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Urgências e Emergências em trauma - Avaliação inicial ao politraumatizado Enfª Camila Cristina Abreu Enfª Natália Patacho Cafarelli Objetivos da aula Identificar a importância do atendimento inicial à vitima politraumatizada e sua avaliação inicial Entender a epidemiologia do trauma e o seu agravo a saúde pública Estabelecer as prioridades da Avaliação primária e sua ordem de importância Identificar e estabelecer elementos da avaliação secundária Introdução A palavra trauma significa “ferida”. É um termo que se refere a alterações decorrentes de várias formas de energia (térmica, mecânica, elétrica) no âmbito estrutural e fisiológico do organismo. Pode ser consequência de causas: - Intencionais (guerras, suicídios, homicídios e violências) - Não intencionais (quedas, afogamentos, acidentes por veículos automotores, queimaduras, envenenamentos) - Acidentais (raios, terremotos, tsunamis, vendavais) Gera sequelas variáveis e relacionados a diferentes fatores intrínsecos ou extrínsecos ao organismo acometido Epidemiologia Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que até 2020 o trauma decorrente de acidentes por veículos automotores será a segunda causa externa de mortalidade no mundo No Brasil, o trauma corresponde à terceira causa de morte geral, atrás apenas das doenças do aparelho circulatório e neoplasias A principal causa dos traumas está diretamente ligada aos acidentes de trânsito, envolvendo carros, motocicletas, condutores e pedestres. Primeira causa de morte no mundo entre pessoas na faixa etária entre 15 e 29 anos Epidemiologia Com o aumento dos índices de motorização, a expectativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que haja um aumento no número de mortes, chegando a 1,9 milhão em 2020 e 2,4 milhões em 2030. O trauma é um problema de saúde pública de grande magnitude no Brasil, que tem provocado forte impacto na morbidade e na mortalidade da população, o que se reflete em questões sociais e econômicas da atualidade Redução dos casos Prevenção (Evitar que o trauma aconteça) Reduzir gravidade do trauma Equipamentos de segurança Atendimento Inicial A avaliação é fundamental para melhor tratamento da vítima. É a base para todas as decisões de atendimento e transporte Avaliação deve ser feita de forma rápida e precisa, entendendo que o traumatizado deve ser removido dentro de um ‘’período de ouro’’, nunca ultrapassando 1 hora. Tempo: desde o acionamento do serviço de atendimento pré-hospitalar (APH) até o tratamento definitivo Não permitir que doentes graves permaneçam na cena por um longo tempo maior que o necessário a fim de tratá-lo. O importante é estabilizá-lo para o transporte com rapidez e eficiência. Avaliação Inicial Preparação Triagem Avaliação Primária com reanimação simultânea Necessidade de transferência Avaliação Secundária e história Reavaliação e monitorização contínua Tratamento definitivo Preparação Ocorre em dois cenários clínicos diferentes: - Fase pré hospitalar - Fase hospitalar Pré Hospitalar O entrosamento da equipe pode agilizar de maneira significativa o tratamento no local do trauma. Realização de triagem adequada ( Suporte básico x avançado) Objetivo: Abreviar a permanência na cena Ênfase em: Manutenção da via aérea Controle da hemorragia externa e do choque Imobilização do doente Transporte imediato ao hospital apropriado mais próximo Equipe do hospital Resgate de informações (MIST) M = Mecanismo (e horário) do trauma I (injuries)= Lesões identificadas ou suspeitas S = Sintomas T = Tratamento iniciado Mecanismo do trauma - ‘’Prever lesões’’ Mecanismo do trauma Mecanismo do trauma Tipos de trauma Trauma Fechado Compressão súbita Dificuldade de identificar a extensão do dano Ex: Trauma abdominal fechado Compressão/ Esmagamento Cisalhamento Tipos de trauma Trauma penetrante Ferimentos por penetração de um objeto estranho FAF - Ferimento por arma de fogo. Extensão do dano depende da velocidade, calibre da arma, distância, fragmentação FAB - Ferimento por arma branca. Deve-se considerar o movimento da lâmina no corpo. Ferimento por arma de fogo - FAF Ferimento por arma branca - FAB Trauma Penetrante Fase hospitalar Planejamento antecipado à chegada do doente é essencial Área de reanimação e equipamentos necessários devem estar disponíveis para receber a vítima Equipamentos apropriados para abordagem de via aérea devem estar disponíveis, organizados e testados - Soluções cristalóides aquecidas - Equipamentos de monitorização Uso de EPIS (luvas, máscaras, proteção dos olhos, avental impermeável, perneiras) Triagem A triagem envolve a classificação dos doentes de acordo com o tipo de tratamento necessário e os recursos disponíveis . Tratamento prestado deve ser baseado nas prioridades ABC A: Via aérea e proteção de coluna cervical B: Ventilação C: Circulação com controle de hemorragia Dois tipos de situação de triagem: Múltiplas vítimas ou Vítimas em massa Triagem Múltiplas vítimas Número de doentes e a gravidade das lesões não excedem a capacidade de atendimento Doentes com risco de morte iminentes serão atendidos primeiro Vítimas em massa Número de doentes excedem a capacidade de atendimento Doentes com maiores possibilidades de sobrevida serão atendidos primeiro Estudo de caso Você faz parte da equipe de enfermagem de um Pronto-Socorro de um hospital especializado e recebe um paciente vítima de acidente automobilístico. Segundos dados do pré-hospitalar, o veículo colidiu com um poste na rua. A vítima, 38 anos, sexo masculino foi encontrada dentro do veículo, desacordado. Ao receber o paciente você observa que ele apresenta sangramento intenso em couro cabeludo, MIE com desalinhamento e pelve instável. Há secreção em cavidade oral e lesão de meato uretral. Pele está fria, pegajosa e tempo de enchimento capilar está >3s. SSVV: PA: 80X50mmHG, FR: 30ipm; FC: 149bpm. Qual é a prioridade de atendimento da vítima? Avaliação Primária - Prioridade de tratamento X - Controle de sangramento externo grave Contenção de hemorragia grave. Deve ser imediatamente identificada e gerenciada Se não houver controle o risco do paciente evoluir a óbito é ampliada Sangramento que envolve sangramento arterial de uma extremidade, podendo ocorrer no couro cabeludo ou na junção de uma extremidade com o tronco (sangramento juncional) Hemorragia deve ser controlada antes da avaliação da via aérea ( ou simultaneamente se houver assistência adequada na cena) Tipos de hemorragias Três tipos de hemorragias Capilar Venoso Arterial Tipos de hemorragias Arterial: Ocorre quando há perda de sangue de uma artéria. O sangue tem coloração vermelho vivo, derramado em jato de difícil controle. Venosa: Ocorre quando há perda de sangue pela veia. Sangramento tem coloração vermelho escuro, fluxo contínuo. Pode ser considerada grave se a veia comprometida for de grosso calibre Capilar: Sangramento que ocorre por um leito capilar. Flui de vasos pequenos da ferida. Possui coloração avermelhada, menos viva que a arterial e é facilmente controlada Controle da hemorragia externa Pressão direta Pontos de pressão Elevação de membro Torniquete Pressão direta Aplicar pressão local no ferimento com gaze ou compressa em cima da ferida. A pressão deve ser aplicada o mais precisamente e focalmente possível. A interrupção precoce da pressão direta com retirada das gazes removerá o coágulo recém formado, reiniciando a hemorragia É importante não trocar as gazes sujas de sangue. As gazes limpas devem ser sobrepostas as sujas até a resolução completa da hemorragia e na chegada ao hospital Pontos de pressão Aplicar pressão manual em um ponto arterial proximal à lesão. Os principais pontos são na artéria braquial e na femoral Técnica não tem respaldo de comprovação científica sobre seus benefíciosElevação de membro Elevar o membro de modo que o ferimento fique acima do nível do coração. Os efeitos da gravidade vão ajudar a diminuir a pressão do sangue, auxiliando no controle da hemorragia É controverso pois é prejudicial em casos de fraturas Essa técnica não deve ser empregada quando houver suspeita de fratura, entorse ou luxação. Torniquete Reconsideração dessa abordagem. Antes considerada última opção. Eficazes em casos de hemorragias graves e devem ser utilizados se o curativo de pressão não conseguir controlar o