Prévia do material em texto
HISTÓRIA GERAL Inglaterra - Do Absolutismo à Monarquia Parlamentar DESCRITORES D-3. Relacionar a ascensão da Burguesia Inglesa com a Crise do Antigo Regime na Inglaterra. D-4. Enumerar as causas da Revolução Puritana na Inglaterra. D-5. Enumerar as causas da Revolução Gloriosa na Inglaterra. D-6. Compreender condições responsáveis pelo pioneirismo inglês na Revolução Industrial. D-7. Enumerar consequências da Revolução Industrial. D-8. Explicar problemas sociais gerados pela Revolução Industrial. INGLATERRA - DO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO À MONARQUIA PARLAMENTAR Período de transição entre a Idade Média e a Idade Contemporânea IDADE MÉDIA (476 – 1453) Mundo baseado em: Relações Feudais; Religiosidade (Igreja); Terras como fonte de riqueza; e Fé como fonte de explicação para tudo IDADE MODERNA (1453-1789) Mundo baseado em: Absolutismo Reforma e Contra-Reforma; Comércio como fonte de riqueza; e Razão em detrimento da Fé. IDADE CONTEMPORÂNEA (1789 – Dias atuais) Mundo baseado em: Limitações dos poderes dos reis; Enfraquecimento da Igreja; Rev Industrial e Capitalismo; e Iluminismo. TRANSIÇÃO INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR Absolutismo: forma de organização monárquica caracterizada pela concentração de poderes absolutos nas mãos de um rei. O poder do rei vem de Deus – Direito Divino. Absolutismo Monárquico: Sociedade Estamentária. Rei: acima dos 3 Estados 1º Estado: Clero 2º Estado: Nobreza 3º Estado: Povo O Povo sustentava os outros dois Estados. 4 INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR 1. A Magna Carta. Foi imposta ao Rei João Sem Terra pela nobreza, clero e burguesia que estavam revoltados com a cobrança de impostos. Ela determinava que o Rei: não podia exigir o pagamento de impostos sem o pré consentimento de seus súditos; não podia confiscar terras ou aprisionar um homem livre, sem o julgamento de seus pares; e poderia ser impedido, em caso de desrespeito sobre os compromissos assumidos. INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR 2. Fortalecimento do poder marítimo e comercial – burguesia no poder político. INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR 3. Produção de lã gera o aburguesamento da Nobreza. Donos de terras criadores de ovelhas produzem lã Venda da lã para a burguesia Burguesia transforma a lã em fios nas manufaturas Burguesia vende os fios de lã para os franceses Donos de terras precisam de mais terras Ocorre o cercamento dos campos Camponeses são expulsos e vão para as cidades Camponeses vão trabalhar nas manufaturas Burguesia e Donos de terras tornam-se aliados INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR 4. Henrique VIII - (1509 a 1547): rompimento com a igreja Católica e criação da igreja Anglicana. INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR 5. Elisabeth I (1558 a 1603): auge do absolutismo inglês – forte intervenção na economia, ampliação da força naval, criação de companhias de comércio com a América e Oriente; e combate à inimigos estrangeiros. INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR 6. Crise do Absolutismo Inglês: INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR 6. Crise do Absolutismo Inglês: a) Parlamento Inglês INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR 6. Crise do Absolutismo Inglês: b) Absolutismo encontra resistência dos comerciantes, donos de manufaturas e proprietários rurais. c) Morte de Elizabeth I, fim da Dinastia Tudor e início da Dinastia Stuart. d) Governo de Jaime I (1603-1625): fortalecimento da burguesia e da Gentry (pequena e média nobreza rural), devido à expansão das indústrias manufatureiras, o desenvolvimento do comércio exterior e sobretudo do progresso do capitalismo agrário. INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR SOCIEDADE INGLESA - Séc XVII APOIAVAM O ABSOLUTISMO : - Pares (aristocracia tradicional e grandes proprietários) ERAM CONTRA O ABSOLUTISMO : Burguesia: comerciantes, banqueiros e profissionais liberais; Gentry: pequena e média nobreza rural, mentalidade capitalista. Tinham ligações com a burguesia; Yeomen: granjeiros, pequenos proprietários, lavradores e arrendatários. Buscavam mudanças. Camponeses: sem terra devido ao cercamento dos campos; Proletariado: trabalhadores assalariados; e Desempregados e marginalizados. Jaime I INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR Absolutismo Stuart Reforço do poder monárquico sustentado