Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Instituições Judiciárias e Ética Conteúdo Programático: Ética e Direito. Direito e Justiça: antagonismo; parceria. Justiça respalda uma ordem positiva. Quando o direito está escrito em legislação (justificado) diz-se que ele está positivado. “Código de Ética da OAB” PODERES: - EXECUTIVO - LEGISLATIVO - JUDICIÁRIO: Justiça comum: Estadual: competência residual. Critérios da subdivisão estadual: “Comarcas”: território onde o juiz irá exercer sua jurisdição. 1 ou mais municípios. 1. N° de habitantes. 2. N° de eleitores. 3. Movimento forense. 4. Extensão territorial. Comarca -> distrital São Paulo: 320 comarcas. 800 prédios. 43.000 funcionários. Colégio recursal em cada comarca. 56 Circunscrições judiciais divididas em 10 Regiões. Comarcas são classificadas em “Entrâncias”. Lei Complementar Estadual 980/2005 Entrâncias (administrativo): importância hierárquica da comarca na magistratura. Inicial Intermediária Final Instâncias (judicial): grau de jurisdição. 1° Instância: Juiz de Direito de qualquer Comarca. 2° Instância: Desembargadores do TJ. Só cabe recurso ao STJ e STF se houver afronta à Lei ou à CF/88. Fórum: espaço físico onde funciona o poder judiciário. Foro: divisão territorial onde os juízes exercem a jurisdição. “Forum”. Lat.: praça pública. Federal: Justiça especial: Trabalho (Varas; TRT; TST) 2 Eleitoral (Varas; TRE; TSE) Militar (Varas; TM) Funções Essenciais da Justiça, CAPÍTULO IV, CF/88: - Ministério Público (seção I, arts. 128 a 130a.) - Da Advocacia Pública (seção II, arts. 131 e 132) - Defensoria Pública (seção III, arts. 134 e 135) - Advocacia (art. 133) Código de Ética da OAB: - Moral: Relativo aos costumes. Conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano e, ainda orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade. - Ética: Atitude do Homem perante a sociedade e significa aquilo que pertence ao caráter. A ética determina o agir social, descreve como o homem deve se comportar. Inserido na norma ética, religiosa, moral, trato social e jurídica. No exercício de determinadas profissões, temos também o código de ética, que orienta o profissional no exercício da sua profissão, bem como o trato com o cliente sob pena de sanção, ou seja, penalidades aplicadas quando não observado, ou descumprido, o disposto no código de ética. - Deontologia: conjunto de deveres ligados ao exercício de uma profissão (regra, dever, obrigação). Parte da filosofia que estuda o comportamento do ser. - Direito: conjunto de regras que visa organizar a vida do homem em sociedade. Tribunal de Justiça Tribunal Pleno: representam os 360 desembargadores do Estado de SP. - Órgão Especial: 25 Desembargadores 12 mais antigos: obrigatório 12 eleitos: não obrigatório 1 Presidente - Mandato: 2 anos, podendo ser reeleito por mais 2 = 4 anos. - Tripartição de Poderes: Legislativo Judiciário Executivo Aristóteles, “Política” Barão de Montesquieu ou Charles Louis Secondant. 1748, “O Espírito das Leis” Montesquieu conceitua a tripartição dos poderes. 3 “Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais ou dos nobres, ou do povo, exercessem esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas, e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. ” Regimento Interno do Tribunal de Justiça: - T.J.: 1. Função Jurisdicional: principal. Solucionar lide (conflito). Função de dizer o Direito, prestar tutela jurisdicional (proteção do direito da parte). 2. Função Administrativa: Regra que rege o andamento dentro do Tribunal (Regimento Interno do T.J.) 3. Função Secundária: Audiências de Conciliação; Audiências de Mediação. Comarca: corresponde ao território em que o juiz de primeiro grau irá exercer sua jurisdição e pode abranger um ou mais municípios, dependendo do número de habitantes e de eleitores, do movimento forense e da extensão territorial dos municípios do estado, entre outros aspectos. Entrância: é critério de classificação das comarcas. As comarcas, que podem apresentar uma ou mais varas, podem ser classificadas, no estado de SP, como de entrância inicial, intermediária e final. A comarca de entrância inicial é aquela de menor porte, que pode ter apenas uma vara instalada. Já a comarca de entrância intermediária seria de tamanho intermediário, enquanto a comarca de entrância final seria aquela que possui diversas varas, geralmente especializadas, atendendo a uma população igual ou superior a 130 mil habitantes. Não há, no entanto, hierarquia entre as entrâncias. Instância: corresponde ao grau de jurisdição. Os juízes de órgãos de primeira instância são os que primeiro estabelecem contato com as partes, geralmente nas varas e juizados. É direito da parte discordar da sentença recebida em 1ª instância e recorrer à 2ª instância, ou 2° grau de jurisdição, onde seu processo será analisado em geral por desembargadores. 360 desembargadores 3 seções: 1. Criminal: 16 câmaras, cada câmara composta por 5 desembargadores. 80 desembargadores. Sorteio: sorteado + 2 por antiguidade 2. Privado: 38 câmaras. 190 desembargadores Direito privado I: 10 câmaras. Propriedade, família, sucessões. Direito privado II: 16 câmaras. Execuções, integrações de posse. Direito privado III: 12 câmaras. Cobrança de condomínio, trânsito. 3. Público: 18 câmaras, cada câmara composta por 5 desembargadores. 90 desembargadores. Processo: *Lide: Conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. 4 Conflito de interesses ocorre quando uma pessoa, pretendendo para si determinado bem, não pode obtê-lo ou porquê aquele que poderia satisfazer a pretensão reclamada não o faz, ou porquê o próprio direito proíbe a satisfação voluntária da pretensão. Código Civil, art.1210, “caput”. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. §1º. O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. Pretensão é a exigência de subordinação do interesse alheio ao interesse próprio. Resistência é a não subordinação do interesse próprio ao interesse alheio, gerando o conflito de interesses. Lide = Litígio judicial. *Princípio da Inércia Oficial: Art. 2º, CPC: O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. *Princípio da Disponibilidade do Exercício do Direito: é configurado pela possibilidade de apresentar ou não sua pretensão em juízo, bem como de apresenta-la da maneira que lhe aprouver de renunciar a ela quando possível, ou desistir da ação ou de certas situações processuais. Art. 5°, II, CF/88: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (EC no 45/2004) *II - Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; *Princípio da motivação das decisões judiciais: todas as decisões devem ser motivadas, fundamentadas; sob pena de nulidade. *Princípio da publicidade dos atos judiciais: os atos são públicos, deve-se justificar e fundamentar os casos em que tramitarão em segredo de justiça. Legislação Direito Material "o quê?" (Cód. Civil) Processual "como?" (Cód. Processo Civil) 5 *Art. 93, IX, CF/88: Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sobpena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; *Princípio da lealdade processual: Art. 6º e 5º do CPC: *Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. *Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. A boa-fé é presumida. * *IMPORTANTE 6 Litigância de má-fé Art. 79 ao 81 do CPC. Art. 79 Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente. Art. 80 Considera-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidente manifestamente infundado; VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. § 1.º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. § 2.º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário mínimo. § 3.º O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. Art. 96. O valor das sanções impostas ao litigante de má-fé reverterá em benefício da parte contrária, e o valor das sanções impostas aos serventuários pertencerá ao Estado ou à União. Multa: >1% <10% 2 a 9% valor corrigido da causa. E indenizações. Ato Atentatório à dignidade da Justiça: Art. 77 do CPC. Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito; IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva; VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. 7 § 1.º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2.º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. § 3.º Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2º será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. § 4.º A multa estabelecida no § 2º poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1º, e 536, § 1º. § 5.º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2º poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário mínimo. § 6.º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará. § 7.º Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2º. § 8.º O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar. Art. 772 do CPC: Art. 772. O juiz pode, em qualquer momento do processo: I - ordenar o comparecimento das partes; II - advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça; III - determinar que sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em geral relacionadas ao objeto da execução, tais como documentos e dados que tenham em seu poder, assinando-lhes prazo razoável. Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que: I - frauda a execução; II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus. Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material. Art. 918. O juiz rejeitará liminarmente os embargos: I - quando intempestivos; II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido; III - manifestamente protelatórios. Parágrafo único. Considera-se conduta atentatória à dignidade da justiça o oferecimento de embargos manifestamente protelatórios. 8 Art. 903. Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado ou a ação autônoma de que trata o § 4.º deste artigo, assegurada a possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos. § 6.º Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça a suscitação infundada de vício com o objetivo de ensejar a desistência do arrematante, devendo o suscitante ser condenado, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos, ao pagamento de multa, a ser fixada pelo juiz e devida ao exequente, em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do bem. Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. § 8.º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. PGE: Procuradoria Geral do Estado Art. 134. A Defensoria Públicaé instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. (EC no 45/2004, EC no 74/2013 e EC no 80/2014) Assistência Jurídica: art.134 CF/88 - Orientação Jurídica - Direitos Humanos - Defesa Judicial e Extrajudicial *Aos necessitados* Lei complementar nº80/1994 Defensoria Pública Hora certa = oficial de justiça marca data e horário e ‘presume-se’ que o réu tem conhecimento da citação. Edital = publica-se a citação do réu em edital por via da internet e jornais de grande circulação. Defensoria Pública da União: www.dpu.def.br Defensoria Pública do Estado de São Paulo: www.defensoria.sp.def.br Lei Complementar Estadual nº 988 de 09/01/2006 719 defensores públicos no Estado de SP Estatuto da OAB: Lei Federal 8.906/1994 Honorários advocatícios: - Convencionados http://www.dpu.def.br/ http://www.defensoria.sp.def.br/ 9 - Fixados por arbitramento judicial - Sucumbência CPC: Honorários de sucumbência Mesmo que a parte for beneficiária da gratuidade, o juiz deve condenar a pagar as custas e despesas honorárias. A parte contrária tem até 5 anos para cobrar as custas. A partir do Art. 82: Despesas, Honorários Advocatícios, Multas: Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando- lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título. Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. § 1.º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente. § 2.º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - O grau de zelo do profissional; II - O lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - O trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. § 8.º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2.º. § 3.º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2.º e os seguintes percentuais: I - Mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários mínimos; II - Mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários mínimos até 2.000 (dois mil) salários Mínimos; III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários mínimos até 20.000 (vinte mil) salários mínimos; IV - Mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários mínimos até 100.000 (cem mil) salários mínimos; V - Mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários mínimos. § 5.º Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda Pública ou o benefício econômico obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3.º, a fixação do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa subsequente, e assim sucessivamente. CPC: 10 Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. § 4.