sangramento. Utilizar como primeira opção se equipe estiver reduzida Não se deve aplicar torniquetes sobre áreas de articulação (cotovelos e joelhos). A localização mais segura e efetiva para a colocação do torniquete é cerca de 5 cm acima do local da lesão. Torniquete A - Vias aéreas e controle da coluna cervical Deve-se primeiro procurar desobstruir boca e orofaringe com a estabilização da coluna cervical Atentar a presença de corpos estranhos (próteses dentárias, dentes soltos, sangue, vômito) Observação do paciente pode dar informações sobre a perviedade das vias aéreas. Principais causas de obstrução de vias aéreas: queda da língua, trauma direto, corpo estranho e edema de glote (queimadura ou tentativa de intubação sem sucesso) Incluir aspiração se necessário A - Vias aéreas e controle da coluna cervical Colocar equipamentos que impossibilitem a obstrução e que favoreçam a ventilação (cânula de guedel, máscara laríngea) Paciente fala -> pouco provável que tenha obstrução da via aérea, no entanto é necessário que a via aérea seja reavaliada frequentemente. Pacientes com trauma cranioencefálico grave e rebaixamento do nível de consciência exigem o estabelecimento de uma via aérea definitiva (intubação orotraqueal) A - Vias aéreas e controle da coluna cervical Manobras para estabelecer a permeabilidade das vias aéreas devem ser feitas com proteção cervical Manobras para abrir via aérea > Elevação do mento (chin lift) ou de tração da mandíbula (jaw thrust) A - Vias aéreas e controle da coluna cervical A - Vias aéreas e controle da coluna cervical A - Vias aéreas e controle da coluna cervical Proteção da coluna cervical é muito importante. Todo politraumatizado inconsciente é um potencial portador de lesão na medula Cabeça e pescoço não podem ser hiperestendidos, hiperfletidos ou rodados para estabelecer a via aérea Caso se faça necessário a retirada temporária do dispositivo de imobilização cervical, um dos membros da equipe de trauma deve encarregar-se de imobilizar manualmente a cabeça e o pescoço, mantendo-os alinhados. A - Vias aéreas e controle da coluna cervical Escolha do colar cervical: Escolher o tamanho identificando o tamanho através da distância entre a borda inferior do mento e a superior do ombro utilizando os dedos. A - Vias aéreas e controle da coluna cervical B - Ventilação e Respiração Garantir a troca adequada de gases Uma boa ventilação exige funcionamento adequado dos pulmões, parede torácica e do diafragma. Inicia-se com a inspeção do tórax, sua simetria, movimentação, frequência respiratória e presença de lesões. Segundo passo é a palpação do tórax para verificar presença de enfisema subcutâneo, crepitações em fraturas de arcos costais, escoriações, hematomas e outras lesões que dificultam movimento respiratório. Enfisema subcutâneo: acumulação de gases ou ar nos tecidos subcutâneos por baixo da pele. B - Ventilação e Respiração Percussão pode identificar anormalidades, mas no ambiente barulhento pode ser difícil ou levar a resultados não confiáveis. A ausculta deve ser realizada após, pois confirma o fluxo de ar nos pulmões, além de auxiliar no diagnóstico de lesões pleurais ou parenquimatosas. Importante avaliar oximetria de pulso que pode auxiliar na avaliação do grau de comprometimento da respiração e ventilação causado por um trauma no tórax Toda vítima deve receber O2 suplementar (máscara) - 10 a 15l/min B - Ventilação e Respiração Lesões que podem comprometer a ventilação de imediato: Pneumotórax hipertensivo ou aberto, hemotórax maciço e tórax instável. Atenção para possível tamponamento cardíaco Identificar e tratar rapidamente as lesões que comprometem a ventilação do paciente Todas essas ações têm como principal objetivo identificar as lesões que colocam o paciente em risco iminente de morte e devem ser tratadas na cena. C - Circulação com controle de hemorragia Controle da hemorragia é uma prioridade e um dos objetivos mais importantes no atendimento ao traumatizado grave. O exame primário não pode seguir se a hemorragia não estiver controlada Após atualização do XABCDE essa etapa refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma (pelve, abdomem