pela teoria do Direito Divino; Imposição do Anglicanismo desagradando a puritanos e católicos; e Reforço de políticas Mercantilistas, com aumento de impostos. Puritanos Ingleses Anglicanos que praticam traços do Calvinismo INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR Carlos I (1625-1649) e a Revolução Inglesa ou Revolução Puritana Gastos com guerras contra a França e a Espanha levam Carlos I a convocar o Parlamento em busca de aumento de impostos. O Parlamento impõe a Carlos I a Petição dos Direitos (1628), reafirmando os princípios da Magna Carta: Carlos I Proibição de impostos não autorizados pelo Parlamento; Proibição de Leis Marciais em tempo de paz; e Proibição de alojamento de soldados em casas particulares. INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR Carlos I (1625-1649) e a Revolução Inglesa ou Revolução Puritana Período da Tirania (1628-1640): Carlos I dissolve o Parlamento e governa 12 anos violando os princípios da Petição dos Direitos. A intervenção de Carlos I na Igreja Presbiteriana da Escócia (1639-1640) desencadeou a Guerra Civil. Carlos I convoca o Parlamento para conseguir recursos, mas recebe a oposição do Parlamento. Tem início a Revolução Puritana (1642-1649). Oliver Cromwell INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR A Revolução Puritana (1642-1649) A Revolução Puritana opôs a Nobreza, partidária do Rei e os Cabeças Redondas, defensores do Parlamento. Os Cabeças Redondas eram compostos principalmente por setores agrícolas e puritanos. Oliver Cromwell, líder da Revolução, era membro da Gentry e Puritano. - Após várias batalhas, Cromwell derrotou as forças de Carlos I na Batalha de Naseby (1645). - Carlos I foi preso e depois decapitado, em 1649. Batalha de Naseby INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR Execução de Carlos I INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR O Protetorado de Cromwell (1649-1658) Os Cabeças Redondas, após depor o Rei, proclamaram a República e declararam Cromwell Lorde Protetor. Dentre as principais realizações de Cromwell, destacaram-se: As terras da Igreja Anglicana e dos realistas foram confiscadas e vendidas; A Irlanda e a Escócia (partidárias dos Stuart) foram submetidas; Ampliação do Império Colonial (Jamaica); e Proclamação do Ato de Navegação (1651): todos os artigos importados seriam transportados em navios ingleses ou por embarcações dos países onde tivessem sido produzidos. - A morte de Cromwell, em 1658, gerou dois anos de crise, que levaram à restauração da Monarquia Stuart, com Carlos II (1660-1685). INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR O Reinado de Carlos II (1660-1685) Carlos II ampliou o Império, através da guerra contra a Holanda e do dote de seu casamento com uma princesa portuguesa (Bombaim e Tânger). No entanto, fingindo proteger os protestantes, proclamou o Ato de Tolerância, que na verdade beneficiava os católicos. Em oposição a Carlos II, o Parlamento aprovou o “Bill of Test”, ato de repúdio ao Catolicismo; e o “Habeas Corpus”, que impedia as prisões arbitrárias. - Surgiram os Tories (partidários do Rei) e os Whigs (partidários da Monarquia limitada pelo Parlamento). Carlos II INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR O Reinado de Jaime II (1685-1689) e a Revolução Gloriosa Jaime II tentou restabelecer o catolicismo como religião oficial do Reino, em consequência Tories e Whigs se uniram, desencadeando a Revolução Gloriosa (1688-1689). Jaime II foi facilmente derrotado e refugiou-sena França. O Parlamento convidou o Príncipe holandês Guilherme III, fazendo jurar o “Bill of Rights”, que estabelecia que seria competência do Parlamento: O recrutamento de tropas; A criação de impostos; As eleições; A liberdade de palavra; As petições de justiça; e A restrição de liberdade religiosa aos protestantes. INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR O Reinado de Jaime II (1685-1689) e a Revolução Gloriosa Jaime II Guilherme III INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR A Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa As Revoluções Puritana e Gloriosa representaram o triunfo da Burguesia sobre o Absolutismo Monárquico. Embora a participação popular tenha sido pequena, houve uma experiência republicana (Protetorado de Cromwell) e a oposição entre o Rei e o Parlamento transformou-se em cooperação. Foi uma Revolução de caráter aristocrático que garantiu as liberdades, mas que ficou longe de