º Em qualquer das hipóteses do § 3.º: I - os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo, quando for líquida a sentença; II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos nos incisos I a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado; III - não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito econômico obtido, a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor atualizado da causa; IV - será considerado o salário mínimo vigente quando prolatada sentença líquida ou o que estiver em vigor na data da decisão de liquidação. § 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2.º a 6.º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2.º e 3.º para a fase de conhecimento. § 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial. Art. 92. Quando, a requerimento do réu, o juiz proferir sentença sem resolver o mérito, o autor não poderá propor novamente a ação sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários a que foi condenado. Lei Federal 1060/1950 CPC, 1072. Revoga alguns artigos do antigo código de processo civil. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1.º A gratuidade da justiça compreende: I - as taxas ou as custas judiciais; II - os selos postais; III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios; IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse; V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira; VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução; VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido. § 4.º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas. 11 Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. Justiça Federal: CF/88: Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: I – Os Tribunais Regionais Federais; II – Os Juízes Federais. Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: (EC no 45/2004) I – Um quinto dentre advogados com mais dedez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira; (“quinto constitucional”) II – Os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antiguidade e merecimento, alternadamente. Tribunais Regionais Federais: 2 tipos de competências: - Originária: é aquela cuja matéria é indagada diretamente no tribunal. Para isso é necessária previsão expressa na CF/88, art. 108. Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I – Processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região; c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal; e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; - Ação rescisória: para desconstituir uma sentença. - Mandado de segurança: remédio constitucional utilizado quando se tem o direito líquido e certo atentado. - Habeas Data: assegura a liberdade de informação e acesso a determinados dados. - Recurso: Art. 108, inc. II II – Julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição. Quando se divide competências se deve utilizar o critério residual. Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: (EC no 45/2004) 12 I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II – as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III – as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional; IV – os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V – os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; V-A – as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5o deste artigo; § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. VI – os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; VII – os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; VIII – os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; IX – os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar; X – os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização; XI – a disputa sobre direitos indígenas. www.jfsp.jus.br Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei. Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei. Ministério Público Brasileiro: - Ministério Público da União: Ministério Público Federal (MPF): www.mpf.mp.br O MPF atua na Justiça Federal, em causas nas quais a CF/88 considera haver interesse federal. A ação pode ser judicial como fiscal da lei, cível e criminal, mas http://www.jfsp.jus.br/ http://www.mpf.mp.br/ 13 também pode ser extrajudicial, quando atua por meio de recomendações e promove acordos por meio dos termos de ajuste de conduta (TAC) Ministério Público Militar (MPM): O MPM atua na apuração dos crimes militares, no controle externo da atividade policial judiciária militar e na instauração do inquérito civil também para a proteção dos direitos constitucionais no âmbito na administração militar. Ministério Público do Trabalho (MPT): O MPT busca dar proteção aos direitos fundamentais e sociais do cidadão diante de ilegalidades praticadas na seara trabalhista. Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT): O MPDFT é o ramo do Ministério Público da União responsável por fiscalizar as leis e defender os interesses da sociedade do DF e dos territórios. O Ministério Público tem autonomia na estrutura do Estado. Não pode ser extinto ou ter suas atribuições repassadas à outra instituição. Os membros possuem as chamadas autonomia institucional em dependência funcional, ou seja, têm liberdade para atuar segundo suas convicções com base na lei. Procurador Geral da República (P.G.R.): chefe do MP, abrange também a justiça eleitoral. É escolhido pelo Presidente da república e deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado federal. Corregedoria do MPF: faz a correição (fiscalização) as atividades funcionais e a conduta dos membros do MPF. Ouvidoria: órgão responsável por receber sugestões, críticas, reclamações, representações e elogios dos servidores do MP. - Ministério Público dos Estados: - Ministério Público de São Paulo: Ministério Público Estadual (MPE) Procuradorias: Matérias - Cível - Criminal - HC - Interesses Difusos - Recursos Extraordinários - Câmara Especial: algumas situações de menores envolvidos em processos. Grupos de Atuação Especial: GAECO: Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. Criado em 1995. Função: prevenção e repreensão das atividades de organizações criminosas. GECEP: Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial 14 GAEMA: Grupo de Atuação Especial em Defesa do Meio Ambiente GEDEC: Grupo Especial para Repressão de Delitos da Ordem Econômica GEDUC: Grupo Especial de Atuação de Educação GECAP: Grupo especial em combate aos crimes ambientais e aos crimes de parcelamento irregular do solo
Compartilhar