e membros inferiores) Importante reconhecer sinais precoces de choque hipovolêmico (diminuição do volume sanguíneo circulante) C - Circulação com controle de hemorragia Sinais precoces de choque: rebaixamento do nível de consciência, cor e características da pele, pulso, taquicardia. Hipotensão: sinal tardio Nível de consciência: Perfusão cerebral prejudicada quando o volume sanguíneo está diminuído, resultando na alteração do nível de consciência. Cor e características da pele: Quando o sangue é desviado de alguma área, a pele torna-se pálida e até azulada. Locais que primeiro alteram sua cor por deficiência na circulação são: lábios, gengivas ou extremidades dos dedos Pele fria é sinal de hipoperfusão. Em casos de hemorragias os vasos sanguíneos superficiais estão contritos, impedindo que o calor do corpo circule na superfície corpórea C - Circulação com controle de hemorragia Cor e característica da pele A umidade aumentada da pele está associada a choque e perfusão diminuída. Tempo de enchimento capilar (TEC): Deve ser de 2 segundos, contudo sua avaliação isolada não significa deficiência circulatória. Deve ser sempre utilizada com outros indicadores. Pulso: Avaliar a presença, qualidade e regularidade. Essa verificação rápida mostrará se a vítima tem taquicardia, bradicardia ou ritmo regular. Ausência de pulso em determinados pontos pode indicar estado de choque avançado ou mesmo PCR C - Circulação com controle de hemorragia Pulso Pulso cheio, lento e regular: sinais de normovolemia Pulso rápido e filiforme: sinal de hipovolemia C - Circulação com controle de hemorragia Hemorragias Deve-se identificar a fonte de hemorragia externa ou interna A hemorragia externa grave deve ser tratada no ‘’X’’ em lesão grave ou amputação de membros. O primeiro manejo de escolha é a compressão direta Torniquete para lesão grave ou amputações de membros, incontrolável à compressão - Risco a vida X amputação do membro Principais áreas de hemorragia interna: tórax, abdome, retroperitônio, bacia e ossos longos. Zonas de sangramento oculto C - Circulação com controle de hemorragia A abordagem em casos de fratura de pelve e ossos longos se dá com manobras compressivas da cintura pélvica e imobilização para não piorar o sangramento A palpação abdominal deve sempre ser feita em todos os quadrantes, pois na presença de dor deve-se suspeitar de lesão interna. A fonte de sangramento geralmente é identificada por exame físico e de imagem ( radiografia de tórax, pelve e avaliação ultrassonográfica direcionada para trauma > FAST. O tratamento da hemorragia pode incluir descompressão do tórax, compressão da pelve, uso de imobilizadores e intervenção cirúrgica Teste da estabilidade pélvica Fratura de pelve Imobilização da pelve Imobilização de fraturas C - Circulação com controle de hemorragia É necessário realizar reposição de volume intravascular Dois cateteres venosos de grosso calibre ( mínimo calibre 18) Iniciar por punções venosas nos MMSS. A segunda opção é punção intraóssea (melhor localé a tíbia) ou dissecção/ punção venosa central. Necessário realizar coleta de exames de sangue tais como: Tipagem sanguínea (ABO rh ) e prova cruzada Teste de gravidez para mulheres em idade fértil Hemograma (dosagem de hemoglobina e hematócrito) Gasometria, nível de lactato e exame toxicológico podem ser considerados de acordo com a necessidade C - Circulação com controle de hemorragia Infusão endovenosa de soluções cristaloides aquecidas (39ºC) - Soro fisiológico 0,9% ou Ringer Lactato Infusão inicial de 1 litro de cristalóide aquecido Se não houver resposta, considerar transfusão sanguínea A reanimação volêmica agressiva e contínua não substitui o controle definitivo da hemorragia Soluções cristaloides agem como expansor plasmático, aumentando a pressão oncótica dos vasos aumentando a pressão arterial pressão osmótica gerada pelas proteínas no plasma sanguíneo, especialmente pela albumina e pelas globulinas. D- Disfunção neurológica Avaliação neurológica rápida, estabelece o nível de consciência do doente, o tamanho e a reatividade das pupilas e o nível de lesão da medula espinhal Rebaixamento nível de consciência - Má