estabelecer a igualdade entre as classes da Inglaterra. INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR Principal Teórico: John Locke Locke dizia que todos os homens, ao nascer, tinham direitos naturais (direito à vida, à liberdade e à propriedade) – Estado de Natureza. Para garantir esses direitos naturais, os homens haviam criado governos. Se esses governos, contudo, não respeitassem a vida, a liberdade e a propriedade, o povo tinha o direito de se revoltar contra eles. A falha do Estado de Natureza leva à tal invasão da propriedade e, devido a tal, cria-se um contrato social para que haja transição do Estado de Natureza à Sociedade Política. As pessoas podiam contestar um governo injusto e não eram obrigadas a aceitar suas decisões. Locke ainda afirma que se o governo viola ou deixa de garantir o direito dos indivíduos à propriedade o povo tem o direito à resistência ao governo tirano. O que define a tirania é o exercício do poder para além do direito, visando o interesse e não o bem público ou comum. INGLATERRA – DO ABSOLUTISMO À MONARQUIA PARLAMENTAR Principal Teórico: John Locke (1632-1704) A Revolução Industrial Conceito Conjunto de transformações ocorridas na indústria, agricultura, nos transportes, bancos, no comércio, nas comunicações, ou seja, em toda economia, que se tornou capitalista. Classes Sociais Burguesia: proprietária dos meios de produção; e Proletariado: classe assalariada, que vendia a sua força de trabalho. A 1ª Revolução Industrial (1760-1840) Precondições: Acumulação de capitais (pela burguesia); Liberação de mão de obra (força de trabalho); Aperfeiçoamento das técnicas; e Ampliação dos mercados (interno e externo). Acumulação de Capitais No campo: cercamento dos campos, abolição dos arrendamentos e aplicação de novas técnicas. Na Indústria: criação das manufaturas e divisão do trabalho (produto da matéria-prima transformada não ficava com o artesão, mas com o empresário, que ficava com os lucros e pagava um salário ao artesão). No comércio: lucro com a diferença entre a aquisição das matérias primas adquiridas nas colônias e a revenda das mesmas. A 1ª Revolução Industrial (1760-1840) A 1ª Revolução Industrial (1760-1840) Capitalismo Industrial e Liberal: Baseado na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que teria total liberdade econômica para produzir, vender, investir, fazer circular as riquezas produzidas, comprar e fixar salários. Não havia intervenção do Estado, cuja função era manter a ordem necessária ao desenvolvimento das atividades econômicas. A 1ª Revolução Industrial (1760-1840) Teóricos da Escola de Manchester ou Escola Clássica: Grupo de estudiosos que afirmava que a livre concorrência assegurava lucros aos produtores e beneficiava aos consumidores, pois os produtores, a fim de superar seus concorrentes, deveriam melhorar a qualidade do produto oferecido no mercado e a baixos preços. Adam Smith (A Riqueza das Nações); David Ricardo (Princípios da Economia Política e do Imposto); Thomas Robert Malthus ( Ensaio sobre o princípio da População); e Jean-Baptiste Say (Tratado da Economia Política). A 1ª Revolução Industrial (1760-1840) A Revolução Industrial Inglesa: Início em fins do século XVIII. Fatores do pioneirismo inglês: Acúmulo de capitais nos sécs. XVI, XVII e XVIII ( comércio colonial, contrabando, tráfico de escravos, etc); Cercamento dos campos; Desenvolvimento das manufaturas; Mão de obra numerosa; Ampliação dos mercados interno e externo; Crescimento naval; Domínio como potência Mundial; Existência de minas de carvão e ferro na Inglaterra; Grande fornecimento de algodão pelas Colônias; e Poder de decisão da Burguesia, graças à existência do Parlamento. A 1ª Revolução Industrial (1760-1840) A Revolução Industrial Inglesa: Mecanização: aumentou a produção e os lucros, fazendo as indústrias se expandirem (indústrias têxteis – fiação e tecelagem). Grandes Invenções: Lançadeira volante (1733) – John Kay; Spinning Jenny (1765) – James Hargreaves; Fiandeira Hidráulica (1769) – Thomas Highs; Mula (1779) – Samuel Crompton; Tear Mecânico (1785) – Edward Cartwright; e Tear a Vapor (1825) – Richard Roberts. A 1ª Revolução Industrial (1760-1840) A Revolução Industrial Inglesa: Pudlagem (1783) - Substituição do carvão vegetal pelo coque, inventado por Peter Onions. Máquina a vapor (1711) – Inventada por Thomas Newcomen e aperfeiçoada por James Watt (1765). Arado a vapor – John Fowler. Descaroçador – Eli Whitney. Segador – Cyrus McCormick.