litigantes em tais ações. Ambos atuam, a todo tempo, como autores e réus.
3) No procedimento da Ação de exigir contas, uma vez citado o réu, esse pode 
adotar três comportamentos. Quais são eles? Explique e fundamente.
Após a sua citação, o réu poderá:
a) Apresentação das contas
 Se o réu atende à citação mediante exibição das contas reclamadas pelo autor,opera-se o reconhecimento do pedido, provocando o desaparecimento da lide quanto à questão que deveria ser solucionada na primeira fase do procedimento. Queima-se uma etapa procedimental passando-se,sem sentença, aos atos próprios da segunda fase, ou seja, aos pertinentes ao exame das conta se determinação do saldo.
b) Apresentação das contas e contestação :
A Lei faz sugerir que o réu deva sempre optar entre contestar ou apresentar as contas.
Prestando-as em juízo, lícito será a o réu contestara ação para demonstrar a injustiçada atitude do autor na recusa pré-processual das parcelas elaboradas e, em consequência, pleitear a aprovação de suas contas e a sujeição do demandante aos encargos da sucumbência, 43 o que será possível independentemente de reconvenção ,já que a ação tem o caráter dúplice por sua própria natureza.
c) Revelia
Da ausência de contestação e de apresentação de contas pelo réu decorre, para o juiz,a possibilidade de julgamento antecipado da lide,independentemente de provados fatos alegados pelo autor,que,in casu,se presumem verdadeiros (arts.355 e 550,§4º).
A decisão da primeira fase será, então, para impor ao réu revel a condenação de prestaras contas reclamadas na inicial,no prazo de quinze dias, sob pena de autorizar-se o próprio autora elaborá-las,sem que o condenado as possa impugnar(art.550,§5º,in fine).Trata-se de decisão interlocutória e,não, de sentença, embora o conteúdo seja de mérito(reconhecimento do dever de prestar contas).
A revelia,no entanto,nem sempre obriga à sentença de acolhida do pedido, pois seus efeitos em alguns caso sacham-se excluídos pela propria Lei (art. 345,44 II e III)e nunca importam suprimento dos pressupostos processuais e condições da ação(art.485,45 IV e VI).Quer isto dizer que,mesmo não se defendendo o réu,o juiz pode extinguir o processo sem apreciação do mérito,se ausentes pressupostos processuais ou condições da ação.Pode até mesmo julgar improcedente o pedidos e os fundamentos da inicial e os elementos trazidos aos autos por ela não evidenciar em a existência da pretensão substancial às contas exigidas do demandado.

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