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Processos de Fabricação 4 Introdução aos Materiais Poliméricos AULA 01 Prof. Artur Mottin Parte do nosso dia a dia Leveza Flexibilidade Baixa condutividade térmica e elétrica Transparência Plásticos materiais recentes A prosperidade da indústria do plástico iniciou após a 2º guerra mundial. No princípio era utilizado o carvão como matéria-prima para obtenção dos plásticos. Apenas em meados de 1950 aconteceu a substituição por petróleo. A vantagem da substituição estava em que se poderia aproveitar racionalmente um subproduto do craquelamento do petróleo. Apesar da crise do petróleo de 1973 que freou o crescimento dos plásticos, o material apresenta crescimento dinâmico acima da média até hoje. Plásticos materiais recentes PLÁSTICO O nome “plástico” não se refere a um único material. Assim como a palavra “metal”não define apenas ferro ou alumínio, a palavra plástico caracterisa diversos materiais com estrutura, qualidade e composições diferentes. ORIGEM A matéria-prima utilizada para fabricação do polímero pode ser de origem: Origem dos monômeros • Animal • Vegetal • Mineral ORIGEM De origem Animal: A caseína, substância que se obtém do leite, é a matéria-prima para síntese da galalita, material plástico para fabricação de botões e pentes. ORIGEM De origem Vegetal: A partir do látex produzido por certas árvores tropicais se obtêm gomas e borrachas e, a partir da celulose, é possível obter-se celofane e celulóide. De origem Mineral: O petróleo é a principal matéria-prima para obtenção dos plásticos sintéticos. Também pode ser obtido a partir do gás natural e da hulha (tipo de carvão mineral). ORIGEM De origem Mineral: ORIGEM A na%a é quebrada por um processo de separação térmica (craquelamento), por ex: a 850ºC obtem-‐se mais do que 30% de eDleno. Constituição química dos polímeros Matéria-prima principal: Indústria do Petróleo: Liquido e gás Principais elementos: - C, H, O, N, Cl, F POLÍMEROS Elemento Símbolo Valência Diagrama Carbono C 4 = C= Nitrogênio N 3 - N= Oxigênio O 2 - O - Hidrogênio H 1 H - Cloro Cl 1 Cl - Flúor F 1 F - CONCEITO Principais grupos funcionais CONCEITO Principais grupos funcionais e substâncias químicas envolvidas na nomenclatura dos polímeros CONCEITO Principais grupos funcionais e substâncias químicas envolvidas na nomenclatura dos polímeros CONCEITO Principais grupos funcionais e substâncias químicas envolvidas na nomenclatura dos polímeros CONCEITO A origem da palavra Polímero: POLI = Muitos MERO = Unidade de repetição Unidade de repetição CONCEITO Definições: Moléculas = nos polímeros as moléculas (macromoléculas) são consDtuídas de muitos segmentos repeDdos ou unidades chamadas meros. Monômero = molécula consDtuída por um único mero. Polímero = macromolécula consDtuída por vários meros ( > 10.000 / outros autores > 2.000). Polimerização (sintetização) = reações químicas intermoleculares pelas quais os monômeros são ligados na forma de meros à estrutura molecular da cadeia. POLÍMEROS POLÍMEROS POLÍMEROS CONCEITO Sintetização: Existem 3 reações básicas diferentes (processos) para fabricação de plásticos (polímeros), chamado de síntese. Síntese porque um novo material será sintetizado (síntese = união) a partir de um elemento (monômero). Processo de síntese Designação do produto Exemplo / sigla Polimerização Polimerizado Polipropileno / PP PolieDleno / PE Poliadição Poliaditado Poliuretano / PUR Resina epóxi / EP Policondensação Policondensado Policarbonato / PC POLIMERIZAÇÃO Polimerização: Adição de radical livre (iniciador ou catalizador) T, P T, P Terminação Propagação Iniciação POLIMERIZAÇÃO Classificação quanto ao número de diferente meros Homopolímero (1 tipo mero) Copolímeros (2 ou mais tipos de mero) POLÍMEROS POLICONDENSAÇÃO Policondensação: Pequenas moléculas (normalmente água) são separadas. Moléculas com 2 ou mais grupos funcionais. A formação de uma ligação entre duas moléculas ocorre apenas quando existem 2 grupos funcionais diferentes. As moléculas formadas na reação (água) deve ser purgada constantemente para possibilitar a formação de longas cadeias poliméricas. Carboxila Carbonila Amina Hidroxila POLICONDENSAÇÃO Policondensação: POLICONDENSAÇÃO Policondensado Resina Fenol-‐formaldeído (PF) Pegadores em alavancas, interruptores, cinzeiros, ferros de passar roupa, puxadores para panelas Poliéster Insaturado (UP) Construção naval com reforço de fibra de vidro, carcaça equipamentos Policarbonato (PC) Carcaça de produtos, vitrines, CD, luzes de sinalização Poliamida (PA) Engrenagem, rolos deslizantes, carcaças para equipamentos elétricos POLIADIÇÃO Poliadição: Similar a policondensação, a diferença é que nenhum subproduto é gerado. O átomo de Hidrogênio migra de um grupo funcional para o outro. Etapas: 1: existe um terminal de molécula com 1 átomo de Hidrogênio facilmente separável e um terminal de molécula com ligações facilmente separáveis; 2: o Hidrogênio separa-se e a ligação do outro grupo funcional dissocia-se. 3: o Hidrogênio forma uma ligação com 1 dos elétrons da ligação dissociada. Novas ligações são criadas e a cadeia é ampliada. Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 H H H POLIADIÇÃO Poliaditados Poliuretano (PUR) Insertos, roldanas, mancais, disco de embreagem Espumas de Poliuretano Espumas isolantes, almofadas para estofamento, vestuário Epóxi (EP) Adesivos, revesDmento, reforço de fibra para ferramentas LIGAÇÕES NOS POLÍMEROS Ligações Intramoleculares – Cadeia Principal Covalente Ligações Intermoleculares – Entre Cadeia Van der Wals Influência da temperatura: O Calor manifesta-‐se na movimentação das moléculas Maior tempertura – Maior movimentação – Maior volume A parDr de determinada temperatura as ligações intermoleculares deixam de exisDr e as cadeias movimentam-‐se livremente. Ligações intramoleculares só serão desfeitas em temperaturas elevadas. CONCEITO Quanto uma molécula se tornam muito grandes, contendo um número de átomos encadeados superior a uma centena, e podendo atingir valor ilimitado, as propriedades destas moléculas ganham características próprias, e se chama macromoléculas. Aumento do peso molecular aumenta a temperatura de ebulição. Forma molecular POLÍMEROS Algumas das características mecânicas e térmicas dos polímeros são uma função da habilidade dos segmentos da cadeira em experimentar uma rotação em reposta a aplicações de tensão ou vibrações térmicas. Ligações duplas e grupos funcionais laterais dificultam a mobilidade da cadeia. CONCEITO Configuração Molecular: Encadeamento das unidades monoméricas.CONCEITO Esterioisomerismo: Encadeamento das unidades monoméricas em uma cadeia polimérica. Classificação quanto a morfologia da cadeia Estrutura Molecular POLÍMEROS (a) Linear (b) Ramificado (c) ligações cruzadas (d) Em rede (3D) Classificação quanto a morfologia da cadeia Cristalinidade POLÍMEROS Classificação quanto a morfologia da cadeia Cristalinidade POLÍMEROS Classificação quanto a morfologia da cadeia Cristalinidade POLÍMEROS Classificação quanto a morfologia da cadeia Cristalinidade POLÍMEROS Classificação quanto a morfologia da cadeia Cristalinidade POLÍMEROS Cr ist al in id ad e Efeito do grau da cristalinidade e da massa molar nas caracterís:cas ;sicas do polie:leno (PE) Obs: Esses comportamentos variam com a temperatura Classificação das características da molécula polimérica CLASSIFICAÇÃO Classificação dos polímeros de acordo com sua origem e propriedades CLASSIFICAÇÃO Quanto a estrutura CLASSIFICAÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO TERMOPLÁSTICOS: • Podem ser conformados mecanicamente repeDdas vezes, desde que reaquecidos (são recicláveis). • Parcialmente cristalinos ou totalmente amorfos. • Lineares ou ramificados. TERMOFIXOS: • Podem ser conformados plasDcamente apenas em um estágio intermediário de sua fabricação. • O produto final é duro e não amolece com o aumento da temperatura. • Eles são insolúveis e infusíveis. • Mais resistentes ao calor do que os termoplásDcos. • Completamente amorfos. • Possuem uma estrutura tridimensional em rede com ligações cruzadas. PROPRIEDADES TÉRMICAS TRANSIÇÕES TÉRMICAS PROPRIEDADES TÉRMICAS TRANSIÇÕES TÉRMICAS PROPRIEDADES TÉRMICAS TRANSIÇÕES TÉRMICAS PROPRIEDADES TÉRMICAS PROPRIEDADES TÉRMICAS PROPRIEDADES TÉRMICAS PROPRIEDADES MECÂNICAS PROPRIEDADES MECÂNICAS PROPRIEDADES MECÂNICAS SOLUBILIDADE / RESISTÊNCIA A SOLVENTES Solvente Solvente PROPRIEDADES MECÂNICAS • Altas taxas de deformação: o material apresenta comportamento rígido. • Baixas taxas de deformação: o material apresenta comportamento dúcDl. • Ligações cruzadas: inibem o movimento das moléculas, aumentando a resistência do polímero e tornando-‐o mais frágil. • Ligações intermoleculares secundárias: inibem o movimento molecular. Essas ligações são mais fracas que as ligações covalentes. • Massa molar: a resistência mecânica aumenta com a massa molar (para valores relaDvamente baixas (<104) de massa molar). • Orientação molecular: pode ser induzida através de uma pré-‐ deformação. PROPRIEDADES MECÂNICAS DENSIDADE PROPRIEDADES MECÂNICAS CONDUTIVIDADE TÉRMICA E ELÉTRICA Os plásDcos em geral conduzem mal a eletricidade e a temperatura. Isso se deve principalmente pela falta de elétrons livres. A conduDvidade térmica dos plásDcos giram em torno de 0,15 a 0,5 W/mK, cerca de 2000 vezes menor que a dos metais, e 10 vezes melhor que o Ar. A conduDvidade elétrica dos plásDcos é dependente da temperatura. Quanto maior a temperatura, maior a conduDvidade elétrica. Parsculas metálicas podem ser inseridas nos materiais plásDcos para melhorar tanto a conduDvidade elétrica quanto a térmica. PROPRIEDADES MECÂNICAS PERMEABILIDADE A LUZ Como transparência ou nível de transmissão denomina-‐se a reação entre a intensidade da luz atravessada sem refração e a intensidade da luz incidente. Os termoplásDcos amorfos, como PC, PMMA, PVC, etc, não se diferem consideravelmente do vidro. A transparência chega a 90%, nível de transmissão 0,9. Porém uma desvantagem é que os plásDcos sofrem influência do meio ambiente, raios UV, temperatura, podem piorar a transparência. Material Transparência (%) Policarbonato (PC) 72 -‐ 89 Acrílico (PMMA) 92 Vidro de janela 90
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