perfusão cerebral ou trauma direto ao cérebro. A escala de coma de glasgow deve ser aplicada para auxiliar na avaliação Hipoglicemia, álcool, narcóticos ou outras drogas também podem alterar o nível de consciência do paciente. Se excluídos os problemas mencionados, toda alteração do sistema nervoso é originária de um trauma. D- Disfunção neurológica D- Disfunção neurológica Avaliação das pupilas E- Exposição e proteção do ambiente A exposição da vítima é fundamental para encontrarmos todas lesões Após a avaliação, a vítima deve ser imediatamente coberta evitando hipotermia Garantir temperatura corporal do doente No APH deve expor somente as partes necessárias, deixando a exposição completa para quando a vítima estiver dentro da viatura Medidas auxiliares - Avaliação primária Frequência respiratória Oximetria de pulso Pressão Arterial Cateterismo vesical e/ou gástrico Monitorização cardíaca Radiografia de tórax e pelve FAST Tomografia computadorizada (se paciente estiver estável) Cateterismo vesical Débito Urinário é um excelente indicador de perfusão tecidual Lesão na uretra - contra indicação absoluta Sinais : Sangue no meato uretral equimose perineal sangue no escroto fratura pélvica isolada (sem presença de um dos sinais anteriores) não contraindica a passagem do cateter vesical Cateterismo vesical Cateter gástrico Objetivo de reduzir a distensão abdominal e os riscos da aspiração (remoção de conteúdo gástrico) Se houver lesão facial, cateter gástrico via orogástrica Não realizar procedimentos via nasal se suspeita de traumatismo cranioencefálico (TCE) Transferência Estabelecer a necessidade durante a avaliação primária e reanimação Não retardar o processo de transferência Comunicação efetiva entre a equipe de enfermagem e a equipe médica Avaliação secundária A avaliação secundária só deve ser iniciada depois de completar a avaliação primária (XABCDE) e quando as medidas indicadas para reanimação tiverem sido adotadas e o doente demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais Avaliação Secundária História AMPLA A alergias M medicamentos de uso habitual P passado médico / prenhez L liquidos e alimentos ingeridos recentemente A ambiente eventos relacionados ao trauma Exame físico - cabeça aos pés Reavaliação Os pacientes com trauma devem ser reavaliados constantemente para garantir que as novas descobertas não sejam negligenciadas. A monitorização contínua dos sinais vitais, gasometria arterial, monitorização do CO2, SaO2 e débito urinário é essencial. O alívio da dor intensa é importante. Lesões musculoesqueléticas, produzem dor e ansiedade. A analgesia eficaz geralmente requer opiáceos ou ansiolíticos IV. Qualquer alteração de uma condição anteriormente normal deve ser tratada. Estudo de caso Você faz parte da equipe de enfermagem de um Pronto-Socorro de um hospital especializado e recebe um paciente vítima de acidente automobilístico. Segundos dados do pré-hospitalar, o veículo colidiu com um poste na rua. A vítima, 38 anos, sexo masculino foi encontrada dentro do veículo, desacordado. Ao receber o paciente você observa que ele apresenta sangramento intenso em couro cabeludo, MIE com desalinhamento e pelve instável. Há secreção em cavidade oral e lesão de meato uretral. Pele está fria, pegajosa e tempo de enchimento capilar está >3s. SSVV: PA: 80X50mmHG, FR: 30ipm; FC: 149bpm. Qual é a prioridade de atendimento da vítima? Referências Advanced Trauma Life Support – ATLS. Student Course Manual. 10ªed. 2018. Cap. 01, pág. 02. S.T.A.R.T.: Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE/CBP. GRAU (Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências). Pré - hospitalar. São Paulo: Manole; 2013 Chiara, Osvaldo; Cimbanassi, Stefania. Protocolo para atendimento intra-hospitalar do trauma grave. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Panorama do Trauma no Brasil e no Mundo. Acesso em: https://www.einstein.br/estrutura/nucleo-trauma/o-que-e-trauma/panorama-trauma-brasil Advanced Trauma Life Support – ATLS. Student Course Manual. 9ªed. 2016 Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE/CBP C
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